tag:blogger.com,1999:blog-6107154.post906274899942646297..comments2023-11-02T12:46:57.973+00:00Comments on portadaloja: O 28 de Setembro de 1974, início oficial do PREC vai ser recordado...Unknownnoreply@blogger.comBlogger70125tag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-36266313854052640592015-03-07T23:44:54.928+00:002015-03-07T23:44:54.928+00:00O que digo é que Mário Soares não foi visto nem ac...O que digo é que Mário Soares não foi visto nem achado no 25 de Abril até o mesmo suceder. O mesmo se diga de Cunhal.<br /><br />Eles não sabiam mas esperavam uma coisa dessas, principalmente depois do golpe das Caldas, em Março de 1974.<br /><br />Ora se não sabiam não estavam por dentro do MFA ou de alguém ligado ao MFA apesar de aí haver comunistas e socialistas, mas poucos e não mandavam.<br /><br />Basta ler o que diziam os militares nessa altura. <br /><br />O próprio Vasco Gonçalves começou por dar o exemplo da Itália e da Suécia e só meses depois se virou para Cuba e o Leste.<br /><br />A verdade é que os militares não tinham formação política, tirando o Melo Antunes e isso já foi dito por vários.joséhttps://www.blogger.com/profile/08191574005669567167noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-49344661005510099192015-03-07T23:41:11.893+00:002015-03-07T23:41:11.893+00:00Não estou aqui a negar as actividades oposicionist...Não estou aqui a negar as actividades oposicionistas dentro e fora do país, antes de 25 de Abril 74. Aliás, algumas eram públicas e permitidas como foi o congresso da oposição democrática, em Aveiro, ao qual Mário Soares não compareceu apesar de ter sido convidado ou esperado, mas apareceu a mulher. Já publiquei aqui uma foto desse evento.<br /><br />Contudo tal não significa que esses conciliábulos se tenham destinado a entregar os territórios ultramarinos à então URSS.<br />Julgo que assim não foi.joséhttps://www.blogger.com/profile/08191574005669567167noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-60109538387344803672015-03-07T23:33:23.592+00:002015-03-07T23:33:23.592+00:00Mas José, então não leu o que já veio referido em ...Mas José, então não leu o que já veio referido em inúmeros artigos de jornal e em literatura fidedigna da autoria de militares independentes e íntegros e de escritores/as insuspeitos/as (Ten. Cor. Brandão Ferreira, Patrícia mcGowan/Lança, só para dar dois exemplos) além de outras notícias bem explícitas aparecidas em certa imprensa francesa da altura, das reuniões frequentes e secretas em Paris entre Soares e Cunhal e outros oposicionistas, agudizando-se durante o ano de 1973, nas quais inclusivamente participaram Emídio Guerreiro e até Humberto Delgado?<br /><br />Recordo para quem não leu, que o meu Pai, embora bastante mais novo, conheceu o pai de Mário Soares por motivos de trabalho (como já escrevi por diversas vezes). Teve como seu médico ortopedista um dos médicos particulares de Salazar, pessoa com quem mantinha conversas de vária ordem e também sobre política dada a amizade que os unia. Como republicano convicto, confraternizou durante toda a sua vida com vários ex-colegas da Universidada que professavam a mesma ideologia, relações d'amizade essas que perduraram desde o tempo de estudante em Coimbra até à velhice. Coimbra, alfobre de oposicionistas ao Regime do Estado Novo desde o seu início, como é por demais sabido.<br /><br />O José acha que uma pessoa como o meu Pai, pessoa extremamente inteligente e muito politizada e com um conhecimento profundo da política salazarista como é natural, mas igualmente do que a oposição fazia, dizia e realizava tanto dentro do País como na clandestinidade, desconhecia as movimentações e reuniões revolucionárias secretas que a oposição realizava em Paris no ano de 73 e mesmo nos anteriores? E até em Argel? É bom lembrar que uma ou duas vezes por ano (ou porventura mais) Cunhal viajava secretamente do Leste até Paris para conspirar contra a Pátria, difamar o Regime e os seus políticos e preparar atentados contra Salazar, sempre em concluio com o seu amiguinho do peito e camaradinha Soares.<br /><br />Todo este passado anti-Regime não inibia o meu Pai de ser um Patriota, extremamente honesto, íntegro e leal e com uma formação moral superior e de certeza por isto mesmo, nunca o ouvi dizer mal de Salazar e até o elogiou algumas vezes pelas difíceis medidas políticas por si tomadas a favor dos portugueses e do País. <br /><br />Do pai de Mário Soares, ouvi-o dizer que "era uma pessoa como deve ser". Do filho disse e repetiu várias vezes "este é um autêntico palerma"..., foi brando na apreciação porque tinham decorrido poucos anos pós 25/4. Tivesse o meu Pai sobrevivido muitos mais anos a tempo de chegar a conhecer a massa pútrida de que é feito este traidor e nem faço ideia quais os qualificativos do grau negativo que empregaria para classificá-lo adequadamente.Como de facto merece. <br /><br /><br />----<br />Num meu comentário mais acima leia-se Territórios Ultramarinos, com as devidas maiúsculas como que aprendi a escrever.<br /><br />Quanto à PAZ que referi existir no anterior Regime, faltava especificasr: havia Paz espiritual que nos aquecia a alma e era consequência directa da Paz social. Existia igualmente a Paz política que se repercutia na Paz laboral, por sua vez traduzida numa sincera dedicação ao trabalho que por extensão se reflectia numa correcta e franca produtividade lògicamente conducente ao desenvolvimento económico do País. E o mais importante de tudo, a Paz no ambiente de trabalho aleada ao facto completamente interiorizado de deter um posto de trabalho fixo e para a vida, assegurava uma verdadeira harmonia familiar sinónimo de sã vivência e de uma genuína vontade de viver.<br /><br />São todos estes bens sem preço que inexistem no regime em que vegetamos e a que se convencionou chamar democracia. Mariahttps://www.blogger.com/profile/05169318329037851260noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-63630044140425513152015-03-07T15:40:29.378+00:002015-03-07T15:40:29.378+00:00Carlucci Soares e Kissinger:
parece ser facto his...Carlucci Soares e Kissinger:<br /><br />parece ser facto histórico que Kissinger já tinha perdido a esperança que Portugal voltasse ao redil europeu, burguês e ocidental, logo no início de 75.<br />Parece ser facto histórico que Carlucci o dissuadiu dessa ideia pelo menos ao ponto de deixar correr o marfim( literalmente no caso de Soares).<br /><br />Portanto temos o pormenor que é onde o diabo se esconde: como é que poderiam ter conspirado se estavam a distâncias incomensuráveis acerca da análise que faziam dos factos. <br /><br />O sionista Kissinger não tinha razão. O ped...perdão, o Carlucci tinha.<br /><br />O Soares em 73 nem sabia de que terra era...quanto mais andar em conspiraçóes contra o "fassismo" consequentes e que afinal, logo em 74 se revelaram cripto-comunistas...<br /><br />É muita contradição junta para se construir uma teoria conspirativa.joséhttps://www.blogger.com/profile/08191574005669567167noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-84878644845510600972015-03-07T14:45:34.179+00:002015-03-07T14:45:34.179+00:00"Cá temos a teoriazinha de conspiração. O PRE..."Cá temos a teoriazinha de conspiração. O PREC acabou por iniciativa própria dos envolvidos?"<br /><br />José, na minha modesta opinião, sim foi. E na verdade a causa principal cuja cobiça mórbida pelas riquezas incomensuráveis existentes nos nossos territórios ultramarinos já vinha de muito longe. Basta lembrar as várias visitas conspirativas de Carlucci a Soares (em 73 em Paris, em 74 em Portugal), primeiro como chefe máximo da CIA, depois já como embaixador. De facto este mafioso foi quem puxou todos os cordelinhos, preparando o terreno para a colheita. Kissinger idem, aspas. Este, outro mafioso sionista, encontrou-se secretamente com Soares em Paris mais do que uma vez no ano de 73, com o mesmo fim. Estes dois pulhas da pior estirpe manobravam nas ante-câmaras do poder o golpe conspirativo que veio a concretizar-se em 25/4. Se levarmos em consideração estes factos concretos que antecederam o golpe traidor e conduziram em definitivo ao desfecho conhecido, teremos indubitàvelmente o filme completo e a cores.<br /><br />-------<br /><br />Parabéns majoMo. Excelente sumariado das conspirações verdadeiramente satânicas tecidas então pelos oposicionistas maçons, tendo as mesmas estado na origem e sido a causa directa do acto criminoso que culminou no golpe d'Abril.Mariahttps://www.blogger.com/profile/05169318329037851260noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-85956476972408934142015-03-07T14:32:43.545+00:002015-03-07T14:32:43.545+00:00Também não sei José. Porém, ainda bem diz isso por...Também não sei José. Porém, ainda bem diz isso porque para aí que eu queria ir. Suspeito que os americanos, se se tivessem limitado a auxiliar os franceses a sério, a coisa podia ter corrido muito melhor (pior também era difícil).<br /><br />O caso era o mesmo connosco. E nem precisavam de auxiliar, bastava e era preferível apenas não estorvarem, porque nós, desenrascados como somos (éramos?) não nos damos bem com a abundância: a necessidade aguça o engenho e o engenho português aguçado rivaliza com qualquer outro na face desta terra.<br /><br />Com a neutralidade americana, verdadeira, teríamos vencido sem mais grandes problemas. E por vitória quero dizer: Angola e Moçambique, pelo menos, seriam independentes de facto - poderiam defender-se sozinhos -, e de jure se assim o quisessem. mujahttps://www.blogger.com/profile/17973066632824842337noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-55981767222411388462015-03-07T12:22:57.084+00:002015-03-07T12:22:57.084+00:00É preciso contar com uma coisa singela e prosaica:...É preciso contar com uma coisa singela e prosaica:<br /><br />o povo do Vietnam do Norte estava maioritariamente contra os americanos. Agora é o contrário...<br /><br />O povo de Angola manipulado pelos "movimentos de libertação" estava maioritariamente contra quem?<br /><br />Seria mesmo contra os portugueses? Não sei, ainda hoje.joséhttps://www.blogger.com/profile/08191574005669567167noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-71452827010830323592015-03-07T12:14:26.050+00:002015-03-07T12:14:26.050+00:00E quem achar inverosímil tal estupidez e inépcia g...E quem achar inverosímil tal estupidez e inépcia geo-política, diplomática e militar americana, deve ter em conta os seguintes pontos:<br /><br />- pelo programa lend-lease na 2ª GG, é possível demonstrar que já nessa data os EUA estavam infiltrados nas mais altas esferas por agentes soviéticos - ver Alger Hiss e Harry Hopkins<br /><br />- a desastrosa guerra do Vietname<br /><br />- a perda para a influência soviética de quase todo o Médio Oriente<br /><br />- a perda, em curso, de quase todo o Médio Oriente para o organização pseudo-tribal de primitivos ISIS<br /><br /><br />mujahttps://www.blogger.com/profile/17973066632824842337noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-5363845175887410442015-03-07T12:01:36.386+00:002015-03-07T12:01:36.386+00:00Outro pormenor importante:
a verdadeira causa que...Outro pormenor importante:<br /><br /><i>a verdadeira causa que deu origem à tragédia que foi a entrega do nosso Ultramar à esfera soviética</i><br /><br />Rigorosamente falando, o Ultramar não foi entregue aos soviéticos. Foi simplesmente entregue aos movimentos que o disputavam, quer entre si, quer a Portugal.<br /><br />Isso pode ser compreendido em Angola, onde o sucesso dos soviéticos não foram "favas contadas" - daí a presença dos cubanos. A China, por sua vez, também procurava impôr-se em Moçambique, segundo creio.<br /><br />A questão, determinante para o sucesso do golpe, era portanto que Portugal cessasse a defesa do Ultramar; abrindo assim caminho à disputa entre as outras potências, que, naturalmente se achavam capazes de o obter uma vez afastado esse obstáculo. <br /><br />O que a história provou, e que tantas vezes foi dito e redito aos americanos pelo Governo, e que se verificou praticamente em tudo quanto fizeram em África e outros sítios, foi que eles estavam em desvantagem, ou seja, iludidos em relação às suas reais capacidades.<br /><br />Ou seja, quando toda a gente imagina uma conspiração dos soviéticos para obter o Ultramar, e com isso ridiculariza a tese, deve compreender que não houve, com toda a probabilidade, apenas uma conspiração, mas várias. Cada uma envolvendo uma parte interessada, e todas concorrendo para o sucesso do objectivo comum geral: parar a defesa portuguesa do Ultramar que obstava a todos.<br /><br /><br /><br />mujahttps://www.blogger.com/profile/17973066632824842337noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-43174119055561845992015-03-07T11:48:31.075+00:002015-03-07T11:48:31.075+00:00Esta foi a prioridade das prioridades - e não, ao ...<i>Esta foi a prioridade das prioridades - e não, ao invés do repetido, a comunização da Metrópole - esta era acessória e pragmaticamente impossível dada a 'real politik' </i><br /><br />Pois. Penso que aqui o equívoco é este:<br /><br />Quando se afirma que o Ultramar era o objectivo do golpe, não quer dizer que todos quantos nele participaram (e muito menos os que o apoiaram), tivessem esse objectivo como principal ou, sequer, como objectivo.<br /><br />Cada um teria as suas razões. E é até preferível que não sejam as mesmas para que não interfiram com as suas ideias. Assim, quem foi recrutado sob pretextos corporativos, ou de "liberdade", ou outro qualquer, uma vez dado o golpe, estaria ocupado a observar a boa ou má realização das <i>suas</i> razões, deixando o caminho livre ao objectivo verdadeiro.<br /><br />O que se afirma é que quem tinha o poder para desencadear o golpe, e quem o chefiava de facto, tinha esse objectivo principal. Isto é corroborado pelas razões acima descritas e pelos elementos que o majoMo acrescentou. <br /><br />mujahttps://www.blogger.com/profile/17973066632824842337noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-865068025730491152015-03-06T23:45:35.639+00:002015-03-06T23:45:35.639+00:00> De Muja: "O Ultramar era o cerne da que...> De <i>Muja</i>: "O Ultramar era o cerne da questão".<br /><br />Concordo.<br /><br />- De J. Bowyer Bell [autor de "The Myth Of The Guerrilla: Revolutionary Theory and Malpractice", in "Africa Today", Inverno de <b>1972</b>]: <br />. “Na realidade, a melhor esperança para as guerrilhas de Angola e Moçambique é persistirem, manterem a pressão <i>e ansiarem por uma mudança em Lisboa</i>”. <br /><br />- De A. Valdez dos Santos (Director do 'Jornal Português de Economia e Finanças') in "Liquidação do Ultramar", 2002:<br />. "Nos princípios de 1973 ter-se-ía realizado, em Paris, uma conferência convocada pelo Partido Comunista onde, elementos heterogéneos da esquerda portuguesa, se omprometeram a levar a cabo uma revolta em Portugal, o mais tardar até 1975. Estiveram presentes, além do PCP convocante, a Acção Socialista Portuguesa, uma dezena de militares, católicos progressistas e representantes da maçonaria. Não era a primeira conferência ali realizada, com maior ou menor participação das chamadas esquerdas oposicionistas e mesmo de simples descontentes. Mas o facto do PC russo ter enviado uma pequena delegação, com instruções claras e poderes precisos para assumir compromissos financeiros, conferia-lhe particular importância. <br /><br />A revista “Faits et Idées” que a chamada “Frente Portuguesa de Libertação” publicava em França, afirmou em Agosto de 1976 que, nessa conferência - para a qual teria sido convidada - fora decidido o reforço da infiltração marxista nas forças militares portuguesas e elaborado um plano para intensificação do terrorismo nas províncias africanas. O sucesso da revolução implicaria a instalação na Metrópole de um regime "democrático a caminho do socialismo" que poria termo à "guerra colonial". A independência da Guiné, Angola e Moçambique seria concedida imediatamente, mediante a entrega do governo aos movimentos terroristas de obediência comunista, sem condições políticas e económicas nem indemnizações. Os colonos deveriam ser repatriados a expensas de Portugal."<br /><br />> Informação adicional:<br /><br />- "Em 1941, Franklim Delano Roosevelt endereçou uma carta ao Kremlin (carta que o Le Figaro publicou em 7/2/51) onde, a dado passo, afirmava: «... quanto à África, será preciso dar à Espanha e a Portugal compensações pela renúncia dos seus territórios ultramarinos, para um melhor equilíbrio mundial.<br />Os Estados Unidos instalar-se-ão aí por direito de conquista e reclamarão inevitavelmente alguns pontos vitais para a zona de tutela americana. Será mais do que justo. Queira transmitir a Estaline, meu caro senhor Zabrusky, que, para o bem geral e para o aniquilamento de Reich, lhe cederemos as colónia africanas se ele refrear a sua propaganda na América e cessar a interferência nos meios liberais.»"<br /><br />- "Na década de 60, os Estados Unidos fizeram uma proposta de centenas de milhares de dólares a Portugal, a troco da independência das províncias ultramarinas. A resposta do Presidente do Conselho Prof. Dr. António de Oliveira Salazar foi: "Portugal não está à venda". <br />Esta como muitas outras ‘revelações’ foram feitas por Witney Schneider, ex-responsável norte-americano pelos Assuntos Africanos, no seu livro ‘Engaging Africa: Washington and The Fall of Portugal’s Colonial Empire’.<br />O caso remonta a 1963, quando o ex-Presidente do Conselho rejeitou a referida oferta, num encontro com um enviado americano"majoMohttps://www.blogger.com/profile/12837840785136160922noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-6324582834949864772015-03-06T23:42:43.943+00:002015-03-06T23:42:43.943+00:00> De Unknown: "Uns dias depois da entrega ...> De <i>Unknown</i>: "Uns dias depois da entrega de Angola acaba o Prec no 25/11".<br /> > De <i>José</i>, sobre o acima: "Cá temos a teoriazinha de conspiração. O PREC acabou por iniciativa própria dos envolvidos?"<br /><br />Não por acaso a tomada e permanência no poder coincidiu com a necessidade da entrega imediata dos territórios do Ultramar. Esta foi a prioridade das prioridades - e não, ao invés do repetido, a comunização da Metrópole - esta era acessória e pragmaticamente impossível dada a 'real politik' estabelecida e respeitada pelos beligerantes impérios na estabelecida 'Guerra Fria' - vide Conferência de Yalta onde foram definidas a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste (tornada obsoleta após a queda da União Soviética).majoMohttps://www.blogger.com/profile/12837840785136160922noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-62438636245847855562015-03-06T23:41:00.916+00:002015-03-06T23:41:00.916+00:00> De José: a-) "Sabes, M. isto estava mui...> De <i>José</i>: a-) "Sabes, M. isto estava muito aferrolhado e era preciso descomprimir". [citação]; <br /><br />. Mais do que aferrolhado parece-me que estava sem Elites [a Ínclita Geração não teve seguidores em momento crucial do País, mas um impante escol que estava deslumbrado com as Europas e os correlativos Ouros dos Brasis costumeiros, que tão enebriantes são sempre para as "falsas elites imperantes". . As miragens são adoráveis... Mas o que é real é a Realidade...]<br />. Concordo que era preciso descomprimir. E fizeram-no do modo sabido: a Torpeza do "instinto das tripas" (expressão do Prof. António José Saraiva).<br />. As Elites inchadas rebuscam e não buscam. Descomprimir com Grandeza não os atrai; as miragens enebriam-lhes as estéreis lucubrações da pequenez congénita.<br />. Por consigo concordar, considero a melhor definição do 25 de Abril a dada pelo Prof. Bissaya Barreto, quando tomou conhecimento do golpe abrilino: "Rebentou o cano de esgoto...".<br />. E assim se descomprimiu... e o fedor continua a tresandar neste Sítio/Protectorado da Europa que um dia foi um País...<br /> <br />b-) "Quem viveu nesse tempo sabe bem que o ambiente era propício às pessoas ambicionarem um pouco de mais liberdade ( ... )"; <br /><br />A ânsia de mais liberdade é em geral meramente instrumental para os que querem o Poder e não a Liberdade. Às massas a ansiedade torna-as vulneráveis; é uma das razões porque necessitam de ter Elites que perscrutam a essência, que não as excrecências das aparências auto-convenientes. E em Portugal as Elites predominantes são/eram obcecadas com a vacuidade da indigência mental permanente pelos 'Ouros dos Brasis' e as modernidades das Europas - e o indigente não tem Liberdade porque condicionado à Servidão. Por isso Fernando Pessoa escreveu que o Escol português é "por sua vontade, parisiense e moderno. Contra sua vontade, é estúpido".<br /><br />Cícero: “Quando o povo pode mais e rege tudo ao seu arbítrio, chama-se a isso liberdade; mas é, na verdade, licença”majoMohttps://www.blogger.com/profile/12837840785136160922noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-41695571305551780962015-03-06T23:38:26.263+00:002015-03-06T23:38:26.263+00:00> De X: "Em 1961, com o apoio dos america...> De <i>X</i>: "Em 1961, com o apoio dos americanos, estou em crer que daria resultado. «Bastava» para isso que o golpe de Botelho Moniz tivesse tido sucesso".<br /><br />. Esta perspectiva é muito querida pelas "falsas elites imperantes" (na expressão certeira do Prof. Amorim de Carvalho), e muito disseminada na historiografia predominante nas Universdades e especialistas de catedratices convenientes para obtenção de teses de mestrado de aprovação imediata... Os manuais escolares transcrevem de imediato estas atoardas aos incautos discentes, que logo confirmam na leitura dos jornais e mesas-redondas das TV's...<br /><br />. O resultado que daria é exactamente o que o participante no "golpe de Botelho Moniz" - Costa Gomes - teve oportunidade de implementar, com gáudio, em 25 de Abril. Estes militares estavam muito deslumbrados com os EUA (Humberto Delgado incluído...) e com o assédio a eles feito pelos 'contactos' americanos.<br /><br />. Os militares foram sempre dados a tentativas de golpes desde o final da Monarquia e durante a Républica - e no Estado Novo!<br /><br />. Enquanto Botelho Moniz e Costa Gomes estavam a conjecturar o Golpe Palaciano de 1961 e a discutirem o Sexo dos Anjos, as populações de Angola estavam ansiosas e desesperadas pela ausência de definição em Lisboa sobre os massacres perpetrados em 1961; muitos começaram a debandar para o Brasil e o Continente ("Puto"). [foi assim que aconteceu como se sabe após o 25 de Abril]<br /><br />. Até que Salazar discursa: "Para Angola rapidamente e em força". Com ânsia a população estava colada às telefonias para ouvir o discurso do Estadista; e num conjunto de ouvintes ansiosos, ouve-se, no final do discurso, de um deles: "Temos Homem!" [testemunho de um familiar meu].<br /><br />. E a população não debandou de Angola!... [favor cotejarem com o que se verificou em 25 de Abril...]majoMohttps://www.blogger.com/profile/12837840785136160922noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-60406298591780195932015-03-06T20:20:56.301+00:002015-03-06T20:20:56.301+00:00Então, se não fazia parte não foi apenas esse o mo...Então, se não fazia parte não foi apenas esse o motivo<br /><br />eheheheheh<br /><br />Foi isso que o José disse<br /><br />":O)))))))zaziehttps://www.blogger.com/profile/07433928008640838685noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-63190366510114249232015-03-06T19:14:56.848+00:002015-03-06T19:14:56.848+00:00Peço desculpa de discordar um pouco de si, José, m...Peço desculpa de discordar um pouco de si, José, mas estou completamente d'acordo com a opinião de Muja em todos os seus comentários relativamente ao 25/4 e muito particularmente naqueles que referem a verdadeira causa que deu origem à tragédia que foi a entrega do nosso Ultramar à esfera soviética. Que, como se sabe, não fazia parte do clausulado incluso no programa inicial do MFA. Este foi, sim, oportunística e cìnicamente deturpado e diabòlicamente usurpado pela esquerda comunista e socialista, com o apoio tácito, cobarde e traidor de Soares* e Cunhal* que foram quem na realidade esteve desde a primeira hora por detrás da trama que, aproveitando-se dos ingénuos e ignorantes militares d'Abril, começou com o PREC (prèviamente engendrado pela dita esquerda e despoletado na altura óptima para um ano e pouco depois atingir os fins específicos em vista, como efectivamente veio a suceder) e culminou com a entrega do Ultramar ao império soviético. <br />Como já disse anteriormente e repito, tivesse Gorbachov aparecido dez ou quinze anos mais cedo e a tragédia que aconteceu a Portugal e aos portugueses teria <br />sido evitada. E a vida de milhões de portugueses inocentes assassinados propositada e bàrbaramente, teria sido poupada.<br /><br />**Uma vez traidor para sempre traidor. Uma vez comunista, para sempre comunista.<br /><br />----<br /><br />Tal como Miguel D, concordo em absoluto com o comentário de Muja das 13.30, como aliás com todos os que escreve.<br /><br />Mais, aplaudo com ambas as mãos o modo preciso e inteligente com o qual Floribundus, num comentário de ontem, traça a anatomia do 25/4 e a subsequente descolonização. Não anotei a hora, mas é fàcilmente localizável.Mariahttps://www.blogger.com/profile/05169318329037851260noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-35440156074900633172015-03-05T21:36:13.862+00:002015-03-05T21:36:13.862+00:00É que a questão é mesmo esta:
Como disse, a guer...É que a questão é mesmo esta: <br /><br /><i>Como disse, a guerra no Ultramar foi o pretexto para a intervenção militar num regime que estava cansado e sem sinais de abertura para uma novidade que se exigia.<br />Enquistou numa política que mesmo estando correcta não tinha condições para se desenvolver como se desenvolvia. E foi isso que Spínola escreveu e por isso deu azo ao MFA.</i><br /><br />Isto não explica absolutamente nada.<br /><br />O que Spínola escreveu já tinha sido analisado e comentado. Por exemplo, aqui:<br /><br />http://ultramar.github.io/estrategia-estrutural-portuguesa.html#3-contradicoes-da-estrutura-politico-administrativa-actual<br /><br />A solução federalista não era uma solução. Não oferecia garantias nenhumas e era um pretexto para precipitação dos acontecimentos, como bem explica Franco Nogueira nos Diálogos Proibidos...<br /><br />A duas únicas saídas que garantiam alguma coisa eram ou a integração ou a autonomia progressiva, ou, simplificando, Salazar e Caetano, respectivamente.<br /><br />Mas fosse qual fosse a solução, todas exigiam que se prosseguisse a defesa, excepto a entrega. Ora, foi a entrega que aconteceu. <br /><br />Isto requer explicação.<br /><br /><i>um regime que estava cansado e sem sinais de abertura para uma novidade que se exigia</i>, não é explicação suficiente.<br />mujahttps://www.blogger.com/profile/17973066632824842337noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-19806964173748176702015-03-05T21:10:05.736+00:002015-03-05T21:10:05.736+00:00Mas, por exemplo, o eng. Jorge Jardim afirma clara...Mas, por exemplo, o eng. Jorge Jardim afirma claramente que sempre que Gomes da Costa visitava Moçambique havia agitação e incidentes graves envolvendo militares. <br /><br />Ora se o objectivo era um golpe para devolver as liberdades, e não para prejudicar a defesa do Ultramar, qual é a explicação para isto?mujahttps://www.blogger.com/profile/17973066632824842337noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-51353538566533829132015-03-05T21:07:01.474+00:002015-03-05T21:07:01.474+00:00Mas é precisamente por causa disto que se pode que...<i>Mas é precisamente por causa disto que se pode questionar a tese de que o Ultramar e a sua entrega "de graça" ao comunismo pró-soviético, foi a razão primeira e última do golpe.</i><br /><br />A razão primeira, a meu ver, foi fazer cessar a defesa portuguesa do Ultramar, que impedia não só os soviéticos, como todos os outros.<br /><br />Entregar aos soviéticos em particular não se podia garantir, mesmo que fosse esse o objectivo derradeiro ou, pelo menos, seguinte.<br /><br /><i>Spínola podia ser tudo menos comunista e embora quisesse terminar a guerra no Ultramar não o pretendia fazer de qualquer maneira como depois se fez.</i><br /><br />O Spínola que foi afastado em 28 de Setembro...<br /><br /><i>Mário Soares e Almeida Santos quiseram resolver o problema convocando todos os movimentos de libertação e o que deu foi a guerra civil.</i><br /><br />A guerra já lá estava. Os movimentos já se combatiam uns aos outros. Passou a ser civil porque foram reconhecidos como legítimos representantes do povo - o que é, em si mesmo, um absurdo. Não representavam senão as potências que os sustentavam.<br /><br /><br /><i>Cá temos a teoriazinha de conspiração.<br />O PREC acabou por iniciativa própria dos envolvidos?</i><br /><br />Não sabemos. Não deixa de ser, porém, verdade a coincidência. Como é coincidência que o cabecilha da revolução tenha assumido o poder depois de afastar o testa de ferro inicial quando este deixou de ser útil... Coincidência não é necessariamente causalidade, mas pode ser...<br /><br /><i>Procura-se provar um ponto acumulando dados e elementos dispersos que aparentemente conduzem ao resultado desejado.</i><br /><br />Não. Não se procura provar um ponto, mas simplesmente procurar a explicação mais verosímil. Que o, para todos os efeitos, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas faça um golpe de estado para dar "liberdades" políticas a uma minoria revolucionária, num país em guerra contra essas mesmas forças, não me parece verosímil.<br /><br />mujahttps://www.blogger.com/profile/17973066632824842337noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-25604208885095159162015-03-05T19:34:13.741+00:002015-03-05T19:34:13.741+00:00"ligar Angola ao 25/11 " não é teoria de..."ligar Angola ao 25/11 " não é teoria de conspiração alguma. O que aparenta a tal é ligar o 25/4 apenas à questão da guerra no Ultramar e querer provar isso mesmo, com o 25/11 e com outros factos da época que podem ter outra interpretação.<br /><br />Como disse, a guerra no Ultramar foi o pretexto para a intervenção militar num regime que estava cansado e sem sinais de abertura para uma novidade que se exigia. <br />Enquistou numa política que mesmo estando correcta não tinha condições para se desenvolver como se desenvolvia. E foi isso que Spínola escreveu e por isso deu azo ao MFA.Joséhttps://www.blogger.com/profile/14913602398978645936noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-64915435220970904932015-03-05T19:23:33.968+00:002015-03-05T19:23:33.968+00:00José,
Creio que neste particular discordamos.
Não ...José,<br />Creio que neste particular discordamos.<br />Não me entra na cabeça que um regime conservador/autoritário, historicamente ligado 'as FA seja derrubado pelas mesmas FA por razões político-ideológicas. A causa pode ser política sim, mas político-militar. Aliás, eu disse que o alfa e o omega do 25/4 'e militar, não o Ultramar.<br />E não acho que ligar Angola ao 25/11 seja teoria da conspiração, 'e mais teoria do equilíbrio de poderes.<br />De qualquer forma, sempre um gosto ler o que escreve.<br /><br />Miguel DUnknownhttps://www.blogger.com/profile/17456343949629010362noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-40740697286187969052015-03-05T18:52:59.211+00:002015-03-05T18:52:59.211+00:00Afirmar que o Ultramar é o alfa e o ómega do 25 de...Afirmar que o Ultramar é o alfa e o ómega do 25 de Abril é reduzir o fenómeno social a um estudo intelectual tipo tese de mestrado. <br />Procura-se provar um ponto acumulando dados e elementos dispersos que aparentemente conduzem ao resultado desejado.<br /><br />Por mim, discordo desse ponto de vista, pelo que tenho escrito por aqui.<br /><br />A realidade vivida em Portugal até ao 25 de Abril de 1974 era mais complexa do que parece e até mais interessante, principalmente na Economia. <br />Esse é que era um fenómeno fantástico que perdemos e não queremos entender como se materializava. Joséhttps://www.blogger.com/profile/14913602398978645936noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-10285562547047663482015-03-05T18:49:21.330+00:002015-03-05T18:49:21.330+00:00É esse bloco central quem reescreve a História, co...É esse bloco central quem reescreve a História, com a participação activa da esquerda comunista que logrou o mais importante: modificar a linguagem designativa dos fenémenos políticos.<br /><br />E quem domina o discurso manda na política.Joséhttps://www.blogger.com/profile/14913602398978645936noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-13751129046591956032015-03-05T18:45:48.145+00:002015-03-05T18:45:48.145+00:00Ou tudo se conjugou num ano e meio de luta polític...Ou tudo se conjugou num ano e meio de luta política e social que acabou na derrota do comunismo esquerdista e também de uma suposta direita que nunca mais teve direito de cidade? <br /><br />Quem ganhou no 25 de Novembro foi o bloco central. Que dura até hoje.Joséhttps://www.blogger.com/profile/14913602398978645936noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-36904626298820326562015-03-05T18:44:09.569+00:002015-03-05T18:44:09.569+00:00"Uns dias depois da entrega de Angola acaba o..."Uns dias depois da entrega de Angola acaba o Prec no 25/11."<br /><br />Cá temos a teoriazinha de conspiração. <br /><br />O PREC acabou por iniciativa própria dos envolvidos?Joséhttps://www.blogger.com/profile/14913602398978645936noreply@blogger.com