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terça-feira, agosto 23, 2011

Um caso de polícia?

O Citius Plus, segundo esta notícia:

Este caso remonta a Abril de 2009, quando o ministério solicitou à Critical Software que realizasse uma auditoria ao Citius. O contrato foi assinado por 245 mil euros entre a empresa e o Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ), entidade do MJ que gere a informática do sector. A Critical referiu então várias deficiências na plataforma, apontando como a mais preocupante “a grande vulnerabilidade a nível da segurança”.

No seguimento, o governante, através do ITIJ, adjudicou à mesma empresa, por quase um milhão de euros mais IVA, a criação do Citius Plus. Objectivo: “Fazer evoluir a plataforma Citius de forma a permitir uma resposta mais eficiente e segura à gestão e tramitação dos processos.”

Várias críticas se ouviram então pelo facto de ter sido atribuído à Critical a criação da nova plataforma, havendo sido ela a elaborar a auditoria. “Mesmo não violando a lei da contratação pública, é eticamente questionável”, disse o então deputado do CDS-PP Filipe Lobo D’Ávila .


Este assunto que liga a empresa Critical Software a decisões da antiga equipa no ministério da Justiça suscita questões éticas e não só. Parece-me ser este um dos casos em que se impunha uma investigação criminal, por suspeita de crimes económicos. Tal permitiria saber quem está por detrás da Critical Software nestes negócios que se efectuaram com o dinheiro público.
O antigo secretário de Estado José Magalhães devia dar explicações concretas e precisas sobre o assunto.

4 comentários:

  1. Nâo é de estranhar, ao fim de 6 anos, 2 juízes do caso "freeport" tinham que fazer 30 perguntas ao visado, vejam só, se isto não é brincadeira, o que é que é?

    Não há modelo informático que resista.

    Agora está tudo bem - a justiça voa, em 2 meses, as cotovias assobiam de contentamento

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  2. Acho melhor que as explicações não sejam exijadas ao ex-SE. É que este pode estar mesmo ligado áquela empresa.
    Que tal uma averiguação, simples que seja?

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  3. Vítor:

    Ninguém faz essa averiguação sem ser num processo porque só nesse meio as coisas são a doer.

    O resto são conversas de passeio ou de café.

    E o José Magalhães e outros sabem muito bem disso.

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  4. Eu sei, Zé.
    Mas muitos casos têm surgidos por mera averiguação de alguns (ex: OCS) e depois têm consequências dando causa a processo.
    Mas julgo que ninguém está virado para aí.

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