sexta-feira, outubro 20, 2017

A incompetência de Estado

O jornal i continua a fazer bom jornalismo, entrevistando pessoas que mostram saber um pouco mais do assunto dos incêndios que alguns pataratas que nos governam.

Hoje, esta entrevista mostra um pouco mais o que é a incompetência desta gente que tem a incumbência específica de governar um país e para isso foram escolhidos em votos e manobras políticas. Nenhum deles está ali obrigado e o que resulta do que se sabe é que são uma cambada de incompetentes.



Este Estado de coisas deu nisto, numa imagem, algo patética,  publicada agora pela Time e da autoria de Nuno André Ferreira: o presidente da República a consolar uma idosa que perdeu algo de importante no incêndio do último fim de semana:


8 comentários:

Pacheco-Torgal disse...

http://observador.pt/2017/10/20/ordem-diz-que-socrates-nao-e-nem-nunca-foi-engenheiro/

Floribundus disse...

incalina sempre a cachola para a esquerda

anda em vão por caminhos não percorridos
pelos borra-botas

gabinetes, assessores, directores de imagem, sondagens de imagem, jornaleiros pagos

Ricciardi disse...

Este artigo revela bem que no passado os governos não souberam investir nos meios e técnicas de combate e prevenção. A incomotencia vem de trás. Mais especificamente do último governo que não nada fez por esta área. Até desinvestiu.
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Assacar responsabilidades aos últimos não faz, portanto, sentido algum.
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O presidente dos bombeiros disse claramente na televisão que a ministra Constança foi a única ministra que conheceu de entre muitos com conhecimento técnico mais apurado.
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É sempre assim. Os melhores em Portugal desagradam os tribalistas. Não há governante bom que não tenha sido posto a andar. Tivemos o Cadilhe. O Gaspar. E estão a tentar despachar o actual ronaldo das Finanças com muita vivacidade. Temos sorte de ter um pm com tomates e que segura ou vai ao limite para segurar bons ministros.
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As queimadas são um assunto muito sério. E são as pessoas que tem de ter civismo. Agora mesmo está uma queimada a decorrer num campo aqui perto. Embora chova ainda não é permitido.
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As pessoas sabem que foi adiado o prazo para queimadas. O estado informou as populações. Há ofícios nas juntas. O padre da freguesia comunicou a proibição missa. Os gnr for activos na caça às queimadas. Mas o pessoal não quer saber.
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É claro, os eucaliptos e pinheiros também não ajudam. Qualquer dúvida transforma-se numa catástrofe. Proibir plantação de eucaliptos por particulares parece me bem. Os eucaliptos devem ser recurso exclusivo das papeleiras que têm meios para limpar eficazmente as matas.
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Por fim o crime. É por demais evidente que os últimos incêndios tiveram mão criminosa à seria.
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Braga ardeu em locais onde nunca tinha havido incêndios. Nas cidades como Braga não cola a tese de incompetência central. Cola a tese de fogo posto. Posto quase em simultâneo em pontos estratégicos de matas com potencial lucrativo.
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Até dentro da cidade para a zona da estação houve um grande incêndio. Nunca se viu. Culpa do governo? Nada disso.
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Os nórdicos tem centenas de mortos efectuados por terroristas islâmicos. Nós temos dezenas e dezenas de mortos efectuados por terroristas incendiários.
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Essa é a verdade embora custe a engolir aqueles que já engoliram a cassete de que o governo é que tem culpa.
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Ps. No jornal i de hoje há uma reportagem cujo entrevistado garante que os últimos incêndios são de origem criminosa.
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Rb

José Domingos disse...

Desde o 25A, que este pais, está entregue aos amigos e amigas, padrinhos, sobrinhos, esposas e o pior de todos, aos irmãos, que ainda não perceberam que isto não vai lá com aventais.
Para se trabalhar, só estorvam.

Francisco Ferreira disse...

Há muito mais que incompetência. A ex-ministra foi o bombo da festa mas é a menos culpada.
A plantação de eucaliptos foi regulamentada pelo Decreto-Lei nº 28039 de 14/9/1937 (Trinta e sete) condicionando a sua plantação, o qual foi REVOGADO pelo Decreto.Lei nº 96/2013 (Treze), de 19 de Julho. A partir desta data foi um fartar vilanagem. Cometeram-se crimes ambientais de bradar aos céus (em cima de minas, a escassos metros de poços e prédios, junto a vinhas e terrenos de cultivo). Uma bandalheira.Que moralidade tem a gente autora do decreto revogatória para criticar ?

Anjo disse...

A foto (e isto tudo) parece cena tirada da Nave dos Loucos...

Apache disse...

Já enjoa, e julgo que não é só a mim, tanta hora de rádio e de televisão e tanta página de jornal sobre os incêndios. Falam, e falam e daqui a meia dúzia de anos tudo se repete. A “novidade” foram os mais de cem mortos, que considerando a dimensão do país é um número terceiro-mundista. É aguentar, que a estupidez e a ganancia desmedidas têm custos.

Algumas considerações/questões:

Bastava dar uma volta pelo país, a meio da Primavera, para ver a dimensão do mato, que ninguém quer limpar. É simples, ou queimamos nós o mato, controladamente, ou queima-o a natureza, descontroladamente.
Quem controla o tempo que os bombeiros demoram a chegar a um fogo após o alerta de incêndio? Porque o problema não está no número de ignições, está na dimensão de alguns fogos. Queixam-se da falta de meios, mas humanos não devem ser porque chegam a ser deslocadas mais de cem corporações para um só incêndio. Todos os fogos começam pequenos.
Quem controla os quilómetros que os autotanques (e os helicópteros) fazem para ir abastecer, por vezes com água bem mais próxima? E quem verifica as razões dos cortes de água que algumas câmaras municipais executam mal se apercebem de um incêndio no concelho?
Quem responsabiliza as concessionárias das autoestradas pelas árvores e sobretudo pelo mato que deixam crescer nas imediações das vias? Como é possível que sejam necessários tantos cortes de autoestrada em incêndios de grande dimensão, para depois morrer tanta gente nas estreitas, e ainda menos limpas, estradas nacionais?
Que ardam palheiros, arrecadações e até algumas casas de habitação, a ignorância das populações e a falta de informação podem explicar. Mas zonas industriais? As empresas não são obrigadas a ter seguro contra incêndios ou as companhias já não conseguem meter a rapaziada na ordem?
Quantas máquinas de rasto são vistas nos combates aos incêndios?

Mais meios, mais formação, mais legislação, mais coordenação, mais … o raio que os parta. Menos estupidez é que era.

josé disse...

Deviam aprender com o que o antigo regime fazia. É simples. A roda não precisa de ser inventada.