quarta-feira, abril 06, 2016

Spengler por Martínez

O Prof. Soares Martínez publicou esta terça-feira no O Diabo este artigo sobre Oswald Spengler, um filósofo alemão do início do séc. XX e que publicou um ensaio sobre o declínio do Ocidente que ainda não foi traduzido em Portugal.

Neste artigo refere-se a baixa de natalidade e as suas causas e ainda o paradoxo democrático: quanto maior a democracia do sufrágio,  menor é o poder dos eleitores...o que parece evidente, em Portugal, por causa de outro fenómeno perverso: a partidocracia.




30 comentários:

Zephyrus disse...

Portugal é um país muito estranho.

Em menos de 20 anos baixámos de um índice de fertilidade de cerca de 3 filhos por mulher para menos de 1,5 filhos/mulher. Neste momento somos mesmo um dos cinco países do mundo com menor índice de fertilidade.

Em Inglaterra vejo muitos casais jovens com filhos, coisa que em Portugal há uns anos só via em Braga mas não para Sul.

Somos também o país com mais divórcios, é ir ao Pordata e confirmar. Curiosamente ainda sou do tempo em que no Norte do país o divórcio era coisa rara. E foi tudo muito rápido, 10 a 20 anos.

Ora gostaria de perceber como operámos mudanças sociais com tanta rapidez pois no resto da Europa estas mudanças operaram-se durante muitas décadas, sendo que algumas vêm do século XIX.

Gostaria de perceber por que motivo temos tanta dificuldade em ser ricos como são os franceses, italianos setentrionais ou austríacos, que são sociedades de matriz católica como a nossa e por ventura mais conservadoras.

Mudar a matriz de valores de uma sociedade em tão pouco é obra e demonstra como as ideias da Esquerda radical se apoderaram da educação, universidades e espaço mediático. Mas também não demonstrará a cobardia da Igreja portuguesa e de uma certa Direita que desapareceu mas existe?

josé disse...

"Mudar a matriz de valores de uma sociedade em tão pouco é obra e demonstra como as ideias da Esquerda radical se apoderaram da educação, universidades e espaço mediático. Mas também não demonstrará a cobardia da Igreja portuguesa e de uma certa Direita que desapareceu mas existe?"

Este é o principal problema nacional, a meu ver.

E por aqui tento contrariar essa tendência de Esquerda que me parece hegemónica, por causa do PCP e do que representou nos anos sessenta e setenta.

Parece fútil o que ando a tentar perceber mas para mim continua a ser o mais interessante e até importante.

Não denunciar esta gigantesca manipulação a que fomos sujeitos com alterações profundas na sociedade é criminoso, se assim se pode dizer.

josé disse...

O que me chateia mais são os compagnons de route do género do actual PR.

Nado e criado no fassismo virou-se contra o "pai" e anda a dar loas às ideias desgraçadas que nos trouxeram a este beco.

Ainda tive uma esperança quando o vi a ir à faculdade de Direito na noite eleitoral mas já a perdi.

josé disse...

Temos que recuperar a memória do fassismo mas em sentido completamente diferente do que os antifassistas o pretendem, como o celerado Rosas e afins.

Zephyrus disse...

Estas ideias de destruição do casamento monogâmico, visto como uma instituição burguesa, exaltação de tudo o que é alternativa vinda do Terceiro Mundo e do passado pagão (poligamia, lesbianismo, homossexualidade), exaltação do hedonismo e do ócio, tudo isto é antigo e tem as suas raízes, penso, no século XIX.

O pacote completo inclui a destruição da propriedade privada e está em marcha. O PS quer taxar a 30% as heranças acima de um milhão. Eles começam por um milhão, depois baixam para 500 mil, a seguir para 250 mil. Foi como o IVA, sempre a subir. O IMI também é uma forma de transformar a propriedade privada numa concessão (a alternativa transparente seriam impostos municipais pela recolha do lixo e fornecimento de água canalizada ou tratamento de esgotos).

Zephyrus disse...

Se olharmos para um mapa político de Portugal e Espanha constata-se isto. Zonas com grande propriedade como o Alentejo ou a Andaluzia são tendencialmente de Esquerda. Zonas com pequena propriedade como a Galiza ou o Portugal a norte de Sintra-Montejunto-Estrela são de Direita.

A propriedade privada é uma espinha na garganta da Extrema-esquerda radical. E os tipos sabem o fazem, trabalham a longo prazo, é o gradualismo. O Jerónimo dizia há uns anos que o caminho a percorrer seria o da social-democracia, depois o do socialismo, a seguir viria o comunismo.

Uma vez que o casamento já está destruído, penso que o próximo passo será o do fim da propriedade privada.

Recordo que na aniquilação da propriedade meio caminho já está feito. Noto como as instituições portuguesas, universidades, misericórdias, Igreja, associações, já não têm propriedades ou activos financeiros que lhes ofereçam total independência do Estado. Em Inglaterra, o Trinity College de Cambridge, por exemplo, é a terceira entidade inglesa com mais património, entre terras e imóveis.

Sem instituições endinheiradas não há sociedade civil e sem uma burguesia rica não há democracia.

Presumo que parte do silêncio da Igreja vem do facto de comer do Regime (via IPSSs, colégios com contrato de associação ou subsídios de autarquias).

Zephyrus disse...

«O que me chateia mais são os compagnons de route do género do actual PR.

Nado e criado no fassismo virou-se contra o "pai" e anda a dar loas às ideias desgraçadas que nos trouxeram a este beco.

Ainda tive uma esperança quando o vi a ir à faculdade de Direito na noite eleitoral mas já a perdi.»

Faz-me confusão que se digam católicos e depois aceitem certas coisas.

A consciência de um verdadeiro católico não permitiria a assinatura de certas leis que o Cavaco assinou. Ou que o Marcelo já disse que assinaria.

O Evangelho diz que não podemos servir a dois senhores.

Floribundus disse...

Sprengel previu o naufrágio
a que assistimos

retive a frase
'a idade da pedra não terminou por falta de matéria prima'

Anónimo disse...

Desde Policarpo que a igreja portuguesa é cobarde. Puramente, sem depender de prebendas monetárias. E colabora com a maconaria.

joserui disse...

As sociedades demoraram décadas, mas chegaram lá. Portugal foi para lá que caminhou — e a Europa como um todo está cada vez mais como os EUA, diz que é a globalização —, mais rápido porventura porque com rádio, tv e agora internet é tudo mais rápido. Quando se deu o 25A cá, a sociedade britânica já era uma sociedade degenerada. Foram os meus pais e primos daqui a correr, ver espectáculos da treta — "eu nunca tinha visto outro homem nú", diz uma prima hoje velhota. O progresso para ela era uma pila ao dependuro.
Mas de alguma forma os britânicos e outros mantiveram alguns pilares como esse colégio, ou a monarquia (que continua com um grande nível apesar dos abalos). Cá o pilar é a esquerda. -- JRF

josé disse...

Policarpo? E se for desde um certo António Ribeiro?

Estou a ler a auto-biografia de Carlos Cruz...e é muito instrutiva.

Em 1966 Cruz casou com uma tal Lisete, pelo Civil. Como trabalhava na Rádio Renascença, o responsável, monsenhor Lopes da Cruz ao ouvi-lo dizer que era pelo civil sugeriu que fosse pela Igreja. Perante a renitência, levou-o a demitir-se. Posteriormente, em conversa com o então padre António Ribeiro, colaborador da R.R. e futuro cardeal patriarca, este disse-lhe que aquela Igreja não era a dele...

Compreendo, mas em 1966 custa-me a aceitar assim, sem mais.

joserui disse...

Quanto a Spengler, hoje as citações funcionam como previsão, mas ele referia-se ao seu próprio tempo — acontece muito que escritos antigos venham ao encontro das nossas próprias convicções modernas. E no entanto, cá estamos. A natalidade para mim nunca foi problema, aliás se os portuguesas fossem 5 milhões, não se perdia nada.
E globalmente, cada vez mais — caminhamos de facto para uma sociedade onde largas áreas da indústria e não só, serão sem trabalho. O que antes faziam 1.000, hoje basta um — e isso Spengler não previu de certeza. Natalidade para quê? Para uma alargada elite se dedicar ao estudo, ao cultivo intelectual e à beleza? Está certo. Cada vez vejo mais broncos e é de pobre a rico, basta andar na estrada, ou observar um dia de futebol, a boçalidade é de alto a baixo.
A natalidade nos meios mais pobres, só é problema porque o Ocidente através da sua tecnologia médica, alterou as probabilidades naturais de selecção. -- JRF

joserui disse...

Quanto ao casamento, nos tais países para onde Portugal tem caminhado, os divórcios também atingiram números inacreditáveis e aparentemente estabilizaram num patamar, julgo que isso acontecerá cá. Se exceptuarmos aquilo que nem considero casamentos, acho que não foi a "esquerda" que destruiu o casamento — esse tipo de conclusões deixo para a esquerda. Por exemplo ontem aprendi que é a "direita" que deita árvores abaixo por esse país fora.
Quem destruiu o casamento foram as pessoas, eventualmente e principalmente as mulheres. Que já não aturam os desmandos do macho latino como antigamente e acho muito bem.
De facto, eu coloco-me no lugar de algumas pessoas (que conheço e virtualmente está toda a gente divorciada, menos eu) e penso assim: Cometido um erro (por vezes mais), vou viver a minha vida toda a sofrer por isso? Não terei direito a de alguma forma perdoar-me e tentar outra vez? E só me refiro a situações correntes, não violência doméstica e outras. Acho que o divórcio é uma parte integrante da sociedade criada, de grandes expectativas e pequenos valores. As pessoas não se entendem, estão sozinhas, está tudo fragmentado. E isso não foi o comunismo nem a esquerda. -- JRF

josé disse...

A Esquerda destruiu alguns valores que eram importantes para não acontecer o que aconteceu. A autoridade, por exemplo. Ou a noção de propriedade e o capitalismo.

Só essas duas coisas são fundamentais para a alteração.

josé disse...

A Educação é outro ponto fulcral e quem destruiu a Educação conforme havia foi a Esquerda.

Rui Verde, Pedro Garcia Rosado, Matilde Montgomery, João Dias e outros disse...

Boa tarde,

Queria só referir que existe uma edição traduzida em Portugal pela Guimarães. Não sei se está à venda ainda. Mas posso facultá-la se tiver interesse.

Obrigado

rv

José disse...

Obrigado. Vou procurar. Como vi a referência espanhola do Prof. Martínez nem pensei que existiria tradução portuguesa.

joserui disse...

Disso não tenho dúvidas, mas na educação passam-se coisas bizarras que a explicação "esquerda" não me convence. Pedagogia, falta de autoridade dos professores, revisionismo histórico, causas e chachadas diversas, ok.
Mas, os pais são piores que os professores e piores que os filhos, eu não entendo como é que demorou tão pouco a instalar-se esta boçalidade completa, falta de educação que já nem a civilidade mínima comporta. Ainda há pouco (está a decorrer) há uma aluna que é malcriada, ameaça, agride, etc. Tem um processo ultra-complicado e moroso com testemunhas, declarações e burocracia inacreditável (a cargo de uma amiga minha que sem ter nada com o assunto é a responsável de turma ou lá que é)… A mãe, em vez de repreender a filha, não… defende-a para além do razoável, contrata advogado, ameaça tudo e todos, uma cena escabrosa. A filha, cada vez pior nas aulas, não faz sequer trabalhos, recusa-se e diz-se "discriminada", "injustiçada" e mais uma série coisas sem sentido (não é cigana nem preta, senão também seria vítima de racismo)… Enfim, isto é uma degradação completa da sociedade. Foi a esquerda? Ou é um sinal dos tempos? A mãe é de direita ou de esquerda? A mulher é imune aos factos mais evidentes. -- JRF

josé disse...

Sabe porque é que atribuo todo esse fenómeno à Esquerda?

Por um motivo simples: tudo isto começou com o tempo do 25 de Abril de 1974. Começou com Rui Grácio e a igualdade forçada no sistema de ensino, a par do alargamento maciço da frequência das escolas que deve ter quintuplicado.

O maior problema hoje em dia nas escolas preparatórias do 1º ciclo deve ser a disciplina. Os miúdos não aprendem disciplina em casa e na escola comportam-se em conformidade, com todo o prejuízo que tal traz para os professores e o sistema de ensino.

Este fenómeno, a meu ver, é inteiramente de Esquerda que é laxista e igualitária.

Depois há a Constituição que é esquerdista e consagra ainda ideias utópicas de igualdade para todos a caminhar para a sociedade sem classes.

A ideologia esquerdista do assistencialismo como se fôssemos um país rico traz as bancarrotas à ilharga.

A ausência de verdadeiro capitalismo em Portugal, com grandes centros que os comunistas chamam de monopólios e que foram eles que eliminaram durante o PREC e nunca mais foi possível repôr, é outro dos maiores problemas que temos e é de origem esquerdista.

Portanto, ficam catalogados aí os problemas e a raiz dos nossos males: a Esquerda.

josé disse...

Os últimos 40 anos foram uma luta permanente para tentar repôr o capitalismo que tínhamos, sem qualquer sucesso. A Constituição não deixa e a Esquerda manda.

Temos pequenos e médios empresários que não chegam para nos colocar em pelotões da frente. É isso que o PCP quer.

Temos um sistema de ensino básico e secundário que é uma desgraça com professores muito mal preparados e que é a principal tragédia nacional.

A par disso temos media que alinham sistematicamente com a Esquerda e propagandeiam as ideias que depois são aprovadas em lei. Os cães e gatos acabam por ter quase os mesmos direitos que as pessoas. O "género" tomou conta da casa e somos cada vez mais esquerdistas na linguagem e na mentalidade.

É uma tragédia e quem não entende isto parece-me que anda distraído.

A Realidade não é e nunca foi de Esquerda e por isso vamos ter problemas a breve trecho.

Unknown disse...

Grande parte do problema reside no domínio que o esquerdlho exerce em termos culturais. E na falta de comparência da direita. Veja-se o que se passa no ensino, onde a estratégia gramsciana tem sido aplicada com sucesso. Ainda hoje tivemos a maior operação de lavagem cerebral de que me lembro desde que ando no ensino, a treta do "e se fosse eu?". Hoje os alunos foram convidados a estar na pele de um "refugiado", mas todos os dias levam com multiculturalismo, anti-fassismo, anti-capitalismo e por aí adiante. Os que remam contra a maré estão em significativa minoria. depois, há coisas engraçadas: anda-se pelas caixas de comentários dos jornais e, apesar de tudo, há muita gente a comentar contra a invasão islâmica, contra o fim da identidade europeia, contra a doutrinação que se vive na escola, contra o relativismo do herege Bergoglio, etc, mas depois não existe um movimento de direita em condições que capitalize isto e o esquerdalho continua a ordenar.

josé disse...

A Direita é a Realidade e a Esquerda é que precisa de a contrariar e fá-lo com o sucesso que se vê. É esse o drama.

majoMo disse...

. Tanto quanto me é dado saber, não existe tradução de "A Decadência do Ocidente" para português de Portugal [do Brasil existe].

. Oswald Spengler, "O Homem e a Técnica", 2ª Edição, Guimarães Editores, Lisboa 1993. Com um Prefácio notável de Luís Furtado, tradução de João Botelho.

. Esta obra, "O Homem e a Técnica", é uma súmula de "A Decadência do Ocidente", conforme expõe Spengler no Prólogo: "exponho ao leitor alguns pensamentos que extraí de uma mais vasta obra, na qual trabalho há vários anos".

josé disse...

Obrigado pela informação. Spengler não é persona grata ao esquerdismo ambiente e o gramscianismo rompante.

Maria disse...

"... mas depois não existe um movimento de direita em condições que capitalize isto e o esquerdalho continua a ordenar." José

"A Direita é a Realidade e a Esquerda é que precisa de a contrariar e fá-lo com o sucesso que se vê. É esse o drama." José

Ora aqui estão duas verdades incontestáveis. José, "não existe um movimento de direita... que capitalize isto..." simplesmente porque a esquerda NÃO DEIXA. A esquerda "fá-lo com o sucesso que se vê" porque tem a faca e o queijo na mão. A esquerda apossou-se do aparelho de Estado e os partidos que existem, todos eles, da esquerda à pseudo-direita, foram escolhidos a dedo por ela e têm que se submeter aos seus ditames or else. Quanto à comunicação social - a quarta(?) força política - está TODA dominada pela esquerda, uns porque fazem dela o seu modo de vida têm que se submeter a escrever/publicar o que lhes é ordenado com medo de perderem o emprego, mesmo se a maioria é forçada a fazê-lo contra a sua deontologia jornalística; e outros por oportunismo puro à espera das regalias e demais prebendas que daí advêm. E que regalias!

A Justiça tem muito que se lhe diga no que esta onda esquerdista diz respeito, já que é do conhecimemto geral muitas das decisões jurídicas têm por detrás a mãozinha da esquerda, justamente porque muitos dos seus elementos têm tendências esquerdistas. Quanto às forças policiais idem, aspas, salvo as excepções que confirmam a regra. Só nos restam as Forças Armadas..., mas estas..., sabe-se lá qual a influência (e o sucesso obtido) que, passados quarenta e um anos de doutrinação esquerdista em regime contínuo, nelas tem sido exercida pela esquerda que se infiltrou em todos os seus três ramos e respectivos campos de acção, afinal aqueles que, além de existirem para assegurar a paz e a segurança da sociedade e do povo, comandam os destinos de uma Nação.

josé disse...

A Esquerda não tem que deixar. Tem apenas que tolerar se aparecer tal movimento ideológico consistente.

Quanto ao facto de a Esquerda ter a faca e o queijo na mão é essa questão que aqui, neste blog, me ocupa em permanência.

É essa a razão de existência, primordial.

Unknown disse...

No Portugal Contemporâneo do Oliveira Martins há umas ideias muito interessantes sobre os anos do fim do Antigo Regime entre 1826 e 1834.
Primeiro, todo um mundo de pequena fidalguia, conventos, elites locais, ordenanças, municípios, etc., em que assentava a vida quotidiana foi varrido do mapa. O mundo político e cultural de grande parte do País nunca voltou a ser iguel. A centralização que se seguiu, reforçada pelo aparelho legislativo e pela expropriação, tornou o tradicionalismo português em pedinchão, dependente, complexado, cobarde e absentista.

A derrota da guerra civil foi algo com consequências muito mais profundas em termos sociológicos ou culturais do que perder uma guerra "convencional".

Miguel D

Maria disse...

"A Esquerda não tem que deixar. Tem apenas que tolerar se aparecer tal movimento ideológico consistente." José

Mas o José acha que a esquerda, implantada no terreno de pedra e cal, "toleraria" porventura uma força política da direita civilizada, um partido verdadeiramente nacionalista e patriótico, totalmente desligado do sistema doentio que nos rege e das forças políticas negativas actuais, as que dominam de facto e totalmente o aparelho do Estado, sendo as efectivas donas do País? Se isto acontecesse ela, esquerda, perderia o Poder e isso para os que o têm bem agarrado e não o querem largar nunca mais, seria impensável. Por favor, José, uma tal força política de direita seria imediatamente esmagada pela esquerda reinante (como aliás o foram prontamente as poucas que apareceram após o 25/4), socorrendo-se dos seus homens de mão, que estão ao serviço do sistema e dos seus mandantes 24 horas sobre 24, lançando mãos de todos os meios sujos ao seu alcance: difamações, chantagens, ameaças, pressões, escândalos pessoais fabricados, impropérios e epítetos vergonhosos, tudo para rebaixar e inferiorizar os antagonistas, insultando-os com chavões do género "fascistas, nazis e salazaristas" e piores, com o exclusivo fito de fazê-los desistir dos seus intentos. Se nenhum destes métodos indignantes surtisse efeito, a esquerda revolucionário partiria d'imediato para meios mais drásticos em que são mestres - assassinar o/s recalcitrante/s - como o têm vindo a fazer ao longo da 'democracia' e os exemplos são mais do que muitos e bem conhecidos. A direita sabe isto de cor e salteado e tem-se perguntado uma e outra vez "para quê maçarmo-nos e destruirmos as nossas vidas se, mesmo que o tentassemos com todas as nossas forças, num regime como este nunca os conseguiríamos vencer? A esquerda sabe que é exactamente assim que a direita pensa, por isso mesmo é que ela continua a dominar o palco político e a ser dona de Portugal.

Pensar-se que a esquerda situacionista iria "tolerar um movimento oposicionista ideológico consistente", isto é, uma direita patriótica defensora da Soberania e da Independência do País, apoiada por 90% dos portugueses, que os derrubaria num ápice em todas as eleições, desculpe José, mas, perante o actual estado ditatorial (comunista) em que nos encontramos acreditar-se que uma tal realidade seria possível só nos pode fazer sorrir. Nem sequer rir, porque o desanimo é demasiado para o permitir.
(cont.)

Apache disse...

“Neste artigo refere-se a baixa de natalidade e as suas causas e ainda o paradoxo democrático: quanto maior a democracia do sufrágio, menor é o poder dos eleitores”

A baixa da natalidade é uma das consequências da ideologia gramsciana largamente dominante.
Quanto à democracia, ela tende (quase) sempre a eleger, de entre todos os candidatos, o maior charlatão.

Maria disse...

(Conclusão)

Mesmo a propósito. Ontem, na grande entrevista da RTP-3, o terrorista e traidor-mor Alegre veio confirmar o que já se sabia desde há muito, que sempre havia sido comunista até mais tarde ter resolvido aderir ao P.S. Que sempre foi muito amigo do Soares, com quem, antes do golpe d'Abril, volta e meia se encontrava em Paris (para conspirar contra a Pátria, isso já é do conhecimento geral e nem podia ser doutro modo, ele e Soares são irmãos de partido e da mesma seita) e também costumava encontrar-se com Cunhal..., pois concerteza, então não?! Disse ainda que esteve preso uns dias(!!!) pela PIDE..., (a passagem por Caxias, nem que fosse por cinco minutos, era absolutamente obrigatória e receita infalível com carimbo no registo criminal para qualquer anti-fascista que se prezasse, sendo esta a sua marca de água. (Pudera, não haviam eles de gostar da democracia e de apregoar o anti-fascismo - aquela alcançada sempre escudada neste - ambos têm-lhes rendido não poucos milhões ao longo dos quarenta anos que levamos de regime, caso não houvesse democracia nem anti-fascismos despudorados eles seriam uns pelintras e uns zés-ninguém que não tinham onde cair mortos. Também diz que esteve oito anos(!!!) na rádio-Argel, claro, belo e oportuno cargo de que se valeu para trair criminosamente durante todos esses anos os nossos bravos militares provocando a morte de muitos e o estropiamento doutros tantos, cometendo com tão vil proeza Alta-Traição à Pátria. E qual é a pena jurídica que, segundo reza a Constituição Portuguesa, deve aplicar-se a quem traia a sua Pátria? Pena de morte.
Pois é, estamos perante uma esquerda despodurada que, à falta de prisão perpétua, merecia ser expulsa de Portugal, porém não só não o é por se considerar dona e senhora do País, como todos os seus elementos, comunistas, socialistas e extremo-esquerdistas, ainda têm o desplante inaudito de se considerarem heróis por terem derrubado um regime conduzido por homens bons, honestos, íntegros e patriotas, substituíndo-o por outro cujos membros dos partidos que o compõem não passam de gatunos, burlões, corruptos, traidores e o mais que é preferível não mencionar. Heróis, estes bandalhos armados em políticos sérios? Só se forem da velhaquice, da roubalheira, da mentira e da traição. Disso, sim, eles são com sobras.
De facto, como autores de tanta vilania, os despredíveis esquerdistas que nos têm vindo a desgovernar mereciam ser agraciados com um galardão, mas com a designação bem explícita de terem sido os mais indignos e inqualificáveis políticos jamais havidos em Portugal.