sábado, janeiro 15, 2011

O boss das meias rotas

Escreve o Diário de Notícias de hoje que "Professores vão avançar com dezenas de milhares de acções contra cortes salariais."

Tais acções são apresentadas nos tribunais administrativos. Dezenas de milhares de acções implica trabalho acrescido para os poucos magistrados que prestam serviço nesses tribunais, alguns deles formados à pressa de uns cursos de preparação especial e recrutados entre magistrados em início de carreira e que viram a progressão dificultada pela política de Justiça destes últimos governos.

A crise que se irá abater sobre os tribunais administrativos nem precisa de ser adivinhada. E obra de quem?

Única e exclusivamente destes dois últimos governos. De quem é a autoria das reformas do direito e leis administrativas que a tal conduziram? De quem é a responsabilidade directa de reformar sem ter a consciência de tudo o que isso implica?

Destes últimos governos desse Inenarrável que nos governa e que começou a governar insultando os magistrados do alto da sua maioria absoluta.
Chamou-lhes directamente "privilegiados" e conseguiu ao longo destes anos abater-lhes o ânimo de modo que os que podem fugir da magistratura para a reforma ou jubilação, já o fizeram e preparam-se par ao fazer.
Este crime social de que o Inenarrável e único responsável directo, vai passar impune?

Provavelmente vai. Ninguém o vai incomodar enquanto o tipo vai à Fashion Clinic comprar meias da Boss.
Em centenas de anos de governos provavelmente nunca tivemos alguém assim, a mandar em nós.
Porque toleramos um indivíduo destes? Porquê?

3 comentários:

lusitânea disse...

Porque ainda não descobriram o "Obamazinho" indígena certamente...

zazie disse...

Também não sei. Mas sei que há quem insista em vender a ideia que a culpa é do povo que "não se deixa governar".

E estes imbecis de "opion makers" que vendem esta ideia, aproveitam sempre para apoiar os vigaristas que nos desgovernam.

rita disse...

Bela pergunta!
Porque toleramos um verme destes???

Megaprocessos...quem os quer?