quarta-feira, julho 27, 2011

O jornalismo amantilhado

No i, Ana Sá Lopes editorializa sobre o caso Bairrão. Acha que "O súbito desaparecimento de Bernardo Bairrão da lista de secretários de Estado que estaria ligado- segundo o Expresso- a revelações feitas pelos serviços de segurança, ou por alguém que passou por lá, indicia uma mixórdia indigna que seria um escândalo explosivo em qualquer democracia ocidental".

Explosivo porquê, senhora dona? Porque alguém da "secreta" terá informado alguma coisa secreta? E se for alguém fora da secreta que informa coisas não secretas? Saberá a senhora dona o que foi?
Um indivíduo que vem de uma empresa privada para um governo público não tem o dever de estar limpo de referências espúrias que fazem as delícias do jornalismo de matilha? E o governo que o convida não tem a obrigação de apurar através dos conhecimentos que tenha, sem violar a lei, se tal se verifica? E sabe se tal se verificou? E tal será escândalo explosivo?

A senhora dona não sabe, claro que não sabe. Mas aceita como saber de experiência feito a notícia cretina do Expresso que se desmente a si mesma no mesmo período. Isso para a senhora dona não é escândalo algum porque o jornalismo que assim acolhe é de mantilha. E como se sabe o Expresso é sempre uma porta aberta para estes amantilhados.

6 comentários:

Monchique disse...

Li há dias algures: «A solução é menos concorrência.Luís Marques, director-geral da SIC, garante que a situação do mercado não vai suportar a privatização do canal do Estado. Por outro, defende a urgência de reestruturar a empresa»
O dono da sic é o dono do expresso, o dono da ongoing está zangado com o dono da sic e do expresso e vai dizendo que o desastre do grupo expresso está à vista. Moura Guedes foi convidada para ir fazer uns programas na sic; o marido dela foi nomeado para a ongoing logo desconvida-se a mulher. Entretanto saiu director de expresso, parecia ser sério. Entrou o Costa para director que é irmão do Costa presidente da câmara de lisboa e ao que se vê com o papel de dizer mal do dono da ongoing e sócio de refrência do grupo do expresso.
A sic não quer a rtp privatizada, o povo que pague os prejuízos para o balsemão e sua mulher continuem ajogar golf e a viverem à custa dos prejuízos da rtp.
Será possivel usar os serviços secretos para amedrontando o governo, impedir a privatizaçãp da rtp? Será possivel usar órgãos de informação para serviço de interesses escuros?
Penso que o governo tem de agir em tempo.

Lamas disse...

É por estas e por outras que deixei de comprar o Expresso desde que o Costa é director.
E também vou deixar de comprar o I.
O novo director mai-la sá lopes vão dar cabo daquilo.
A "Dica" do Lidl tem mais interesse.

Camilo disse...

...ou... amantilhadas!!!

Vitor disse...

Se houvesse algo de anormal relativamente aos negócios do Bairrão, aposto que já teria sido tornado público com toda esta discussão. No entanto, parece que ele terá sido vitima de rivalidades empresariais.
E isso é que é, a meu ver, perigoso. O governo deixou-se instrumentalizar por um grupo ao não dar posse áquele.
E o que todos ficaram a saber é que o governo tem receio da mais pequena polémica e prefere ceder do que arriscar a ter um "cão" a morder-lhe as canelas. Claro que sabia que o Moniz e mulher iriam morder no tal.
Mas não deveriam ter sustentado a escolha que tinham feito?
O resultado foi que o MAI ficou muito mal neste filme; desistiram de uma escolha levianamente; e mostraram que estão permeáveis a jogos escuros.
E não era isto que nós esperávamos de PPC.

josé disse...

E permitiram que o cretino do Costa, pau mandado do manda chuva dos media portugueses fizesse o papel que gosta mais: falar da "secreta" sem perceber patavina do que fala. Só para ficar bem na fotografia como aqueles putos que se chegam aos grandes para parecerem como eles...

josé disse...

Por outro lado o projecto Ongoing de tv, em parceria com a TVGlobo pode ser o fim de toda credibilidade que a tv ainda poderia merecer.

ALiás, julgo que já não pode merecer. Por isso venha a Ongoing ou venha a Goingon é tudo igual.