No jornal Público de ontem, em duas páginas dava-se conta de um programa do Governo- Programa de Emergência Social- para apoiar cerca de três milhões de pobres em Portugal.
O artigo assinado por João Ramos de Almeida resume as ideias de esquerda em Portugal, contrapondo-as aos velhos fantasmas e mitos do salazarismo.
Para tanto consulta dois especialistas na matéria ( de esquerda) porque o foram e continuarão a ser, jacobinos como é de tonalidade ambiente em Portugal. Villaverde-Cabral que já nem é carne nem peixe ideologicamente marcado, mas respira ainda pelas guelras do laicismo anti Igreja Católica e o mediaticamente sempiterno Boaventura, multiculturalista académico forjado no antanho da sua cooperativa em Barcouço. Boaventura é o intelectual de serviço sempre que a esquerda quer apresentar um ponto de vista.
Segundo o articulista que orienta toda a sua visão particular para o lado esquerdo sem conceder nem um grama de perspectiva para mais lado nenhum, o programa de governo que se anuncia vai repristinar a velha ideia do Estado Novo assistencialista, das pedinchas nas "Casas do Povo" e das bichas na Misericórdia, à espera de vez.
Então era tudo a funcionar "numa lógica assistencial". Como o advento da democracia, vieram os pedidos sucessivos de ajuda externa , assistencial claro está, por gestão ruinosa do património público e manifesta incompetência governativa destes optimistas com o dinheiro alheio. Foi logo em 1977, e logo meia dúzia de anos depois e agora como se verifica novamente. Portugal passou dessa condição de "assistencialista" no Estado Novo a assistido por obra e graça dessas pessoas que agora, ainda assim, acham que o país ficou rico em virtude daquelas políticas consistentes com a ideia de esquerda e portanto com possibilidades de prestar "um conjunto de encargos com prestações sociais que não resultam da contribuição directa dos seus beneficiários ( RSI, complemento solidário para idosos, complementos sociais, pensões não contributivas ou custos de acção social). As políticas sociais reforçaram o rendimento dos cidadãos e atenuaram a pobreza", segundo o repórter com vista esquerda activa.
O professora Boaventura, claro, concorda com isto porque não há vozes discordantes no artigo. Acha que o Estado é que é e que é assim que deve ser sempre. O dinheiro do Estado, esse, logo se vê. O défice das contas públicas? Ora, ora! !"Há vida para além do défice". Bancarrota do Estado ? Ora, ora! Provocação ultraliberal, é o que é.
Este estribilho ouve-se há dezenas de anos mas agora chegou a altura de pagar a conta. A Esquerda ainda não entendeu e o professor Boaventura então, multiculturalista, ambientalista, internacionalista, esquerdista, socialista, bloquista, e mais istas em cima, não quer saber. O dinheiro aparece sempre a cair das árvores para estas pessoas e por isso o Estado tem que gizar políticas para tal porque o Estado é que é.
Porém, a questão central no artigo ainda é outra: o ataque, mais uma vez, à Igreja Católica e desta vez por causa do tal assistencialismo. Em referência estatística escreve-se que "em 2010 o sector particular era constituído por 7752 instituições, detinha 95% dos equipamentos sociais nacionais ( como creches, centros de dia ou lares de idosos), com 659 mil lugares. Desses, mais de 80 por cento eram de instituições de solidariedade social ( IPSS) e três quartos delas de inspiração religiosa, ligadas à Igreja Católica. A maioria funciona com acordos com a Segurança Social. "
Ou seja, em quase quarenta anos, o Estado de esquerda não foi capaz de assistir devidamente os pobres que temos. Teve que ser a Igreja Católica a fazer o trabalho quase todo, o que é visível em quase todas as aldeias do nosso país e isso incomoca sobremaneira os jacobinos. E porquê, exactamente? Por esta razão que Villaverde Cabral explica e tem a distinta lata de enunciar ( com a ressalva esclarecedora e actualizada de que já o preocupou mais):
" A ideia de a Igreja Católica voltar a ter o papel que tinha no tempo de Salazar já me preocupou mais, embora me custe no plano intelectual, depois de mais de 50 anos a lutar contra a influência perniciosa dessa instituição na sociedade portuguesa. Preocupam-me, e muito, os favores feitos pelo Estado- PS ou PSD/CDS, não são muito diferentes- às escolas, creches e infantários de marca católica, pois isso afecta a formação das crianças e adolescentes, quanto a mim, de forma negativa; sou a favor de uma instrução laica."
No fundo, estes herdeiros directos de Afonso Costa é isso que recriminam e execram: a influência da Igreja Católica.
Quanto aos pobres e aos necessitados estão-se marimbando porque sempre tiveram o seu quinhão de bem-estar social, com as ideias que defendem e que nos conduziram a esta pobreza que obriga os cidadãos a recorrer a quem tem da assistência a ideia de uma virtude, a Caridade.
Coisa que essa gente não entende e nunca entenderá.
O dr. Anibal faz torneios de Golf de ajuda dos pobrezinhos.
ResponderEliminarÈ d'homem
Talvez, mas o maior amigo dos pobrezinhos é Mário Soares. Desde há muitos anos a esta parte. Praticamente desde sempre.
ResponderEliminarTerrível... o indivíduo é burro. Em última análise é a Igreja que mantém grandes franjas sociais com alguma coesão, permitindo que esta tropa continue por aí a desgraçar o país. Porque sem a Igreja já isto tinha dado a volta e estes anormais teriam o tratamento adequado, às mãos de um povo sem influências perniciosas. -- JRF
ResponderEliminarEsta gente ainda não percebeu, tipo ZéBoné, que um país sem ricos é um país pobre.
ResponderEliminarMas já perceberam que é nas camadas "pobres", também de espírito, que podem arregimentar correligionários, daí esta luta contra tudo e todos que possam desmistificar a tal parolice jacobina.
Os gajos que metem o ódio de classe na ventuinha e ao mesmo tempo impedem que o crime seja combatido com eficácia um dia vão ter um desgosto.Esperemos que não seja o último...
ResponderEliminara 3ª republica conseguiu fabricar mais pobres que a 2ª
ResponderEliminare pior que ela abandonou-os
'boaventurados os pobres de espirito'
O pacóvio do Boaventura além de sociólogo, e de deformado pela FDUC, não bate bem: faz colecção de crucifixos!
ResponderEliminarA caridade para a esquerda não pode ter um rosto humano: tem que vir na forma de um cheque com a foice e o martelo como marca de água.
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