sábado, janeiro 16, 2016

O iluminado de Coura vai-nos estragar o futuro




VPV, na sua crónica de hoje, no Público escreve sobre o novo ministro da Educação, um courense que foi parar a Cambridge e que faz parte da nossa "geração mais bem preparada de sempre".
A mim, parece-me um rematado imbecil, mais um, diplomado e tudo. VPV chama-lhe "primitivo". De uma forma ou de outra, como não conheço a criatura e conheço o lugar de origem, desde já se indica que é conterrâneo de outro espertalhão das dúzias que andou  por aí a fazer fortuna em palhaçadas. RAP.

Sobre o currículo do dito não me interessa para nada porque começo a perceber agora o que anda a fazer no sector da Educação este autêntico perigo público que deambula nos corredores do poder.
Se não o travam, a nossa lendária desgraça no sector, após a "revolução dos cravos"  ainda se ampliará um pouco mais, como refere VPV.

A associação deste energúmeno politico diplomado a preceito, a Bourdieu, francês do Maio de 1968, é um tanto espúria mas serve.

O problema destas criaturas desavindas com o meio onde nasceram por motivos insondáveis é que afectam irremediavelmente o destino e futuro de muita gente da terra em que nasceram. Não matam, mas moem e destroem a capacidade de um povo desenvolver as capacidades inatas, capando-lhe o potencial. É da pior espécie de gente que conheço para um povo, este tipo de iluminados, que se julgam  o supra-sumo mesmo em cueiros  e de uma arrogância sem limites.
Porém, quem tem culpa disto não é uma qualquer besta quadrada que assim se apresente, como parece ser o caso,  mas quem os nomeia para os cargos.
E isso tem antecedentes porque provém da mesma fonte inquinada que nos estragou o ensino há décadas.

Em 2910 escrevi isto por aqui:

"Muita gente se interroga sobre quem foi o autor da mudança do sistema de ensino que tínhamos em 25 de Abril de 2974 quanto à divisão entre ensino técnico-profissional, com as escolas secundárias comerciais e industriais, como se chamavam então e o ensino liceal vocacionado para a preparação para as universidades.

A divisão "de classe" causou sérios engulhos ao sistema esquerdista vigente, com notório destaque para o partido comunista que pautava a ideia de democracia pela de igualdade, através de uma colectivização da economia e do próprio ambiente colectivo com vista à almejada e constitucionalizada "sociedade sem classes".
O melhor exemplo deste tipo de pensamento que dominava então a intelligentsia que ensinava e comunicava nos media é Rui Grácio, já falecido.

Vale a pena ler esta entrevista concedida ao O Jornal de 6.2.1975 para se verificar o tremendo erro em que Rui Grácio laborava afincadamente.
Foi ele, sem dúvida alguma, um dos autores mais importantes do erro fatal que nos afectou e afecta nestes últimos trinta e seis anos de democracia: acabou com o ensino técnico que se ministrava nas escolas industriais e comerciais, em nome da democracia! A justificação é esta que o mesmo apresenta:

" Trata-se de democratizar, ao nível do ensino secundário, as estruturas escolares, implantando um tronco comum em que não haja vias paralelas de desigual prestígio que reproduzam e reforcem a hierarquia classista da formação social, designadamente a divisão do trabalho manual e do trabalho intelectual. A estratificação hierarquizada da sociedade portuguesa sofreu, com o 25 de Abril, abalo forte mas não se decompôs de maneira que os grupos socialmente dominantes nunca terão perdido a esperança de uma recuperação."

Esta aqui tudo dito sobre a ideologia comunista. A mesma que ainda hoje o PCP e o BE pregam aos neófitos e escondem do povo."

Aqui neste texto de 19 de Junho de 2013 aparece esta frase do dito Grácio:


 "Trata-se de democratizar, ao nível do ensino secundário, as estruturas escolares, implantando um tronco comum, em que não haja vias paralelas de desigual prestígio que reproduzam e reforcem a hierarquia classista da formação social, designadamente a divisão de trabalho manual e do trabalho intelectual. A estratificação e hierarquizada sociedade portuguesa sofreu, com o 25 de Abril, abalo forte, mas não se decompôs, de maneira que os grupos socialmente dominantes nunca terão perdido a esperança de uma recuperação."

É difícil encontra maior estupidez junta numa frase. E tanto mal que se fez a um país, com estas ideias estúpidas.
 
Dito isto, o que este iluminado de Coura pretende fazer do sistema de ensino é voltar a essa cepa torta. E parece que o vão deixar.

Aqui ficam recortes dos jornais da época para mostrar o que é verdadeiramente nocivo nesta estirpe de pessoas.










62 comentários:

zazie disse...

Ceteiro, Jo´se

Este tipo de povo com nojo da sua origem e que depois dá em arrivista extremo, é mesmo um perigo.

Acho que já a minha avó dizia o mesmo

ehehehe

zazie disse...

Mas os profs com este não bufam. É o delegado deles e do Arménio. Desde que lhes aumentem os ordenados, o resto é bom que fique normalizado por baixo para também não lhes exigirem nada.

Floribundus disse...

disse noutro comentário não acreditar ser este o boneco do ventríloquo prof nogueira

podia lá ser um intelectual de Coura
sujeitar-se a tal 'v exame'

jpp ainda se não pronunciou, que saiba, sobre o assunto

ao ministro a recibo verde (vermelho era cor mais apropriada)

recomendo colocar seu pomposo palavreado no local indicado pelo pirata Rackam

e voltar as origens

Zephyrus disse...

Frequentei o Ensino Básico Mediatizado no quinto e sexto anos, década de 90.

Os testes eram feitos pelo Ministério. Vinham em caixas de papelão que eram abertas pela primeira vez à nossa frente. As datas dos testes eram marcadas pelo Ministério. A correcção dos testes era idêntica à correcção dos exames nacionais. No dia do teste, a matéria tinha de estar obrigatoriamente leccionada. Os testes ficavam guardados. Há uma avaliação externa feita aos professores e os testes poderiam ser fiscalizados. Havia duas professores. Uma para a área das Ciências, outra para Humanidades. Quando chegámos à C+S, fomos todos para a uma turma. Era a turma dos ex-alunos da telescola. Nunca ninguém reprovou do sétimo ao nono. Éramos os melhores alunos. Estava lá eu e mais dois colegas de famílias com mais formação e posses mas também havia jovens de famílias muito problemáticas. O meu colega de carteira era sobrinho da empregada de limpeza de minha família. Vinha de uma família que vivia com alguma miséria. Alguns ficaram pelo nono ano. Os que seguiram, aguentaram-se até ao 12.º sem reprovar. A experiência da telescola merece ser recordada como um exemplo do que era o ensino no final do cavaquismo. Quando cheguei ao Superior, contactei com as peneiras dos chamados «betos das Antas e da Foz». Não gostei, não fora educado assim. Mas sei que a telescola só funcionou para mim e para todos porque havia uma exigência que as outras escolas não tinham: testes feitos pelo Ministério com data marcada e critérios de correcção exigentes para o nível de ensino e iguais para todos. Sem esta exigência, teria havia um nivelamento por baixo. Eu teria acabado por ir para fora da terra. Quem não podia, provavelmente não teria chegado ao nono. Como aconteceu a muitos alunos de 5.º e 6.º da escola C+S da capital do concelho...

Zephyrus disse...

Todo o francês que sei, aprendi-o na telescola.

No sétimo ano, já na C+S, a professora leccionou 30 aulas das 90 previstas. Algumas foram passadas a «brincar». Faltou para ir passear a Miami e fez um vídeo das férias para vermos nas aula. A de História não conseguiu passar da matéria do Império Romano. Recordo-me bem destes episódios e mais agora que leio sobre o desastre em curso. Tudo isto seria impossível com o sistema da telescola.

Agora, quem tiver dinheiro pagará bons explicadores e bons colégios. Mais do que nunca.

Nas escolas públicas os maus professores vão voltar a fazer o que fazem há mais de 20 ou 30 anos. Não preparam aulas, não leccionam os programas, não fazem testes bem estruturados, faltam que se fartam, chegam atrasados, etc. E os alunos mais prejudicados serão os da província, os que não têm um colégio privado como alternativa por perto.

zazie disse...

Rackam o Terrível

ehehehehe

O que eu gosto dessa história do Tintin

josé disse...

Aprender implica esforço. Uma criança pode esforçar-se e deve ser obrigada a isso porque enquante se é muito jovem as capacidades podem ser desenvolvidas e aprende-se o que for necessário e conveniente.

Nem todos são iguais na aprendizagem mas nivelar tudo por baixo é mau, muito mau.

Este rematado doutorado aprendeu melhor que muitos porque terá maior capacidade, nas áreas científicas em que estudou.

Isso não lhe dá o direito de vir para cá alterar um modelo que punha ênfase no esforço e na competição sadia entre alunos.

Disse que os exames eram nocivos e até poderiam ser se houvesse alternativa viável à aprendizagem efectiva das crianças.

zazie disse...

Mas repare a perversidade com que agora se nivela por baixo.

Eles dizem que é para todos terem "sucesso". Assim mesmo- sucesso à americana e concurso televisivo.

Depois a juventude bate com a cabeça na parece quando percebe no que deu tanto "sucesso escolar" sem saberem fazer nada.

zazie disse...

A capacidade de aprendizagem das crianças é fenomenal. Só gente muito estúpida não percebe isso e as compara com eles próprios.

A miudagem aprende e gosta naturalmente de competir.

Agora ficam com os exames de judo e karaté porque os escolares podem traumatizar.

Depois, quando os têm de fazer, não estão habituados a desvalorizar provas e bloqueiam por pavor.

zazie disse...

Mas este palerma estava a fazer o quê em Cambridge?

Cambridge também já se tornou um antro de cientoinice ateia e militante.

lusitânea disse...

A Venezuela Bolivariana é que é o FAROL!141% de inflacção!

lusitânea disse...

E muitas armas para defender a revolução socialista está bom de ver.Quem ficou a ganhar foram os Chineses e Russos que se fartaram de vender a sua sucata...com grande inveja da rapaziada do Avante!

João Martins disse...

Mas... infelizmente muitos dos paizinhos (90,91.....99%?)só quer saber ao fim de quantos anos(duração dos cursos)é que os seu rebentos serão chamados de sr. doutor. Que saibam ler e a tabuada, de pouco lhes interessa.

Fernando disse...

Outro nas mãos das políticas dos jesuítas que o levaram a conhecer mundo e a regressar para ser incapaz e sair das suas mãos. Quem andava pelo CUMN em Coimbra conhece este Tiago: é um pau mandado.

foca disse...

O doutoramento não me deslumbra, o Louçã é Catedrático e diz regularmente que a pupila Mortágua é uma ilustre "pensadora".
QED

José Domingos disse...

Não nascemos iguais, temos apetencias diferentes, habilidades, capacidades, tendências. A treta da igualdade, começa logo, onde ela não existe.
Estudei numa escola industrial, durante a longa noite, felizmente que aprendi, porque, quarenta anos depois do vinte e cinco, esses conhecimentos, têm me dado de comer, claro que devidamente actualizados.Fiz os exames de admissão aos liceus, que não frequentei, porque gostava mais de electricidade.
Se agora dizem as imbecilidades das igualdades, naqueles tempos, ia-se para a escola, e lá vestia-se batas ou fatos de macaco, no liceu era a mesma coisa, na ginástica a roupa era igual para todos, não havia marcas, ou roupas xpto. Não havia diferenças por isso.
Ensino igualitário, só se for na cabeça deles. Não há paciência.

josé disse...

Havia marcas...nos sapatos de ginástica. Quem tinha os Sanjo, de lona branca grossa e borracha vulcanizada, almofadada no interior e com qualidade, em sapatos ou botas, era privilegiado.
A maioria tinha sapatilhas de pano que era assim que se dizia.

E quem tinha Levi´s em vez de Lois, era privilegiado, tal como quem vestia camisolas em shetland da Almagre.

joserui disse...

Horrível!
José não é só a aprendizagem, é o próprio desenvolvimento de cérebro jovem — é importante estabelecer as ligações desde cedo, através do esforço da aprendizagem. É por isso que é uma falácia os semi-analfabetos dizerem que aprendem coisas em matemática que nunca mais vão utilizar… porque desenvolveram formas de pensar que iriam utilizar toda a vida; tal como as disciplinas criativas fazem o mesmo pelos futuros matemáticos… quantos cientistas devem quase tudo a uma imaginação prodigiosa. Enfim, é um crime esta bestialização da escola, que nunca que me lembre esteve bem, mas ultimamente via-se um esforço. -- JRF

joserui disse...

Mas isto do ensino é cada vez mais uma treta inacreditável… Conheço duas professoras que andaram a fazer um mestrado… uma defendeu a tese de manhã, foi corrida a 18… a outra de tarde, foi corrida a 18… e as outras colegas? 18. Quer-se dizer, eu acho estatisticamente improvável, um ano de mestrado em não sei o quê ser todo do nível 18… Parece que a igualdade também já chegou à U. Minho. -- JRF

joserui disse...

Por falar em horrível… dou-lhe razão com retroactivos José, o senhor da Marmeleira de facto não é grande coisa. Enganou-me uns tempos. Li diagonalmente mais um conjunto de baboseiras que derramou no pasquim do BE e de facto o homem anda transtornado e perdeu a vergonha… diz que "(…) o PS evitou cuidadosamente auto nomear-se de esquerda, como se a palavra tivesse sarna (…)"… Hehehe… no Portugal onde todo o cão, gato e rato, bate no peito a dizer que é de esquerda, este indivíduo consegue detectar sarna no lugar mais improvável. É inacreditável… -- JRF

Apache disse...

Vejamos:
O Ministro tem, considerando a sua idade, um excelente currículo académico e profissional na sua área de estudo e investigação, a Bioquímica;
O Ministro, pela idade, por ter passado os anos nas salas e laboratórios das faculdades, sabe muito pouco do mundo real;
O Ministro sabe nada de educação;
O Ministro, que pelo currículo que apresenta não pode ser totalmente parvinho, fundamenta as suas decisões com argumentos de imbecil.

Haverá alguma possibilidade de o Ministro não ser mero pau-mandado da corja há muito instalada no Ministério da Educação?

De facto, a culpa não é do Ministro é, em parte, de quem o nomeou e, em parte, de quem anteriormente (prometeu mas) se esqueceu de “implodir” o Ministério da Educação correndo com a corja de “eduqueses” que há décadas conspurcam o ensino.

Vivendi disse...

Portugal é uma república de ficção.

Olhe-se para isto:

O ministro da Cultura considerou hoje "notável" e "admirável" o trabalho que o produtor Paulo Branco tem desenvolvido na divulgação de Portugal como cenário para a gravação de películas de cinema com elencos internacionais.

"Quero expressar a satisfação com que vemos a realização de filmes de grandes realizadores internacionais no nosso país", disse João Soares, no Bussaco, à margem de uma visita às filmagens de Et derrière moi une cage vide, o novo filme da actriz e realizadora Fanny Ardant, protagonizado pelo ator francês Gerard Dépardieu, e produzido por Paulo Branco.

O ministro disse que Paulo Branco "tem sido um dos principais impulsionadores desse trabalho notável" que passa pela escolha de Portugal como cenário de filmes de grandes realizadores", louvando ainda o seu papel como "divulgador de cinema independente".

O filme Et derrière moi une cage vide está em gravação desde 5 de janeiro nas matas do Bussaco e no Palace Hotel e resulta da adaptação para o cinema do romance escrito em 2013 pelo francês Daniel Baltassat: O divã de Estaline.

Com um orçamento de um milhão de euros e apoios de institutos franceses e da RTP, o filme será ainda candidatado a financiamento nacional, devendo ser apresentado no Festival de Cannes.

Paulo Branco destaca a realização de Fanny Ardant, "uma das maiores figuras do cinema francês", e o trabalho de Gerard Depardieu, que aceitou trabalhar graciosamente, baixando assim os custos de produção.

Em curta conversa com o ministro João Soares no átrio do histórico Palace do Bussaco, por onde horas antes tinha passeado descalço e despenteado, Depardieu explicou o seu fascínio pela figura de Estaline e, sem ter sido questionado sobre essa matéria, elogiou largamente o presidente russo Vladimir Putin, que em 2013 lhe concedeu a nacionalidade russa.

"Algumas pessoas erradamente julgam que ele é um ditador, mas deviam saber que tem o apoio de mais de 80 por cento dos jovens na Rússia", disse o ator.

O ministro João Soares visitou o local das filmagens acompanhado pelo presidente da Câmara da Mealhada, Rui Marqueiro, de Paulo Branco e da realizadora Fanny Ardant, que descreveu como sendo "uma das figuras mais marcantes do cinema europeu".

Antes de abandonar a Mealhada, João Soares tinha prevista uma visita à casa onde o líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal, foi preso pela PIDE.

http://www.dn.pt/artes/interior/joao-soares-foi-ver-depardieu-fazer-de-estaline-no-bussaco-4983892.html

Zephyrus disse...

Uma vez que vivo em Cambridge há alguns meses, posso referir que já perdi muitas ilusões. Há alunos de doutoramento com défices de cultura geral chocantes. Os livros escritos sobre Portugal publicados pela Universidade têm muitos erros e uma visão distorcida da nossa realidade. Por que motivo somos piores? Nunca vi brincadeiras de praxe na rua. Isso não existe. Durante a tarde os alunos estão a estudar e não a brincar às praxes. Não há semanas académicas com borgas a um mês dos exames. Os colleges têm poder económico, especialmente o Trinity College, têm posses, terras, casas, dinheiro. Os alunos fazem muitas perguntas nas aulas, os indianos por vezes tornam-se «chatos», mas em Portugal isso não se via, em Portugal os alunos normalmente não participam, não demonstram interesse. E quando o demonstram isso não é bem visto pelos pares. Nota-se que as pessoas estão nesta ou naquela área por amor e tiram prazer do trabalho. Não estão por «obrigação» ou necessidade». Os jardins são enormes e quando está bom tempo os alunos por vezes estendem-se na relva a estudar. Mas isto não sucede em todos os colleges. Até não há muitas livrarias e o único alfarrabista decente fica perto da Market Square e gosta muito do Algarve, e está casado com uma portuguesa natural da Nazaré! O que importa dizer é isto: o facto de alguém ter grandes conhecimentos sobre uma determinada área técnica/científica não implica que essa pessoa tenha conhecimento amplos de cultura geral e esteja preparada para governar uma nação ou exercer cargos com grande poder num Governo. Como já referi neste texto, é chocante a falta de cultura geral de muitos alunos de Doutoramento que tenho conhecido na cidade.

Zephyrus disse...

«Mas isto do ensino é cada vez mais uma treta inacreditável… Conheço duas professoras que andaram a fazer um mestrado… uma defendeu a tese de manhã, foi corrida a 18… a outra de tarde, foi corrida a 18… e as outras colegas? 18. Quer-se dizer, eu acho estatisticamente improvável, um ano de mestrado em não sei o quê ser todo do nível 18… Parece que a igualdade também já chegou à U. Minho. -- JRF»

Pergunto: alguém já avaliou o processo de Bolonha em Portugal?

A mim parece-me que os mestrados de Bolonha foram uma chico-espertice para aumentar os rendimentos das Universidades (mais dinheiro em propinas). E é chico-espertice de burros.

Muitos conceitos precisam de tempo para serem apreendidos e as taxas de reprovações são enormes em muitas discplinas e cursos após entrar Bolonha. Exemplos? Os alunos chegam à Universidade no final de Setembro, têm dois meses e meio de aulas, mal preparados a Matemática, Química, Física ou Biologia. Andam a brincar às praxes durante as primeiras semanas. No Natal estão com a família, na passagem de ano divertem-se. E a seguir têm exames de Química Orgânica, Anatomia, Análise Matemática. Ora muitos reprovam. E antigamente havia Setembro. Os alunos em Julho e Agosto com mais calma e tempo conseguiam recuperar o tempo perdido. E em Setembro passavam, e não reprovavam o ano.

Por terem acabado com as cadeiras anuais, roubaram mês dois meses de aulas a disciplinas complicadas. Isso foi grave, por exemplo, a Anatomia, que requer tempo para os alunos aprenderem os acidentes anatómicos dos ossos, memorizarem as origens e inserções dos músculos, as relações das vísceras, as inervações...

Havia muita coisa a melhorar no ensino superior português, mas era Bolonha a solução?

Isso nunca foi avaliado nem discutido e presumo que nunca será pois as universidades converteram-se em fábricas de mestrados e doutoramentos. Mexer no «sistema» que se instalou implica mexer em capelinhas com ligações ao poder político...

Zephyrus disse...

«Mas repare a perversidade com que agora se nivela por baixo.

Eles dizem que é para todos terem "sucesso". Assim mesmo- sucesso à americana e concurso televisivo.

Depois a juventude bate com a cabeça na parece quando percebe no que deu tanto "sucesso escolar" sem saberem fazer nada.»

A minha freguesia natal tinha 6 escolas primárias daquelas antigas. Uma dessas escolas tinha uma professora que se achava muito moderna. Era do PS local e conseguiu muitos favores da autarquia que era ora comunista, ora socialista. Vangloriava-se que com ela o ensino era «lúdico». Não foi minha professora. Ouvia dizer que os alunos passavam boa parte do tempo a fazer trabalhos manuais e teatrinhos. Visitas de estudo não faltavam, com o autocarro da câmara à disposição.

Quase toda a gente ia para a telescola. E na telescola a avaliação era feita apenas por testes e com testes feitos pelo Ministério com critérios de correcção do Ministério. Resultado? Os alunos dessa professora reprovavam em massa no quinto ano. No meu quinto ano, eram nove vindos dessas escola, nove reprovaram. Consequências para a «senhora»? Nunca houve...

Os exames permitem despistar estes casos e é por isso que a corporação não os quer. Estão-se nas tintas para os alunos, o que interessa é o próprio umbigo: emprego garantido para a vida sem que ninguém controle se trabalham bem ou mal, muito ou pouco.

Floribundus disse...

Insurgente
Cândido Ferreira desafia Nóvoa a esclarecer percurso académico

Falando na Universidade de Aveiro, onde hoje foi recebido pelo respetivo reitor, Manuel Assunção, Cândido Ferreira disse não estar a fazer acusações, mas sim perguntas, a que o candidato Sampaio da Nóvoa deve responder para que “não fique a suspeita de qualquer mácula sobre o seu currículo académico”

“Faço perguntas, baseado em rumores que têm vindo a surgir desde há dois meses, que não foram respondidos, e perante as dúvidas que suscita o livro que o próprio candidato assinou”, declarou referindo-se ao autobiográfico de Sampaio da Nóvoa intitulado “Política de Vida”.

Hoje mesmo a candidatura de Cândido Ferreira lançou uma “Nova carta aberta a Sampaio da Nóvoa”, em que o confronta com dúvidas sobre a sua carreira, alegando que o curso “Formação de Professores de Educação pela Arte”, que Nóvoa terá frequentado na Escola Superior de Teatro e Cinema, “não confere licenciatura” e que o certificado obtido “apenas o credenciou enquanto professor primário”.

Pergunta ainda como é que, “aparentemente sem qualquer outra licenciatura, terá conseguido obter as equivalências na Suíça, que lhe permitiram frequentar um curso pós-graduado e ascender na carreira universitária”, sendo que “terá tido acesso à cátedra, sem que a sua tese estivesse reconhecida por qualquer universidade”.

JPRibeiro disse...

Este ministro (imbecil doutorado em quê? em origamis como o outro Nóvoa?) tresanda a soissantehuitrad maoista revisitado. Mandem-no de volta para a China que aí lhe tratarão da saude.

Zephyrus disse...

Nóvoa tresanda a uma coisa.

A-v-e-n-t-a-l.

jbp disse...

Zephyrus,

Bolonha não resolve nada até porque continua tudo na mesma só que em formato "bolonhês". O que se fez por cá, foi pegar no método antigo e colocar em disciplinas semestrais. Os métodos continuam a ser os mesmos.
No caso da Medicina, basta comparar aquilo que se faz na UBI e na UMinho com aquilo que se faz em Coimbra, por exemplo. Enquanto as 2 primeiras, o ensino é baseado em problemas, na última é baseada no marranço. Bolonha visa uma aprendizagem baseada em problemas, algo que os excelentíssimos professores doutores não estão para aí virados porque "dá muito trabalho". É mais fácil corrigir um exame final e ler slides.

Zephyrus disse...

«Bolonha não resolve nada até porque continua tudo na mesma só que em formato "bolonhês". O que se fez por cá, foi pegar no método antigo e colocar em disciplinas semestrais. Os métodos continuam a ser os mesmos.»

Então porque aplicaram o tratado? O que fez o Reino Unido? Achavam que viria uma avalanche de estudantes estrangeiros para cá? Na prática o que se viu foi um aumento brutal das reprovações por terem retirado a época de Setembro, e um aumento enorme e encapotado das propinas na maioria dos cursos. Em Espanha está a ser feita a reflexão pois tenho acompanhei vários artigos sobre o tema no El País e não estão nada satisfeitos com as suas universidades. E os espanhóis têm das melhores universidades da Europa. Nós não.

O método do Minho é diferente. A avaliação é contínua no sentido em que há testes regularmente. E o ensino é integrado. Estudam ao mesmo tempo a Anatomia, Fisiologia, Histologia, Patologia e Anat. Clínica de um dado órgão. Tenho boas referências do curso de Medicina de Braga. É seguramente um método que implica mais trabalho por parte do docente.

Zephyrus disse...

Já o Fritz Lang mencionava a temática do cientista que é marioneta do poder com objectivos obscuros no Metropolis. Isto foi há quase 100 anos... o homem que vende a sua inteligência mesmo sabendo que está a vender a alma ao Diabo, e que depois do trabalho sujo é desprezado pelo Poder porque nunca poderá ser um dos Seus. Este Tiago ou um Teixeira dos Santos, tal como um Centeno, encarnam perfeitamente nesse papel...

Lura do Grilo disse...

Esta politica esquerdista no ensino tem sido terraplanagem pura e simples.

Apache disse...

“Os exames permitem despistar estes casos e é por isso que a corporação não os quer.” [Zephyrus]
A esmagadora maioria dos professores é de esquerda, mas tal não significa que todos esses sejam contra a realização de exames com peso na classificação final dos alunos. Os professores favoráveis a exames não serão em número inferior aos críticos desse método complementar de avaliação. A título de exemplo, a posição oficial do PCP, nesta matéria, é diametralmente oposta da defendida por muitos professores comunistas que conheço.


“Este ministro (imbecil doutorado em quê? em origamis como o outro Nóvoa?)…” [JPRibeiro]
De acordo com a informação disponível no Portal do Governo, o Ministro será doutorado, por Coimbra, em Biofísica Molecular. O que é que isso significa de concreto é que poderá não estar ao alcance de comuns mortais, como eu.

Anjo disse...

Vai um faqueirozinho novo? Vá lá, não se cortem... pagam os de sempre.

http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/economia/detalhe/estado_compra_parte_de_faqueiro_por_75_mil_euros.html

Anjo disse...

Correcção: são apenas as facas, por enquanto.

josman disse...

Eh! pá, Zé Domingos, quem te viu e quem te vê! E foste tu democrata e professor durante uma porrada de anos? Quanta confusão por aí vai, de factos (a memória é traiçoeira) e de interpretações (a amargura é má conselheira). Acabas a ficar ao nível do reaça deste blog (esse Zé admirador do Marcelo com um pé a fugir para o Salazar, forte a arrear nos sabichões tudistas da nossa praça, mas simultaneamente aspirante a sabichão tudista, cagador de alto de asneiredo em chorrilho sobre tudo e mais alguma coisa, no que está muito bem acompanhado pela maioria dos comentadores).
Os factos. No liceu também andavam de batas ou de fatos-macaco? Devia ser para não sujarem as roupinhas nas oficinas… E quanto às sapatilhas da ginástica (matéria que te escapou, mas que o zézito bem lembrou), também era tudo igual? Que me lembre, uns usavam alpergatas da Repenicado e Bengala enquanto outros não dispensavam as botas da Sanjo. Iguais, não? Sim, na cor: era tudo branco. E foste para a escola industrial e não para o liceu porque gostavas mais de electricidade? Naturalmente, por herança do António Pedro, embora eu julgasse que fora porque na terra não havia liceu, mas apenas a velha escola industrial VD do tempo da 1.ª República (porque capacidades para teres sucesso no liceu não te faltavam).
As interpretações. Ninguém, em tempo algum, defendeu a palermice de que as pessoas são iguais, para além da igualdade perante a lei, em direitos e deveres. A escola não detém a virtude de tornar igual o que é diferente, mas tem o dever de proporcionar a todos as mesmas oportunidades de aprenderem e, desse modo, de possibilitar-lhes a mobilidade social ascendente, se para tanto tiverem mérito. E desse dever da escola (do Estado burguês, através da escola) beneficiou muito palerma que aqui vomita alarvidades, pois nas berças de onde são oriundos foi a escola que lhes proporcionou a oportunidade de saírem do círculo vicioso da reprodução das hierarquias sociais baseado no privilégio.
Na sua pequenez, esta maltosa reage contra um pseudo facilitismo da escola de hoje, diferente do rigor da do seu tempo, como se a escola não fosse fruta das épocas e, nesta época, instrumento de alienação e de reprodução de algumas necessidades do capitalismo contemporâneo. As confusões nestas cabecinhas são tais que atribuem toda a mudança no sistema de ensino, da generalização e da inclusão escolares à unificação curricular e á abolição dos exames, a obra de perigosos comunas ou de não menos nefastos companheiros de jornada disfarçados, e não enxerguem que elas são produto dos valores e dos interesses do capitalismo existente e da sociedade que produz. Daí que o seu discurso anti-igualitário guarde tantas semelhanças com o proto-fascismo autoritário, anti-democrático e, em certos aspectos, anti-capitalista. O seu saudosismo do salazarismo não engana, mesmo que disso não tenham consciência.
Julguei que guardasses o discernimento suficiente para não embarcares tão facilmente no discurso aparentemente anti-igualitário, mas na verdade elitista e proto-fascista, do reaccionarismo anti-democrático dos palermas que povoam este blog.

Anjo1 disse...

Ena, tanto "proto-", tanto "anti-" e tanto "reacça"...

Fiquei agora totalmente esclarecido: as mudanças no sistema de ensino são, afinal, "produto dos valores e dos interesses do capitalismo existente e da sociedade que produz". Dia ganho! Vivia na escuridão e fez-se-me a luz forte de um potente farol.

José disse...

Josman: o estado fossilizado ainda permite pensar alguma coisa? Se permite, pode fazer um pequeno esforço e usar outras palavras. Essas, inventadas por fósseis como V. estão gastas.

José disse...

"Ninguém, em tempo algum, defendeu a palermice de que as pessoas são iguais, para além da igualdade perante a lei, em direitos e deveres"

Podes começar por aqui, por esta bela frase, saída do âmbar da burrice enfrascada.

José disse...

"Daí que o seu discurso anti-igualitário guarde tantas semelhanças com o proto-fascismo autoritário, anti-democrático e, em certos aspectos, anti-capitalista."

Esta ainda tem mais que se lhe diga, mas não digo mais para não esquentar a mioleira que pode sair do estado fóssil e estalar o verniz.

José disse...

Quanto a "alarvidades" são tuas tias, com certeza. Fossilizadas, também.

Floribundus disse...

o social-fascismo contra-ataca.
Lysenko não aceitava a genética.
este agit-prop está a milhas do que me ensinaram no PCI em 58
a escola na urss era de inferior qualidade à salazarista,
tive uma prof em Paris que se enfrascava com aguardente de batata

Ricciardi disse...

Os licenciados em universidades lusas competem em qualquer país e em qualquer multinacional.
.
Nesta semana, creio, estão 33 multinacionais na Univ. Minho para recrutar 400 engenheiros.
.
Os nossos engenheiros são bons, recomendam-se e têm boa procura no estrangeiro. Nas engenharias, na arquitectura, nas medicinas, na Economia ou Gestão, os portugueses estão muito bem preparados. Como nunca estiveram. Em qualidade e quantidade.
.
O sistema tem produzido licenciados que competem com qualquer outro licenciado de qualqur outro país.
.
Quem trabalha ou trabalhou nalguma multinacional percebe bem o que digo.
.
O que falta em Portugal é adequar melhor a vocação de cada um ao curso que tiram. Reinventar os cursos médios e recuperar o ensino tecnico/profissional.
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Falta também dar mais poder aos professores. Muito mais. Um poder semelhante ao que tinham no estado novo. A bem da disciplina.
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Rb

Ricciardi disse...

Pode ser que um ministro fora da caixa, cientista, pragmatico, possa trazer alguma frescura ao sistema e fazer o que é preciso fazer.
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O problema deste ministro é estar em coligação com políticos que não vêm com bons olhos os cursos médios e técnicos. Se bem que, já passaram por lá ministros de todas as tendências políticas e nenhum fez nada em especial. Continua tudo basicamente igual.
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A nível político o Sócrates fez uma coisa bem feita- a avaliação dos profs- e o Coelho mal tomou posse retirou essa medida. Andou para trás. Bem para trás. Porque é uma medida que promovia o mérito.
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Rb

Ricciardi disse...

Agora, não podemos pretender formar elites como forma os EUA ou a Inglaterra. Não temos MIT's nem investimentos dessa ordem de grandesa. Isso aplica-se à educação e a todas as actividades sociais e economicas. É impossível ser melhor sem investimento. Na educação ou no futebol, na artes ou nas ciências.
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Rb

zazie disse...

É, o anterior até vinha de humanidades

josman disse...

José.
Voscência pode dizer o que lhe apetecer deste “fóssil” e das suas ideias, salvo que ele tenha tido quaisquer simpatias pelo salazarismo ou pelo seu filho desnaturado marcelismo, ao contrário de voscência. Apesar de o ideário fascista não servir para macular seja quem for, voscência nem prima por conhecê-lo, e as suas tiradas aqui parecem-me mais ditadas por um reaccionarismo autoritário e anti-democrático, visceralmente anti-comunista, do que por qualquer ideologia definida. Tanto mais que os alvos da cruzada de voscência são os comunistas e os seus parentes social-democratas, raramente atacando os malfeitores que tomaram conta desta merda de há quarenta anos para cá.
A cegueira dos palermas que o faz atribuir os males passados, presentes e futuros ao ano e meio em que os comunistas teriam tomado conta do poder (outra palermice com que se consola) nem lhe permite enxergar que quarenta anos já era tempo mais do que suficiente para que a elite dos capitalistas tivesse dado a volta a isto. Ah!, é verdade, os capitalistas de hoje não chegam aos calcanhares dos de antanho, já não há Alfredos da Silva, nem Sommers, nem Espíritos Santos, nem Champalimauds, esses sim, bons capitalistas, empreendedores de sucesso ainda que à custa do trabalho sem direitos, dos salários baixos, da protecção e da mama da teta do Estado, e os políticos ao seu serviço são desprovidos do mínimo de competência, pois, é claro, já não há homens providenciais, como o Salazar, nem sábios e de vistas largas, como o Marcelo, e até o autoritarismo ditatorial da tropa foi destronado pela soberania da vilanagem inculta que não come liberdade e que zela pouco pela democracia.
O desencanto que voscência parece manifestar para com a democracia de faz de conta que vamos tendo, que o leva a fazer a apologia do fascismo corporativista que tivemos e a enaltecer a obra dos excelsos ditadores que nos calharam, afinal, deveria ser canalizado contra a merda de classe dominante que temos, quiçá contra o povo que somos, e não contra os quixotescos moinhos de vento das malfeitorias dos comunistas. Os comunistas têm defeitos suficientes para serem criticados e a ideologia comunista para ser combatida, mas não é preciso diabolizá-los nem atribuir-lhes males de que não são culpados. A boçalidade geradora do ódio não é boa conselheira. Saúde.

zazie disse...

voscência devia era ir para primária e desorelhar daqui.

josé disse...

Deixe estar que está muito bem. Sobre o fassismo e sobre o comunismo muito há a dizer porque voscência apesar de saber tudo, tem tudo no frasco.

Ora destape lá um pouco e vai sentir o mau-cheiro desse saber. Experimente por exemplo não execrar Salazar como execra ou ponderar o regime salazarista como outra coisa que não fassista.

Experimente que vai apreciar um mundo novo...

josé disse...

Sobre o papel dos comunistas está demonstrado em vários postais que coloquei aqui ao longo dos anos.

E estou prontíssimo a discutir tal coisa e desafio-o para tal, se tiver interesse.

Se for apenas para vir aqui insultar também sei fazê-le e não custa nada. Dizer coisas com jeito é que me parece mais difícil, mesmo com as ideias feitas que apresenta, metidas no frasco.

josé disse...

O método que lhe proponho é simples: eu deixo de apodar os comunistas de isto e aquilo e voscência deixa de me chamar fascista porque não me incomoda mas é falso como designação e inquina a conversa.

josé disse...

A primeira questão que lhe coloco em modo retórico se não me responder é simples:

Que sistema económico defende e qual lhe parece o melhor para produzir bens e serviços de que carecemos todos, como Homens?

josé disse...

A Igreja Católica veio hoje dizer uma coisa sobre isso: é o capitalismo ou a economia de mercado. Ou o liberalismo. Ou o fassismo como voscências lhe chamam...

josman disse...

José.
Comentei no blog de voscência um comentário de um velho conhecido, cujo teor me deixou deveras surpreendido. Embora aqui venha de vez em quando rir das boçalidades de voscência e dos seus comentadores habituais, foi a primeira vez que comentei, e eventualmente não o deveria ter feito. Mas aprecio a sua tolerância ao permitir-me frequentar o antro.
Não estou minimamente interessado em discutir seja o que for com voscência. Gosto de discutir com quem sabe dos assuntos sobre que fala, não com quem nem chega a digerir os recortes colados com cuspo com que ilustra uma pseudo erudição que não possui. Muito menos me interessa discutir sobre o pouco de que sei um pouco com quem ainda sabe menos. Infelizmente, ao contrário de voscência, não sou um tudólogo, nem de saber colado com cuspo nem de erudição de copiosas leituras. Sei pouco e sobre muito pouco.
Também não chego ao ponto de apelidar voscência com o epiteto de fascista. Seria um elogio de todo imerecido e uma ofensa aos verdadeiros fascistas. A ideologia de voscência é uma miscelânea indefinida, próxima do autoritarismo proto-fascista, reaccionária e anti-democrática, saudosista da autoridade e da ordem (manda quem pode, obedece quem deve) que caracterizaram os regimes políticos ditatoriais aos quais tece elogios mais por reacção à desordem típica da democracia do que por verdadeira consciência da bondade de tais regimes.
As faladuras de voscência sobre muitos temas são frequentemente boçais. As dos comentadores habituais, então, nem é bom falar, tal a alarvidade que evidenciam.
Tenha saúde.

josé disse...

A sua arrogância só tem paralelo na sua burrice mascarada de sabedoria de algibeira. É assim mesmo porque apodar de fascista quem nunca o foi nem sequer por sombras como é o caso de Salazar diz tudo da sua sabedoria.

Portanto, se não quer discutir, faça boa estadia no âmbar em que se meteu.

A minha ideologia é outra coisa que voscência nem vislumbra agarrado que está aos paradigmas da sua autosuficiência intelectual.

E depois eu é que sou o boçal...

josé disse...

De qualquer modo fico enfatuado por não querer saber do que escrevo e afinal se dar ao cuidado de perorar sobre o que aqui lê.


Um pouco mais de humildade só lhe faria bem e desempoeiraria o bestunto algo mutilado pelo âmbar que pelos vistos frequenta há muito.

Saia do frasco e apanhe um pouco de ar.

josé disse...

Se por acaso puder apontar um único exemplo de boçalidde poderei pelo menos perceber que voscência sabe o significado da palavra, o que duvido.

Apache disse...

“Pode ser que um ministro fora da caixa, cientista, pragmático, possa trazer alguma frescura ao sistema e fazer o que é preciso fazer.” [Ricciardi]

O que este ministro traz de novo, a avaliar pela amostra, é o regresso ao ”eduquês” em estado puro. Uma versão romântica da educação: a desculpabilização dos alunos pela falta de educação, pela desatenção permanente, pela ausência de hábitos de estudo; a ausência de avaliação objectiva, consagrando o direito ao sucesso, livre de quaisquer deveres; a diluição dos objectivos (ou metas) de aprendizagem num currículo difuso que não comprometa os professores com a leccionação de um programa mínimo, nem exija aos alunos qualquer aprendizagem concreta.



“A nível político o Sócrates fez uma coisa bem feita- a avaliação dos profs- e o Coelho mal tomou posse retirou essa medida.” [Ricciardi]

Isto é falso! A avaliação (que já existia, ainda que igualmente sem credibilidade, muito antes de Maria de Lurdes Rodrigues) herdada de Sócrates sofreu pequenas alterações mas o modelo actual mantém a essência do anterior. E se quer a minha opinião, é uma bela merda. Colocar um professor, com idêntica formação a avaliar outro é o mesmo que colocar um aluno a avaliar o colega. A subjectividade impera: gostos pessoais, amizades ou inimizades, simpatias e jogos de interesses determinam a classificação que o avaliador atribui ao avaliado de quem observou duas ou três horas de aulas num ano. Crato tentou algo mais credível, colocar os candidatos a professores a fazer um exame de admissão à carreira, mas cometeu o erro de simplificar exageradamente o exame (cujo grau de dificuldade raiava o ridículo) elaborado por professores universitários que também precisam (há muito) de avaliação séria. O TC declararia, posteriormente, o exame inconstitucional, pelo que, paulatinamente, tudo está a regressar ao que era aquando da governação da maluquinha da Av. de Roma.

antonio rosa disse...

Caro Apache
Nem mais , em cheio na mouche ! Avaliação " inter pares " ??? Ou uma
canhestra manobra de diversão , para esconder o real estado de coisas na escola pública - et pour cause , visto que é mais que certo que
" amanhã já ninguem se lembra " -virar contra os professores a opinião
pública e os Pais ? Alguem se recorda ainda do que precedeu esta declaração de guerra aos professores ( a célebre cena do " dá-me o telemóvel já ! " ) ?

zazie disse...

O Apache disse tudo e arrumou o palermoide xuxa

muja disse...

Os licenciados em universidades lusas competem em qualquer país e em qualquer multinacional.

Esta afirmação é falaciosa.

Alguns licenciados, sim, competem em qualquer lado. Outros também competem, mas a servir à mesa. E outros a fazer outras coisas para as quais não precisam de licenciatura. Mas onde competem realmente ao mais alto nível é no não saber o que hão-de fazer. Eu conheço uns poucos. Gente realmente confusa e sem saber o que há-de fazer. Licenciados nisto ou naquilo. E também não é por falta de oportunidades, visto que estão em Londres, que foi onde os eu conheci.

Onde também competem, e perdem invariavelmente, é na idade. Aos dezoito não saber o que fazer, é natural. Aos 23, é compreensível. Aos 28, 29, 30 é mau sinal. É sinal de que se andou a perder tempo.

E os tais que competem em todo o lado e são muito bons, aposto que é mais por terem sido educados em Portugal, isto é, por serem portugueses, do que por terem estudado em escolas portuguesas. Sabem desenrascar-se, e isso, fora dos laboratórios e das torres de marfim, no mundo real, vale muito mais do que quase tudo, excepto talvez a persistência. Os que reúnem essas qualidades vingam efectivamente. Os outros vingam mais ou menos.










zazie disse...

«aposto que é mais por terem sido educados em Portugal, isto é, por serem portugueses, do que por terem estudado em escolas portuguesas»

Completamente verdade