quinta-feira, novembro 12, 2015

Antigamente, era divertido ler jornais

Antes de 25 de Abril de 1974 os jornais diários, de notícias, ainda não tinham sido apanhados pela onda esquerdista e avassaladora do notíciário político-partidário de propaganda desenfreada e invasora.

Essa tendência que continua em evidência nos jornais de "referência", tornando-se até um modelo de jornalismo eventualmente ensinado pelos catedráticos dessa esquerda livre, nesse tempo era tendência muito esbatida, tanto pela Censura como pelo senso comum do jornalismo.
A política poderia ser interessante mas o apego salazarista ao "viver habitualmente" não suscitava grandes curiosidades sobre a governação ou os governantes no exercício do poder.
No entanto, os jornais vendiam-se e até mais que actualmente, não se ficando o fenómeno a dever exclusivamente à proliferação de fontes diversificadas de actualidades e notícias.
Os jornais nesse tempo tinham efectivamente outro interesse pelo modo como davam a conhecer as coisas e como misturavam os assuntos de " sociedade", culturais, noticiosos sobre o que se passava no mundo e à nossa volta e os cantos de divertimento.

Os suplementos dos jornais eram o lugar ideal para tal mistura em que se equacionava o bom gosto estético e o interesse cultural.

Um dos jornais que melhor preenchiam esse lugar estimado para matar a sede cultural, artística e de pura diversão era o Primeiro de Janeiro, do Porto e particularmente com o suplemento de Domingo que marcou gerações de leitores.

Ficam aqui algumas páginas a somar a outras já publicadas do suplemento de 16 de Setembro de 1973, poucos meses antes do golpe.

E em 5 de Dezembro de 1971 era assim, em reflexo da tal habitualidade sem grandes ondas. O Sr. Calisto é que a sabia toda...


Curiosamente estas fontes de divertimento gráfico tinham todas origens norte-americanas, o que deve ser um imenso desprazer para alguns pajens do reino do nunca.

6 comentários:

Portas e Travessas.sa disse...

Tivemos um 1º Ministro, que não lhe disseram ou não sabia ou não lembrou ou não dava geito, que tinha pagar impostos sobre os rendimentos do seu trabalho.

Isto é obra . de xico esperto digo eu

josé disse...

Está a falar do Costa e dos seus "direitos de autor" na Quadratura?

Não perde nada pela demora...

zazie disse...

":O))))))))

josé disse...

Amanhã faço a tosquia ao Costa quanto aos "direitos de autor"...

Com a lei e a jurisprudência.

Carlos disse...



Bonito, agora está mais completo "recuerdo"!

BELIAL disse...

Enganei-me.

Era o corisco.

Banzé, o cachorrinho peralta, da disney (era o nome brasuca?)

A obscenidade do jornalismo televisivo