José Pacheco Pereira faz hoje no Público, em crónica de página, uma radiografia política de José S. com incursões pessoais na psicologia de retrato.
" Gente ambiciosa, muito ambiciosa, com pouca "virtude", com poucas leituras e muita televisão e computador, deslumbrada pelos gadjets, movendo-se com à-vontade entre jornalistas e empresários, sem "vida" nem biografia e pensando a política como pouco mais do que uma forma elaborada de marketing."
É assim que JPP vê a geração S. Pressupondo, naturalmente, uma espécie de antítese que se corporiza politicamente em gente de ambição controlada, com muita "virtude", seja lá isso o que for, com muitas leituras e pouca televisão ou computador, sem apego a artefactos e com alguma dificuldade em comunicar nos media, mas com grandes vidas ( e grandes obras, como no título antigo de um livro das Selecções do Reader´s Digest?) e uma noção da política integrada em visões de conjunto aritmético eleitoral.
Que modelos de políticos podemos integrar neste conceito, já de si idiossincrático?
Estou mesmo a ver o modelo: Mário S. o político dos políticos, o decano dos videiros de partido, com biografia e obra de oposição a regime opressivo. Tudo lhe cola, menos a dificuldade em comunicar nos media.
Depois, outro modelo se perfila: o de Sá-Carneiro, o político instruído na actividade de ala liberal, com ideias definidas sobre o Estado e a sociedade organizada num certo modo capitalista e a noção precisa dos papéis institucionais modelados no antigamente. Tudo lhe assenta, mesmo a dificuldade em ligar aos media.
Tem sentido esta modelação de papel de político actual e moderno?
Não tem muito sentido, embora prefira esse modelo de virtudes à dos modelos sem virtudes especiais e por isso esvaziados de conteúdos subtis.
Tomemos como exemplo, os políticos que nos têm calhado em rifa eleitoral:
Onde se enquadra um indivíduo como Adelino Palma Carlos, primeiro ministro depois de 25 de Abril? No segundo modelo, sem dúvida, com o acrescento nada despiciendo de ter uma vida de oposição ao regime anterior, no interior de uma faculdade e em grupos secretos.
A seguir, tivemos casos particulares como o de Vasco Gonçalves, uma figura colectiva que por isso mesmo, passo. Mas não passo sem dizer que não se enquadrava num modelo nem noutro.
Depois da convulsão revolucionária, tivemos a liderança de Mário S. durante vários anos. Até aos oitenta, de facto e com ideias que se podem acantonar a uma esquerda ainda hoje reivindicada no mainstream democrático.
Mário S. é um indivíduo lido ( principalmente no Nouvel Observateur) e cultivado artisticamente ( na galeria de um Mário Brito por exemplo), experimentado na luta política ( com princípios aprendidos no antigamente em sedes de conspiração maçónica). O que adiantou ter um indivíduo dessa estirpe "nobre" na política?
Uma série de equívocos, com destaque para a reticência em modernizar a economia nacional e cuja obstinação política nos garantiu largos anos de dependências atávicas ao FMI.
Depois de Mário S., veio Sá Carneiro que estabeleceu o modelo dos políticos a devir, para certa intelectualidade lusa.
O que trouxe Sá-Carneiro de essencial ao modelo? A sua cultura? Não me interessa, a não ser saber que existia uma certa cultura liberal e oposta à do antecessor. A sua experiência vivida na Assembleia Nacional? Aí, interessa, porque foi uma experiência que concedeu estatuto de vivência política activa e com ligação ao que era antigo mas duradouro em certos valores.
Mas, na prática, o que trouxe ao país um político modelo como Sá Carneiro? Obstinação em governar centralizadamente; ideias fixas sobre opções políticas que se revelaram erradas ( a escolha do candidato presidencial foi o seu fim, literalmente) e incertezas sobre a mudança de mentalidade política reinante e de esquerda.
Seria necessária uma figura como Sá Carneiro, hoje em dia? Duvido, a não ser na firmeza dos valores e no estilo da sua afirmação.
Em seguida a Sá Carneiro, o que tivemos de modelar na política?
Cavaco Silva, voilà! E era aqui que queira chegar.
Cavaco Silva foi o herdeiro putativo das ideias de Sá Carneiro ( embora este não o distinguisse por aí além, eventualmente por ter percebido a sua diferença para nenhures) e conseguiu alcançar a liderança de um partido e de um governo como nunca se viu em Portugal: uma maioria absoluta com objectivos ambiciosos e meios prometidos como os fundos da CEE, aos milhões.
Que fez este modelo político desse acervo hereditário e dos seus frutos? Transformou porventura o país numa modernidade que outros não pudessem de igual modo fazer, nomeadamente o outro modelo, Mário S.?
Não me parece nada.
Por outro lado e mais importante ainda: onde encaixa Cavaco Silva no modelo proposto em negativo por JPP?
Fatalmente, no primeiro que critica e no aspecto que me parece essencial e diferenciador.
Cavaco Silva não era ( e continua a não ser) um indivíduo culto como JPP entende que deve ser um indivíduo lido. Não tinha cultura ( e continua a não ter) que o distinga no gotha da inteligentsia; sendo verdadeiro que não integra os outros itens, também é verdade que Cavaco Silva ascendeu na política segundo as regras partidárias: um grupo de apoio importante, um programa de ideias gerais e nomes de governo. E esse foi o erro fatal na escolha desse modelo. Os colaboradores fizeram toda a diferença, para pior, tal como se revelou posteriormente.
O cavaquismo é a pior experiência política portuguesa, incluindo a de Guterres, porque tinha os trunfos todos para mudar radicalmente o país e preferiu adiar essa mudança com as opções erradas. E José Pacheco Pereira esteve lá, no cerne desse poder que foi conferido ao PSD de então. Foi cúmplice desse falhanço e dessa frustração.
Que nomes e que apoios teve Cavaco Silva para ascender na política?
O primeiro de todos já está esquecido ( por boas razões? Ou por razões convenientes?): Eurico de Melo, de Braga ou Santo Tirso, empresário-político que não integra o modelo prè-definido de JPP, mas integra outro: o dos caciques partidarios locais do antigamente e que não é a mesma coisa que os "jotinhas" mas que os gerou, sem dúvida alguma.
Um dos rebentos mais notáveis, aliás, tornou-se uma das figuras-chave do cavaquismo: Marques Mendes. Vindo de Fafe, onde o pai era figura do partido, integrou-se com outras figuras gradas ( Ribeiro da Silva, em Braga) e ascendeu no firmamento dos governos de Cavaco Silva, para ministro indistinguível de outro qualquer de um governo, incluindo este de José S. O mesmo autoritarismo sem nexo; o mesmo abuso de carros e coisas do Estado; os mesmos tiques político-partidários de nomeações; as mesmas pechas de sempre da política portuguesa. Ao ponto de na altura de sair, Belmiro de Azevedo ( despeitado certamente, mas com pontaria) ter dito que nem o queria para porteiro das suas empresas.
JPP acha Marques Mendes um produto e modelo de quê e de quem? É indivíduo lido? Não parece nada, tal como não seria um Fernando Nogueira, outra figura grada do partido e com experiência de assistente de Direito de Família e Sucessões, na Universidade de Coimbra.
Portanto, Marques Mendes, no entender de JPP a que modelo pertence?
Ao de José S. sem margem para dúvida. O que o distingue deste, porém ,é coisa que JPP não aponta e que é mais importante: os valores. A única diferença pode estar aí, escondida.
Outra figura ligada ao líder, é, indubitavelmente, Dias Loureiro. Em que perfil o integra, JPP?
No dos cultos, evoluidos, com pedigree democraticamente solidificado? E como justifica a evolução política e pessoal desse político? Encontra paralelo no outro modelo, no devorismo e ambição de ascensão?
Logo a seguir a Cavaco Silva temos Guterres.
Guterres é um tipo culto, evoluído? Parece que sim. Engenheiro de pofissão que nunca terá exercido, escolheu a política ainda com bigode e só o cortou quanto estava perto do poder.
Que distinguiu Guterres dos restantes, em relação ao modelo de virtudes?
Segundo o próprio JPP, terá sido um dos piores primeiros-ministros que Portugal teve...o que aliás nem é original porque foi o próprio António Sousa Franco, pouco antes de morrer quem o disse, alto e bom som num restaurante: "o "António " era uma excelente pessoa mas o seu governo era o pior desde o tempo de D. Maria!" E Sousa Franco, encarnava, a meu ver, de modo completo, esse modelo de virtudes políticas: era realmente culto; instruído, inteligente, com valores realmente importantes, experiente na política porque vindo das primeiras experiências partidárias ( do PSD e da dissidência) e com currículo. Sousa Franco tinha tudo o que um político-modelo, para JPP, deve ter. E portanto, foi o seu contributo para a política económica de Guterres, com gastos à tripa-forra que terá deitado tudo a perder no controlo do défice das contas públicas...
Portanto, tínhamos o melhor dos dois mundos políticos, com Guterres: um indivíduo lido, comunicador, simpático e afável, sem problemas de autoritarismo, bom escolhedor de ministros para pastas importantes e daqueles com currículo que seleccionou entre "cem nomes para o PS" e competente para o exercício do cargo.
O que resultou deste modelo de virtudes?
O pior governo que Portugal jamais teve!
Portanto e em conclusão de fim de semana:
Os modelos de virtudes pré-definidas podem ser equívocos. O que parece, pode acabar por não ser e o modelo perfeito de político está por inventar.
E não é certamente o modelo JPP que vale a pena seguir cegamente, embora o diagnóstico deste primeiro-ministro seja certeiro e adequado. José S. é uma nódoa como governante, mas pode muito bem não ser por falta dessas vitudes.
Quanto a mim, modesto comentador de blog, há um fio condutor nessas virtudes essenciais e que acabei por citar duas ou três vezes, neste texto: valores. Digam-me em que valores acreditam e direi se aceito o modelo.
Este, o de José S., parece-me abaixo de cão. Ou de Vital Moreira, se se preferir um modelo execrável de político moderno.
" Gente ambiciosa, muito ambiciosa, com pouca "virtude", com poucas leituras e muita televisão e computador, deslumbrada pelos gadjets, movendo-se com à-vontade entre jornalistas e empresários, sem "vida" nem biografia e pensando a política como pouco mais do que uma forma elaborada de marketing."
É assim que JPP vê a geração S. Pressupondo, naturalmente, uma espécie de antítese que se corporiza politicamente em gente de ambição controlada, com muita "virtude", seja lá isso o que for, com muitas leituras e pouca televisão ou computador, sem apego a artefactos e com alguma dificuldade em comunicar nos media, mas com grandes vidas ( e grandes obras, como no título antigo de um livro das Selecções do Reader´s Digest?) e uma noção da política integrada em visões de conjunto aritmético eleitoral.
Que modelos de políticos podemos integrar neste conceito, já de si idiossincrático?
Estou mesmo a ver o modelo: Mário S. o político dos políticos, o decano dos videiros de partido, com biografia e obra de oposição a regime opressivo. Tudo lhe cola, menos a dificuldade em comunicar nos media.
Depois, outro modelo se perfila: o de Sá-Carneiro, o político instruído na actividade de ala liberal, com ideias definidas sobre o Estado e a sociedade organizada num certo modo capitalista e a noção precisa dos papéis institucionais modelados no antigamente. Tudo lhe assenta, mesmo a dificuldade em ligar aos media.
Tem sentido esta modelação de papel de político actual e moderno?
Não tem muito sentido, embora prefira esse modelo de virtudes à dos modelos sem virtudes especiais e por isso esvaziados de conteúdos subtis.
Tomemos como exemplo, os políticos que nos têm calhado em rifa eleitoral:
Onde se enquadra um indivíduo como Adelino Palma Carlos, primeiro ministro depois de 25 de Abril? No segundo modelo, sem dúvida, com o acrescento nada despiciendo de ter uma vida de oposição ao regime anterior, no interior de uma faculdade e em grupos secretos.
A seguir, tivemos casos particulares como o de Vasco Gonçalves, uma figura colectiva que por isso mesmo, passo. Mas não passo sem dizer que não se enquadrava num modelo nem noutro.
Depois da convulsão revolucionária, tivemos a liderança de Mário S. durante vários anos. Até aos oitenta, de facto e com ideias que se podem acantonar a uma esquerda ainda hoje reivindicada no mainstream democrático.
Mário S. é um indivíduo lido ( principalmente no Nouvel Observateur) e cultivado artisticamente ( na galeria de um Mário Brito por exemplo), experimentado na luta política ( com princípios aprendidos no antigamente em sedes de conspiração maçónica). O que adiantou ter um indivíduo dessa estirpe "nobre" na política?
Uma série de equívocos, com destaque para a reticência em modernizar a economia nacional e cuja obstinação política nos garantiu largos anos de dependências atávicas ao FMI.
Depois de Mário S., veio Sá Carneiro que estabeleceu o modelo dos políticos a devir, para certa intelectualidade lusa.
O que trouxe Sá-Carneiro de essencial ao modelo? A sua cultura? Não me interessa, a não ser saber que existia uma certa cultura liberal e oposta à do antecessor. A sua experiência vivida na Assembleia Nacional? Aí, interessa, porque foi uma experiência que concedeu estatuto de vivência política activa e com ligação ao que era antigo mas duradouro em certos valores.
Mas, na prática, o que trouxe ao país um político modelo como Sá Carneiro? Obstinação em governar centralizadamente; ideias fixas sobre opções políticas que se revelaram erradas ( a escolha do candidato presidencial foi o seu fim, literalmente) e incertezas sobre a mudança de mentalidade política reinante e de esquerda.
Seria necessária uma figura como Sá Carneiro, hoje em dia? Duvido, a não ser na firmeza dos valores e no estilo da sua afirmação.
Em seguida a Sá Carneiro, o que tivemos de modelar na política?
Cavaco Silva, voilà! E era aqui que queira chegar.
Cavaco Silva foi o herdeiro putativo das ideias de Sá Carneiro ( embora este não o distinguisse por aí além, eventualmente por ter percebido a sua diferença para nenhures) e conseguiu alcançar a liderança de um partido e de um governo como nunca se viu em Portugal: uma maioria absoluta com objectivos ambiciosos e meios prometidos como os fundos da CEE, aos milhões.
Que fez este modelo político desse acervo hereditário e dos seus frutos? Transformou porventura o país numa modernidade que outros não pudessem de igual modo fazer, nomeadamente o outro modelo, Mário S.?
Não me parece nada.
Por outro lado e mais importante ainda: onde encaixa Cavaco Silva no modelo proposto em negativo por JPP?
Fatalmente, no primeiro que critica e no aspecto que me parece essencial e diferenciador.
Cavaco Silva não era ( e continua a não ser) um indivíduo culto como JPP entende que deve ser um indivíduo lido. Não tinha cultura ( e continua a não ter) que o distinga no gotha da inteligentsia; sendo verdadeiro que não integra os outros itens, também é verdade que Cavaco Silva ascendeu na política segundo as regras partidárias: um grupo de apoio importante, um programa de ideias gerais e nomes de governo. E esse foi o erro fatal na escolha desse modelo. Os colaboradores fizeram toda a diferença, para pior, tal como se revelou posteriormente.
O cavaquismo é a pior experiência política portuguesa, incluindo a de Guterres, porque tinha os trunfos todos para mudar radicalmente o país e preferiu adiar essa mudança com as opções erradas. E José Pacheco Pereira esteve lá, no cerne desse poder que foi conferido ao PSD de então. Foi cúmplice desse falhanço e dessa frustração.
Que nomes e que apoios teve Cavaco Silva para ascender na política?
O primeiro de todos já está esquecido ( por boas razões? Ou por razões convenientes?): Eurico de Melo, de Braga ou Santo Tirso, empresário-político que não integra o modelo prè-definido de JPP, mas integra outro: o dos caciques partidarios locais do antigamente e que não é a mesma coisa que os "jotinhas" mas que os gerou, sem dúvida alguma.
Um dos rebentos mais notáveis, aliás, tornou-se uma das figuras-chave do cavaquismo: Marques Mendes. Vindo de Fafe, onde o pai era figura do partido, integrou-se com outras figuras gradas ( Ribeiro da Silva, em Braga) e ascendeu no firmamento dos governos de Cavaco Silva, para ministro indistinguível de outro qualquer de um governo, incluindo este de José S. O mesmo autoritarismo sem nexo; o mesmo abuso de carros e coisas do Estado; os mesmos tiques político-partidários de nomeações; as mesmas pechas de sempre da política portuguesa. Ao ponto de na altura de sair, Belmiro de Azevedo ( despeitado certamente, mas com pontaria) ter dito que nem o queria para porteiro das suas empresas.
JPP acha Marques Mendes um produto e modelo de quê e de quem? É indivíduo lido? Não parece nada, tal como não seria um Fernando Nogueira, outra figura grada do partido e com experiência de assistente de Direito de Família e Sucessões, na Universidade de Coimbra.
Portanto, Marques Mendes, no entender de JPP a que modelo pertence?
Ao de José S. sem margem para dúvida. O que o distingue deste, porém ,é coisa que JPP não aponta e que é mais importante: os valores. A única diferença pode estar aí, escondida.
Outra figura ligada ao líder, é, indubitavelmente, Dias Loureiro. Em que perfil o integra, JPP?
No dos cultos, evoluidos, com pedigree democraticamente solidificado? E como justifica a evolução política e pessoal desse político? Encontra paralelo no outro modelo, no devorismo e ambição de ascensão?
Logo a seguir a Cavaco Silva temos Guterres.
Guterres é um tipo culto, evoluído? Parece que sim. Engenheiro de pofissão que nunca terá exercido, escolheu a política ainda com bigode e só o cortou quanto estava perto do poder.
Que distinguiu Guterres dos restantes, em relação ao modelo de virtudes?
Segundo o próprio JPP, terá sido um dos piores primeiros-ministros que Portugal teve...o que aliás nem é original porque foi o próprio António Sousa Franco, pouco antes de morrer quem o disse, alto e bom som num restaurante: "o "António " era uma excelente pessoa mas o seu governo era o pior desde o tempo de D. Maria!" E Sousa Franco, encarnava, a meu ver, de modo completo, esse modelo de virtudes políticas: era realmente culto; instruído, inteligente, com valores realmente importantes, experiente na política porque vindo das primeiras experiências partidárias ( do PSD e da dissidência) e com currículo. Sousa Franco tinha tudo o que um político-modelo, para JPP, deve ter. E portanto, foi o seu contributo para a política económica de Guterres, com gastos à tripa-forra que terá deitado tudo a perder no controlo do défice das contas públicas...
Portanto, tínhamos o melhor dos dois mundos políticos, com Guterres: um indivíduo lido, comunicador, simpático e afável, sem problemas de autoritarismo, bom escolhedor de ministros para pastas importantes e daqueles com currículo que seleccionou entre "cem nomes para o PS" e competente para o exercício do cargo.
O que resultou deste modelo de virtudes?
O pior governo que Portugal jamais teve!
Portanto e em conclusão de fim de semana:
Os modelos de virtudes pré-definidas podem ser equívocos. O que parece, pode acabar por não ser e o modelo perfeito de político está por inventar.
E não é certamente o modelo JPP que vale a pena seguir cegamente, embora o diagnóstico deste primeiro-ministro seja certeiro e adequado. José S. é uma nódoa como governante, mas pode muito bem não ser por falta dessas vitudes.
Quanto a mim, modesto comentador de blog, há um fio condutor nessas virtudes essenciais e que acabei por citar duas ou três vezes, neste texto: valores. Digam-me em que valores acreditam e direi se aceito o modelo.
Este, o de José S., parece-me abaixo de cão. Ou de Vital Moreira, se se preferir um modelo execrável de político moderno.
Qual o líder partidário actual que pode falar de valores?
ResponderEliminarTalvez só o arquitecto Ribeiro Teles! E, então, teríamos um Governo "ecológico", mas quando fôssemos ver quanto tinha custado a "ecologia" veríamos que até a tanga em que estamos neste momento tínhamos perdido...
Bom post josé, dificilmente entendível nesta época de anomia...
ResponderEliminarCuidado com os valores. Eu ouço por aí que o BE é um partido cheio de valores... Mas para mim aquilo é a negação dos valores, os anti-valores.
ResponderEliminarCustado a "ecologia"? Estas atoardas eram melhores se acompanhadas de um ou dois argumentos. Casos concretos até. Medidas defendidas pelo Arq. Riberto Teles que tenham deixado o país de tanga.
A menos que se refira à Cova da Beira. Mas isso é confundir a "ecologia" com o "José Sócrates". -- JRF
Eu já não acredito em ninguém José!
ResponderEliminarDigam-me em que valores acreditam e verei se aceito o modelo.
ResponderEliminarModelos maçónicos só os do Mozart e quanto à música na Flauta Mágica.
Eu acredito nos valores que qualquer pessoa bem formada sabe quais são!
ResponderEliminarEu percebi. Mas estou mais do lado da Karocha... Por exemplo, parece que o PSD agora é todo pela "verdade". A verdade é para mim um valor importante. Vou a correr votar neles? Não vou. Aliás, gostei bastante de ler as referências ao cavaquismo que escreveu aqui.
ResponderEliminarMas também lhe digo... O facto do JPP ter elaborado um retrato -- para mim ainda incompleto --, do senhor Sócrates, não implica que o ideal de modelo político seja a antítese desse retrato. Não li o texto, não sei se é isso que se entende. -- JRF
Num mundo em que o triunfo é feito à custa de se deitarem para o lixo todos os valores, das poucas coisas que os políticos precisavam era de espatifar os que ainda existem.
ResponderEliminarRefiro-me à tradição e coesão familiar. São o último reduto de defesa nesta maravilha de utopia global que nos havia de calhar em sorte.
Parece que os japoneses ainda conseguem preservar outros, a título de exemplo económico.
ResponderEliminarNós por cá, tudo mal. Só se copia o pior e as únicas famílias que vingam são estas- as mais mafiosas e de avental.
Pois, não sendo a antítese o modelo, será uma espécie híbrida em que a "cultura" literária e livresca assume importância.
ResponderEliminarCuriosamente, o autarca Menezes, um dos modelos de Pacheco Pereira, declara-se um leitor compulsivo e por isso um intelectual de gema, numa entrevista de hoje ao i...
Hilariante.
Se não houver problema, posso "botar" aqui o artigo do JPP
ResponderEliminar(se houver, apaga-se)
........................
A bipolarização em Portugal não é entre o PS e o PSD, nem entre a esquerda e a direita, é a favor ou contra José Sócrates
OJosé Sócrates manso, humilde, penitente, da entrevista que deu à SIC, e que a jornalista permitiu com demasiada complacência, é um mau produto de marketing que não durará muito. É interessante até ver como uma série de fugas relatadas no Diário de Notícias, raras por serem da cozinha interior da política "socrática", foram imediatamente feitas para distanciar a agência de comunicação que trabalha com ele, a LPM, daquilo que foi atribuído a um trabalho amador dos seus assessores: fazer do "animal feroz" um manso cordeiro. Não sei se foi assim porque, dada a natureza profissional de todas estas fugas e contrafugas, não acredito numa só linha sobre a realidade do que relatam, embora me interesse o que pretendem sugerir. Eu sei que é sugestio falsi, mas tem interesse saber que fast food estão a pôr no meu prato mediático. Neste mundo de ficções, que é hoje a política-espectáculo, tem que se ter, como um centípede, 99 pés atrás e só um à frente, para balanço.
Seja como for, os conselheiros e a agência dir-lhe-ão em breve que a coisa não pega e é contraproducente, pelo que voltará de novo o "animal feroz" que é mais compatível com o inner self do actor que todos conhecemos como José Sócrates, actual primeiro-ministro de Portugal. Haverá retoques na forma de ferocidade do "animal", mas será por aí que a coisa vai ir, uma vez estabilizada uma estratégia de marketing, já que a anterior ruiu no dia das eleições para o Parlamento Europeu. Seja dito, de passagem, que entre os grandes perdedores dessa noite estão as agências de comunicação, aquelas que tratam os políticos como "marcas", e os políticos que assim se deixam reduzir a um produto de compra e venda.
(cont)
Voltando a José Sócrates, a personagem interessa por duas razões. Uma, é que a bipolarização que existe de facto em Portugal não é entre o PS e o PSD, nem entre a esquerda e a direita, é a favor ou contra José Sócrates. A segunda razão é porque ele é, em muitos aspectos, um produto típico do tempo. Não é único - as mesmas incubadoras que o produziram, as "jotas" partidárias, agora complementadas pelas carreiras políticas de blogue, Facebook e Twitter (com uma enorme capacidade de reproduzirem na Rede os piores defeitos das políticas das "jotas"), estão a gerar outros produtos do mesmo tipo. Gente ambiciosa, muito ambiciosa, com pouca "virtude", com poucas leituras e muita televisão e computador, deslumbrada pelos gadgets, movendo-se com à-vontade entre jornalistas e empresários, sem "vida" nem biografia e pensando a política como pouco mais do que uma forma elaborada de marketing. Depois, como estamos em Portugal, o grosso do "trabalho" está na "gestão da carreira", em milhares de telefonemas, muita intriga e "imagem". Depois há uns melhores do que outros e Sócrates, dentro da espécie, aprendeu melhor e com mais eficácia. E teve sorte, apareceu-lhe uma causa, a co-incineração, com todas as vantagens de lhe ter permitido a suprema ambição deste tipo de políticos: "ter protagonismo".
ResponderEliminarO caso da co-incineração foi fundamental na educação política do primeiro-ministro, penso até que o mais decisivo nessa educação. José Sócrates percebeu que fazer a ficção da autoridade, ser actor da autoridade, podia dividir e irritar, mas que o lado que estimava a exibição da força e da determinação era sempre muito maior do que o que o criticava pela obstinação. Trouxe essa lição para o início do seu Governo com sucesso e depois estragou tudo. Não porque não "dialogasse", mas sim porque deitou fora o menino e a água do banho, não percebeu que uma reforma precisa de aliados no interior de qualquer grupo profissional, mesmo que minoritários, e ele descambou no populismo fácil de colocar grupos profissionais uns contra os outros. Tornou-os, mesmo quando ainda não o eram, em corporações entrincheiradas e depois, quando percebeu os custos, recuou. Fez a ficção das reformas, mas não era, nem é, um verdadeiro reformista.
(cont)
Medeiros Ferreira chamou-lhe "pagão" e, num certo sentido, tem razão porque estas personagens representam uma forma moderna de "paganismo". José Sócrates tem semelhanças com algumas personagens menores da antiguidade, que em certos períodos da história de Roma tiveram o seu papel: Sejano, por exemplo, ou alguns imperadores pretorianos. Se olharmos para Sejano, o meu primeiro exemplo, percebe-se melhor. O verdadeiro criador da Guarda Pretoriana como força política, o homem que governava Roma com brutalidade, enquanto Tibério se entretinha em Capri a nadar com os seus "golfinhos", acabou mal, mas mandou muito enquanto pôde. O "paganismo" era no fundo pouco mais do que crueldade, alguma capacidade de organização (uma qualidade rara em Portugal), uma falta completa de escrúpulos e um certo instinto de sobrevivência e intriga. Em Roma essa intriga permanente fazia-se com mulheres, filhos, família e veneno real, hoje faz-se com jornais, blogues e veneno virtual. Sejano também era na época uma espécie de "animal feroz", só que não havia assessores de marketing para o amansar e acabou executado mais a família às ordens de Tibério.
ResponderEliminar(cont)
Há também algo de artificial no Sócrates "animal feroz", algo de construído pelo próprio, depois ampliado pela máquina de propaganda gigantesca que ninguém antes dele tinha criado à volta de um primeiro-ministro. A verdade é que este "animal feroz" mostrou-se muitas vezes bem menos "feroz" do que se pensa. Sempre que via os votos a voarem pela janela e a perspectiva de sarilhos a sério, a ferocidade diminuía exponencialmente. Foi o caso da defenestração do ministro da Saúde e da actuação do Governo face aos pescadores bloqueando as lotas e os camionistas bloqueando o país. Na verdade, mesmo o argumento de que Sócrates sempre apoiou a ministra da Educação, contra a luta dos professores, que assumiu uma dimensão de guerra total e que certamente lhe acabou por retirar muitos votos, não colhe. Sócrates convenceu-se, e bem, de que, enquanto contra o ministro da Saúde estava o "povo" e não os médicos, contra a ministra da Educação estavam os professores mas não o "povo". Por isso, afastou o primeiro e deu cobertura política à segunda. Só que não percebeu que no contexto de um crescendo de conflitualidade, que ia muito para além dos professores, a irritação acabou por funcionar num sistema de vasos comunicantes e, no voto, o "povo" acabou por aceitar que professores na rua era bom porque era "contra Sócrates". E contra Sócrates, valia tudo.
ResponderEliminarO que aconteceu, e torna qualquer governo de José Sócrates a mais instável das soluções políticas, é que foi à sua volta, ou da sua persona, ou da sua máscara, ou da sua personagem, que o país se polarizou. Mais de metade do país é contra Sócrates e uma parte mais pequena é a favor, mas ambas estão muito radicalizadas. Na verdade, a que é contra Sócrates está ainda mais radicalizada, porque na outra há uma confluência poderosa de fãs absolutos do primeiro-ministro, com a habitual conjugação de interesses à volta do poder, e beneficiam de uma maior homogeneidade do que os do lado do contra.
Ora é por ser exactamente assim que há "ingovernabilidade", não porque possam não existir condições institucionais para sustentar um governo. Elas são uma vantagem potencial para a governabilidade, mas estão longe de ser suficientes, em particular se uma parte importante dos portugueses votar pelo protesto (contra Sócrates) no Bloco ou no PCP ou no voto branco, ou se abstiver como atitude de negação. É por isso que poucas soluções governativas seriam mais instáveis e conflituosas que um novo governo PS com ou sem maioria absoluta. E é também por isso que, se não existirem condições de alternância governativa, a instabilidade gerada por um governo PS pode levar a um ciclo de sucessivas eleições legislativas, ao modo italiano.
Enquanto for Sócrates a dominar a cena, a vida política portuguesa permanecerá muito conflitual e instável, não serão possíveis reformas, nem as políticas consistentes e difíceis que a crise exige. E não há mansidão programada que resulte para amainar uma opinião pública que, pura e simplesmente, não só não acredita na personagem, como a sua mera presença a irrita e muito mais a irritará se lhe puserem à frente um híbrido de "manso-feroz".
Por isso, Sócrates está condenado à ferocidade, que representará sempre melhor porque é-lhe mais fácil puxar pelo ego nesse cenário do que numa humildade em que ele é um erro de casting. Só que o "animal feroz" parte cada vez mais o país em dois e é gerador de instabilidade por si só. Vamos conhecer tempos interessantes, como na maldição chinesa. Historiador
Que hei-de dizer José!
ResponderEliminarNa minha terra pelo menos têm vergonha na cara e demitem-se.
Você sabe que eu sou brava, eduquei 2 rapazes, um até conhece o blog dele!
Estou cansada e sem forças,porta aviões ao fundo e nova gente?
Não fui com toda a certeza a única mãe a educar os filhos nos valores correctos,ética , boa educação, trabalho etc... ´
Decididamente o Abrupto mudou para a caixa de comentários deste blog. Será para avacalhá-lo?
ResponderEliminarDecididamente o Abrupto mudou para a caixa de comentários deste blog. Será para avacalhá-lo?
ResponderEliminarO Abrupto é para apagar.
ResponderEliminarEra só para o Doutor Engenheiro Campónio --JRF poder ler.
Não se apaga. Só se o próprio se importar...mas não espero que o "Álvaro" venha por aqui.
ResponderEliminarPor isso, mantém-se o texto para descorticar.
Que grande trapalhada...
ResponderEliminarO Álvaro é danado para a brincadeira
ResponderEliminar":O))))))
O "Álvaro"? Vivendo e aprendendo... Zazie isso se está no Abrupto, bastava um link. É mesmo aqui ao lado, chegava lá num instante!
ResponderEliminarMas agora perdão, estou a ver O Gavião dos Mares. É um filme com valores. Fazia bem ao senhor Sócrates. -- JRF
Não fazia a menor ideia que estivesse lá.
ResponderEliminarÉ blogue onde raramente vou.
Bom Curtiz
Efeitos secundários do escitalopram?
ResponderEliminarMaravilha. Mais vale rever O Gavião dos Mares que ver uma xaropada.
ResponderEliminarAfinal não está... Mas está o JPP a dizer que se enganou quanto à seriedade do "i"... Uma capa com o Menezes a zurzir no JPP daquela forma é de facto reles. Deve ser um jornal reles. É de certeza. O que vale é que os jornais são para acabar.
O Menezes até pode ser um leitor compulsivo (sejá lá o que isso for). Eu leio todos os dias. Não faltam livros. E muitos em vez de ensinar, é o contrário. Que interessa que o Menezes lê? Não me parece que isso o torne automaticamente num modelo do JPP. Estou certo? -- JRF
Gostei do texto do JPP. Geralmente gosto. Não vejo que exista um modelo JPP por ele caracterizar negativamente o óbvio modelo senhor Sócrates. E de forma incompleta. Faltam todos os "azares" do senhor Sócrates. A vida tem sido madrasta para o senhor Sócrates.
ResponderEliminarEu também estou convencido que não é das jotas e da "comunicação" que vão sair líderes. Esse sonso desse Passos Coelho, ou essa Jamila Madeira (algúem se lembra dessas eleições jota do PS?). Gente sem qualidades. Qualidades para governar, pelo menos. Admirou-me o AJ Seguro, a votar contra aquela cambada na lei de financiamento dos partidos. -- JRF
«Wegie disse...
ResponderEliminarEfeitos secundários do escitalopram?
21 de Junho de 2009 0:07 »
Sou muito toina.
Já devia ter topado que a Wegie não é homem.
Parece que quer dizer, cuequinha com rabinho à mostra.
Ok. Esclarecimento :Wegie- eu não sou dessas- procure outra para tricas & galinhices.
--JRF,
ResponderEliminarNem li o JPP. Geralmente não lei porque ainda consegue redigir pior que eu.
Mas vou espreitar isso.
(off topic- está a ver como nem aqui "elas" me largam? É cá uma coisa que faz favor... não tem explicação. Eu nem ando looking for e nunca mando bocas a mulheres e aos homens é sempre no meio de debates sobre o assunto em questão.
Não dá... é a minha cruz
":O))))
Será que é do guaraná?
ResponderEliminarEntão a moça por ter cuequinha curta fica atrapalhada e acha que já não sobra html para ela deixar a sua opiniãozinha?
Isto não se gasta, e a banda larga é à borla. Não seja assim tão apertadinha que ninguém acredita.
É uma coisa tremenda como a escrita dele emperra-
ResponderEliminar«Precisa dessa encenação de autoridade para ser temido e não hesita em usar os instrumentos da autoridade e da vingança para ser temido.
Eu diria mesmo mais: para ser temido.
Fónix, nem eu escrevo assim com os pés.
Amanhã tento o resto.
O grande problema é que quem vai hoje para a política, em geral, pode até ter recebido boa formação intelectual, até educação, o que nem sempre acontece, alguns valores pessoais, mas valores políticos, no sentido de ter ideias sobre a melhor forma de organização política e sobretudo económica que é onde se falha mais vezes, isso não se tem.
ResponderEliminarOs que têm, tanto podem ser hoje de esquerda, como amanhã face à expectativa de melhor "tacho", serem de direita e vice versa.
Vai-se para a política fundamentalmente porque se quer poder.
O Prof Freitas do Amaral inclui esta ideia na sua definição de política, em cátedra, aditando-lhe que se quer poder, para realizar o bem comum.
Como ? Ninguém sabe, julgo eu ...
Uns vão só mesmo pelo poder.
Outros vão experimentando leis e decretos e limpando o "sangue" e os " estragos" com novos decretos e leis...
Porque a verdade é que ninguém é preparado para conhecer de finanças, de economia, de gestão numa perspectiva macro - comunitária. Fazem-se cursos e cursos só para Dr. ser ...
E cada vez menos se é preparado face ao Estado das famílias e à ferocidade da vida, à concorrência no trabalho, etc, para ser digno, para agir com honra, para ser capaz de "sair de si" e colocar-se no lugar do outro na avaliação dos seus interesses, para quem se legislará.
Daí os diplomas que quase se colam a certos rostos ou realidades individuais ou restritas a um pequeno grupo de interesses...
Diria assim que o modelo político que hoje impera é o resultado do modelo de carácter que em geral impera nos dias de hoje.
As pessoas querem poder, também para viver sob protecção do arbítrio dos poderosos.
Sabemos como esse arbitrio pode ser cruel e até compreendemos por isso que tantos " troquem ou vendam" quaisquer valores de que seja feita as suas almas.
Uma minoria não o faz. Mas essa
diferença que não se corrompe é esmagada.
Por isso, a haver modelo, está por criar...
*
Ausentar-me-ei para férias.Até sempre.
*
A todos os meus cumprimentos.
*
Maria
Boas férias, Maria.
ResponderEliminarMuito obrigado, José.
ResponderEliminarBoas férias Maria.
ResponderEliminarHehe... A Zazie não deixa passar nada. É temível! -- JRF
ResponderEliminarBoas férias, Maria.
ResponderEliminar--------------
---JRF,
Afinal o que está lá no blogue não é o mesmo que escreveu para o Público.
Consegui ler agora. Mas não é mania minha, acho que pior que ele a escrever só o Saldanha Sanches a fazer as duas coisas- falar e passar a escrito.
Olhe que nem aqui, teclando em directo, sem rever nada, há gente a conseguir enrodilhar-se nas frases como ele.
Quanto às ideias- bem, não li nada que nunca tivesse lido- os gadjets (o JPP desde que aprendeu esta palavra passa o tempo a repeti-a, a "persona"; a máscara e a personagem" e mais umas tretas óbvias que fogem ao propósito da tal caracterização a que se propôs no início.
Não consigo ler o JPP- nunca diz nada, mas dá uma canseira enorme ler tantas letras para se constatar isso.
E os neologismos que ele gosta de insistir que são marca registada.
ResponderEliminarUm foram os ornitorrincos e, não é por nada, mas quem usou o termo para caracterizar essa direita que nem é nada que se perceba, fui eu, no Cocanha- há muitíssimo tempo e referindo-me a um ornitorrinco excelentíssimo da revista Atlântico.
Agora gaba-se de ter inventado o "situacionismo"
ehehehehe
Uns- (aqui está uma gralha que acontece a teclar) mas o que ele faz com tempo é mais complicado- não sabe distinguir um ponto final de uma vírgula, enche o texto de "e" e "que" e baralha isso de tal modo que nunca se percebe o que está a adjectivar.
ResponderEliminarNos entretantos, o sujeito da oração já foi submerso por esta macacada toda.
Fónix, esqueci-me- era para dizer que eu também inventei um neologismo para as gadjets-
ResponderEliminarSão as "quinquilhas e martelecas". Diga-me lá se não têm mais pinta.
Devia fazer pagar-me caro pela avaria, pirateada a um patusco que assim apelidava os computadores, quando apareceram
":O))))
Recomenda-se Carbonato de Lítio (Priadel).
ResponderEliminarOk- usa cuequinha curta e anda de rabiosque à mostra mas é só para assediar mulheres e vender propaganda médica.
ResponderEliminarWegie: já experimentou isso tudo que repete em todos os blogues onde me encontra?
E mesmo assim, nada?
Se tem mais alguma coisa para me dizer, pode usar o meu e.mail. Sempre se evita esta palhaçada nos blogues dos outros.
É que eu nunca lhe dirigi a palavra e garanto-lhe que não sou fufa.
Lamotrigina?
ResponderEliminarBem, vou passar a fingir que nem vejo.
ResponderEliminarHavia outra que também não saí disto. Por todo o lado onde desse comigo em conversa ou debate com qualquer pessoa, largava receitas de remédios.
Chamava-se e chama-se Fernanda Câncio. Na altura nem imaginava que era a nossa segunda dama.
Wegie:
ResponderEliminarRecomendo-lhe outra coisa- um velho filme kitsh de um amante do Wharol- Chamava-se "carne fresca para Drácula".
No meio de tantas candidatas à dentada, moçoilas kitsh de wegie curta e rabiosque empinado, bem que o Drácula teve de virar gay.
Entre centenas de candidatas que se faziam ainda mais apertadinhas e puras que esta Wegie das caixinhas, nem uma era virgem.
Sangue Virgem Para Drácula de Paul Morrissey: O mordomo comia as meninas virgens antes do Drácula as apanhar.
ResponderEliminarOra bem. Assim é outra coisa. E viu-o a 3D?
ResponderEliminar:-)
ResponderEliminarMuito obrigada Karocha e Zazie.
Beijinhos a ambas.
:-)
Desde o Constitucionalismo pós Revolução Liberal, que os politicos se caracterizaram por sobreporem a ambição pessoal pelo poder, relativamente ao desempenho concreto da acção politica. Salvo rarissimas excepções foi sempre assim. Loulé, Fontes, Saldanha, Hintze, mais toda a corja da 1ª Republica, todos previlegiaram interesses e promoções pessoais e partidários em detrimento da Nação, isto independentemente das inegáveis qualidades pessoais de muitos deles.
ResponderEliminarCuriosamente salvaram-se os apelidados pela História de «Ditadores», como Sidónio e Salazar.