Sapo Notícias:
Em comunicado, a direção da TIAC, representante portuguesa da rede global anti-corrupção Transparency International, lamentou hoje “a reiterada falta de progressos na luta contra a corrupção por parte das autoridades portuguesas, sublinhada mais uma vez no último relatório de avaliação do Grupo de Estados Contra a Corrupção (GRECO)”, do Conselho da Europa.
Estas conclusões constam do relatório do GRECO sobre o cumprimento das recomendações dos avaliadores, no âmbito da terceira ronda de avaliação, que incide sobre os procedimentos de incriminação e a regulação e supervisão do financiamento político.
Os resultados desta avaliação “são desoladores”, sublinha a TIAC, apontando que Portugal só aplicou uma das 13 medidas recomendadas pelo GRECO, desenvolveu parcialmente quatro e deixou totalmente de lado as restantes oito recomendações.
Em Portugal a corrupção é fenómeno marginalíssimo, conforme asseguraram publicamente o antigo PGR Pinto Monteiro ( amigo de Proença de Carvalho e Marinho e Pinto) e a directora do DCIAP Cândida Almeida, esta numas jornadas políticas do PSD, em universidade de Verão.
Em Portugal a corrupção não existe enquanto fenómeno perceptível às elites porque são estas que estão no seio do fenómeno, há muitos anos. O fenómeno do BPN é apenas um dos exemplos disso.O BCP outro. As PPP ainda outro e as parcerias com as firmas de advocacia de Lisboa ainda outro.
A referida falta de progressos no combate à corrupção tem a ver com esses fenómenos bem portugueses. É preciso recordar que durante muitos anos, praticamente até aos anos oitenta, na Sicília a mafia era uma entidade inexistente porque era negada a sua existência enquanto tal. Foi preciso demonstrar com casos concretos, factos concretos e nomes precisos que era uma realidade tão concreta que afinal até tinha uma Comissão Executiva que ninguém conhecia. Mas que mandava matar gente...
Enquanto, Portugal, não for um estado de direito, no pasa nada.
ResponderEliminarQuando houver vontade politica, para se tratar da corrupção, aí sim. A justiça em Portugal, é uma arca encoirada, quando os honestos e sérios, se quizerem meter a sério na politica, haverá criminosos exemplarmente punidos.
aqui só existe gente honesta ao serviço do bem comum
ResponderEliminaré impensávvel dizer que os Mafiosos são Anjos Bons comparados com os Diabos que por cá estão sempre atrás da porta
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3048382
ResponderEliminarO Link da noticia dá vontade de rir,eu já não acho graça!!!
ResponderEliminarO Ministério da Justiça até terá razão porque o que o GRECO disse, nessa perspectiva não corresponde à realidade, totalmente.
ResponderEliminarNo entanto, a minha perspectiva é outra: a corrupção combate-se com leis mas muito mais com uma mentalidade que no executivo deve ser norma. E neste caso não tem sido nem é. A ministra da Justiça é uma excepção.
Nos anos 80 trabalhei muito em Italia. Aprendi que para descobrir um mafioso basta perguntar se a Mafia existe. Se a resposta for negativa...já está!
ResponderEliminarDescobri que pela amostra os mafiosos tinham que ser muitos milhões, e só mais tarde percebi que a pertença á Mafia não tem de ser oficial. Basta fechar os olhos. Basta "aproveitar". Basta fazer de conta que. Basta pactuar.
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Aqui é igual. Compara-se o Relvas ao Menino de Ouro e encolhem-se os ombros: são todos iguais, assunto arrumado.
E duma penada apaga-se o Freeport, a Cova da Beira, o Magalhães, a casa da Rua Castilho, os robalos, as offshores, o vidão em Paris, eu que sei...
JPRibeiro:
ResponderEliminaré exactamente isso. Mas ocorre-me perguntar porquê e a resposta que obtenho ainda me agrada menos: a maioria dos portugueses identifica-se com esse padrão de comportamento porque procede exactamente assim e se o não faz é apenas porque não pode.
Acho que é essa a explicação prosaica para a nossa aparente anomia.
Sim. É isso exactamente. A ambição do português é a de arranjar um encosto, um "serviço" que lhe pague para beber dois cafezinhos por dia, meia dúzia de pontes por ano, e poder viver "engravatado todo o ano e a assoar-se na gravata por engano".
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