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quinta-feira, março 06, 2014

O que diz Belmiro...

 RR:

Os salários em Portugal só podem aumentar quando os trabalhadores tiverem a mesma produtividade que, por exemplo, os alemães. É o que defende o presidente do conselho de administração da Sonae, Belmiro de Azevedo.
"Os salários só podem aumentar - e oxalá que isso aconteça – quando, de facto, um trabalhador português fizer uma coisa igual, parecida, com um trabalhador alemão ou inglês, seja o que for", afirmou Belmiro de Azevedo, esta quinta-feira, à margem da cerimónia de entrega dos diplomas dos finalistas do MBA Executivo da Porto Business School.

Para o "chairman" da Sonae, que voltou a defender que a competitividade em Portugal só pode ser estimulada através da "educação das pessoas e [da] aquisição das máquinas correctas", é impossível comparar os salários em Portugal com os de países como a Alemanha "pura e simplesmente porque os alemães, por hora, fazem três ou quatro vezes mais do que os portugueses".
"Portanto, é uma maneira de fugir à realidade, porque se não formos igualmente competitivos não exportamos. E, não exportando, não vamos a sítio nenhum", disse Belmiro de Azevedo, citado pela Lusa.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reiterou, na quarta-feira, que considera que o país não pode regressar ao "nível salarial", nem ao "nível remuneratório das pensões" de 2011.
De acordo com dados do Eurostat e dos institutos nacionais de estatísticas reunidos pela Pordata, em 2012, se num índice da União Europeia a 27, a produtividade do trabalho por hora era 100, em Portugal seria 64,3, enquanto na Alemanha o valor era de 124,8.

 Isto é um balde de água fria para os que protestam contra o "empobrecimento", tendo sido os autores directos das suas  causas.
Em 1975, o partido comunista e os socialistas já sabiam disto e inventaram um slogan: "batalha da produção".

Amanhã mostro as imagems...

98 comentários:

  1. É um balde de água fria, sim.

    Mas e será que Belmiro faz tanto como os patrões alemães? Duvido.

    No mais, dizer isso a mebeás duma qualquer bizness scul é fácil. Porque não diz isso ao "proletariado"?

    Faz-me lembrar um episódio daquele "bate punho" que o governo contratou para dar paleio aí ao pessoal, sobre dinâmicas, pensar fora da caixa, etc: Miguel não-sei-quantos.
    Numa conferência de programadores, organizada pelo Sapo, estava o dito bate-punho a arengar a uma plateia de gente daquela arte. Basicamente tinha um paleio parecido: que era preciso fazer mais, que era preciso ser competitivo, que era preciso chegar primeiro e sair depois que os outros, que era assim que se faziam grandes coisas, etc.

    Chegados à fase de perguntas e respostas foi engraçado: vários na plateia lhe fizeram notar que, pelo menos no que toca a sair depois é raro, por vários motivos, o programador que o não faz, ficando muitas vezes várias horas a mais, por vezes noite adentro. Que, em geral, os programadores são trabalhadores dedicados pois normalmente tornam-se programadores porque gostam daquele mester. Que, realmente, lhes parecia assaz ridículo aquele discurso e se o orador tinha presente a plateia a que se dirigia.

    O "bate-punho" engasgou-se um bocado, mas lá disse que, afinal, a receita para o sucesso é não ser queixinhas....

    Curiosamente, esse "bate-punho" era aprendiz de programador numa universidade minhota e, ao que consta, terá desistido do curso (dizem nas más línguas que foi porque o encontrou muito difícil) e transferiu-se para psicologia. Ao menos, pelo paleio, bem se vê que se fartou de aprender...

    Bom, com este Belmiro há-de ser coisa semelhante. Ele não vai com a mesma cantiga às fábricas porque é provável que lhe digam que, na realidade, o proletário português trabalha tanto e tão bem como o alemão. Já o patrão...

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  2. trabalhei na indústria ante e depois do 25.iv social-fascista

    a produção baixou para níveis de cerca de 1/4

    no Alentejo onde nasci os 'cumpadres batiam sorna' à sombra dos chaparros

    na 1ª manhã passada na Áustria pensei ser o 1º a levantar-me cedo.
    afinal era o último

    com esta mentalidade o rectângulo continuará
    em acentuada INVOLUÇÃO

    A INVOLUÇÃO PERMANENTE

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  3. Esta é daquela balelas que a maioria cai com muita facilidade.

    Os Alemães trabalham menos horas que nós em média, sabiam?
    Sabiam que ainda recentemente um economista Alemão importante propôs a redução do horário semanal para 30 horas?

    Reparem, por exemplo, um trabalhador que a sua função é atender pessoas num balcão. Se houver poucas pessoas a aparecer para serem atendidas como é que esse trabalhador faz para "produzir mais"?

    Um segurança de uma empresa ou de uma escola como faz para produzir mais, se não ameaças á segurança do local?

    Essa palhaçada do "mais competitivo" ou para alguns que andaram a propor aumentar o horário para 45 horas em Portugal quanto muito seria benéfico para uma fabrica de tijolos, ai sim fazem-se mais tijolos se se trabalhar mais tempo.

    Como se apura se o trabalho intelectual é produtivo ou não? E será que o trabalho intelectual deve ser equiparado ao trabalho mais mecânico? Tenho um problema para resolver onde tenho de encontrar uma solução, será adequado ligar o cronómetro e começar a pensar nele até encontrar uma solução?

    Essa questão da produtividade tem muitos outros factores. Um deles será certamente a organização(e nisso somos de facto maus), outro será a facilidade com que se acede ao mercado e ai a Alemanha está bem posicionada geograficamente.

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  4. Por exemplos familiares, o que feedback que tenho é que nem existe sequer comparação entre o que um estudante trabalha em Inglaterra ou na Alemanha, com o que trabalha cá.

    Depois é igual. Entram muito mais cedo, saem muito mais tarde e não existe essa treta de estar a fazer sorna no computa ou a falar ao telefone.

    Aliás, é de tal modo assim que muitos casais portugueses que viviam fora, vieram para Portugal depois de terem filhos. Precisamente porque lá, só se um ficar em casa é que pode haver alguma assitiência familiar.

    Creio que é mesmo por esse motivo que quem se reproduz são os imigras que vivem do Estado porque a classe média prefere abortar para trabalhar.

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  5. Essa pergunta de como se apura que o trabalho intelectual é produtivo ou não é muito engraçada.

    É um tipo de pergunta que serve para dar inteira razão ao Belmiro.

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  6. Entram muito mais cedo, saem muito mais tarde e não existe essa treta de estar a fazer sorna no computa ou a falar ao telefone.

    É? Olhe que não é isso que eu constato.

    A minha percepção é que em Portugal ficam até muito mais tarde. Sair a horas até é mal visto (refiro-me ao sector privado).

    A questão é que isso tem um efeito pernicioso: se eu sei que vou ter de sair depois da hora, independentemente do trabalho que houver para fazer, apenas porque "parece mal", obviamente não vou ter pressa nenhuma a trabalhar...

    Portanto, que incentivo há para um empregado eficiente?

    A mim não me convencem... Se há problema de produtividade, a responsabilidade só pode estar nos patrões, gestores, ou lá como lhes queiram chamar.


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  7. E para o quê, é ver se o Champalimaud ou o Feteira alguma vez se queixaram da produtividade dos trabalhadores... Ou não sei, mas ficava espantado se fosse o caso.

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  8. Belmiro tem razão e o resto é conversa.

    O capitalismo é o único sistema que consegue criar e resolver problemas.

    O socialismo é uma desgraça.

    Enquanto subsistir a 'mentalidade do é-tudo-nosso' não vamos a lado nenhum.

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  9. Eu ao Belmiro não lhe dava emprego.
    Nem em part-time. Não posso com as fuças do tipo.
    É um produto da merdocracia abrilista.
    O pasquim dele é esquerdalixo por completo.

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  10. Em Portugal há inveja a rodos.

    Ninguém pode estar bem na vida ou enriquecer que é logo alcunhado de burguês ou "teve sorte na vida".

    Em Portugal as pessoas não se regozijam com o bem estar dos outros.

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  11. O Vampiro de Azevedo é comparável ao Al Capone.

    Portugal é esquerdalixo culturalmente, mas o meio empresarial é dominado por gente de muita pouca qualidade.
    Esse Al-Capones podem ter despesas gigantescas com tudo e mais alguma coisa, mas só tem olhos para os gastos com salários.

    Tudo, menos deixar de jogar golfe.
    Tudo menos deixarem de andar em carros da mais alta cilindrada.
    Se se focassem no que é essencial não andavam sempre com a lamecha que os salários são muitos altos e que os tugas trabalham pouco.

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  12. Na verdade, eu diria que não se trata de uma equação directa à lá "aumentar produtividade = aumentar salários".

    Tem é de haver criação de valor para que o lucro seja (e possa ser) aplicado em capital, e só aí é que os salários poderão ser aumentados.

    Continua-se a ignorar a Lei da Oferta e da Procura e as consequências nefastas continuarão à vista.

    PS: o meu obrigado ao José por este blog.
    Como pessoa nascida na década de 80 e auto-imunizada às ideias social-fascistas vigentes neste país (através da leitura de obras do liberalismo clássico e da escola austríaca de economia), faltava-me esta fonte de informação "revisionista" relativamente ao pré- e pós- 25/04.

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  13. Eu não tenha inveja de quem enriquece, mas tenho nojo de quem é ladrão e corrupto até aos ossos.
    A nossa classe empresarial é corrupta, fazem tudo á base do compadrio, das jogadinhas sujas.
    Nisso acredito que os empresários Alemães sejam de facto muito melhores que os nossos.
    Aliás eles até gostam muito dos trabalhadores Portugueses.

    Belmiros, Amorins, Soares da Costas, Ulrichs, etc são LIXO.

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  14. Que frutifiquem mais
    Américos Amorins, Alexandres Soares dos Santos,Guimarães de Mellos e Belmiros!

    É bom haver diferenças de classe e que hajam pessoas a ganhar umas mais que outras.

    Não é a protestar e a minar o capitalismo que poderemos alguma vez resolver os problemas seja do que for we de quem for.

    Enquanto persistir esta mentalidade Abrilista do pobrezinho e do rico não sairemos da cepa torta.


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  15. O mundo não é perfeito.

    E para essa ladainha dos corruptos e dos ladrões já demos.

    O que importa é não dar tréguas à mentalidade colectivista que injecta desde o 25 de Abril a ideia de um Estado redentor, que garante a resolução dos problemas às pessoas.

    ESTAMOS POR NOSSA CONTA

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  16. Parece haver aqui um problema de entendimento do conceito de produtividade.
    O próprio Belmiro fala em educação e aquisição de máquinas correctas.
    A minha avó trabalhava de sol a sol com uma enxada. Se tivesse tido posses para adquirir um moto-cultivador ou até um tractor, a produtividade aumentaria não sei quantas vezes.

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  17. Só falta vir alguém dizer que os BPNs, os BPPs, os Banifs, as PPPs são um factor de desenvolvimento. O povo é que é malandro.
    Ou que a corrupção é necessária porque cria riqueza.

    Fosca-se, ele há com cada um!!!

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  18. "Os Alemães trabalham menos horas que nós em média, sabiam?"

    Pelo menos eu, sabia, e o Pedro Lopes, já se perguntou porque é que, trabalhando menos (quantidade de horas) se produz mais (valor)?

    Há mesmo, como diz o Dudu, um problema de entendimento do conceito.

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  19. Que eu saiba o BPN, BPP, Banif, PPP's e corrupção existem em Portugal, não na Alemanha. Se deram algum contributo não foi para a criação de riqueza, foi para a sua destruição.

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  20. Provavelmente é uma mistura em que o conceito de produtividade deveria ser melhor percebido e estudado.

    Dantes o ISCTE ( criado por Caetano para ocupar os sociólogos esquerdistas) ocupava-se com essas questões.

    Agora faz política e emprega políticos recuados, como Paulo Pedroso.

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  21. Belmiro estaria a pensar em cantoneiros. Como é que se faz na Autoeuropa?

    Se calhar trabalham menos do que alguns trabalhadores das chafaricas do Belmiro.

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  22. Antes de 25 de ABril de 74 ( e depois) o suor de cantoneiro era um dos bens mais raros que existiria...

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  23. O Belmiro terá razão em macro. Mas para resolver o problema terá de se pensar em micro.
    No meu organismo publico há setores com grande, media, baixa e inexistente produtividade.
    Se baixarem o salário a todos, irão reduzir a produtividade dos bons e manter a dos que nada fazem.

    Se calhar podiam mesmo pensar fora da caixa e abrir os olhos.
    O problema é que isso dá trabalho, e quando temos os governantes que são génios da ciencia económica (tipo Gaspar, nas palavras do próprio no livro da Avillez) e nunca geriram nada, vai ser complicado.
    .
    O Belmiro consegue bons desempenhos nas empresas novas, onde se pensou a estrutura do nada. Mas quando chega às fábricas antigas da Sonae já não vejo a mesma desenvoltura.
    Isto para não falar no pasquim!

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  24. Bom, importaria saber, desde logo, qual é a produtividade das empresas de Belmiro.

    É superior ou inferior às outras? Porquê?

    Não é a protestar e a minar o capitalismo que poderemos alguma vez resolver os problemas seja do que for we de quem for.

    Ninguém aqui mina o capitalismo. Além do mais, como socialismos, capitalismos há muitos.

    Ir na conversa da esquerdalha, incluindo a neo-tonta - porque é, efectivamente, a mesma merda - é que é não sair da cepa torta.
    Não é necessário escolher entre capitalismo e socialismo. Esse maniqueísmo impede a que se atinja o que verdadeiramente importa: o equilíbrio conducente à melhoria geral das condições de vida - em suma, ao interesse geral ou comum.

    Nem se deve tolerar que as empresas possam fazer tudo e mais alguma coisa em busca do lucro, como se não deve presumir que sem lucro é possível estabelecer qualquer sistema de apoio social.

    O Estado deve ter mão na economia. Tem que ter. E também não deve hesitar em participar nela se ninguém estiver disposto a tomar a iniciativa e se chegar à conclusão de que é preciso.
    Obviamente - e é mesmo óbvio excepto para quem tem óculos monocromáticos - que tal participação deve ser minimizada e reduzida ao estrito indispensável, porque a) o Estado terá sempre mais que fazer e a que atender, logo, quanto menos tiver melhor; e b) os privados são, por vários motivos, mais ágeis, logo preferíveis.

    Porém, também é óbvio - óculos à parte - que há coisas, actividades, serviços e indústrias que são essenciais a um país e que devem existir, quanto mais não seja, por uma questão de independência. Se não há iniciativa privada com vontade ou capaz, o Estado deve intervir no limite das suas capacidades. É socialismo? Pode parecer que sim, mas e depois? Também é bom-senso, seja socialismo ou não.

    Agora, se a mão do Estado é incompetente, a solução não é afastar a mão. É fazê-la competente.
    Sem um Estado competente, nada é possível. Tanto faz que o seja mínimo como máximo.

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  25. Não tenho estatísticas e não me compararei comigo.

    Usei feedback de multinacionais e de trabalho que é, também ele, intelectual.

    O fabril não imagino. Já os serviços estão à frente do nariz. Só quem não quer ver é que diz que em Portugal são excelentes e se matam a trabalhar.

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  26. Mas é óbvio que um país com o nosso clima tem uma longa tradição de conversa que faz parte da qualidade de vida.

    Os nórdicos desconhecem isso. Embebedam-se de caixão à cova ao fim-de-semana precisamente por não terem essa qualidade de vida de uma ou 2 horas de intervalo para almoçar no restaurante ou no café, como por cá é hábito, ou o lanchinho a meio da tarde.

    Acho isso bom e, se não incluísse a sorna, nem se notaria muito no resultado final.

    Mas depende dos sectores. Há alguns em que é literalmente impossível, por exigências de competição mundial, esse ritmo saboroso de vida.

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  27. Zazie
    A não ser qúe conheça todos os serviços, pode falar apenas daquilo que lhe parece.

    Ia a repartições de finanças há 30 anos e foi nos ultimos 2?
    Já tratou dos impostos pela Net? Parece-lhe que a eficiência é igual à de outros tempos?
    Acha comparáveis os índices de qualidade da agua de consumo e de tratamento de residuais atuais e os dos anos 90, para não ir mais longe?

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  28. Não me comparei comigo porque sempre trabalhei como se fosse para mim.

    Nunca funcionei por controle. Mas isso são coisas genéticas- também só faço o que gosto- nem sinto como trabalho e sou tão pontual para o trabalho como para um encontro para patuscada.

    Não sirvo de padrão de comparação e também desconheço corporativismos, pelo mesmíssimo motivo. Nunca vesti a camisola de nada.

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  29. Por acaso mudaram ligeiramente, as de finanças mas continuam a insultar as pessoas.

    Agora o que se passa lá dentro, entre os burocratas que não estão ao balcão ou os burocratas que nem lá póe os pés porque são chefes é a mesmíssima merda de sempre.

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  30. Olhe, ainda recentemente tive problema para resolver com as finanças e nem fui lá, porque já sabia que ia desatinar.

    Foi um empregado da securitas que me informou de tudo à borla.

    Depois, usei o telefone e apanhei com uma monga de uma funcionária que imaginava que todo o mundo trabalha na função pública. Não só não sabia responder às questões que eu colocava como só tinha palpitações ofegantes pelo telefone.

    Tive de enviar email com pedido de recepção e foi assim que consegui que alguém fizesse o seu trabalho.

    Mas andei mais de um mês para conseguir a informação correcta.

    Ninguém sabia. Nem contabilista privado, do trabalho, nem os chefes de repartição.

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  31. Zazie
    Ainda no mesmo tema, há pouco tempo falava com um colega que trabalha na segurança social, e me dizia que é impossível atender bem as pessoas, porque todos os meses o governo muda as regras, e isso obriga a instalar milhares de atualizacoes em todos os sistemas informáticos, e como deixaram de ter dinheiro para TI as maquinas estão a dar o berro.
    .
    Como diz a anedota, não há bracinhos não há bolachinhas.

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  32. Agora concordo que a assistência a coisas básicas, como essas pela net e telefone estão mil vezes melhor.

    Também me interrogeui pela gigantesca diferença em comparação com ir à Loja do Cidadão e o seu problema tornar-se público pela gritaria que aquele mulherio faz.

    Acho que sei- é porque as chamadas são gravadas.

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  33. Sabe por que é que é impossível atender bem todos em no Norte da Europa atendem profissionalmente bem todos?

    Porque cá somos sentimentais e as funcionárias cuscam a vida de meio mundo como se fossem porteiras.

    Nuncas casos até dão ajudinhas ielgais, noutros passam-se por já estarem fartas de aturar aqueles pretos e pretas que nem o nome próprio sabem dizer.

    Já vi isso à minha fernte.

    E já desatinei com o profissionalismo cool inglês. Porque é cínico. Funciona mas é maquinal.

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  34. Pois pelo telefone o melhor é não comparar com Zon, Meo e similares, que a coisa é desesperante.

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  35. Mas as coisas funcionam por imitação.

    Aposto que até um alemão ou inglês que venha para cá trabalhar, ganha os nossos bons e maus vícios.

    Como o inverso. Já apanhei com monhé de turbante em serviços armados em mais besta que inglês. Até fingia que nem percebia o que eu dizia por causa do sotaque.

    Desatinei e disse-lhe que ele havia de ser tão inglês quanto eu, para estar para ali armado aos cágados.

    ehehehe

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  36. Mas, de facto, eu também não sou exemplo de cidadania em serviços
    eehehe

    Tenho histórias que ficaram memoráveis e que os meus amigos gostam de recordar em patuscadas.

    Uma delas foi ter pedido o telefone no balcão de uma dessas repartições, por causa de uma idiota que me tinha dado uma informação errada pelo telefone.

    E telefonei ali mesmo, para dentro do balcão
    eehehe
    Com uma bicha enorme atrás de mim. Nem sei como não me levaram por orelha dali para fora.

    Foi uma cena surrealista. Eu a pedir o nº ao funcionário e o telefone a tocar atrás dele para ver se a monga atendia

    Sorte a dela que tinha ido almoçar

    ":O)))))))

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  37. Pelo telefone normal. Acho que qualquer telefone faz trim trim e atendem, né?

    ehehehe

    Outra vez rasgeui um papel ao meio porque uma idiota andava a gozar comigo.

    Sempre que lá ia entregar o requerimento dizia que estava uma coisa mal e eu tinah de voltar para trás.

    à terceira leu tudo e disse que também estava mal porque até metade da folha era um assunto para ser tratado numa secção e, daí para baixo, para ser tratado noutra.

    Passei-me. Peguei naquela merda, rasguei ao meio e disse-lhe que então entregasse metade a cada uma.

    E entregou. Foi de tal modo louco que acho que tiveram medo que eu partisse aquilo tudo

    ahahahahahabhah

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  38. Têm a mioleira carimbada! foi o que ainda acrescentei ao rasgar o requerimento ao meio

    AHAHAHAHAHA

    Até o chefe da treta veio ver o que se passava e nem piou

    ":O))))))))

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  39. Então é o mesmo feedback que eu tenho Zazie.

    E digo-lhe que, a comparar com o RU, as indicações que tenho, de gente que trabalha em consultoras tipo Accenture, PWC, KPMG, etc, e tenho amigos tanto lá como cá, é que em Portugal ficam, invariavelmente, até depois da hora de sair. Em Inglaterra apenas se houver emergência ou prazo apertado para cumprir.

    Caso contrário, até correm com eles de lá: o trabalho é para ser feito no horário de trabalho.

    Isto obriga as pessoas a serem eficientes, e a planearem o seu trabalho.
    Deixar, ou encorajar, que fiquem depois da hora incentiva precisamente o contrário.

    Quem fica depois da hora não é trabalhador: é ineficiente e/ou desorganizado. Esta é a mentalidade, parece-me.
    Em Portugal, é a do chico-esperto: ficar até depois da hora para parecer que se trabalha muito, mesmo que se fique a apanhar bonés.

    A responsabilidade disto não é dos empregados. É dos patrões, naturalmente. Porque não são melhores que os empregados, em vez de fazerem cumprir escrupulosamente (palavra cujo significado está em vias de extinção em Portugal) o horário de trabalho, toleram ou encorajam que a malta fique, cuidando que trabalha mais, que espreme ali umas horinhas a custo zero. Na realidade, a probabilidade é que se faça menos trabalho. E lá vai a produtividade pela janela.

    Querem produtividade? Imponham o rigor.

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  40. Sim, sim. O meu pimpolho diz que os chinocas fazem o mesmo. Parece que trabalham muito mas é porque demoram muito por serem robóticos.

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  41. Isos da hora, de facto depende mesmo do tipo de trabalho que se faz.

    Se uma coisa tem de ser feita em tempo real porque as consequências não ficam para o dia seguinte, fazem e ficam, nem que seja parte da noite.

    E não há horas extraordinárias nesses casos.

    Aliás, isso das horas extraordinárias, carro à disposição e telemóvel, é vício nosso.

    Qualquer zé dos anzóis tem logo direito a esse séquito todo para parecer um senhor.

    Lá anda-se em transporte público, até os yuppies andam. Coisa que por cá seria infâmia

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  42. Bem, hoje não é dia de trabalho, mas tenho de trabalhar.

    Inté

    ":OP

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  43. Mujahedin
    É mais ou menos a opinião que tenho, de falar com muitas pessoas que trabalham nos países do norte europeu.
    As pessoas são incentivadas a planear e serem eficientes, seja no privado ou no publico.
    No publico só me lembro de ver isso quando o Paulo Macedo esteve na DGCI. Por outro lado a passagem de 35 para 40 horas como uma espécie de castigo teve o efeito contrario, baixou claramente a produtividade.
    .
    Também conheci muita gente no privado, em inicio de carreira, que ficava 3 horas a jogar solitário e de vez em quando ia tirar uma cópia no corredor do chefe para ele ver que lá estava.

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  44. Caro José,

    Como alguém nascido no final da década de 70, agradeço-lhe a disponibilidade em produzir este blog desmistificando tanta coisa fassista!
    É a primeira vez, que me atrevo a comentar...
    Penso que a chave da solução não estará no produtividade do trabalhador per si.
    Mesmo que se apliquem em todas as INDUSTRIAS os mais modernos esquemas de optimização, não se ganharão mais do que custos absolutamente marginais...
    Não que não sejam importantes, mas marginais...
    A chave está no que se produz, ou se preferir, o valor acrescentado que conseguimos introduzir aos produtos fabricados em Portugal.
    É óbvio, que não podemos pedir aos antigos trabalhadores do calçado para agora serem programadores de uma qualquer software house!
    No entanto podemos pedir aos seus patrões, para apostarem no design/curto prazo de entrega/customização a gosto de clientes etc, para ao invés de venderem um par de sapatos por 10,00€, o façam por 50,00€ o mesmo trabalhador na mesma industria! Provavelmente até no mesmo tempo de trabalho...

    Um abraço e por favor continue o bom trabalho!

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  45. João Laranjeira:

    Obrigado pelas palavras, mas como já disse a outros, isto que escrevo é essencialmente para mim, para me entender e perceber o que se passa.

    Percebi que só assim entendo. Só consultando o que se passou e comparando dou conta do absurdo que tem sido a nossa vida colectiva de há 40 anos para cá, por causa de uma esquerda estúpida que nos calhou em rifa e que ainda por cima tem a mania que a suposta direita é que é imbecil.

    Isto é assim, em Portugal há 40 anos.

    Antes disso, ou seja, no tempo de Salazar e Caetano não era, mas os que mandam agora formaram-se nesse tempo.

    Ora, por uma questão lógica é de pensar que a culpa da formação destes imbecis que andam por aí, a mandar no país há mais de 40 anos, é de quem os formou...

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  46. Vou agora publicar alguns recortes que dão bem a noção da estupidez da nossa esquerda.

    O que espante é que viceje há tanto tempo...

    Ouvir aquele imbecil Eurico qualquer coisa que um dia destes ainda acaba ministro da Economia ou das Finanças é exasperante.

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  47. Trabalhar no Estado ou trabalhar na Privada são realidades completamente distintas.

    No Estado faz-se ronha.

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  48. Ó Aníbal, V. leu o que eu escrevi?

    No privado também se faz ronha! E não venham cá com conversas que não, porque é verdade.
    Aliás, nem me surpreenderia se, globalmente falando, no público se ronhasse menos que no privado.

    Precisamente por aquilo que eu referi: no privado as pessoas podem trabalhar das nove às nove. Mas quantas dessas horas é que realmente estão a trabalhar a sério? Essa é que é a questão!

    Como alguém já aqui referiu, o serviço por telefone de certos operadores de internet é deplorável.
    O mesmo se passa em tantos outros serviços privados. Desde a banca, a seguros, a telemóveis, etc.

    Do ponto de vista de quem usa e é servido, não sei até que ponto a diferença é assim tão grande. E penso que se as pessoas não soubessem se estavam no público ou privado, não saberiam dizer qual é pior.

    Se realmente o privado é assim tão melhor, então não há produtividade porquê? Trabalham mais horas e ganham pouco, afinal o que é que impede a produtividade?




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  49. José. Citar o Belmiro...enfim. Isso da produtividade é "treta". Como é que se mede a produtividade?

    Se for pelas medidas habituais normalmente medem pelo lucro (ou faturação) por trabalhador.

    Se estiver numa empresa altamente lucrativa e monopolista, por exemplo um petrolifera, pode nem aparecer no trabalho a maior parte dos dias e é um trabalhador altamente produtivo. Se trabalhar num setor com margens baixas pode trabalhar 24/7 que será sempre pouco produtivo.

    Por exemplo no luxemburgo são todos muito "produtivos" porque trabalham na industria financeira...

    Areia para olhos...

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  50. O que se referiu aqui é que a informação dos serviços públicos dada por telefone é mil vezes melhor que o atendimento ao público.

    Foi isso que eu disse e até dei o palpite que pode dever-se ao facto das chamadas serem gravadas.

    Quem confundiu isso com operadoras telefónicas não percebeu que nada disso vinha ao caso.

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  51. E o exemplo de que no privado é péssimo o atendimento telefónico, para se dizer que a ronha é maior é gigantesco disparate.

    Todos esses atendedores trabalham a recibos verdes- os "empresários" são eles próprios, ora!

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  52. Zazie
    Deixe que lhe diga que este ultimo argumento também já serve para muito no publico, pois muitos trabalhadores são de recibos verdes ou então funcionários de empresas contratadas.
    Cada vez mais temos disto, muitas vezes são os seguranças que fazem atendimento telefónico.

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  53. Sim, mas em que é que um segurança ou um atendedor de chamadas servem como índices de produtividade de um país?

    V.s são malucos. Até aprecem donas de casa a falar.

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  54. Calma Zazie
    Portugal é um pais de serviços, ou tem duvida disso?
    Assim sendo, o atendimento é uma parte importante, ou não?

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  55. O que se pode aferir é quanto ganham e o resultado que daí sai.

    E nisso até se devia, como em tudo, começar pelo topo- os gestores. Para que servem tantos gestores em empresas públicas e o que fazem. Sendo que quanto lhes pagamos até é público.

    Mas não foi disto que falou o Belmiro.

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  56. O monstro dos serviços alimenta gente que ninguém vê.

    São os tais "disfuncionários públicos" cvomo lhes chamava o Dragão.

    Ora v.s falam dos únicos que não contam- dos que nem funcionários públicos são porque vivem a recibos verdes.

    É um tipo de conversa habitual quando se fala com um escardalho.

    Ainda no outro me aconteceu. Respondeu logo que nem era assim, porque o Estado também está cheio de gente a recibos verdes.

    E eu só pude retorquir que esses não são funcionários públicos.

    Mas já sei que nem merece a pena.
    Aferem o que é pelo que não é.

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  57. Então e quem é que faz ronha na função pública? São os funcionários ou os disfuncionários?

    Quem é que conta, no privado, para efeitos de ronha, então?

    É que não sei se leu, mas eu escrevi, e volto a escrever, que nessas consultoras, o que há mais é gente a fazer ronha. Ora esses não andam a recibos verdes...

    É evidente que toda a gente trabalha. A questão é que se V. divide o que quer que seja, lucro ou outra coisa qualquer, por unidade de tempo, vai obter menos. Porque as pessoas passam mais tempo do que o necessário para cumprir o seu trabalho, independentemente de precisarem ou não. Porque "parece mal" saírem mais cedo. Parece mal fazer o trabalho bem feito. E tanto acontece isto no privado, como no público.

    E digo também que o serviço privado em Portugal é uma merda. E estou-me nas tintas para se andam a recibos verdes ou não. Quem manda neles não há-de andar. E o serviço é uma merda na mesma. E quem anda a recibos verdes não está em situação mais precária? Não devia, por isso, ter mais cuidado com o trabalho que faz?

    Ora ora ora... O Estado dá de mamar a muita gente, isso ninguém contesta. Agora, virem com cantigas de que o privadozinho coitadinho, trabalha muito, e o público só faz ronha, é paleio para boi dormir. A verdade é que há gente esforçada em todo o lado e depois uma cambada que não faz nenhum. No público como no privado.


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  58. Mujah:

    Explique-me apenas uma coisa- como imagina que chegaram às percentagens apresentadas?

    Se fosse v. que tivesse de aferir isso por países ia perder tempo com telefonistas ou com estar ou não estar nas tintas se o trabalho é de serviços ou de bens de exportação?

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  59. Como é que lá os técnicos da Eurostat chegaram às tais percentagens de produtividade hora de 124,8 para Alemanha e 64,3 para Portugal?

    Até pode haver grande galga, mas como é que mediram?
    Que tipo de trabalho seleccionaram?

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  60. Eu, que sou uma básica, penso assim- se tiver de investir em algum local ou em alguma coisa, quero saber o que sai por x que pago por dia.

    Faço essas contas com os homens das obras, quando tenho de os chamar.

    E geralmente trabalho com eles, porque se não o fizer já sei que passam o tempo no paleio ao telemóvel.

    Isto é exemplo à dona-de-casa, ou jardineira, se quiser. Mas é um exeplo prático que se pode usar em escala maior.

    Agora tretas que não contam para o resultado nem as ia contabilizar.


    Que me importa a mim que alguém faça ronha como segurança? que raio de produto é menos vendido lá fora à conta disso?

    eheheheheh

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  61. E sei que é assim porque peço orçamento sempre e quanto levam ao dia.

    O material, por causa das coisas, é tratado por nós, porque é aí que mais roubam.

    Mesmo assim, se não estiver também a ajudar e a vigiar já sei que vai ficar mais de metade para o dia seguinte, para fazerem render.

    Portanto, é básico- se isto é com vigilância directa, como é quando o patrão é uma personagem virtual sem cara?

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  62. E o Belmiro diz o quê, afinal de contas? Trivialidades.

    Que os salários não podem subir. Pois não! Se estamos enterrados em dívida e continuamos a enterrar-nos... Se o Estado desbarata dinheiro. Se nada é feito em condições.

    Que é a educação e as "máquinas correctas". Bom, se alguém compra as máquinas erradas para o seu negócio, talvez seja melhor dedicar-se a outro.

    E que educação é essa que se quer? A que é dada pelo Público? Para que quer ele um jornal falido?

    Que temos que ser competitivos. Ora adeus! Com um Estado destes, qual é a competição que se pode dar?
    Mais, sem podermos controlar a mercadoria que entra e que sai, como é se compete?

    Competitivos. Como o Público, decerto...

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  63. O Público é o pizzo que Belmiro paga à esquerda florida.

    Só isso. Se acabar com a chafarica perde na imagem e muito. Por isso mantém-no como se fosse uma fundação.

    É a Fundação Belmiro.

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  64. Eu sei lá como é que mediram!

    E que importa?! Mas isso é coisa que alguém aqui não saiba?

    Agora eu pergunto-lhe: o Belmiro diz que é da educação e das "máquinas correctas".
    Então a malta que vai para França, Alemanha, etc, é educada lá? É lá a produtividade aumenta logo...
    É assim tão difícil escolher as máquinas correctas?

    E ele diz isto a futuros não-sei-quê-gestores-mebeás?

    Como é que ele explica aos mebeás o Público? Se calhar, como o Público, há muitas mais. Se calhar, os do Eurostat foram ao Público...

    Agora, vir ele dizer que o trabalhador português não faz o mesmo que um alemão? Pois não. Até ir para a Alemanha.

    Como é que se explica isto afinal?

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  65. Que é que o Estado tem a ver com a competição?

    Felizmente que praticamente não tem nada.

    O ideal seria mesmo um país ter uma economia que funcionasse com ou sem Estado.

    Eu não tenho grande gosto pelos neontontos, mas isso não faz de mim uma admiradora do Estado.

    É que nem pouco mais ou menos.

    Detesto a figura abstracta do Estado.

    E também a concreta, pode crer.

    E passo-me com um país que tem 2 mundos de pessoas distintas dentro dele. E sem a menor ponte.

    Os que são funcionários públicos e os que não são.

    E por um motivo básico, porque os públicos são os que mais choradinho fazem. Queixam-se de merdas de mete-nojo.

    Quando se fala de impostyos, por exemplo, é impossível ter uma conversa de impostos com FP.

    Porque chegam a perguntar "já recebeste do IRS"?

    É pá, não, eu paguei, não recebi, é o que costumo responder.


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  66. Explica-se facilmente: na Alemanha, não tem o Estado português nem, sobretudo, o patrão português.

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  67. É impossível, por exemplo, ter uma conversa acerca de serviços de saúde.

    Ainda no outro dia uma amiga minha gozava comigo por eu ter dito que, se não fosse a privado, só tinha a "caixa" (ainda chamo assim ao SNS) ou o hospital.
    E ela gozou e disse que eu continuava a viver no espaço e que nem tinha dado pela existência de postos de saúde que estão sempre abertos e que servem para se ir lá em vez de ir ao hospital.

    Na altura calei-me e pensei que fosse mesmo ignorância minha.

    Passados uns tempos tive de ir à caixa e aproveitei por perguntar.

    Aí riram-se e disseram que isso nem existe. Só existem clínicas que funcionam assim para quem tem ADSE ou para os bancários, por exemplo.

    São ETs. É a conclusão a que cheguei há muito.

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  68. Não é isso. Não pode ser isso.

    Quanto muito têm leis mais aligeiradas mas não é o Estado o responsável pela qualidade da produção alemã.

    Ora se eles têm qualidade no produto é porque também têm no trabalho.

    O mesmo no estudo. Já o meu pimpolho dizia, Em Cambrdige e Oxford, em docs com gente de todo o mundo, os melhores eram os alemães.

    Com alguns exemplos que até eram completamente desumanos.
    Mas eram os melhores, logo em novos, mal acabavam uma licenciatura.

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  69. Que é que o Estado tem a ver com a competição?

    Tem muito. Dou-lhe um exemplo.

    O QREN. Na área da informática também há (havia?) direito a QRENs.
    Ora, essa massa é dada em função de "projectos". E se eu lhe disser que há uma data de empresas que têm "projectos", normalmente em conjunto com outras, cujo único propósito é arrecadar QREN, e que nunca vai ser usado para merda nenhuma? Fazem de conta que estão a "desenvolver tecnologia" que, na realidade, nunca vai ter uso?

    Como afecta a competição? Simples: V. necessita de um trabalho feito. Vai a uma empresa e pede um orçamento: a empresa é decente, o pessoal competente, e dão-lhe um orçamento de x dinheiro para y tempo.
    V. vai a outra, uma dessas dos qrens, e eles dizem-lhe logo: oh pá! A gente faz isso por x/3 e y/2. E V., claro, escolhe-os a eles. A seguir, é evidente que nunca vai estar pronto a tempo e, com algum azar, ainda paga mais porque não sei quê...

    Ora, num mercado normal, dito competitivo, a segunda empresa só sacava meia-dúzia de chapeletes destes até ninguém mais a contratar e acabar por falir. Mas, na realidade, existem outras fontes de rendimento... Como por exemplo, o Estado. Ou seja, estas empresas continuam aí, a viciar o mercado dito "competitivo", e a prejudicar quem é honesto.

    É apenas um pequeno exemplo, mas não duvide que é verdadeiro. E isto apenas nesta área. Agora multiplique por todas e veja como, na realidade, mercado competitivo é mais ilusão que realidade.

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  70. O patrão português é o que ficou da perseguição ao capitalismo.

    São os bons dos "pequenos e médios empresários" com que o PCP enche a boca pseudo-democrata.

    São os maiores exploradores
    ehehehe

    Porque o problema é haver grandes. E monopolistas então são facistas.

    Portanto, temos o que resta do que se espatifou.

    São o que são e até fazem muito em comaração com a trampa que desgoverna.

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  71. Ah, então está a concordar comigo.

    O problema é viver-se do encosto estatal.

    Bruxo!

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  72. Quanto muito têm leis mais aligeiradas mas não é o Estado o responsável pela qualidade da produção alemã.

    Então, só pode ser o patrão! Qual é a dúvida?

    Senão explique como é que um trabalhador português, em Portugal não tem produtividade nenhuma, e chegado à Alemanha produz como os outros?

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  73. Sim concordo consigo, pois então!

    Só não concordo com o dizerem que no público fazem ronha porque fazer ronha fazem todos! Eu também a faria!

    E os patrões são o que nos restou, pois são. E é uma bela merda.

    Alguém ouviu o Champalimaud ou o Feteira a queixar-se da produtividade?
    Eu não estava cá para saber, mas vós estáveis...

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  74. A dúvida é esta. V. não pode ter capitalismo eficiente sendo canininho.

    Ora Portugal ficou todo inho. O que resta do Estado Novo e do PREC é mais ou menos isso- inho nacional e estrangeiro com privilégios.

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  75. Olhe, eu não faria. E admiro muito quem trabalha e faz bem, por gosto.

    Aliás, nunca entendi muito bem esse gozo de perder tempo a ronhar.

    Até tenho uma imagem que uso muitas vezes.

    Acho que é como quem acorda e fica ali na cama no escuro e liga a tv logo de manhã- falta de instinto vital.


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  76. V. não pode ter capitalismo eficiente tendo um Estado incompetente e fraco, assim é que é.

    Porque o capitalismo só interessa se toda a gente beneficiar. Se forem apenas alguns, como é agora, não é diferente do comunismo.

    Aliás, eu sou da opinião que é a mesma merda. Comunismo e capitalismo vem tudo do mesmo sítio e da mesma gente.
    Caminhos diferentes para atingir o mesmo destino. E já se esteve mais longe...

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  77. Capitalismo é uma coisa natural. Não existe outra forma de gerar riqueza.

    Não vêm nada do mesmo sítio. Um é fruto de desenvolvimento de trocas que sempre existiram, o outro é algo contra-natura.

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  78. Aliás, nunca entendi muito bem esse gozo de perder tempo a ronhar.

    Não é gozo! Mas se V. souber que tem de ficar x tempo, independentemente de trabalhar muito ou pouco, e que esse x tempo vai muito para além do que deveria ser, V. sente alguma vontade de trabalhar?

    Não se pode exigir trabalho das pessoas sem haver rigor. Não pode. As pessoas vão intrujar tudo. Porque vêem logo que há intrujice em cima!

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  79. O mal do comunismo é mesmo ser contra-natura. Não há natureza humana que preencha essa mentira.

    Vai sempre dar no mesmo, desde os milenarismos medievais.

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  80. Já me aconteceu e acho que ao meu pai, idem.

    O meu pai chegou a ser despedido por acabar primeiro que todos.

    Por não conseguir disfarçar e fazer ronha.

    Eu não fui mas fazia trabalho para mim no tempo que tinha de esperar pelos outros acabarem
    eehehehehe

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  81. Conta a minha mãe que o meu pai foi para patrão precisamente por ser um adiantado que metia inveja

    eehheheheheh

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  82. No meu caso até teve piada porque um dia entregaram-me umas fotocópias que me tinha esquecido na máquina.

    Só que eram de outros 2 trabalhos que eu conseguia fazer enquanto esperava que aqueles palermas acabassem o deles

    ":O))))))

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  83. Então, pois aí tem!

    V. é assim. O seu pai também era. Mas V. pode verdadeiramente censurar quem assim não seja?

    Eu acho que não. Pode-se, a partir do momento em que, acima deles, tudo seja rigoroso e não haja desculpa.

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  84. Porque, nos alemães, como nos ingleses, não há desculpa.

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  85. Não, claro. Mas não compreendo.


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  86. O que eu queria dizer é que isto pode ser assim ou doutra maneira por hábito e até acredito que por alguma genética dos povos.

    Não sei. Mas sei que o meu pai era do Porto e desatinou quando foi viver para o Algarve.

    Ele gozava e até nos dizia, estão a ver ali as obras? pois para levarem um escadote são precisos 3. Um segura na frente, o outro atrás e o pequenito finge que ajuda ao esforço deles e vai no meio

    ":O)))))))

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  87. Pronto. Eu a mim, encanita-me é que estes Belmiros estejam a perpetuar o mito do português preguiçoso, etc, quando isso não é verdade. Não é.

    E mais ainda quando, se a gente começar a arranhar um bocado no verniz deles, começa logo a descobrir latão...

    Agora vou para coboiada que também tenho direito! Ciao!

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  88. A avaliação de Belmiro de Azevedo está correcta. Quem não concordar não tem capacidade entender o nosso País. Produzimos metade de um trabalhador Alemão porque nos organizamos mal, escolhemos deficientemente as áreas estratégicas nas quais apostamos e mesmo assim e no caso da indústria utilizamos máquinas na maior parte das vezes obsoletas, não raros são os casos em que o parque de máquinas das empresas tem uma média de idade de vinte anos, poucos empresários compram novas máquinas com tecnologia mais recente após amortizarem as antigas que já têm. Já o automóvel o empresário troca de três em três anos que isso parece mal. Ora é isto que Belmiro quis explorar. Há que mudar mentalidades. Os Espanhóis já tentaram perceber a diferença entre a produtividade na Espanha comparando com a Alemã. O jornalismo em Portugal para quem é bacalhau basta. Vejam aqui (têm que se registar para conseguir ver): http://www.atresplayer.com/television/programas/salvados/temporada-5/_2012022000293.html

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  89. http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=30998

    Sector industrial.

    bem me queria parecer que não entrava telefonista nem segurança nisto

    eheheheheheheh

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  90. Ora então?

    Mas como é que Portugal pode ser produtivo sem produzir?

    Vejamos, o que se mede é o "valor acrescentado bruto por trabalhador do sector industrial".

    Não sei ao certo o que é isso (a bosta do artigo também não explica), mas supondo que seja a diferença de valor entre a matéria-prima e o produto final, dividido por trabalhador, então é fácil de ver que não será muito quer para transformações de baixo valor em baixa escala, quer para transformações de valor mais elevado que requeiram muitos trabalhadores.

    É portanto evidente que um país que produz carros, aviões, barcos, comboios, maquinaria pesada e/ou complexa ou de precisão, armas, programas de computador, etc, terá sempre vantagem. Todos esses produtos são de alto valor acrescentado.

    Portugal produz sapatos, têxteis, e mais meia-dúzia de coisas. Produz nada ou pouco das enunciadas acima. Mas em tempos já produziu.

    O Belmiro produz o quê, de alto valor acrescentado?

    Já aqui escrevi mais que uma vez que a base económica de um país tem de ser a indústria pesada/de precisão - que é a que produz aquelas coisas. O país produzir dois ou três barcos, dezenas de comboios ou milhares de carros num ano, equivale a produzir toneladas de têxtil ou calçado.
    Não quero menosprezar a indústria têxtil ou a do calçado ou qualquer outra, mas é claro que estas não podem sustentar uma economia, a não ser com uma produção à escala da China, que Portugal nunca poderá ter.

    Não é preciso tirar um mê-bê-á, nem ouvir o Belmiro de Azevedo arengar para entender isto. Mas, sobretudo, é preciso é não tirar um curso de econologia... ahahaha!

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  91. Por exemplo, os "drones". Portugal poderia, perfeitamente, desenvolver e produzir "drones" marítimos e submarinos.

    Davam-nos um jeitão para o levantamento do fundo do mar e estabelecimento da nossa zona económica exclusiva, patrulhamento da costa e controlo de tráfico e contrabando, etc. E era boa coisa de se vender e de altíssimo valor acrescentado.

    Não me repugnava nada em ver o Estado avançar, caso não houvesse privados dispostos a isso.

    Mas os Belmiros para isso já não têm lábia...

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  92. Foda-se, 91 comentários sobre produtividade todos baseados na dicotomia patrão versus empregado, e nenhum sobre a realidade: mas querem comparar a legislação laboral alemã, leis, justiça, regulamentos, asaes, decretos leis, licenciamentos, legislação energética, legislação da sinaléctica, impostos, taxas, legislação higiene, legislação segurança, legislação publicidade, tribunais, legislação segurança, legislação higiene, mais taxas, mais emulamentos, mais folhas 25 linhas, etc, etc, etc etc, e mais etc.
    A diferença da produtividade portuguesa para a alemã reside nisto, pois os portugueses que emigram para a Alemanha, passado uma semana tem a mesma produtividade que os alemães.
    Diminuam o estado na forma de impostos (gerais: taxas, impostos)e leis (burocracia, licenças) a ver se a produtividade não aumenta.

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  93. O Estado está entranhado de militância social fascista e de cínicos que adoptaram o lema 'olha lá o meu'.

    O Estado é o lugar onde foram parar os mais calculistas, os mais inúteis, os que tiraram cursos 'para nada'.

    O Estado é um lugar de mendigos, incompetentes e de pessoas que nasceram debaixo das saias de mães que educaram os seus filhos no registo fóbico.

    Quem manda no Estado é a geração do 25.

    O País está fodido porque tardam a vir as mães que apostam na indepêndencia e autonomia dos filhos.

    O País está fodido porque fomos educados para o pobre diabismo.

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  94. O que o artigo diz é que as máquinas são mais velhas e as pessoas têm menos qualificações para o trabalho.

    Acredito. Estar no lugar 21 sendo o último o 27 tem de ter uma explicação.

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  95. Não é com o Belmiro que se fala disto porque ele apenas repetiu estat´siticas.

    As estatísticas podem ser consultadas aqui:

    http://www.pordata.pt/Portugal/Produtividade+aparente+do+trabalho+total+e+por+ramo+de+actividade-2303
    http://www.pordata.pt/Portugal/Ambiente+de+Consulta/Tabela

    http://www.pordata.pt/ebooks/PT_EU2011v201307181800/index.html

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  96. Por outro lado nada disto é novidade e a boutade do Belmiro foi usar estatísticas de 2010 ou 11 para se referir ao presente.

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  97. Luis Barreiro,

    v. contou-os, mas não os leu...

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  98. Mujahedin,
    O seu comentário das 01:21 está absolutamente correcto e preciso.Está lá o diagnostico todo, ponto final.
    Uma industria a coser cuecas e sapatos não faz riqueza que se veja, é só mão de obra a levar uma merreca para casa que nem para a sopa dá.
    No entanto a discussão deverá centrar-se sobre o conteúdo das declarações de Belmiro de Azevedo e não em Belmiro de Azevedo propriamente dito. Claro que ele na indústria não é exemplo para ninguém, veja-se os sucessivos e incalculáveis prejuízos da Sonae indústria, as fábricas que tem em Inglaterra é só problemas como incêndios e acidentes de trabalho e as fábricas em Espanha (salvo erro a Tafibra) estão a fechar (por exemplo na Galiza) porque a procura de contraplacado tem vindo a descer ano após ano pela crise da construção civil. Curiosamente a origem de Belmiro de Azevedo é justamente a indústria do tempo do Pinto de Magalhães mas não foi nessa actividade que fez a fortuna. Contudo, as declarações que fez estão correctíssimas.

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