terça-feira, novembro 11, 2008

Modas italianas

Isto já entrou na roda livre da escandaleira mais corriqueira. São diários, sucessivos e recorrentes e nem há qualquer comparação com os tempos fogosos do governo de Santana.

O Correio da Manhã, hoje, noticia o seguinte:
O ministro da Economia, Manuel Pinho, não só vendeu uma casa ao presidente da Autoridade da Concorrência (AdC), Manuel Sebastião, como também lhe passou uma procuração para o representar num "acto administrativo". Trata-se de uma situação que remonta a 2004, antes de Pinho tomar posse como ministro da Economia, segundo noticiou ontem a SIC, no seguimento de uma notícia publicada pelo Correio da Manhã no passado dia 20 de Setembro.

Na altura, o CM divulgou o negócio entre a empresa PilarJardim, de que são sócios Manuel Pinho e a mulher, e o actual presidente da Autoridade da Concorrência. Manuel Sebastião comprou um andar à empresa PilarJardim, realizando vários adiantamentos no valor total de 300 mil euros na rua Saraiva de Carvalho nº 68. O imóvel é propriedade da PilarJardim e nele habita também o próprio Manuel Pinho.

Manuel Sebastião conheceu Manuel Pinho quando era administrador do Banco de Portugal e o ministro ocupava um lugar de direcção no Banco Espírito Santo (BES). A amizade entre os dois foi reforçada em virtude dos vários contactos profissionais, o que levou Pinho a propor a compra da casa a Manuel Sebastião.

Contactado o Ministério da Economia, fonte oficial limitou-se a dizer ao CM que o ministro passara a procuração para "um acto administrativo, enquanto estava ausente no estrangeiro".

Como dizia um velho anúncio, "comentários para quê?" São artistas portugueses. Um deles aprecia sapatos italianos. Ouvido hoje, à saída de um evento qualquer, pôs-se a debitar o currículo do regulador da Autoridade da Concorrência, o amigo Sebastião.

Nem lhe passou pela cabeça que o problema não é esse...

2 comentários:

Anónimo disse...

Aquilo que fez o ministro é de um total desprezo e falta de respeito por todos aqueles que sabe irem ver a peça. Santana Lopes nunca faria uma coisa destas. Pior ainda, o ministro revela publicamente que o grau académico do titular do cargo lhe confere a isenção do cumprimento da lei e dos princípios éticos que devem presidir ao seu exercício. Na prática é isso que lhe vai na cabeça.

Karocha disse...

Eu acho que naquela cabecinha não vai nada, só vento!...

Megaprocessos...quem os quer?