domingo, março 12, 2017

Velvet Underground & Zappa, 1966


 
Estes dois discos foram gravados mais ou menos na mesma altura- 1966. Um, de Frank Zappa e os Mothers of Invention,  foi lançado logo nesse ano e é um dos primeiros, se não o primeiro lp duplo da música pop. 
O outro, dos Velvet Underground&Nico,  faz hoje 50 anos que foi lançado ao mercado. Segundo contava uma revista da especialidade- Mojo, número especial de Outubro de 2010 consagrado integralmente a Frank Zappa- o disco dos Velvet Underground foi adiado para esta altura de 1967 por causa daqueloutro, pois a editora -Verve-  era a mesma, tendo preferência por aquele.



O teste do tempo consagrou o álbum dos Velvet como mais influente, embora o dos Mothers seja também uma maravilha, se escutado na versão original.

37 comentários:

joserui disse...

Frank Zappa, em 1963, a utilizar uma bicicleta como instrumento.

mcnuno disse...

... se isto fosse o facebook era já um "Like" :)

Paulo Moreira disse...

http://read.tidal.com/article/velvet-underground-50-years

josé disse...

O Tidal é mp3. Subproduto de hi-fi.

josé disse...

Ouvir o Freak Out de Zappa e os Mothers na versão original, mesmo em stereo e não em mono que foi a primeira versão, é outra coisa.

Os baixos, a dinâmica sonora, o ambiente da gravação fazem toda a diferença e tornam a audição um prazer e não uma estopada cansativa.

Paulo Moreira disse...

Concordo. Era só para dar uma vista de olhos no texto. Tenho curiosidade em saber que tipo de amplificador é que o José utiliza. Transístores ou válvulas?

josé disse...

Transístores da Nakamichi, sistema Treshold. Anos oitenta.
Gostaria de ter um Audio Research gs75 ou até um Pass Labs ou um McIntosh só para ouvir o efeito na sala, mas custam o preço de um carro utilitário.

Para mim não é preciso gastar muito dinheiro para ter uma aparelhagem boa, um pouco mais que suficiente.

5 mil euros chegam.

o problema é que se quiser umas colunas Audio Note já custam quase tanto como isso. E se quiser um gira-discos semelhante, idem aspas e já lá vão oito mil euros. E se quiser um leitor de CD/SACD com DAC e DSD, outro tanto e já lá vão 15 mil e se a isso juntar um phono-stage de boa qualidade já estamos em 20 mil.

Se lhe juntar uma cabeça de leitura mc de qualidade acima da média lá vão mais 1500 euros, no mínimo.


Para desfazer isso, no outro dia num artigo da Stereophile um dos críticos dizia que por 5 mil conseguia quase tudo...da Shiit Audio, americana que se vende por correspondência.

Enfim, faz-se o que se pode e a aparelhagem que tenho dá-me prazer auditivo suficiente.

No outro dia fui ao Audio Show no Hotel Pestana e apreciei várias aparelhagens de dezenas e dezenas de milhar de euros.

No fim vim de combóio a ouvir gravações minhas em dsd num leitor digital da Fiio ( X5II) e não me senti assim muito frustrado.

Mas a diferença de qualidade quando se ouve é fatal e não deixa ninguém indiferente.

josé disse...

Ah! Mas estive ontem a ver o video de Zappa com 14 anos a experimentar na tv o som das rodas de bicicleta percutidas com um arco de violino...

joserui disse...

Acho que concordo com o seu orçamento para uma aparelhagem decente…
A Shiit por acaso intriga-me, nunca li uma má crítica. O nome podia ser um bocadinho melhor, para americano. Mas disseram-me que o português como idioma e como pessoa, deve ser no mundo o que mais depressa detecta e faz associações na linguagem escrita e falada, a brejeirice e "coisas marotas".
Ainda há os cabos que sem entrar em loucuras, acabam por custar uma pipa. E por acaso acho útil os reguladores de tensão/filtros de electricidade.

joserui disse...

Mas podia gastar muito mais. Só as colunas Magico Q1 levavam o dinheiro todo. Mas adoro o aspecto daquilo, nunca ouvi (não consigo comprar uma coisa que ache feia, mesmo que tenha um som extraordinário — parto do princípio que encontro o mesmo, versão bem desenhada.
Descobri há pouco as Audio Physic Tempo Plus (alemãs), coisa fina. Não muito caras.

joserui disse...

O Zappa tinha 14 anos? Já nasceu velho… dava-lhe mais de 20 nesse programa. À bicicleta achei alguma piada, mas o que gostei e já não volta são os programas do género, com uma capacidade de mostrar algo novo, entreter e a tv como realmente uma companhia para quem está em casa reunido à volta dela.

josé disse...

24 anos...foi lapso. Até diz que tem mulher, acho que ouvi.

josé disse...

Há pouco tempo estive em Paris e andei à procura de lojas de alta fidelidade. Descobri uma ( outra já estava encerrada) e lá tinham umas coisas da Nagra e um VPI Classic, para além de vários tipos de colunas Dynaudio e umas alemãs que não recordo.

Falei um pouco com o lojista que me disse que o negócio hifi em França estava fraco.

Na Alemanha é outra coisa e está pujante. Têm por lá três ou quatro revistas da especialidade e têm todos mas mesmo todos os produtos necessários sem terem que importar seja o que for.

Em Berlim há uma loja ( HIFi Hinterof) que tem lá tudo. Foi lá que comprei o FiiO X5II que experimentei antes com vários auscultadores e comparei com um Astell&Kern 240.

Paulo Moreira disse...

Não resisto a fazer um copy/paste do que escrevi, e não publiquei, no post que o José escreveu a propósito do falecimento de Al Jarreau.

"Não serei eu a subtrair méritos ao vinil pois até concordo consigo. Em 1990 ou 91 assisti durante o Audioshow (uma mostra anual dedicada à alta fidelidade que se realizava no Hotel Alfa, em Sete Rios) a uma demonstração das virtualidades do compact disc. Escolheram o álbum de 1988 Tracy Chapman, Tracy Chapman, em cd e em vinil, cd que eu tinha e ouvia frequentemente em casa, prato e leitor de cd ligados ao mesmo amplificador. Tudo equipamento topo de gama. Conclui imediatamente duas coisas; 1º, as notas da guitarra com menor frequência (graves) "acabavam" mais cedo no cd e prolongavam-se mais no vinil parecendo-me um som mais natural, mérito do vinil. 2º. descobri que o primeiro som que se ouve no álbum é a rapariga a respirar e o segundo o dedo a encostar na corda, coisa que em casa nunca tinha ouvido, e isto tanto no vinil como no cd, portanto mérito do amplificador Threshold (que em jeito de piada, dizia o técnico, custava tanto como um Renault Clio)"

Na altura tinha um amplificador Rotel, colunas Kef e leitor de cd Technics mas depois de ouvir o Treshold passei essa década a comprar, trocar e vender equipamento até conseguir algo que gostasse verdadeiramente. Acabei com um amplificador Audioanalyse PA 60, colunas Triangle e prato Dual, que é o que ainda mantenho. Com os cabos ficou tudo, na moeda de então, em 1000 contos o que dá os tais 5000 euros valor que parece que se mantém como bitola mínima de qualidade.

Fiquei convencido, depois de tanta coisa experimentar e ouvir, que a "alma" de um sistema de HI-FI é o amplificador. Confesso que tinha imaginado o José a ouvir o Zappa em frente a um McIntosh. Vinilo a válvulas = casamento perfeito.

No fim, e como canta o Limahl, a procura do som perfeito é uma never ending story.

Paulo Moreira disse...

Não conhecia o FiiO X5II. Lá bom aspecto tem.

"sendo capaz de descodificar de forma nativa DSD64/128, e reproduzir directamente ISOs de SACD. Suporta ainda os formatos sem perda (lossless) WAV, FLAC, APE, WMA, ALAC, AIFF, etc., todos até 24bits/192kHz."

Esta coisa dos ISOs de scad é interessante...

joserui disse...

Pessoalmente sou suspeito, como se pode concluir em muitos comentários, mas cada vez gosto mais das coisas alemãs. Ando a antecipar a compra de equipamento para quando mudar de casa e gira-discos tenho a Clearaudio na lista… mas agora saiu o Technics SL-1200G, um modelo com 50 anos e é difícil resistir… eu gosto de coisas que provam ser boas ideias (e do conceito direct drive, que a lógica me diz que só pode ser superior à correia). E diz que toca (também são uns 4.000€). Mas por outro lado tenho um desejo de algo mais esotérico tipo o Michell Gyrodec, mas falta-me a paciência para grandes afinações…
Tenho um amigo holandês que me disse o mesmo da alma do sistema… e comprou um amplificador japonês que agora não me lembro o nome, mas deve ter sido uns 15.000€… até para uma alma me parece muito.

josé disse...

Ah! Boa discussão. Aqui vai a minha experiência:

A minha primeira aparelhagem comprada com o meu dinheiro foi um combo da Grundig, em 1982, creio. Compact Center 430 que incorporava um gira-discos Dual. Fui experimentando com as cabeças de leitura e cheguei a colocar uma Audio Technica AT F3, creio.

Tenho gravações em cassete, várias, feitas com esse combo e que ainda estão perfeitas.

Emn 1987 mudei para uma aparelhagem cujo amplificador é o que tenho hoje: Nakamichi SR-3, com elementos Threshold. Não é o amplificador da Threshold mas é bom para os meus ouvidos que já compararam outros.

Noto isso quando gravo em formato digital dsd e ouço através do amplificador de auscultadores do conversor ( Korg dac 10r) ou do Nakamichi. Uma diferença assinalável.

Agora quanto ao elemento mais importante da cadeia:

Para mim é o gira-discos, braço e cabeça de leitura acoplada. Digo isso porque foi o elemento que fui mudando ao longo dos anos, sempre a melhorar.

Hoje tenho um Thorens TD 160 Super, com um braço Pierre Lurné ( o próprio me ajudou a equilibrar, através de email que trocamos) e uma cabeça Audiovector 10x5 que comparei favoravelmente, com a anterior, uma Audioo Technica OC7.

O som que tiro disto agrada-me quando ouço em auscultadores.
A melhoria possível só com muito mais dinheiro, acho. Ou com uns componentes da Schiit que aliás nunca ouvi, mas leio na Stereophile.

Ando agora a pensar comprar um amplificador de auscultadores Teac HA-501 que me parece ir melhorar o som do Korg, uma vez que o utilizo em modo nómada.

Evidentemente que um Audio Research ou um Macintosh poderia ser uma nirvana sonoro, mas teria que experimentar antes e temo que seja uma desilusão relativa como o foram as audições que presenciei no último Audio Show, há pouco mais de oito dias no Pestana Palace, no Alto de Santo Amaro.

Como ouço música através de auscultadores, a diferença sonora não deve ser estonteante, para o que tenho agora.

Estive lá a ouvir atentamente a nova dupla da Chord ( o transporte de cd e o dac Dave) com música de Willie Nelson e pareceu-me demasiado digital, asséptica e estéril na ambiência sonora. E será o supra sumo da tecnologia digital. Ouvi ainda o dCs, outro portento que custa quase 100 mil euros na versão completa e tive a mesma impressão.

Costume testar a qualidade do som com alguns discos que conheço bem.

Neil Young e Harvest,de 1972, prensagem Sterling LH, original. Os compassos de abertura com o baixo e bateria dizem-me logo tudo.

Jethro Tull e This Was, de 1968, versão stereo da Island original ainda com o olho tipo CBS no rótulo.

Leo Kottke A Shout toward noon, de 1986.

Se o som destes discos me agradar é porque é um bom som. A diferença sonora, no entanto é subtil, muitas vezes.

E para se ganhar um incremento mínimo pagam-se quantias máximas.



Paulo Moreira disse...

Não deixa de ser curioso...aqui está uma foto tirada hoje em casa dos meus pais onde jaz a minha primeira "aparelhagem". Ainda funcionam todos os elementos embora agora só o tuner seja utilizado diariamente. A quantidade de fita magnética que passou por aquelas cabeças de deve equivaler a uma série de equadores terrestres. Fitas normais, de ferro, de crómio e de metal. Até tinha um comutador para o tipo de fita. Material de guerra. Custou 30.000$00 em 1982.

https://plus.google.com/photos/photo/100452321718049812059/6397427705001356306?icm=false

joserui disse...

Essa é que é uma grande verdade… pessoalmente almejo ficar à entrada desse patamar.
Eu raramente ouço com headphones, só no quarto com um MacBook, Dragonfly da Audioquest e H6 da B&O e há pouco pensei que nunca ouvi nada tão bom "over the air" e que se conseguisse reproduzir aquele som e sensação com componentes, ficaria satisfeito.
McIntosh parece-me o grande é que é bom dos americanos, mas adoro os vuímetros azuis… mas para vuímetros e sem pensar no dinheiro, seria T+A, alemão obviamente.
Quanto a gira-discos estou realmente reduzido a Clearaudio ou Tecnhics 1200, quero algo pronto a usar e tecnologico qb.
Discos de teste não tenho bem, devia ter de facto. Quando tenho oportunidade passo Massive Attack, que testa o limite e a capacidade de revelar camadas sonoras. Mas é demasiado específico como género. Precisava de algo mais generalista.

joserui disse...

Essa Grundig está pior que um panzer da segunda guerra.
O ano passado ou há dois anos, fui buscar um gira discos Dual a casa dos meus pais e fiquei chocado com a baixa qualidade sonora. Essas coisas antigas foram utilizadas por mim até rebentarem…

josé disse...

Esse combo da Grundig é exactamente igual ao que comprei. Foi nele que ouvi muito boa música quando o rádio ( POpular de Vigo) começou a transmitir música em cd, à tardinha.

Ainda tenho gravado alguns temas de discos: Ry Cooder de Bop Till you drop ( o primeiro disco pop a ser gravado desse modo); Joni Mitchell de Free man in Paris; Toto e Rossana e ainda Africa, entre muitos outros.

A primeira vez que ouvi o som cd ao vivo e a cores foi precisamente no El Corte Inglés de Vigo, numa aparelhagem da Sony, cimo da gama e apresentado por um empregado da loja, como um acontecimento.

Logo a seguir apareceu a revista inglesa Compact Cd que comprei e apreciei as listas de discos que todos os meses apareciam como lançados no mercado.

Em 1988 comprei um leitor Marantz 65 e o primeiro cd foi...Simon&Garfunkel- Bridge over troubled water.Ou Beatles-Abbey Road, já nem me lembro.

Poucos anos depois abriu em Gaia o Carrefour que tinha uma loja de discos cd, com selecção e escolha de alguns responsáveis que tinham sido empregados da discoteca Peggy ou Off ( já nem me lembro),no Porto, na Praça junto ao Rivoli. A escolha de cd´s era fantástica e havia muitas importações dos EUA ( comprei o Decade de Neil Young em long box, por exemplo). Havia cd´s da Mobile Fidelity, etc etc.

Nessa altura o som cd era o máximo e comecei a coleccionar o que me interessava. Passados anos já no início da década de 90 começaram a aparecer as edições especiais de cd, "remastered editions" que supostamente representavam uma melhoria.

Mesmo dando atenção às siglas AAD, ADD e DDD a verdade é que os pequenos cd´s começaram a impor-se como padrão.

Porém, nunca deixei de ouvir lp´s e foi nessa altura que arranjei discos que nunca tinha ouvido ( Grateful Dead e Little Feat, por exemplo).

Quando é que deixei de comprar cd´s e passei exclusivamente ao vinil? Aí há meia dúzia de anos. Voltei a comprar as mesmas obras musicais que já tinha em cd, escolhendo agora as versões originais que nunca tive.

E estou nisto e muito bem porque é definitivamente a escolha certa.

Tenho comparado o som digital bluray com o vinil e escolho este último, afinal.

Porém, logo que arranjo um lp gravo-o em digital ( agora dsd 5.8) e só o ouço em digital...ahahaha.

joserui disse...

São as ironias e contradições em que eu me apanho constantemente também.
Perto do Rivoli só me lembro da Tubitek (voltei a ser cliente quando reabriu) e Bimotor. Dessa peggy ou off, não me lembro.

josé disse...

Tubitek, de facto. Um dos empregados abriu depois uma loja de discos, muito boa, na praça Carlos Alberto.
Lembro-me de ver lá uma caixa metálica com os discos dos Hot Tuna ( que tenho em cd e vinilo) e muitas outras coisas novas, na época. Importavam discos de Inglaterra, pelas listas da COb Records e outras, antes de haver internet ou ebay.

josé disse...

Quanto aos iso de sacd que o Fiio consegue ler:

O problema é conseguir tais iso. O sacd resiste a ripagens. Tem uma codificação encriptada que o impede e parece que só com uma antiga PS3 da Sony se consegue ripar.

Com o meu Korg dac 10r, porém, consigo ripar dsd, ou seja a essência do sacd. E tenho-o feito com bons resultados.

joserui disse...

A Tubitek reabriu, não sei se visitou depois disso. Eles eram o tipo de mediadores culturais que esta época tornou obsoletos… não isentos de arrogância. Eu comprava um disquito de vez em quando, mas pedir para ouvir, só com papel azul de 25 linhas.

josé disse...

Pois...não gostavam de colocar os discos em audição prévia, o que até percebo. Mas tinham muita clientela.

Foi lá que comprei discos brasileiros do Milton Nascimento- Minas, Geraes e CLube da Esquina, entre outros. E de Caetano Veloso. Só recentemente me dei conta que são reedições de finais dos anos oitenta. Vou ter que arranjar os originais...

Paulo Moreira disse...

O Korg dac 10r, para além de ser uma peça com um design excelente, parece ser a solução ideal para gravar vinil em dsd. Não é barato mas também não é um valor do outro mundo.

OK! despertou-me a curiosidade. É tentador imaginar-me a ouvir isto ( http://www.fnac.pt/The-Cure-Trilogy-Live-In-Berlin-Blu-ray/a247907 ) em dsd no FiiO...

Fazer o download destas coisas já se sabe que é por conta e risco do "freguês"

http://dsdmusic.link/category/sacd-iso/

josé disse...

Ouvir o bluray em dsd? Bem...pode fazê-lo mas não adianta muito, por uma razão:

o bluray não tem a mesma resolução do dsd. Mesmo em 24 bits e 192kHz não tem.

Então qual a solução para ouvir o ficheigo digital sem ter que correr o disco?

Converter esse ficheiro musical que está no disco e para isso há software disponível.

Se o disco estiver encriptado tem que recorrer a um "descriptador" e a solução mais fácil é arranjar um clone do disco, armazenado no computador. Para isso há software específico. Com a imagem respectiva haverá que retirar a parte audio do blu ray ( alguns são apenas audio) e convertê-la com outro software. Por mim uso o dvd audio extractor, magnífico.

E assim se consegue ler o ficheiro digital audio que vem no blu ray, com a resolução original.

Tenho feito isso nos meus blurays com muito bom resultado. O último foi o dos Beach Boys, edição comemorativa dos 50 anos do Pet Sounds. Fantástico.

Quanto ao Fiio X5II: é mesmo bom, este dap. No outro dia na Audio Show levei-o e experimentei uns novos auscultadores da Audeze, uns iSine20 que custam 700 euros. São de membrana e entram no ouvido. São a melhor coisa que ouvi até hoje em auscultadores. Ultrapassam de longe os meus Sennheiser Momentum, também de inserir no ouvido ( in ear) e estes são mesmo bons também custando cerca de 80 euros.

Mas atenção: por muito bom que o FiioXII seja não bate o som do Korg dac 10r. E custa quase a mesma coisa...

josé disse...

Em Berlin, na loja de hifi onde comprei o FiiO ( um pouco mais de 400 euros) comparei com um Astell&Kern, julgo que o Ak240 mas poderia ser o 120. Era melhor, sem dúvida alguma. Mas custava três vezes mais...

A loja é esta e está lá o pessoal que atende os clientes

joserui disse...

Vou guardar o link deste post para futura referência :) .

joserui disse...

Só uma pergunta antes de fechar… o DSD é o formato que ficou autónomo do SACD?
Eu tenho alguns SACD (porque tenho um leitor Arcam que os lê) e foi do melhor som que ouvi, lembro-me que quando os comprei há uns poucos anos, de ter considerado uma pena o formato não ter vingado.
Foi bastante triste o avanço tecnológico que obviamente existia e existe, ter acabado por dar em mp3… a maior parte das pessoas não dá qualquer valor ao som, nem a nada.

joserui disse...

E um outro comentário sobre o vinil e depois ouvir em digital: A minha esperança com o vinil é desacelerar a minha própria vida, além do bom som. É sentar-me de facto para ouvir música, talvez com um livro ou revista na mão.
É a esperança pelo menos. O digital é cómodo, mas eu também procuro alguma incomodidade do vinil — não ao ponto de andar com calibrações ou mudar a correia para mudar as rotações (como no Pro-ject que tenho e abomino).

josé disse...

Já li algo sobre os formatos digitais. Do que me lembro, mas julgo que haverá informação abundante na Net, julgo que o dsd é um modo diferente de gravar digitalmente os sons-direct stream digital, tecnologia 1 bit, inventado salvo o erro pela Sony e aplicado nos sacd. Actualmente é o meu preferido.

Há depois o modo PCM ( pulse code modulation) que permite gravar em frequências elevadas ( em modo corrente 24 bits e 192kHz, mas há 32 bits a 384 kHz e dacs para tal) e é o formato do dvd-audio e bluray.

Como disse consigo extrair o som dsd dos sacd que tenho, através do Korg dac10r e não sei se isso será uma novidade porque durante muito tempo li que só através da velhinha PS3 da Sony, uma consola de jogos, se conseguiria tal coisa.

Só para comparar:

O cd tem uma taxa de amostragem ( velocidade de transmissão do sinal) de 1411kbps;

O cd em modo hdcd ( vários Neil Young têm esta codificação que apenas pode ser lida por aparelhos com descodificador, mas pode ser ripado para o computador com essa taxa de amostragem um pouco mais elevada que é de 2116, através do software dbamp). A melhoria do som em relação ao cd normal é evidente, por comparação que fiz.

O cd em modo shm, japonês e que nunca ouvi mas terá melhor definição. Dizem que os discos dos Beatles soam a definitivo neste formato.

o dvd-audio que pode ir até 9216kbps, ou seja 24 bits/ 192kHz, mas também pode ser um pouco menor, em 24bits/48kHz ou em mlp lossless stereo 24/96kHz( por exemplo os cd´s/dvd dos King Crimson agora rematrizados por Steven Wilson por ocasião do 40º aniversário do grupo)e que nesse caso atingem 4608kbps.

O bluray que pode atingir os 9216kbps, tal como o dvd-audio se gravado em 24/192 khz como é o caso da caixa de Neil Young Archives Vol.I

Finalmente o dsd: 11289kbps.

Não há pai...mas consome espaço em disco que se farta. A gravação de um lp não fica por menos de 3 gigas...

josé disse...

No caso dos bluray estou a falar dos bluray audio, não video. Mas também há modo de extrair o audio desses videos...embora seja mais fraco um pouco. Mas sempre superior ao cd.

O cd foi um remedeio na época. O melhor era mesmo o sistema dsd da Sony. Tal como os Betamax eram melhores que os Scam...mas perderam a guerra comercial.

josé disse...

SECAM...

joserui disse...

VHS…? Porque Secam era o formato da tv em frança. Pal na Europa e NTSC nos EUA e arredores.
De resto obrigado, bastante informativo. :)

josé disse...

VHS, claro. Estou a ficar pior...

A obscenidade do jornalismo televisivo