sábado, fevereiro 16, 2019

O despudor de Rui Pereira, professor de direito penal

CM de hoje:


Espanto-me como é possível que Rui Pereira escreva sobre este fait-divers, um caso de homicídio de contornos rascas e que uma vez noticiado deveria passar a assunto de tribunais.

Ontem, na CMTV passou tempo infindo a perorar sobre o caso, associado à jornalista "Pente-Fino" que conseguiu arranjar cópia do interrogatório da arguida suspeita e dar a conhecer o mesmo de viva-voz, numa violação flagrante de segredo de justiça, alegremente comentado pelo referido Rui Pereira.

"porque apaixona tanto a opinião pública" este caso? É preciso lata...apaixona a CMTV, diga antes assim. A CMTV é que explora o caso, aproveitando a vertente voyeurística do espectador ocasional. E explora de um modo que acho inadmissível, dando horas e horas de prime-time a um assunto que já devia estar completamente no domínio do judiciário. Afinal, a quem interessa este caso, tirando a família directa? Á opinião pública? Que opinião pública? Aquela que a CMTV diz que é a opinião pública e que será aquela a quem oferece este espectáculo obsceno?

Como é possível descer tão baixo? O dinheiro justifica tudo? Enfim, estou a perder uma consideração que tinha por alguém que pôs cobro a anos de ignorância nas televisões, sobre estes assuntos e agora os explora impudoradamente.

Dinheiro? Vale tudo?

Sem comentários:

A obscenidade do jornalismo televisivo