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terça-feira, maio 12, 2015

Salazar por Fernando Dacosta

Em 29 de Agosto de 1996 a revista Visão publicou estas seis páginas de um artigo de Fernando Dacosta sobre Salazar.  Dacosta foi um dos primeiros curiosos da vida de Salazar a publicar algo de interessante sobre o assunto, há uns anos, quando era virtualmente impossível encontrar qualquer livro novo sobre a vida de Salazar.

Aqui fica o artigo. Se a correcção da revelação for tão certa como a que Dacosta escreve sobre o facto de que "Salazar tinha comprado, entretanto, duas campas no cemitério da terra, uma para ele, outra para a Maria. Mas a Maria não a quis", estamos conversados. Basta ir ao Vimieiro e ver in loco que assim não foi.


180 comentários:

  1. "As máscaras de salazar" e "nascido no estado novo" são 2 livros fabulosos, no mix efabulatório, vaivém entre mito e realidade.

    Excelente escrita, sensibilidade apurada.
    livros de prosa, para aprazível leitura de cinquentão direitolas, em férias.

    Dacosta tem tineta poética,vezo honesto nas memórias em que intervem, tanto quanto possível...

    Quanto ao resto, não (me) interessa.

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  2. E deu entrevista ao Jornal de Negócios do último fim de semana que vou comentar.

    Tem coisas interessantes sobre o realismo fantástico.

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  3. Bom, confesso que - porventura estupidamente - estava à espera de melhor.

    Já calculava que não fosse grande coisa quando se falou nos "mediuns". Mas ainda imaginei que pudesse ser, na realidade, alguma dessas pessoas consideradas santas ou de especial ligação com Deus e que muitas pessoas frequentam e peregrinam para se curarem, ou pedirem bençãos ou coisas assim.

    O que é manifestamente diferente de um medium ou vidente, desde logo porque essas pessoas raramente invocam a capacidade que lhes atribuem e porque não se sai da esfera religiosa. Mas pronto, para um bacoco qualquer que nem sabe a diferença entre um padre e um sacristão, podia-se confundir...

    Mas isto - todo o artigo - é mesmo uma grande treta. Só se aproveita pelas fotografias.

    Dois exemplos:

    Diz que "nunca se lhe percebeu qualquer prática religiosa, para além da de ajudar à missa..."! Nem sei bem o que raio é isto. Se estão a gozar ou quê... Mas pronto, para além de ajudar - que pelos vistos não é prática que chegue e que eu duvido fizesse muitas vezes - se alguma - depois de ir para o governo, assistia muitas vezes, e isso sabemo-lo por F. Nogueira.

    Depois, a natureza feminina, que diz "Franco Nogueira reduz essa sua identificação com as mulheres ao desejo sexual". Ora, isto é pura invenção. Eu estou a ler a biografia e nada diz disso. Diz-se, sim, que ele apreciava, sobretudo desde que foi para Coimbra, muito a companhia feminina e gostava de conversar com mulheres sobre as coisas que lhes interessavam. Insinua-se, de facto, que terá tido relações mais que platónicas mas de forma completamente secundária àquele interesse primeiramente referido.

    Enfim, não tem ponta por onde se lhe pegue. Nada. A não ser as fotografias.

    Lixo.


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  4. Na entrevista deste fim de semana diz que Salazar perdeu a fé aos 25 anos. E conta outras coisas.

    Portanto, estava como Marcello: agnóstico.

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  5. Mas há uma coisa que interessa saber: Dacosta conheceu pessoalmente Salazar e esteve com ele várias vezes. Assim, como a D. Maria que é personagem nada despicienda nesta História.

    O caso das videntes é intrigante.

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  6. A historieta dos túmulos é que não cola muito bem com as versões de Franco Nogueira e Barradas de Oliveira.

    E tendo a acreditar mais na versão de ambos.

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  7. Não é isso que se retira dos dois primeiros volumes da biografia.

    Aliás, ele terá ajudado à missa do Padre Mateo nos Grilos, antes de aceitar o ministério das Finanças pela segunda vez; que é quem terá sido quem finalmente o convenceu.

    Não acredito que estivesse agnóstico. Nem acredito e então aos 25 anos parece-me um absurdo. Isso é no auge da militância no CADC, etc...

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  8. As histórias do Dr Batista da Silva são mais credíveis do que esta narrativa enjoativa do Dacosta.

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  9. Pois...é um assunto a indagar. E já pensei nisso, mas não há fontes fiáveis porque a Fé é coisa que não se perde como quem perde um combóio.

    E jurar pela Fé dos outros é que não me atrevo.

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  10. Isso de o conhecer pessoalmente, Franco Nogueira é taxativo: ele não tinha confidentes excepto ao Cardeal Cerejeira. Tinha um círculo de pessoas íntimas muito restrita.

    Portanto, lá que o tenha conhecido pessoalmente está muito bem, mas daí a alcandorar-se a autoridade sobre o assunto...

    De resto, para mim, se não é tudo inventado, é pela maior parte distorcido.

    De resto, não se pode dizer propriamente que corram o risco que lhes descubram a careca...

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  11. Esta narrativa é de 1996, tem quase vinte anos e só há menos de dez é que Salazar foi eleito o maior português de sempre.

    Acho que foi por aí, em 1996 foi a altura em que se começou a falar de Salazar com mais espaço mediático.

    Portanto estas historietas valem o que valem mas é preciso não esquecer que têm relatos testemunhais.

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  12. A questão nestes assuntos é delicada. Por um lado corre-se o risco que já apontei antes, relacionado com a distorção de factos ocorridos e que são interpretados erradamente.

    É o caso do sub-secretário do Governo que não usava chapéu.

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  13. sou demasiado factual para acreditar na possibilidade de conhecer-mos os outros

    tantas vezes nem me conheço a mim próprio

    'nosce te ipsum'

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  14. Bom, eu perdi a minha.

    E realmente perde-se como a um comboio. A diferença é que a gente não fica na plataforma a fingir que ele lá está.

    Não se volta é apanhar como um comboio, isso não...

    De qualquer forma, continuo sem acreditar. Acho que ele não se daria ao trabalho de fazer uma data de coisas que fazia, se fosse o caso. E além do mais, se a perdesse, Cerejeira saberia. E nada há - da correspondência que li - que indicasse tal. Bem pelo contrário.

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  15. Dacosta tem uma opinião sobre Salazar que não é a da esquerda típica e isso era novidade em 1996.

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  16. Eu acho que perdeu mesmo, tal como Caetano.

    Mas não teria perdido a Fé em Deus, totalmente, porque segundo testemunhos terá invocado Deus e Nossa Senhora quando esteve doente.

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  17. Eu nunca perdi a minha, mas modifiquei o modo de ver as coisas religiosas.

    Quanto a perdê-la como a um combóio não acho nada que seja parecido.

    Um combóio perde-se porque não se chega a tempo à estação. A Fé perde-se lentamente...julgo.

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  18. Salazar não é facilmente cognoscível porque tinha facetas.

    Dacosta conta que uma vez lhe pediu para lhe dizer como era o problema do míldio no Douro. Por causa do vinho. Salazar teria a mania de ser um grande produtor de vinho, no Dão...

    E todos os dias daria de comer aos galinácios...

    Ora isto diz-nos uma coisa simples que entendo muito bem: Salazar era um rural típico, nesse aspecto. E ele mesmo o afirmou à Garnier.

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  19. Mas essa crença de que ele perdeu a fé vem de onde, afinal?

    E isto que testemunhos é que tem, tirando o da tal Sibilina ou lá o que é, que é um chorrilho de disparates?

    É tudo disparate. Diz que ele não comprava os fatos nem as gravatas.

    Pois Nogueira diz que sim. E que até eram dos bons. E diz com que dinheiro os comprava e como o ganhava. Só depois de ir para o governo é que a governanta deve ter começado a tratar disso.

    Podiam ter esclarecido isso, como múltiplas outras coisas. Resolveram assucatar.





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  20. Salazar tinha facetas como todas as pessoas as têm.

    Evidentemente que era um rural... pois que haveria de ser, nascendo e crescendo onde nasceu?

    Isso para mim não tem mistério nenhum.

    Agora, ele era muito reservado. E isso fazia as pessoas especular e inventar coisas acerca dele.

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  21. Acho curioso o Franco Nogueira contar sempre com grande detalhe a mania que o Salazar tinha de colocar mantinhas nas pessoas que recebia.

    E conta que até lhe fez uma cama com dois sofás e almofadas e ambos falaram durante horas assim deitados.

    Na varanda, ao ar livre, à noite, e também nessa ocasião lhe aconchegou bem a manta para ele não se constipar.

    Talvez que o tal sentido feminino fosse assim

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  22. "Isso para mim não tem mistério nenhum."

    Não é ter mistério. É que as irmãs que ficaram na terra não eram rurais do mesmo modo.

    Ser rural é coisa particular que nem todos conseguem mesmo querendo.

    Eu não consegui e poderia sê-lo porque vivi nesse meio e entendo-o bem.

    Não me afeiçoei às culturas do campo, às vinhas, às macieiras e outras árvores, etc etc.

    Salazar, sim. E isso marca uma pessoa. Para bem, acho. Mas nada de especial.

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  23. É preciso ter-se uma enorme ligação com a natureza- com o conforto natural, para se falar horas à noite, junto ao mar, deitado nuns sofás (possivelmente de verga) e tapado com mantinhas escocesas.

    E aconchegar bem um ministro tem mesmo muita piada.

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  24. Marca pois e eu entendo isso.

    É coisa de astros

    aahhahahaha

    V.s acham que é uma tremenda mentira mas não será assim.

    ":O)))))

    O Salazar é tourinho. Completamente. A ligação com a natureza é assim. Não se explica por aprendizagem. Nasce assim.

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  25. O que é extraordinário em Salazar é que vem estudar para Coimbra e é um sobredotado intelectual. Teve uma das melhores notas, com um professor da altura -Rocha Saraiva- que era exigentíssimo.

    Salazar tinha esse dom, da inclinação intelectual para o Direito e ao mesmo tempo gostava de vinhedos, castas e coisas assim. E náo era apenas por hobby.

    Se for verdadeiro o pormenor de dar milho aos galinácios todos os dias, torna-se interessante.

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  26. Ele dizia que o único som que gostava de ter para trabalhar era o chilrear dos passarinhos.

    Nem fala em música- fala sempre disto- do campo.
    O cheiro a maresia à noite, na varanda, para falar deitado com o ministro dos Negócios Estrangeiros. As mantinhas, tudo isso é muito engraçado.

    Acredito plenamente que desse milho à criação

    ":O)))))

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  27. Franco Nogueira conta que em finais dos anos 50, em 59, já estava cansado e desiludido com a terra que começava a deixar de conhecer como era anos antes. E que as irmãs não ligavam à agricultura.

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  28. Eu acredito e sempre ouvi isso em miúda.

    tudo nele tem esse sentido sensual da natureza.

    Até as pedras que mandou gravar para as campas.

    Nunca é nada artisticamente erudito, não é elitista- é assim, sempre natural e simples.

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  29. Fala do murmúrio das fontes, e que é o único ruído que suporta, não se importando de o ouvir, sempre.

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  30. E a quintinha do Vimieiro é linda de morrer. Fica junto a um ribeiro e tem uma vista paisagística que devia ser uma maravilha.

    Uma das melhores que conheço.

    Cortaram-na ao meio com o IP3...e agora para não se ver o asfalto e os rails, têm ciprestes altos.

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  31. Mas gostava de música clássica e ouvia sempre. Provavelmente na Emissora Nacional 2.

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  32. Pois fala e não fala fazendo poesia.

    Devia ser algo perfeitamente biológico.

    Eu conheci de passagem a terra dele. Lindíssima.

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  33. Bom, eu não vejo nisso nada de especial. Mas talvez seja porque meu pai também é assim e meu avô o era, e são de muito perto de onde era Salazar.

    O retiro disso é a simplicidade. Que aliás se reflecte nos raciocínios, argumentos e prosas que ele escreveu. É simples e claro. Mas profundo.

    Agora, não me convencem que ele fosse à vidente. Nem que ligasse alguma coisa a horóscopos. Mas aos astros ligava de certeza - quanto mais não fosse para ver que tempo faria ahahah!

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  34. Mas fiquei a imaginar aquela cena à noite a falarem deitados em camas improvisadas, com almofadas e tapados com mantas.

    É completamente freudiano. Porque de certeza que nem se fitavam.

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  35. Todos ligavam a horóscopos.

    Não vejo grande espanto nisso, muito sinceramente.

    Videntes é outra coisa- agora ler os astros, praticamente a política sempre foi feita assim, desde tempos imemoriais.

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  36. Agora é que há exagero nisso e, ou se cai no esoterismo ou então tem-se medo de passar por anti-científico.

    Dantes não era assim. Todos os grandes cosmógrafos fizeram horóscopos.

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  37. Fernando Pessoa era atreito a esses fenómenos.

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  38. Salazar não me parece que fosse simples. Era até muito complexo, acho.

    E é isso que se torna interessante descobrir.

    As pessoas do campo são geralmente simples, mas não é nesse sentido que Salazar se manifestava.
    Porém, ao mesmo tempo são extremamente manhosas.

    A sabedoria de Salazar vem de uma ancestralidade educativa e ainda da inteligência. E não me parece simples.

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  39. Não creio que ligasse. E não por cientóinice minha, antes que venha com isso.

    Simplesmente, não me parece que fosse coisa que lhe interessasse muito, até pelas pessoas que conheci de lá, da minha família e não só, como pelo retrato que dele se faz na biografia que me parece não destoar do que conheci.

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  40. Mas esse exagerava, ainda que acertasse no dia da morte

    ":O)))))

    Não imagino o Salazar como um místico.
    Mas é possível que até por pragmatismo quisesse indicações do que estava para vir.

    Os anos que esteve no poder e a responsabilidade gigantesca que carregava dão para entender isso.

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  41. Se existem informações que testemunham isso, acho que só por preconceito cientóino se deseja negar.

    Daí a ser um místico vai muitíssimo.

    Possivelmente queria controlar o que escapa ao controle pela imprevisibilidade.

    Acredito que fosse controlador.

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  42. Não me espantava nada se fosse verdade isso das vidências.

    Salazar tinha umas amigas que de certeza acreditavam nisso.

    A Micas?

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  43. Acho que muito mais intrigante é a vida afectiva.

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  44. Engraçado como vivia rodeado de tantas mulheres.

    E sem constituir família.

    O tal lado feminino de fala o Dacosta pode ser isso.

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  45. Não deslustra o Salazar, isso das vidências.

    Só que não teve a importância que a revista lhe quis dar.

    Também há um indivíduo ( Costa Pimenta, meu conhecido) que escreveu um livro que assegura que Salazar era da maçonaria...

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  46. Mas para esse toda a gente é ou foi da maçonaria

    ":O))))

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  47. A vida afectiva de Salazar é um mistério. Mas todos nós conhecemos pessoas assim, cuja vida afectiva parece não lhes ter feito nada.

    Quantas pessoas conhecemos que ficam sozinhas na vida e poderiam facilmente ter um testo para a sua panela?

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  48. As vidências e os astros deviam ser isso- controlar o incontrolável.

    Passou a vida a ter de tomar decisões sozinho por um país inteiro, imagino o recurso aos astros por esse efeito.

    Sempre foi assim que se fez. Essas pessoas não tinham mandato por 4 anos nem se descartavam como nas democracias.

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  49. É um mistério porque se nota que ele era sensual.

    E um homem bonito.

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  50. Salazar foi seminarista e isso conta muito na educação afectiva e sexual.
    Habituou-se a controlar-se. Julgo que é isso.

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  51. Mas aquela história da Perestrelo que o repudiou é deliciosa. Imagino sempre a Perestrelo loirinha e linda e o Salazar perdidinho de amores e ao mesmo tempo cheio de orgulho que abafava esses amores todos.

    Que linda que a Perestrelo devia ser...

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  52. Li recentemente que Pedro Teotónio Pereira, ao tomar posse como MNE, teve de assinar uma declaração de que não pertencia a sociedades secretas.

    Isso aplicar-se-ia a todos os altos cargos, e não apenas ao MNE.

    Coisa que hoje, por exemplo, não se consegue pôr em prática. E há exemplos recentes de funcionários de topo a tergiversarem na resposta à pergunta...

    Duvido que Salazar se metesse com sociedades secretas, já então um perigo para o Estado.

    A história de Salazar ir a videntes parece estapafúrdia. E que orientasse as suas decisões por coisas dessas ainda mais estapafúrdia parece. Um homem com um pensamento tão cristalino e uma sagacidade rara ia lá acreditar nessas tretas desde sempre indemonstradas...





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  53. Imagine-se que não o tinha repudiado por ser filho do feitor...

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  54. Acho que não seria assim tão estapafúrdio. O que Salazar escrevia nos discursos é uma coisa. O que fazia no seu dia a dia é outra e a coerência entre ambas não afasta essa possibilidade.

    As vidências naquele contexto em que é contado têm razão de ser.

    E porque é que a velhota de 99 anos iria mentir?

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  55. Pois devia ser mesmo bonita.

    Essas histórias são deliciosas.

    Mas esse detalhe de ter sido seminarista deve contar, deve.

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  56. Ele não ia a videntes. Recebia-os e lá pediria umas dicas de horóscopo.

    V.s acham isto disparatado porque são filhos do neopositivismo.

    Na altura era assim; sempre foi assim e governar durante décadas é outra coisa.

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  57. Há tanto de estapafúrdio nisso como acreditar na psicanálise.

    Hoje em dia acredita-se na Ciência. É a fé da moda.

    E pensam que é coisa vega porque, de facto, hoje em dia quem acredita é idiota- exageram logo em tudo e compram o pacote inteiro.

    Os monarcas e imperadores tinham astrónomos que serviam de forma muito pragmática para tentarem controlar o futuro. As consequências das decisões que tinham de tomar.

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  58. Sim, não imagino para que ia agora mentir.

    É bem provável e sempre foi assim.

    Agora faz-se um bicho de 7 cabeças com isso mas não se acha imbecil todo o folclore das indicações científicas que negam num dia o que afirmaram como a grande Verdade, no dia anterior.

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  59. Entre um horóscopo e aquelas mezinhas cientóinas que se publicam agora nos jornais, eu acho mil vezes mais sensato o primeiro.

    Mas a dona Ciência é a fé ateia da moda.

    Até serve de barómetro moral para o que se deve e não deve fazer.

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  60. O Dacosta diz que Salazar era muito coscuvilheiro. E isso está nos conformes de uma personalidade complexa para quem consultar astrólogas não era estapafúrdio.

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  61. a condição humana tem por base o fracasso

    onde raros sucessos ronda os 50% de fracassos

    o Prof Antunes era protegido pela Senhora onde a propósito de tomar chá se encontrava com certa Senhora

    teve várias ligações amorosas de média e curta duração

    na 'do quilolé' vivia com um Amigo frequentador de prostitutas
    que passava parte da noite a consolar a mulher dum ausente durante a semana

    era crente não praticante
    D. Maria de Jesus ia todos os domingos à missa

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  62. As pessoas podem contar coisas dessas para se darem importância. Ou porque já baralham as ideias, como poderá acontecer-nos também em idades provectas.

    Não sei se conseguiria, mesmo que me esforçasse muito, imaginar Salazar a pedir à vidente: "Veja-me lá aí se os americanos me vão aborrecer com as colónias." Ou, antes disso, "se o Franco, aquele cabeça de batata impante de vaidade, vai furar a neutralidade ibérica."

    Pode ter frequentado alguma vidente a convite das amigas. Quem sabe se por graça, ou curiosidade...

    Mas basear decisões nesse tipo de "conselheiros" não sei se condiz com a figura do homem.

    O meu bisavô e avô também eram do campo (o primeiro de Santa Comba) e nunca ligaram nenhuma importância a coisas dessas.

    Enfim, mas vá-se lá saber... pode não condizer com o perfil e ser verdade. Exprimo apenas a minha incredulidade quanto ao assunto.






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  63. Simples não é a palavra adequada. Mas acho que pode dizer-se que ele apreciava, cultivava de certa maneira até, a singeleza em certas coisas.

    Mas era meticuloso no cuidado com a aparência e trajava elegantemente, como conta FN e se vê nas fotografias.

    E seria orgulhoso ou pelo menos fácil de melindrar. Na biografia diz-se que, naqueles tempos de início de governo, as pessoas se lhe apresentavam como alunos em exame perante um professor - sem que, porém, ele o exigisse explicitamente.



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  64. O seu bisavô de certeza que não tinha as responsabilidades sobre os ombros que teve o Salazar.

    todos os governantes, desde que o mundo é mundo, consultaram quem poderia dar umas dicas sobre o futuro.

    Não vejo nada de especial nesse pequeno detalhe.

    Mesmo nada.
    Uma pessoa fechada que não descartava nada para cima dos outros nem devia decidir em função de conselhos de ministros, é natural que lá tivesse os seus "truques".

    E ele vivia num mundo de mulheres. A tal coscuvilhice deve vir daí.

    É o mundo sensitivo de quem quer entender as razões que a razão desconhece.

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  65. Floribundus.

    Está a falar do Padre Manuel Antunes?

    Mas isso é normal- era padre.

    O Salazar não precisava disso; não era padre.

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  66. Mas o Dacosta é rabeta.

    Há que ter sempre um pé atrás quando um rabeta começa a psicanalisar um homem

    ":O)))))

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  67. Bem, a ciência procede dessa forma, negando hoje o que afirmou ontem, se for caso disso. A base do método científico é essa. E não tem dado maus resultados.

    Outra coisa é dizer que a ciência explica tudo.

    A psicanálise é um arremedo de teoria científica, a meio caminho entre as humanidades e a fantasia.



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  68. Será que o Salazar sabia que o Dacosta era homosexual?

    Devia saber...e ainda assim dava-lhe oportunidade de conversa e indagava-o a propósito dos vinhedos no Douro ( a família do Dacosta teria qualquer coisa por lá) e das maçãs.

    Curioso.

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  69. Salazar era uma espécie de Kant: apesar de nunca ter saído da sua aldeia pensou o mundo e relacionou conceitos que ficaram até hoje.

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  70. Mas ao mesmo tempo não esquecer que era um homem culto, que leu os sociólogos franceses, as encíclicas de Leão XIII, etc.

    Que ele se tenha cruzado alguma vez com uma vidente, pelas amigas, ou pela vida social, ou pela coscuvilhice, ou pelo que fosse é uma coisa.

    Já recorrer a esses expedientes no que toca a coisas sérias é tentar atalhar. É tentar adivinhar o futuro em vez de ir pelo seguro que é o esforço e a persistência. Salazar não pensava assim, e isso é óbvio.

    Ele era um mestre doutrinador. Ele tinha uma doutrina. E esse era o caminho dele, não tenhamos dúvidas. Que, de resto, se reflecte claramente na obra que ele deixou e na actividade que desenvolveu.






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  71. Sim, podia ter os seus truques. Lembro-me de ler uma passagem do Franco Nogueira que contava ter ido falar com Salazar e tê-lo visto, de costas, a preparar um pequeno altar onde rezava. Que nem conseguiu interrompê-lo depois de o ver nesses gestos privados de compor as flores e as velas.

    Penso que procuraria mais na Fé os tais caminhos paralelos. Impressionou-me essa descrição.

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  72. Sim. Já pensei nisso.

    Há uma semelhança com o Kant.
    .............

    Anjo: anão há nada de científico ou metódico nas carradas de anormalidades e estudos que se publicam nos jornais como sendo descobertas científicas.

    O Observador já seguiu a moda.
    É uma loucura generalizada e absolutamente irresponsável em milhares de papers que avançam com "descobertas" contraditórias diariamente.

    São modas cientóinas.

    A moda cientóina é uma marca do mundo ateu em que se vive.

    As ditas éticasw biológicas são um pavor e em Inglaterra e nos países nórdicos são lei.

    Não há nada que não fosse tradicionalmente do âmbito dos valores morais que não tenha hoje dia a chancela da "ética por verdade científica".

    Até a Vida e legitimidade de a tirar já foi entregue aos experts cientóinos.

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  73. Ninguém disse, nas tais entrevistas, que ele trocava o estudo e as estratégias políticas pelos horóscopos.

    Dizem apenas que pedia dicas, até pessoais.

    Não sei porque é que lhes mete tanta confusão (a não ser pelo facto do tabu cientóino ou de olharem para isso com os olhos do presente).

    Ele não era um místico. O Fernando Pessoa, era.

    o FP não pedia dicas de horóscopos- fazia-os.

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  74. A psicanálise é uma "narrativa" com piada que tem antecedentes milneras.

    Torna-se cretina por se fazer lei arrumar em gavetas meio mundo com n sintomas idênticos.

    Mas, a psicanálise está out- foi deitada fora por causa do politicamente correcto.

    E a ditadura do politicamente correcto- aquela que acha o máximo haver casais barbados ou fufas a fazerem de pai e mãe, não adimite que se fale na construção de um Eu psicológico que é fruto também da projecção do masculino e feminino.

    A psicanálise foi trocada pelas estatísticas que tornam lei o que é minoritário e desvio.

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  75. Salazar sofreu um atentado à bomba... à saída de uma missa.

    Foi também um contribuidor significativo do Cristo-Rei na margem sul.

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  76. As pessoas tinham relicários nos quartos.

    Era absolutamente normal.

    A minha bisavó tinha e eu ainda o mantenho.
    Até fiz dele um registo à Teixeira de Pascoas- com o menino Jesus a brincar com o mundo.

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  77. O ateísmo social é que é uma moda muito recente.

    As pessoas tinham essa ligação natural com o sagrado.

    Mesmo se perdessem a fé continuavam a manter o respeito.

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  78. Dicas pessoais.

    Sobre coisas pessoais, portanto.

    Pronto, está bem. Não leu a parte em que a Rainha Isabel manda um avião da força aérea inglesa ir buscar o Joãozinho de Alcochete para ir descobrir um esqueleto na parede do quarto dela...

    Eu não acredito em nada disto, obviamente. Não quer dizer que seja tudo mentira. Mas acho que é tudo inventado.

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  79. Modas cientóinas e misturar ética com ciência são uma coisa.

    A ciência não legitima ninguém para tirar a Vida. Isso são os aproveitamentos que se fazem dela.

    Uma pergunta é: há ferramentas de conhecimento neutras? Se calhar não há. A ciência como forma de abordar o mundo para o descrever não tem olhos ideológicos nem deontológicos, mas tem-nos quem a pratica ou quem a utiliza. Esse é que é o problema.



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  80. O que a rainha de Inglaterra fazia era lá com ela.

    Se foi verdade, qual é o problema que sobra para Salazar à conta disso?

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  81. Mas é engraçado porque v.s também são um barómetro das reacções a estas coisas.

    Ainda hoje falei nisso a propósito do manifesto do surrealismo.

    Nos anos 20, dadaístas e surrealistas deitavam abaixo os dogmas da razão.

    Estranhamente, no século XXI temos neopositivismo a magote nas universidades e neo-kantianos a dar com um pau.

    É o efeito do ateísmo. Até neste recuo histórico se nota como a Ciência criou dogmas tão fortes.

    Hoje em dia respeita-se novamente a Verdade Científica com medo de se poder passar por "obscurantista".

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  82. V.s são filhos desteas tempos.

    Eu não sou mas gosto de os morder.

    Gosto de entender os tais "ventos da História" que por vezes têm retrocessos como os que estão visíveis na idolatria neopositivista.

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  83. Como Touro que era um homem ligado à Terra. Todas as decisões que teve de tomar não há uma que se lhe possa apontar... Nesta faltou-lhe o chão. Tomava decisões firmes e sensatas.

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  84. Se for verdade...

    Ouça, não tem a ver com cientóinice nenhuma.

    Já acima disse porquê sem sequer me referir às videntes.

    Esse artigo não vale nada. Não acredito porque é invenção.

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  85. E o que dizia Henrique Galvão de Salazar?

    E absolutamente incrível.

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  86. “fez-se inimigo da industrialização.” [Sottomayor Cardia]

    E, no entanto, tínhamos a Siderurgia Nacional e o gigante (mesmo à escala europeia) conglomerado CUF. Construímos aeroportos, grandes hidroeléctricas e preparávamo-nos para avançar com a energia nuclear. Se o homem não fosse inimigo da industrialização, coitadinhos dos alemães.

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  87. “Foi hostil à Europa e aos Estados Unidos”.

    E, no entanto, tinha na França um aliado na Guerra de África e disponibilizou as Lages aos americanos.

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  88. “As masmorras da PIDE equivalem às piras da inquisição”

    Temos poeta.

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  89. “Não anda mais de 20 metros por dia (…) O senhor Doutor Também saltava a fogueira e dançava”…

    E faz duplos mortais com pirueta, entre duas maratonas… em sofá com rodinhas.

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  90. “não há nada de científico ou metódico nas carradas de anormalidades e estudos que se publicam nos jornais como sendo descobertas científicas.” [Zazie]

    Porque está na moda chamar Ciência a toda a charlatanice que possa dar dinheiro, nem que seja fazendo progredir, na carreira, o “ciêncoiso investigadinho” ou vendendo revista e jornal.

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  92. Salazar era coscuvilheiro.
    Gostava de saber tudo, para prever e antecipar.

    Como diz o lema do SIS: ""principiis obstare"

    A curiosidade, levava-o a recolher informação, usando meios convencionais e tentando explorar os não convencionais.

    O seu espírito detalhista, encontrava modo de relacionar os vários mundos, muma simbiose intituitiva, quase sibilina.

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  93. Dacosta, pelo menos sobre Salazar, é demasiado ficcionista. Duvido de grande parte do que ele escreve, exagera ou inventa sobre a personalidade e gostos do Estadista e de certas práticas semi-obscuras a que supostamente o mesmo se dedicaria. A todas elas devem-se-lhes dar o devido desconto.
    Como Anjo frisa mais acima (e também Muja e ainda José, em parte), um homem extremamente inteligente, culto e conhecedor profundo da coisa pública, hábil negociador a nível de política externa - elogiado pelos mais importantes dirigentes mundiais do seu tempo - como aliás todas as suas decisões políticas tomadas o confirmam, que me desculpem os que não concordam mas é quase impossível aceitar que uma pessoa possuidora de características pessoais e intelectuais tão fortemente vincadas pudesse dedicar-se a esoterismos de qualquer espécie.

    Quanto aos 'amores' de Salazar, sabe-se que se encantou com algumas senhoras da Sociedade e elas, mais do que se encantarem, apaixonaram-se perdidamente por ele. Sabe-se que ele era um charmeur, um conversador muito interessante, além de ter sido um homem bastante bonito e de estatura esguia e elegante. Sabemos e ele disse-o, que se dedicou totalmente à governação do seu País - gravíssimamente afectado social e econòmicamente na altura em que lhe tomou o pulso - tarefa hercúlea que lhe ocupava o tempo todo e talvez por isto, mas quem sabe?, altruìsticamente tivesse deixado para trás a sua vida pessoal, à qual de resto pouca importância dava.

    Quem se apaixonou perdidamente por ele foi a jornalista Garnier, que com ele conviveu o suficiente, através das inúmeras entrevistas que lhe fez nas suas frequentes vindas a Lisboa, para poder ter tido uma opinião segura sobre o seu carácter e qualidades pessoais.
    Sabe-se que chegou uma altura em que esta rapariga deixou de vir a Portugal para continuar as entrevistas. Isto porque é de crer ter sido o marido que a desaconselhou a fazê-lo ou, melhor, convenceu-a a parar com as idas (ou vindas) a Portugal p'los ciúmes terríveis que aquelas entrevistas e sobretudo o contacto próximo com o Estadista lhe provocavam.

    A opinião de quem o conheceu mìnimamente é de que Salazar apreciava genuinamente as senhoras com quem aceitava confraternizar de bom grado, mas, por um motivo ou por outro, a atenção e estima que dedicava às mais próximas (e que ele sabia perfeitamente estarem por si apaixonadas) podia ter sido considerado amor, sim, mas na maioria dos casos ùnicamente platónico.

    Outras pessoas que terão conhecido muitíssimo bem a sua maneira de ser e de estar, os seus gostos e preferências amorosas, platónicas ou não, foram com toda a certeza a sua família próxima, a sua governanta e as suas pupilas. E não consta que qualquer destas pessoas com ele ìntimamente relacionadas alguma vez tenha atestado algo em seu desfavor no que ao seu comportamento afectivo dizia respeito, bem pelo contrário.

    Quanto ao que se inventa, deturpa ou exagera, sobre o que na sua vida pessoal Salazar fez ou não fez, do que ele gostava ou não gostava, por quem verdadeiramente se apaixonou e se alguma vez pensou em casar e constituir família, ele já não está cá para poder confirmar ou desmentir. Tudo o mais e desculpar-me-ão, mas é conversa fiada.

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  94. Epá, nas aldeias, o pessoal ir à bruxa era coisa natural. Os mais fiéis católicos iam à bruxa. Ricos e pobres. Eruditos ou não. Qdo não se sabe o q fazer ou q decisao tomar a bruxa (vidente) é a resposta.
    .
    Os políticos e reis então, bem, não falham a consulta. A plebe é mais por cenas de desamor e doenças e maus olhados.
    .
    Qto ao facto de salazar gostar das ruralidades e usava, na minha opiniao de psicologo e bruxo, as coisas da natureza como escape ao stress da actividade solitária do poder (de decisão). Talvez detestasse fazer o q fazia e refugiava-se nas coisas rurais da infância.
    .
    Tenho a impressão q ele se acharia a si próprio um missionário providencial. Missão q tinha de fazer com esforço mesmo contra a sua própria natureza q eram as coisas do campo.
    .
    Rb

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  95. Este comentário foi removido pelo autor.

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  96. Se isto não assenta em Salazar, a mim cabe-me como uma luva. A nostalgia dos ruídos das fontes. Principalmente da memoria dos cheiros q revitalizam.
    O suave cheiro das rosas, o perfume intenso dos limões, o aroma dos tons das framboesas, a olência da frescura das tangerinas… e a baforada do café quente da manha, e o farejo da outra almofada quente e o odor carregado da terra húmida, o fedor do cloro da água da piscina e das fraldas sujas das crianças… e a fragrância do carmesim das cerejas e da evanescente emanecência da relva cortada… e a olfacção arrebatadora dos figos maduros e a féretra presença do exalo dos ramos podres e das folhas mortas… e a inalação da magnificência do rosmaninho, o olor intenso das minhas cadelas e o olfacto da sinfonia de cheiros combinados nos narizes pela manha… e das saudades dos tons dos aromas dos pescoços dos meus… enfim, são as cores dos cheiros da minha memoria que esteja onde estiver quando os sinto... tenho de regressar.
    .
    Rb

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  97. Quanto à questão da fé, praticante - que melhor exemplo é o de ajdr à missa, enquanto acólito?

    Acólito (do grego antigo ἀκόλουϑος - akóloutos) é um membro da Igreja Católica, instituído ou não, que auxilia os ministros ordenados (Bispo, Padre ou Diácono) nas ações litúrgicas, sobretudo na celebração da Santa Missa. É um ministério próprio dos homens, porém podem ser aceites mulheres para acolitar, não podendo ser, contudo, instituídas. Os Acólitos Instituídos, em circunstâncias específicas podem ser encarregados de expor e repor a Sagrada Eucaristia para a adoração pública dos fiéis, mas não dar a Bênção do Santíssimo.1

    O Cerimonial dos Bispos traz um rito próprio para a instituição deste ministério e ressalta que: "pode ser conferido a fiéis leigos, homens, não se considerando reservado unicamente aos candidatos ao sacramento da Ordem" (cf. Carta Apostólica Ministeria Quædam, de 15 de agosto de 1972, do Papa Paulo VI e Cærimoniarum Episcoporum - 1984 - Os Sacramentais: Parte VI, Cap. VI) .

    No Brasil, o Acólito não instituído, especialmente quando jovem, é chamado de coroinha. Contudo não existe em qualquer documento litúrgico a referência a coroinhas mas sim a distinção entre acólitos instituídos e não instituídos.

    "O Acólito tem sua origem litúrgica nas antigas Ordens Menores (Subdiácono, Ostiário, Leitor, Exorcista e Acólito). Com o Concílio Vaticano II essas ordens menores foram suprimidas, sendo que duas foram mantidas transformadas em ministérios instituídos, não-ordenados: leitor e acólito"

    No seu livo "a governanta", joaquim vieira, indica com base em fonte documental e testemunha, a prática religiosa intensa de AOS.

    Foi numa ida à missa, que rebentou a bomba de emídio santana.

    Em sao bento, havia missa, tendo sido requisitados alfaais liturgicas, para o
    culto, em que participava.

    No forte, onde passava férias, ajudava à missa.

    O seu "viver habitaulmente", não podia dispensar a fé, forte e intíma.
    O que não fazia era show off disso.
    Guardava essa intimidade, como todas as outras dimensões privadas da sua vida.
    Diria mais, há na sua vida, uma "santidade" que é a marca profunda de religiosidade integra.

    NOTA: apeaar de educação, nunca tive fé ou superstições.Até aos 11 anos, meus pais obrigavam-ma a ir à missa, aos domingos - ficando os marotos no bem bom do leito.
    Diziam que tinham tido missas nos colégios internos de freiras, onde estudaram - pelo que já tinha crédito de missas até ao fim da vida...
    Eu é que tinha de ir, quase sempre com calças novas que me picavam.
    Traumas destes...

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  98. "Diria mais, há na sua vida, uma "santidade" que é a marca profunda de religiosidade integra."

    Huummm...é ir longe demais, mas gosto da ideia.

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  99. "calças novas que me picavam". Estas não se inventam porque também tive umas assim. E não me queixava.

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  100. Cara Zazie

    foi D. Maria de Jesus quem, a saída das missas, contou, entre outras coisas, a minha falecida mulher que o Sr Prof era crente

    o Padre MA conto-me histórias dos seus amores quer conhecia pessoalmente

    já aqui contei muito do que ouvi a quem conviveu com AOS, como é o caso dum secretário particular nos anos 40

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  102. Creio, que possuo esse livro.
    Mas não me lembro desse detalhe.

    Receio ser (também), algo cusca, como AOS.

    No resto, ao invés de AOS, não me recomendo em comparações...ui ui...

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  103. pausa num trabalho dificil e sem rede

    achei piada às lucubrações ou esforço mental nocturno

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  104. A questão da Fé é coisa muito pessoal.

    Salazar tinha ou não tinha Fé? Só ele o saberia dizer.

    Quanto aos sinais exteriores de Fé, não interessam por aí além se forem consentâneos com a mesma Fé.

    Mas tal não significa que a tivesse...porque deve haver muitos padres e bispos que a não tem e continuam a fazer de conta.

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  105. Mas esses são "profissionais".
    É o seu ofício.

    AOS queria ser "exemplar", mas não creio que o lado "manholas" fosse tão longe...
    Embora, nunca se deva subsestiamar esse lado.

    No seu quarto, havia simbologia católica.
    Não acredito na hipocrisia até esse ponto...

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  106. Depois de lhe tirarem a fé, põem-no na bruxa... Aliás, sem uma não conseguiam a outra.

    Afinal, em vez dos mitos, se calhar foi a vidente que lhe disse para não abandonar o ultramar...

    Nada disto tem cabimento rigorosamente nenhum. Não há uma palavra dele que indicie o que quer que seja, nem de fé questionada nem de crença em charlatanices de "mediuns".

    Pura invenção, puro boato. Nem o relato do trabalho dos outros fazem bem.

    Lixo, como já disse.






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  107. Na casa dele, no Vimieiro, há azulejos nas paredes representando NªSª da Conceição. Só quem tem Fé colocaria tais ornamentos na fachada da casa.

    Porém, duvido que tal tenha sido da autoria de Salazar.

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  108. muja: não é assim preto e branco.
    E cinzento como tudo.

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  109. É relativamente inútil discutir a Fé de Salazar porque o que ele fez em nome de uma suposta fé é válido: nunca afrontou a Igreja, mas também não procurou demasiada proximidade das sacristias. A Concordata é a prova.

    É o anti-jacobino por excelência e por isso tem um perfil que merece ser estudado publicamente, nos dias de hoje.

    A circunstância de ter aproveitado conselhos de videntes ou de ter perdido a fé, neste contexto é apenas uma circunstância irrelevante.

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  110. Quanto ao Ultramar é chover no molhado, a discussão.

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  111. Não. Desculpe mas não é.

    Isto é tanga. O testemunho é risível e não oferece maneira de ser contrariado. Porque "ninguém sabia".

    Ora, ora, ora...

    Eu também posso dizer que "ninguém sabia" que o Salazar recebia indicações de governo do meu bisavô e que era ele quem na realidade governava o país...

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  112. Que testemunho é que é risível? O da tal vidente?

    Porquê? Que factos tem para o afirmar?

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  113. De resto, quando foi para o governo Salazar impôs distância, porque era escrupuloso em relação à defesa do interesse do Estado que considerava independente da Igreja e soberano.

    Antes disso militava exclusivamente nos meios católicos e foi deles destacadíssimo militante.

    No Imparcial, no CADC, em organismos posteriores. Todos católicos, todos com o propósito de promover a defesa do catolicismo e uma doutrina de estado católica.

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  114. Eu acredito plenamente no testemunho, no essencial. No que ponho reservas é á importância que lhe podem dar.

    Por mim, dou muito pouca. Nada disso põe em causa a fé ou o modo de governar ou até a personalidade de Salazar.

    O contexto da época e o modo como o fez parecem-me que justificam tal coisa sem provocar qualquer alarde de maior.

    Claro que em 1996 vir com a historieta provoca alguma perplexidade, mas lendo, acaba por se compreender.

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  115. Claro, no CADC foi assim. Mas depois não se vê tal coisa.

    Salazar faz-me lembrar aqueles padres de apostataram mas ficaram amigos da Igreja e continuam a colaborar como leigos.

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  116. Que factos tenho? O facto de ser o que ela diz e ser impossível de verificar porque "mais ninguém sabia".

    O facto de ele ter sido um eminente militante católico e o seu melhor amigo e único confidente fosse o Cardeal de Lisboa.

    E isso de dizerem que é normal católicos irem à bruxa é estupidez que só podia vir mesmo do grunho de que vem. Pessoas que têm educação católica, ainda para mais no seminário, vão à bruxa fazer o quê?! Mas está tudo maluco ou quê?

    Como é que isso se reconcilia com Deus e a Igreja?

    Acho que Vs. não estão sequer a pensar.

    De qualquer maneira, fico por aqui. Isto não tem interesse, não tem cabimento, não tem credibilidade, e não passa de uma invenção para vender revistas.

    Quem acredita nisto, realmente, está bem é na vidente.

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  117. Muja: continua a adjectivar e não se ganha nada com isso.

    Porque razão é que Franco Nogueira é que deve ser o biógrafo indiscutível?

    Acha que deve ser mesmo assim?

    Quanto aos factos que apresentou não me parece que provem o ponto de vista.

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  118. Há católicos que vão (iam...) à bruxa porque não sabiam melhor. Não seria o caso de Salazar mas também não será a mesma coisa.

    Uma vidente pode ser útil para ajudar a pensar em certos aspectos e parece indiscutível a existência de fenómenos parapsicológicos que algumas pessoas dominam melhor que outras. E sem entrar no realismo fantástico.

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  119. O Padre António Vieira não era um ignorante das coisas da Fé e acreditava em videntes e até os comentou...

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  120. O excesso de positivismo mata o racionalismo. É uma frase que inventei, porventura um disparate mas há uma ideia nela.

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  121. Eu não disse que devia ser indiscutível. Mas isto não é biografia, é tanga. Não se apresenta um único indício credível. Um único. Há um testemunho que não pode ser contradito, porque se reserva o conhecimento exclusivo do que testemunha, porque era segredo tão bem guardado que mais ninguém sabia. Eu concordo: acho que nem o Salazar sabia.

    De resto, eu não adjectivei nada. E volto a dizer: quem acredita nisto está bem na vidente.

    Não vejo o que tem de tão adjectivador. Ou era bom para o Salazar mas já não é bom para quem o põe lá?



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  122. "E isso de dizerem que é normal católicos irem à bruxa é estupidez que só podia vir mesmo do grunho de que vem."

    Os adjectivos estão aí. Pode adjectivar á vontade, mas o que eu digo é que nada se ganha com isso. Apenas ruído.

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  123. Aliás, a "vidência" indicada pela testemunha é relativa a horóscopos.

    E isso nada tem de especial. Não é bruxaria, certamente.

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  124. Fernando Pessoa terá dito que Salazar era "um ateu que respeitava a virgem".

    Vale o que vale, mas vem de Pessoa...que foi contemporâneo da juventude.

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  125. Leiam " a governanta" do joaquim vieira.

    Depois digam coisas.

    O que ele não tina era uma fé "interesseira, de pedidos e cunhas celestes.

    Certamente que acreditada num criador do mundo, mas que não intercedia, por si ou interposta pessoa, com milagres.

    Em milagres, de certeza que não acreditava.
    Nem em Santinhos.
    Nem se fiava no clero, em geral.
    Nem na ICAR, em particular.

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  126. Só perde a fé quem verdadeiramente a teve.

    Um exemplo que me toca é o do genial realizador Robert Bresson.

    Sempre foi católico toda a vida.

    No final consta que perdeu a fé. Nota-se algo disso no "diable probablement".

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  127. Perder não é negar a religião.

    é outra coisa. O Bresson conta que sentiu Deus por minutos numa igreja.

    e repete essa frase no Pickpocket.

    Quando lhe perguntaram se queria dizer que só teve crença por breves minutos ele explicou que era o contrário.

    Ter crença é uma coisa- sentir a presença divina outra. E acrescentou que 3 minutos era muito tempo para se estar perante essa presença.

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  128. O jacobinismo criou estes mitos positivistas e o Mujah ou o Anjo testemunham-no.

    Não entendem que a Ciência não nos dá alguma verdade e que é uma gigantesca tanga essa ideia de tudo podermos controlar e dominar na vida, pelo tal método científico.

    Dantes as pessoas tinham a noção do imponderável. E aceitavam-no de forma muito mais racional que agora se nega em nome de uma Razão oitocentista.

    Consultar um vidente é ter a noção que as escolhas e as ditas opções não nos dão tudo.

    Porque há o kairos e o tempo exacto e a sorte e azar.

    Nenhuma Ciência os consegue explicar.

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  129. Por outro lado, também é moda usar-se a má-fé perante qualquer testemunho que não agrada.

    Essa leveza com que se nega a palavra dos outros, em nome do que interessa é algo tremendamente irritante.

    A velhota tem um ar catita para 99 anos.

    Não vejo a menor razão para estar a mentir.

    e irrita-me que se arrume como mentira quem não tem mais factos ou dados para contrapor.

    Mais fácil será dizer que quem mente é quem nega.

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  130. Sim sim, sou eu e os outros que somos cientóinos.

    E Salazar ia à vidente "consultar os astros" porque uma pessoa diz ter conhecimento exclusivo (e por acaso era ela a vidente). E pronto. E quem não acredita é cientóino e tem tabus.

    Então eu digo: era o meu bisavô que governava Portugal. Salazar comunicava com ele por pombo-correio e ninguém sabia nem nunca soube, por isso não vale a pena procurar confirmação.

    Quem não acredita tem tabus.

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  131. Esta malta alinha na diabolização do imponderável.

    Até já existem dua associações de negativistas ateus que se apelidam de cépticos em nome da Ciência.

    Pedir indicações de horóscopos nada tem com ir á bruxa.

    O máximo que o horóscopo pode dar é indicações para alturas mais apropriadas que outras para se fazer qualquer coisa.

    Mais nada.

    Ora um político lida com decisões e tem de escolher a altura certa para as tomar.

    o horóscopo serve para isso- para uma ajuda em relação ao momento decisivo.

    O tal kairos de que falavam os gregos.

    Não vejo nada de imbecil em se ter isto em conta e também nada tem a ver com superstições.

    Há ateus tremendamente supersticiosos.



    Eu, por acaso, acho que não sou nada supersticioso e até tenho um excesso de racionalismo que me impede de levar o pacote inteiro da religião.

    Mas, na cena dos astros, por mero pragmatismo e observação, só posso concluir que há questões genéricas que batem certo.

    Daí a recorrer a horóscopos vai muito.

    Mas também hoje em dia quem faz horóscopos nos jornais inventa-os.

    Ora essa velhota ainda sabia fazê-los e, pelo menos, o que escrevia nos jornais era feito com base neles.

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  132. Acho que há um mundo impersctrutável para quem não viveu nos anos sessenta ou até setenta.

    Impressiona-me a ausência de sentido dessas coisas indizíveis.

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  133. E não sei se é possível transmitir de algum modo essa mundividência.

    E isso angustia-me na medida em que pressinto que pode ter existido outro modo de entender que por não o ter vivido também o perdi.

    Por exemplo, o séc. XIX, para não ir mais longe. Ou mesmo os anos 40.

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  134. Mas Vs. leram o artigo todo?

    Mas alguém sabe quem aquela mulher é, ou sequer se existe? Veios de onde? É de onde? Quem é?

    Mas de repente sabem que "sabia" fazer horoscopos... Apesar de não dizer nada que todos os outros videntes digam.

    O Artur Baptista da Silva também dizia muitas coisas...



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  135. Está a desconversar e usa a má-fé e isso não serve para nada.

    As pessoas têm características diferentes e algumas, creio eu, acompanham-nas toda a vida.

    Há quem tenha uma tendência para ler tudo racionalmente e nem seja mais lógico ou racional por isso.

    A minha mãe sempre foi assim- até a religião queria interpretar cientificamente.

    Não acreditava na virgindade de Maria porque a coisa não lhe parecia científica.

    No entanto, ia à missa e rezava e assim.

    Eu não tive qualquer educação religiosa, fora o baptismo e sempre tive uma noção muito diferente e mais abrangente do mistério.

    Mas sei que sou brutalmente lógica e racional. Só que não aplico essas tabelas cientóinas.

    A arte também não se explica com essa racionalidade e existe.

    Quem tem alma artística tende a ser diferente perante estas questões.

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  136. Agora é preciso ter-se vivido nos anos sessenta para se perceber o que são videntes. Como se houvesse falta disso hoje em dia...

    E assim se arrumam argumentos e opiniões contrárias...

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  137. «Acho que há um mundo impersctrutável para quem não viveu nos anos sessenta ou até setenta. »

    Completamente.

    Já me dei conta a pensar o mesmo.

    Até pensei que era eu que estava velha ou então houve mesmo um hiato que impede que as pessoas se entendam.

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  138. Esse hiato é que se apresenta como "ruptura" com um passado de trevas.

    Esse hiato é que se apresenta como um progresso e modernidade e, etranhamente, é um tremendo retrocesso ao século XVIII.

    Nem é ao modernismo. Recua-se ao iluminismo- à razão esclarecida que os modernos deitaram abaixo.

    Regrediu tudo neste aspecto.

    E foi em pouco tempo.

    Há-de ser por isso que também não existem nem filósofos nem grandes pensadores.

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  139. Zazie, vá passear mais a má-fé. A nossa conversa termina aqui.

    Eu não tenho má-fé. V. é que quer fazer a apologia da merda dos horoscopos e dos videntes e lá o que seja.

    Este testemunho não vale nada. Nunca ninguém testemunhou coisa igual, nem vai testemunhar. Vale tanto como o meu. Ninguém o pode confirmar ou desmentir. Nem nunca poderia excepto o próprio Salazar, porque convenientemente, "ninguém sabia".

    Não entende que qualquer pessoa pode dizer o que quer que seja, nesses termos?

    V. não sabe quem esta pessoa é. Ponto final. Não se diz nada a não ser um nome. Isto não é nada. Não é jornalismo não é merda nenhuma. É cena de revista Maria.

    Essa é a questão. Não é se a charlatanice dos videntes o é ou não é verdadeiramente.

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  140. Mas se fosse só isso, ainda vá que não vá. Podia estar a dizer a verdade como podia mentir. Ficava ao critério de cada um.

    Mas há o resto do artigo. Em que se escrevem coisas que são falsas. Demonstravelmente falsas. E outras que são deturpadas.

    O que aqui está em causa é o artigo em si. E se eu questiono o artigo, tenho de questionar tudo quanto lá vem. Mormente testemunhos especiais e exclusivos que não podem ser confirmados nem desmentidos.

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  141. Eu não fiz apologia de nada.

    Apenas disse que nã ovejo ignomínia nem marca de imbecilidade como v..

    Ora esse pavor a passar-se por imbecil em se recorrer a informação de horóscopo é uma marca recente do trabalho da cientoinice numa geração.

    Eu até acho que nem é só da Ciência porque a Ciência contemporânea nada tem a ver com a tal certeza e leis e verdades oitocentistas.

    A Ciência Contemporãnea é a da Incerteza.

    Penso que a influência aparvalhada há-de ser prot.

    Os prt fazem acreditar que as pessoas são livres e que tudo na vida depende das escolhas que fazem.

    Como dizia o Nietzsche, isto serve para depois fabricarem culpados.

    A ideia que um grande político se apresenta menor se não tiver esta ideia de liberdade e controle total de tudo, por racionalidade e método científico é idiota.

    É idiota porque a vida não se resolve em laboratório nem as acções resultam matematicamente de uma equação certa.

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  142. Má-fé é isso mesmo- é partir do princípio que alguém mente e que a probabilidade de mentir é igual à de estar a falar verdade.

    V. usa sempre uma estranha forma de negar por dedução o que não é consequência lógica mas inferência das probabilidades em causa.

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  143. Mas não é igual a probabilidade. A questão é essa.

    Há todas as razões para não crer naquilo.

    A única que Vs. dão para crer é que era "normal". Ora, Salazar não era uma pessoa normal, logo para começar.

    De resto, é um testemunho impossível de confirmar. E que diz uma data de coisas que também são estranhas: que tinha perdido a fé, que se interessava pelo oculto e outras coisas que tais. Interessar-se pelo oculto já vai a uma grande distância de ler o horóscopo.

    A testemunha também surge do nada, não se sabe quem é, nem de onde vem.

    Epá, desculpem, mas isto não tem nada, rigorosamente nada, que ver com o que diz na bio do Franco Nogueira. E aposto que na do F.Meneses também não vem nada remotamente parecido.

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  144. Acabou de confirmar o que eu disse.

    V tem n dados à frente.

    Não tem um único contrário para os inferir.

    Conclui que os n dados são falsos

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  145. Usa esta mesma lógica estapafúrdia no caso das descolonizações.

    Tem n exemplos que mostram que todos perderam as colónias.

    Deduz que seria mais provável 1 apenas mantê-las, por inferência de probabilidades

    eheheh

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  146. Zazie,

    Já nem mesmo em teoria penal se acredita que as pessoas são livres e que agem sob o livre-arbítrio.

    Não me agrada que se use a ciência como bode expiatório porque ela é totalmente alheia ao endeusamento que dela se possa fazer. Sucede hoje com a ciência o que sucedia antes com os horóscopos e os videntes.

    As pessoas não têm capacidade crítica para avaliar se estão perante ciência ou deturpação, por isso alinham em modas parvas. É por isso que hoje há Medicina Quântica e tretas do mesmo calibre. Sabem lá as pessoas o que é quântico ou deixa de ser? As armas do obscurantismo são sempre as mesmas, mudam as moscas.

    Acho, por isso, abusivo, que se tome o todo pela parte e se impute todas as faltas à ciência. Nunca esta disse que a vida se resolvia em laboratório e através de equações. Se há coisa que a ciência nos ensinou a fazer foi a duvidar desse tipo de "pregações".

    Não idolatrar a ciência é a posição correcta, mas agachar-se perante tudo o que não a contenha, apenas em nome do "não parecer cientóino ou neopositivista" parece-me demasiado.

    Afinal, acaba de dizer que a ciência contemporânea nada tem que ver com o espírito oitocentista. Com isso concordo.

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  147. É engraçado porque é uma forma de fazer demagogia parecida à do João Miranda.

    Ambos usam sempre o "laboratório" das probabilidades e resultados científicos e depois aplicam argumentação escolástica para fazerem valor o que é contrário.

    O João Miranda é mais "contemporâneo" e faz assim:

    Temos n dados que poderiam dar um resultado x já observado mas o laboratório também mostra que nunca se pode ter a certeza na verdade de um resultado.

    Logo, o argumento oposto ao que ele quer deitar abaixo, também é válido

    EHEHEHEHE

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  148. Anjo,

    Eu lamento muito que não lhe agrade o que eu penso ou que lhe avilte a divina Ciência,

    Mas penso mesmo assim e não tenciono mudar de ideias para não lhe melindrar as suas devoções.

    Quem sabe morder bem este mito da Liberdade prot é o Euro2Cent.

    É mesmo uma forma de fazer culpados.

    todo o discurso neotonto vem daí.

    Da forma como manipulam as pessoas fazendo-lhes crer que são livres.

    E depois tudo o que as pessoas fazem são "opções" e "escolhas" das quais são responsáveis.

    Azar dos loosers

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  149. A Ciência não existe.

    Existem ciências e cienciazinhas e cientoinices a que os ateus militantes se agarram.

    V. gosta do professor Ludovico do Que Treta! e ele exemplifica tudo o que eu disse.

    É um cientóino que dá aulas de "método científico".

    Uma absoluta imbecilidade para fabricar imbecis logo a partir do primeiro ano da universidade.

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  150. A única questão engraçada que este detalhe dos horóscopos a que Salazar recorreria veio da diferença de reacções perante ele.

    Uns descabelaram-se porque isso só poderia ser marca de imbecilidade e um homem tão inteligente não poderia ter fraquezas de tal modo imbecis.

    E, como assim pensam, por diabolizarem coisas que vão contra os v.s dogmas na Razão omnipotente, exageraram logo tudo.

    De consultar horóscopos já tínhamos um maluiquinho místico metido em bruxedos.

    O josé e eu não nos descabelámos assim.

    Porque não somos de uma geração que foi formada a considerar menoridade mental, pura imbecilidade infra-humana, não seguir apenas o materialismo e a verificação experimental de todos os fenómenos.

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  151. Portanto, há um problema de valorização exageradamente negativa de algo, em função da Razão oitocentista.

    Eu não penso assim e sou capaz de me encanitar tanto ou mais que v.s com imbecilidades esotéricas de pacotes ideológicos que estão na moda.

    Nós somos de um tempo em que os cambiantes contavam.

    V.s tende ao tal famigerado maniqueísmo em que é tudo a preto e branco; tudo dividido ao meio- o bem ou o mal; o certo ou o errado.

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  152. O que eu gostava mesmo era de encontrar alguém que pensasse de modo diverso do que agora é moda.

    É uma moda inflingida e nem se apercebem disso.

    São escravos dessa moda sem se darem conta.

    O que eu gostava era de encontrar alguém com quem pudesse sintonizar e que fosse de outra geração mais jovem.

    As pessoas da minha geração pensam mais daquele modo que a Zazi indica.

    Isto prova uma coisa que há muito pretendo demonstrar: as pessoas mudam. As pessoas mesmo e não as circunstâncias ou as conjunturas.

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  153. O Marcello Caetano explica tal fenómeno naqueles textos que publiquei. É uma questão de ler.

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  154. Olhe, vou repetir o que já escrevi:

    Diz que "nunca se lhe percebeu qualquer prática religiosa, para além da de ajudar à missa..."! Nem sei bem o que raio é isto. Se estão a gozar ou quê... Mas pronto, para além de ajudar - que pelos vistos não é prática que chegue e que eu duvido fizesse muitas vezes - se alguma - depois de ir para o governo, assistia muitas vezes, e isso sabemo-lo por F. Nogueira.

    Depois, a natureza feminina, que diz "Franco Nogueira reduz essa sua identificação com as mulheres ao desejo sexual". Ora, isto é pura invenção. Eu estou a ler a biografia e nada diz disso. Diz-se, sim, que ele apreciava, sobretudo desde que foi para Coimbra, muito a companhia feminina e gostava de conversar com mulheres sobre as coisas que lhes interessavam. Insinua-se, de facto, que terá tido relações mais que platónicas mas de forma completamente secundária àquele interesse primeiramente referido.


    Não há referência a videntes, nem a horóscopos.

    Depois um comentário do José:

    A historieta dos túmulos é que não cola muito bem com as versões de Franco Nogueira e Barradas de Oliveira.

    E tendo a acreditar mais na versão de ambos.


    Portanto, antes sequer de se chegar às videntes, já temos histórias que não colam.

    De resto, já que V. diz

    Porque não somos de uma geração que foi formada a considerar menoridade mental, pura imbecilidade infra-humana, não seguir apenas o materialismo e a verificação experimental de todos os fenómenos.

    Então qual era a razão de ser um segredo assim tão grande - que ninguém a não ser a vidente e o próprio sabiam - que Salazar consultasse o horóscopo?
    Porquê tanto segredo para uma coisa que era normal?

    Salazar apontava na agenda a hora a que se deitava e se levantava. Apontava quando jantava com o carpinteiro que representou o seu padrinho no seu baptizado.
    Porque não temos uma única referência à consulta desta pessoa sequer? O nome dela aparece nalgum documento? Mesmo sem referência a vidências e horóscopos?

    Vs. encaram isto como se Salazar fosse uma pessoa abstracta e não como tendo uma personalidade concreta, da qual sabemos coisas, conhecemos hábitos e pensamentos, e que em nada sugerem a veracidade deste testemunho, que desde logo se não pode confirmar ou desmentir.

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  155. Parece que há agora estudos que mostram que as pessoas pensam de modo diferente do tempo em que não havia internet e velocidade de consulta de dados como hoje.

    Ou seja que o uso intensivo da internet condiciona o modo de raciocinar ou pensar.

    É uma questão da psicologia mas que me parece interessante.

    Será que pode existir uma alteração biológica nos circuitos neuronais induzida pela frequência de maus ambientes ou de ambientes que conduzem a uma perda de faculdades?

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  156. As coisas que não colam nos relatos de Dacosta não são inventadas totalmente, como seria o caso da vidente.

    Dacosta interpreta o caso das campas do cemitério de um modo completamente arredio ao que julgo verosímel.

    E a propósito, isto até pode ser um bom exemplo para o que aqui se discute agora:

    Segundo os biógrafos de Salazar, Franco Nogueira et al, Salazar, em 1959, quando tinha setenta anos sentia-se cansado e pensava na morte evidentemente. Isto já sou eu a especular...

    Depois, fez o que os rurais costumavam fazer: preparar a última morada, para si e para os seus. Mandou tirar um cabeço de pedra da sua quintarola no Vimieiro e talhar em sete pedras tumulares, com destinho certo: os seus familiares directos, a começar pelos pais.

    Tal tarefa incumbiu-a pessoalmente a "artistas" que eram canteiros e que andavam no Caramulo a fazer a Pousada ( estas pousadas salazaristas são uma pequena maravilha; a de Bragança é um luxo de bom gosto e merece visita). Depois a anos de distãncia esperou pela morte. Nessa altura, há uma foto do Ilídio ( o tal canteiro) a talhar o ano da morte-1970.

    O que faz Dacosta com estes factos e suposições?

    Reduz todo este envolvimento especial e fantástico ao caso singelo da compra de duas tampas da campa para si e para a D. Maria...

    É isto que pretendeo dizer e para bom entendedor meia palavra basta, como se dizia no meu tempo.

    V.s parecem-me o Dacosta nesse raciocínio redutor.

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  157. Qual era o motivo para tanto segredo, volto a perguntar?

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  158. Para mim existia um e plausível:

    Salazar não queria que se especulasse sobre o assunto. Sabendo o modo como em Portugal se especula e até se demonstra aqui, Salazar não daria demasiada importância ao assunto. Porém, se fosse conhecido tal facto, facilmente se diria que Salazar "consultava bruxas". O que não era o caso...

    Aí está um motivo magnífico e justificadíssimo para impedir essa notícia.

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  159. Pronto, estamos todos a perder faculdades por sermos da era da internet...

    A plasticidade neuronal é grande, mas não sei dizer se dá para "imprimir" esse tipo de informação vinda dos maus ambientes.

    Mas então, se todas as gerações são escravas das modas do tempo em que vivem, qual era a moda condicionadora do tempo do José e da Zazie? Como sabem destrinçar nas vossas convicções, ideias, etc., aquilo que aprenderam, ou não, "condicionados pelas modas" Ou pensava-se livremente (seja lá isso o que for) nessa altura?

    Eu não acredito que seja livre nem em mitos desses. E mesmo o Direito descobriu agora a neurociência e que a liberdade é um mito mal contado...

    E sim, Zazie, quando posso dou uma espreitadela ao blogue do Ludwig. ;-))) Nunca me desencaminhou para maus caminhos, eh, eh... mas acho que aprendo mais aqui no do José.

    Não consigo compreender o que quer o José dizer com isto:
    "O que eu gostava era de encontrar alguém com quem pudesse sintonizar e que fosse de outra geração mais jovem."

    O facto de o lermos com toda a atenção e de comentarmos (há quem comente muitíssimo, como o Muja) não é já uma forma de sintonia? Estarmos sempre de acordo é que é capaz de ser difícil.

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  160. Não porque não entendo o modo como raciociam em certas matérias.

    Como esta.

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  161. E não julgo que sejam menos inteligentes do que eu, nada disso.

    O que me parece é existir uma série de barreiras de tempo que impedem a sintonia.

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  162. É como se eu quisesse explicar o que significa para mim ouvir o Stand Up dos Jethro Tull em primeira edição original e em cd.

    A diferença entre uma e outra explica quase tudo o que pretendo dizer.

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  163. «O que eu gostava mesmo era de encontrar alguém que pensasse de modo diverso do que agora é moda.

    Eu creio que só encontrei um. Um rapaz novito, de 20 e poucos anitos, artista, que deixou a escola e se meteu a ler por ele próprio.

    Foi agora para Filosofia no Porto e diz que aquilo é só mongalhada que entra para Filosofia por a médias serem baixas.

    Mas esse pensa de forma diferente e até tinha lido o Jarry.


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  164. Vou ler esses textos do Caetano.

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  165. Pois é. Só que isso explicaria, porventura, que tal não saísse nas notícias ou mesmo que os seus colaboradores mais próximos não soubessem.

    Mas não explica que ninguém soubesse. Não explica que nada haja em papel, nos seus documentos pessoais, quando sabemos que ele escrevia pormenorizadamente a sua agenda.
    Não explica que os seus amigos íntimos o não soubessem.

    E sabemos que não sabiam porque isto nunca surgiu, e a testemunha, como o artigo, dizem que ninguém sabia...

    Por exemplo, as relações íntimas também poucos as sabiam, mas sabemos que existiam: há apontamentos em agenda, há poucas, mas várias, testemunhas, há um registo que ficou...



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  166. Se quer saber, a "moda" condicionante do meu tempo era a mania de colocar tudo em questão.

    Era a mania de ir contra modas e de as apanhar para não as seguir.

    Pelo menos é esse o balanço que eu faço e daí também constatar a dificuldade em ter grandes certezas ou apresentar alternativas.

    Éramos mais críticos que construtores.

    Mas, a principal questão perante a qual me admiro é mesmo o mundo a preto e branco. O maniqueísmo em tudo.

    E o medo de poder passar por "medieval"; por obscurantista; por falta de espírito científico.

    é um mundo dientóino que o Dragão adora desmontar e que me lembro de o ver retratado nos antigos filmes do Cronenberg.

    A ditadura do materialismo científico e a razão kantiana a serem novamente lei.

    Como se a Ciência fosse a do tempo das certezas newtonianas e nem existisse a das incertezas e probabilidades.

    Ainda ontem li uma passagem do Tristan Tzara que deitava abaixo isto no início do século XX.

    Pergunto-me como é que quem é fruto dos tempos modernos pode ter regredido tanto e sem se aperceber que seguem coisas que foram desmontadas há séculos.

    o neo-positivismo é uma moléstia.

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  167. Se VCS procurarem encontrarão. São inúmeros os casos de políticos, reis e pessoal com decisões importantes a tomar, a consultar a opinião dos bruxos (na minha terra, videntes e bruxos tem o mesmo significado, talvez erradamente).
    .
    Todos eles famosíssimos. Ilustrissimos. Inteligentissimos.
    .
    São feitos da mesmíssima matéria q o comum dis mortais. E se estes recorrem a bruxos em momentos de grande angustia, aqueles também recorrem. Só não recorre a eles quem não tem nada a perder ou os casmurros como o meu pai (q deus q descria o tenha).
    .
    Eu tenho um exemplo na minha família. Quando era bebé, o meu irmão mais velho adoeceu gravemente. Os melhores médicos firam chamados. A minha mãe foi buscar o padre. Rezavam horas a fio, garantem. Qdo o estado de saúde piorou, a empregada lá de casa, a Arminda, pediu aos meus pais se podia chamar a bruxa lá da zona. Não, respondeu o casmurro do meu pai.
    .
    A minha mãe, católica praticantissima, em segredo, anuiu q trouxessem a bruxa. Inventou tarefas para o meu pai sair de casa.
    .
    A bruxa foi lá. Fez o q tinha a fazer. O curioso é q o só padre da freguesia, amigo da casa, estava na sala ao lado. Talvez a rezar com a minha mãe para q a bruxa tivesse sucesso :).
    .
    Uns dias depois o meu irmão melhora substancialmente.
    O meu pai diz q foi um trabalho exemplar da medicina. O só padre q foi um trabalho arduo de interceccao aos céus, a empregada que foi as mezinhas da bruxa, a minha mãe, essa, bem, diz q fez o que tinha de ser feito.
    .
    Só pouco tempo antes de falecer é q revelaram ao meu pai q a bruxa tinha ido lá a casa. Patetices, respondeu, mas fizeste bem, finalizou.
    .
    Rb

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  168. Aí para o mujinha, dizer que, um dia, qdo tiver de decidir sobre coisas realmente importantes (não, não é se compra o pacote de férias nas caraíbas ou nas maurícias), q implicam sobre vidas dis seus ou sobre quem tem responsabilidades, vais ver q metes as carnes todas a assar. Metes cunha a Virgem, mas nao deixas de piscar o olho à bruxa. A menos q sejamos santos embuidos com uma fé inabalável. Por isso é q são santos e q is elevamos a uma categoria superior.
    .
    A fé não se perde. Por experiencia própria. Pensei q a tinha perdido, mas dei conta q o q a obscurecia era a raiva. A fé é, pois, suplantada pelo desencatamento. Um gajo pede e reza pela vida de um filho e ele morre, cresce-nos a raiva. A desolação. Cheguei à conclusão q não a perdi (a fé) porque passei anos a fio revoltado com Deus. Ora, se me insurgia contra Ele, é porque O reconhecia. Tratei-O tao mal q nem tenho coragem de Lhe aparecer à frente.
    .
    Rb

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  169. " Tratei-O tao mal q nem tenho coragem de Lhe aparecer à frente. "

    Até me comovi com isto, porque é a mais profunda confissão que alguém pode fazer. Confissão com arrependimento que é a verdadeira.

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  170. A mim já me sucedeu uma tragédia parecida quando tinha vinte e dois anos. Porém, não me revoltei. Compreendi que temos que aceitar o que não tem remédio.
    E que se Deus existe é porque tais coisas tem o seu sentido.

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    Respostas
    1. O meu verdadeiro problema com Ele não foi pelo primeiro. Foi pelo segundo. Felizmente vieram outros dois, com os mesmíssimos nomes. E sim, deve haver um sentido, que desconheço e aceito um bocado mal. But hei, na semana passada morreram 22 crianças em Luanda por malária. É como tordos. A culpa não é de Deus. É desta gente que vende medicamentos para a malária falsos (chineses) e daqueles q fingem gastar dinheiros públicos na saúde e as mercadorias não chegam aos hospitais.
      .
      Agora q vou embora de Angola de vez já poderei falar mais à vontade sem temer os serviços da inteiligenccia governamental que fiscalizam estas coisas da internet. Um dia destes contarei como se fazem as coisas por aqui.
      .
      Rb

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  171. Não atribuo a Deus as desgraças no Mundo, as guerras e o sofrimento de inocentes de todo o género.

    Mas por isso mesmo também me custa a aceitar a intercessão divina e pessoalizada.

    Acredito mais numa insondável força que nos conduz pela sorte e azar e por sermos vítima de um modo escapando de outro.

    Isto é um bocado budista mas é assim que penso.

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  172. «Tratei-O tao mal q nem tenho coragem de Lhe aparecer à frente. »

    Que impressionante esta frase.

    É nisto que o morgadhinho da cubata mostra que é grande.

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  173. A adoração e culto que prestamos a Deus em modo ritualizado é o modo como nos identificamos na sociedade em que vivemos. Sendo cristãos, foi assim que ao longo dos séculos se entendeu que era melhor prestar esse culto. E respeito isso por isso e nada mais.

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  174. «Acredito mais numa insondável força que nos conduz pela sorte e azar e por sermos vítima de um modo escapando de outro.

    Engraçado que penso assim. A ideia da Mão de Deus a aparar.

    Mas por via da sorte e do azar. E estar a bem com Deus dá sorte porque nos aproxima do olhar da infância a quem a Mão protege.

    ":O))))

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  175. Mete-te na tua vida, que eu nunca fui às Caraíbas nem nunca comprei "pacotes" de férias. Isso hás-de fazê-lo tu com o soldo de machambeiro.

    Deixa-me lá de fora das tuas conversinhas que eu estou-me nas tintas para ti e para as tuas bruxas.

    Já expliquei o que penso deste artigo e porquê. Quem quiser entender que entenda, quem não quiser, fica pelo mesmo preço.

    A verdade é esta: ninguém sabe explicar a razão de tanto segredo - que ultrapassa tudo quanto se conhece da reserva que era típica de Salazar - numa coisa que consideram normal e que só pessoas que "pensam de maneira diferente" não consideram como tal.

    Isto é, ninguém sabe explicar esse testemunho à realidade do que se conhece da pessoa em causa e, portanto, vêem-se forçados a generalizá-la, a abstraí-la do concreto para o testemunho ter cabimento.









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  176. Este comentário foi removido pelo autor.

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  177. " Isso hás-de fazê-lo tu com o soldo de machambeiro."
    .
    Com o soldo da machamba dá para pagar ao jardineiro, milho para a pitaria, sulfato para as vinhas, e pouco mais. Os frutos da machamba são vendidos a preço de amigo e só a quem lá quiser ir ter a maçada de os colher. Castanhas então, mujinha, é leva-las à borla sob condição de levar os ouriços também. Nozes também. Figos ninguém leva, mas roubam-nos. No ano passado refiz uma armadilha que era do meu avô. Ferrugenta. Quando percebi para o q servia não Descansei para po-la a funcionar.
    .
    Mujinha, arma-se um fio fininho â volta das figueiras. À noite que é quando eles os roubam. Um fio rente ao chão. Em círculo. As pontas unem num pistolão pregado à terra. Poe-se pólvora lá dentro e puxasse a alavanca. Fica pronta.
    .
    Esperei duas horas pelos cabroes a olhar as estrelas. De repente um estrondo. Alguém tinha pisado o fio q despoletou o gatilho.
    .
    Era ve-los a correr campo fora.
    .
    Foi giro.
    .
    Rb

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  178. Salazar, enquanto ddt - não podia deixar de ter fé no DDT.

    Como era aquele lema : "Deus e Trujillo!"

    Outro homem providencial: Rafael Leónidas Trujillo Molina, mais conhecido como Rafael Trujillo (San Cristóbal, 24 de outubro de 1891 — Santo Domingo, 30 de maio de 1961), foi o ditador1 da República Dominicana entre 1930 e 1961, quando foi assassinado.2

    Ele modelava seu regime de acordo com o do ditador espanhol Francisco Franco da Espanha. Nas cidades havia placas que diziam "Deus e Trujillo".5

    O Secretário de Estado americano, Cordell Hull, teria dito a frase "ele pode ser um filho da puta, mas é nosso filho da puta".[carece de fontes]

    m artigo no jornal El Caribe, de 24 de outubro de 1950, comemorando 20 anos de sua subida ao poder, descreve-o como dotado de "um dinamismo iluminado, uma força incoercível de ação presidida pelas claras luzes de uma inteligência serena, poderosa, ousada". Ele é um "cruzado", um "abnegado"; como o sol para verter luz e calor, Trujillo nasceu para governar". E apesar disso, "cultiva como ninguém o difícil procedimento do diálogo".

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