terça-feira, março 12, 2019

Jean Monnet, Robert Schuman e a mentira da União Europeia

Ontem no programa de tv Prós&Contras esteve em discussão no palco e plateia a União Europeia e os seus deputados que apareceram em massa ao encontro. As eleições estão perto e os mandatos são do melhor que se pode ter em vencimentos de função pública. Dezenas de milhar de euros por mês, para diversas actividades, mesmo viajar.

Julgo que em Portugal a ideia que as pesssoas em geral fazem do que é a União Europeia andará à roda dos conceitos que são veiculados pelos media e o programa de ontem integrou tal paradigma.

A União Europeia, para nós, tornou-se algo indiscutível e por isso o programa não passou de um artefacto de propaganda eleitoral dos intervenientes, candidatos aos lugares disponíveis das listas partidárias. Uma partidocracia perfeita, neste caso.

O candidato do PCP, João Ferreira destoou pela iconoclastia de quem quer estar dentro e fora, num equilíbrio quântico que só a ideologia comunista sustém. Atacou a Alemanha que tem poder de escolha política na UE sete vezes superior ao nosso e questionou o que recebemos e pagamos. Parece que recebemos 12 milhões de euros de vez em quando e vamos passar a receber 14.  Para financiar ongs como a umar e outras raríssimas...

Tanto quanto dei conta ninguém citou um artigo recente da revista francesa Valeurs Actuelles ( de direita...) acerca de um livro também recente de Philippe de Villiers sobre as origens, a génese da União Europeia, mormente o papel determinante dos seus fundadores, a saber, Jean Monnet, Robert Schumann e o alemão Walter Hallstein.
O que diz o livro e a entrevista é muito simples de entender: Monnet e Schumann nunca quiseram uma Europa forte e em competição com a superpotência da altura, os Estados Unidos. Antes, foram mesmo os EUA que decidiram como queriam a Europa e definiram os termos essenciais do que viria a ser a União Europeia: um entreposto de um governo mundializado, como futuro programado e com os EUA em posto chave.
Para isso Monnet recebeu milhões dos americanos e torna-se por isso um traidor da causa europeia. Como nunca admitiu tal coisa e sempre negou ter recebido fosse o que fosse de alguém estrangeiro é ainda um grande mentiroso.

A UE, tal como a entendemos hoje, precisa deste esclarecimento para se perceber como surge Victor Orban ou Salvini e para entender que o nacionalismo e o populismo não são bem aquilo que nos dizem ser...

Qual a novidade disto? È que Villiers faz as afirmações e mostra os documentos, os factos. Dificilmente passará por "fake news"...



A União Europeia, para quem queira saber resumidamente como surgiu, pode ler estas páginas de um livrinho francês que merquei na FNAC em 2000 quando estudei estes assuntos.

É de Denys Simon:




Pelos vistos temos um belo mito a que nos agarrar. Uma grande Mentira! Talvez seja a hora de pensarmos nisso...

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Megaprocessos...quem os quer?