terça-feira, janeiro 29, 2019

Filha de Vara...sabe saltar.

CM de hoje:


A filha de Armando Vara, em 2009 pediu à CGD em Vinhais, terra do pai- que "ajudou em tudo" -quando já era administrador do BCP, sob a presidência do papa de quem nunca se fala, Carlos Santos Ferreira, um empréstimo bancário, crédito para habitação, de 230 mil euros, para comprar uma casa de mais de 600 mil.  Teria 31 anos e as condições do empréstimo do banco público merecem registo nos anais da agência de Vinhais: praticamente sem juros, a prazo para além do limite normal.  Não deve haver exemplo iguar na terriola e por isso é notícia de homem que morde o cão.
 Bárbara pagava assim cerca de 200 euros por mês, desse empréstimo que atingiria o fim muito para além dos 100 anos que Bárbara possa viver. À data Bárbara já ganharia por mês mais de 5 mil euros. Um ordenado de ministro. E que fazia Bárbara em 2009, para ter este vencimento principesco? O jornal não diz mas é provável que já fosse gestora de qualquer coisa relacionada com gente do futebol.

É preciso saber o nome deste gestor de Vinhais que aprovou este contrato e perguntar-lhe a razão especial do favor objectivo. O banco público merece gestores deste calibre? Talvez se ninguém indagar...e por isso talvez valha a pena saber se a inspecção do banco público detectou este fenómeno, o que fez e se o gestor em causa foi recompensado de alguma forma. Seja com robalos ou vinhos finos.


ADITAMENTO À GUISA DE ESCLARECIMENTO:

Uma comentadora do blog publicou o seguinte comentário: 

Fui ver. Não era a chuva. Não. Não era o vento. Não.
Fui ver à pagina da cgd. E têm.
Têm um credito chamado T30. Um credito cuja ultima prestação é de 30%.
Noticias provavelmente feitas por quem escreve antes de investigar.
Os créditos tem nuances. Há uns sem entrada outros com entrada. Uns com valor residual alto na ultima prestação outros sem ele.
As nuances e o montante da prestação estão ligados.
Assim, para obter uma prestação de 250 euros por mês para um credito de 230 mil euros basta que o valor residual (ultima prestação) seja de, por hipótese, 30% do montante de compra ( que foi de 600 mil euros). Pago em 30 anos.
Fizeram estas contas os jornalixos que escreveram o artigo? Investigaram os contornos do contrato de mutuo?
Não. Não fizeram. Não investigaram. E os leitores deste jornalixo engolem tudo o que lhes põem na manjedoura.

Portanto, o crédito nunca poderia ter sido para além dos 100 anos, o que é uma notícia. Seria um crédito a 30 anos, por alguém que tinha 31 anos e seria agente de publicidade ou coisa que o valha. A garantia seria a hipoteca da casa que valia o dobro ou por aí. 
Se assim for está bem e a notícia é falsa.  Foi?! Não foi assim explicado no interrogatório...

Mas... movido pela curiosidade também fui ver e foi rápido. Não encontrei t30 algum [ afinal encontrei...mas tem juros à escolha] que não tivesse juros ( como não?! Como é que o banco é remunerado durante 30 anos se não houver juros?!) Enfim...o que encontrei foi isto e nem sei se em 2009 havia disto. Mas talvez houvesse melhor...afinal o regabofe na CGD deu para tudo.



Ou então este, para quem quiser deixar os tais 30% para o fim do contrato e por isso pagará apenas o correspondente ao resto...


Sem comentários:

A obscenidade do jornalismo televisivo