O arrendamento do novo Campus da Justiça foi um dos negócios mais contestados durante o anterior governo. Alberto Costa, então ministro da Justiça, assinou o pesado compromisso de pagar mais de um milhão de euros por mês para albergar vários tribunais, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) e algumas direcções-gerais da Justiça em prédios novilhos em folha.
Mas não se pode dizer que o senhorio do Ministério da Justiça é uma sombria entidade privada, porque é o próprio Estado que recebe a renda.
O dinheiro sai dos cofres do Estado, mais concretamente do ministério da Justiça, para voltar a entrar nos cofres do Estado mais precisamente no Fundo Imobiliário Fechado - Office Park Expo, cujos participantes são o Fundo de Pensões do Banco de Portugal, o Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos, o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social e uma única entidade privada dentro deste ''grupo dos quatro'': a Fundação Calouste Gulbenkian. Certo é que estes fundos fizeram um negócio ruinoso em tempos de crise imobiliária: compraram os terrenos, pagaram o projectos e a construção. Cinco anos depois, era preciso arranjar alguém que pagasse um investimento de perto de 180 milhões de euros. Alberto Costa protagonizou a operação a resgate e assinou o arrendamento dos edifícios por mais de um milhão de euros por mês.
O negócio deu os primeiros passos a 15 de Outubro de 2002. A primeira subscrição de capital foi de 20 milhões de euros divididos em quatro milhões de unidades de participação subscritas a cinco euros cada. Cada um dos subscritores tinha 25%. No mesmo ano, compraram o terreno tendo entregue ao proprietário inicial 12 milhões de euros. Face a uma conjuntura de crise era necessário desenhar um bom negócio para este investimento. Depois, foi preciso abrir um concurso para escolher os responsáveis pelo projecto. O valor total do sinal pago pelo terreno adicionado de custos em projectos foi de 13 milhões de euros.
Mas não se pode dizer que o senhorio do Ministério da Justiça é uma sombria entidade privada, porque é o próprio Estado que recebe a renda.
O dinheiro sai dos cofres do Estado, mais concretamente do ministério da Justiça, para voltar a entrar nos cofres do Estado mais precisamente no Fundo Imobiliário Fechado - Office Park Expo, cujos participantes são o Fundo de Pensões do Banco de Portugal, o Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos, o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social e uma única entidade privada dentro deste ''grupo dos quatro'': a Fundação Calouste Gulbenkian. Certo é que estes fundos fizeram um negócio ruinoso em tempos de crise imobiliária: compraram os terrenos, pagaram o projectos e a construção. Cinco anos depois, era preciso arranjar alguém que pagasse um investimento de perto de 180 milhões de euros. Alberto Costa protagonizou a operação a resgate e assinou o arrendamento dos edifícios por mais de um milhão de euros por mês.
O negócio deu os primeiros passos a 15 de Outubro de 2002. A primeira subscrição de capital foi de 20 milhões de euros divididos em quatro milhões de unidades de participação subscritas a cinco euros cada. Cada um dos subscritores tinha 25%. No mesmo ano, compraram o terreno tendo entregue ao proprietário inicial 12 milhões de euros. Face a uma conjuntura de crise era necessário desenhar um bom negócio para este investimento. Depois, foi preciso abrir um concurso para escolher os responsáveis pelo projecto. O valor total do sinal pago pelo terreno adicionado de custos em projectos foi de 13 milhões de euros.
Em notícia à parte desta, escreve-se que a consultora Deloitte fez um estudo em que assegurava ao ministério que haveria uma economia de 900 mil euros/ mês em custos energéticos.
Porém, afinal em vez de poupança verificou-se precisamente o contrário e em números astronómicos que seriam suficientes para descredibilizar qualquer firma de constultadoria que se prezasse: mais de um milhão de euros de sobrecusto.
A Deloitte é incompetente? Fez apenas o que cliente esperava? Ajustou números? Aldrabou factos? Averiguou como deve ser? Fez um estudo profissional e de rigor? Admite-se assim uma discrepância destas, "colossal" e a firma fica a assobiar para o lado? Averigue-se se o foi e como foi porque o negócio, neste como noutros casos, como se dizia dantes, "é números".
E estes números tresandam a tráficos de influências, a desmandos nas contas públicas e a gestão ruinosa do património que é de todos.
Alberto Costa e Conde Rodrigues deveriam ser obrigados a justificar ponto por ponto as opções políticas que fizeram e a serem confrontados em sede de inquérito criminal com estes factos, por suspeita de comportamento lesivo dos interesses do Estado.
Para já a suspeita apresentada claramente pelo jornal é esta: alguém se predispôs, em nome do Estado, a safar de um aperto financeiro um fundo que integra entidades do próprio Estado, mas não só. Se tal sucedeu, os responsáveis são-no também criminalmente e não apenas politicamente. É necessário sindicar as razões concretas e a pressa em se realizar um negócio daquele género, colocando serviços de justiça do Estado num local que é desadequado a esses serviços, o que era público, notório e até contestado por isso mesmo.
O jornal i nem hesita em escrever na última página, sobre este assunto que "o negócio do campus da justiça é bem o exemplo da forma como se salvam amigos com dinheiros públicos. " Esta frase é simplesmente uma denúncia de corrupção. E não apenas política.
Basta o que basta! Provavelmente ninguém vai querer saber disto, porque como este há outros negócios por aí provavelmente ainda mais escandalosos e ninguém se importa.
São os mesmos que depois aparecem a falar de corrupção em modo genérico e abstracto.
'siga o enterro,
ResponderEliminarlaico e socialista'
Claro, que ninguém se importa, como não se importaram, com os "contos proibidos" a emaudio, a grande reportagem, o freeport, os estádios de futebol, os barcos alugados.
ResponderEliminarAté parece, que estou no Zimbabue.
Ninguém se quer chegar, á frente. Hoje por mim, amanhã por ti.
O Zé paga.
Para mim a grande novidade em termos de estampa em páginas de jornal é a historieta da consultora.
ResponderEliminarQue credibilidade têm estas empresas com "consultas" destas à medida? Zero. E no entanto aí andam a consultar tudo e todos, desde o Benfica a baldios de justiça.
A Arthur Andersen também consultava a Enron, onde deu uma mãozinha para a fraude, falência e escândalo.
Quem consulta estas consultoras? -- JRF
Estudos encomendados é coisa que não falta.
ResponderEliminarDirei mesmo que a esmagadora maioria dos "estudos" servem para desviar dinheiro directamente mas sobretudio para branquear gestão danosa junto da oposição e das muito poucas pessoas que se interessam pelos assuntos abordados por esses estudos. Poucas pessoas essas que já conhecendo a fraude desse meio, nenhuma importância lhes dão.
E de que dá forjarem-se estudos?
Nada. Nicles batatocles.
Eu, como especialista, fui a tribunal responder porque é que a entidade pública na qual trabalho não deveria pagar um desses "estudos".
Após verificar que para a "juíza" o trabalho era válido porque continha as peças todas - apesar de GROSSEIRAMENTE elaboradas e descaradamente incompletas (para a sumidade, uma folha em branco com legenda a identificar a peça do trabalho é suficiente), fiquei absolutamente cínico em relação ao sistema.
Os juízes podem não saber tudo, mas então que consultem um especialista que os ajudem.
Outra coisa são os estudos feitos por "professores universitários", teóricos da treta sem a mínima experiência e conhecimento da realidade. Mas como são os "senhores professores", o parolo engole e cala, cá para mim mais por comodismo que por outra coisa.
Já agora, fiquei a saber que para alguns juristas, cartas e plantas são para eles encarados como... "tabelas". Aquilo que deveria ser do conhecimento geral, de ensino básico, afinal não o é.
Não é vergonhoso: é nojento.
E as inefáveis e mediáticas Dras. Mº José Morgado e/ou a Candidinha Almeida, as grandes paladinas da luta anti corrupção, o que fazem perante isto?
ResponderEliminarNão são magistradas do MP.(??? )