tag:blogger.com,1999:blog-6107154.post1008233824781321050..comments2023-11-02T12:46:57.973+00:00Comments on portadaloja: Imaginemos que Portugal era um país com importância internacional...Unknownnoreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-23365077491470103552009-10-17T22:50:59.510+01:002009-10-17T22:50:59.510+01:00Errado. Não temos uma imprensa e media merdosos ne...Errado. Não temos uma imprensa e media merdosos nem abúlicos. Temos uma imprensa e televisões que são propriedade de grandes grupos económicos. Que, a propósito, são proprietários dos partidos e dos políticos.Diogohttps://www.blogger.com/profile/07638771332109467487noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-48164792351680873282009-10-17T16:53:22.672+01:002009-10-17T16:53:22.672+01:00Sabe qual foi o primeiro texto que escrevi sobre e...Sabe qual foi o primeiro texto que escrevi sobre este assunto da Casa Pia, logo que estourou a notícia da prisão de Carlos Cruz? <br /><br />Foi um texto que publiquei num comentário no Pastilhas do MEC. <br />Um texto em que falo de Dr. Jekyll and Mr Hide.<br /><br />A Zazie há-de lembrar-se, ás tantas.<br /><br />Um dia destes vou republicar porque me parece que dá o ponto de vista exacto que ainda continuo a ter sobre o assunto.joséhttps://www.blogger.com/profile/08191574005669567167noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-66489062638934348662009-10-17T16:49:57.227+01:002009-10-17T16:49:57.227+01:00Rosa:
O seu comentário deu-me ensejo de pegar no ...Rosa:<br /><br />O seu comentário deu-me ensejo de pegar no assunto Polanski que evidentemente está relacionado com isto, embora por portas travessas.<br /><br />Ontem escrevi meio texto e hoje vou concluir.<br /><br />Quanto ao que escreve agora:<br /><br />O facto de pegar no aspecto penal para lhe dar relevância política, não é tal como diz. O aspecto penal existe como facto relevante, porque a actuação tem esse condimento, de natureza penal. Os factos imputados são eventuais crimes, mesmo que prescritos ou insusceptíveis de comprovação segundo as regras do direito. <br />Sò por isso merecem a atenção da análise dessa perspectiva, mas não estendo para além disso.<br />Se o processo penal não permite a imputação ou o julgamento, isso não quer dizer que permita o atestado de inocência que a presunção não ilidida poderia impor. Mas fiquemos por aí.<br /><br />Ainda que esses factos nunca passassem à fase processual penal, como por exemplo aconteceu com o Ballet Rose ( o melhor exemplo em todos os níveis para o que pretendo dizer), ainda assim, pensaria como penso: um indivíduo atingido, mal ou bem por esse labéu, deveria afastar-se da política. Pelo princípio da cautela que entendo deve ser norma disso mesmo.<br />Não é ser hipócrita ou radical ou até fundamentalista. É o princípio do parecer que deve acompanhar todo o ser político.<br /><br />Não pretendo reduzir ao estatuto de pária da política quem foi de algum modo envolvido nestas coisas da pedofilia. Por uma razão: os políticos não devem ser uma carreira profissional, assim como se fossem funcionários públicos de alta administração.<br /><br />Os políticos são apenas indivíduos cujas circunstâncias emprestam um papel de relevância nos assuntos da coisa pública, em determinada época. Podem ser bons, maus, assim-assim e alguns, muito poucos imprescindíveis, mas apenas durante algum tempo. O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente, diz-se há muito tempo.<br /><br />Para mim, tenho assente que um indivíduo que exerça cargos de relevo político, em representação do povo que elege, deixa de ter condições objecivas e subjectivas para tal, logo que seja suspeito de algo que o povo não tolera. A prática de crime infamante ou de actividades do mesmo género, como sem dúvida é a de pedofilia, mesmo em cumplicidade de amiguismo ou de pertença a grupo, é uma fronteira para mim inultrapassável.<br /><br />Se temos meia dúzia de ofendidos, sem margem para duvidar dessa qualidade e que afirmam que determinado político está associado a práticas dessas, para mim, não será preciso mais nada: esse político deve deixar de o ser. Não para passar a ter o estatuto de pária, designação inapropriada e de utilidade apenas justificativa, como argumento para suscitar compreensão para a injustiça que tal representaria.Um sofisma, portanto, uma vez que o político que deixa de poder exercer política representativa, pode fazer muitas outras coisas na vida. Tal como os políticos que são afastados pelas circunstâncias mais diversas. Até pelos votos...<br />Ou acaso serão párias os que deixaram de merecer a atenção de quem de direito, mormente o povo?<br /><br />Outro aspecto importantissimo e que esqueci de referir já por duas vezes:<br /><br />Se um desses indivíduos que foram apanhados nesta teia, mesmo injustamente, fosse meu amigo, nunca seria colocado à margem e na condição de pária na minha amizade.joséhttps://www.blogger.com/profile/08191574005669567167noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-57616635769926781692009-10-17T16:16:27.137+01:002009-10-17T16:16:27.137+01:00Sobre Berlusconi.
Costuma dizer-se que cada povo ...Sobre Berlusconi.<br /><br />Costuma dizer-se que cada povo tem o Governo que merece. Nós temos o nosso; os italianos têm o deles.<br /><br />E a sobrevivência política (e, aqui sim, penal) de Berlusconi diz bem da decadência lenta em que a Itália mergulhou. <br /><br />Como nós, os italianos prezam muito o que os estrangeiros dizem e escrevem acerca do seu país. E esta da Newsweek vai dar que falar!<br /><br />Rosarosahttps://www.blogger.com/profile/07226936342527364582noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6107154.post-89456220385260527012009-10-17T16:10:48.958+01:002009-10-17T16:10:48.958+01:00Caro José,
https://www.blogger.com/comment.g?blog...Caro José,<br /><br />https://www.blogger.com/comment.g?blogID=6107154&postID=4901327387859052356&isPopup=true&pli=1<br /><br />Depois desta sua interpelação, a resposta tarda, mas não falha.<br /><br />Já percebi o seu ponto de vista e creio que o José já percebeu o meu.<br /><br />No seu raciocínio parece cindir o plano da responsabilidade penal e o da responsabilidade política, jogos diferentes e cada um com as suas regras próprias, diz. Mas a cisão que faz é só aparente, porque é ao processo penal que vai buscar os motivos para o ostracismo político que preconiza para certas pessoas, normalmente da esfera do Partido Socialista. Mesmo que os indícios da responsabilidade penal dessas figuras públicas sejam tão ténues que nem justificaram a sua constituição como arguidos – num tempo em que a constituição como arguido era bem mais “fácil” do que é hoje – quanto mais a sua acusação<br /><br />Mas indo ao processo Casa Pia, que ostenta como símbolo da degenerescência da nossa classe política (socialista). É verdade que neste processo ninguém ficou bem na fotografia e realmente faz sentido tirar consequências de ordem política em relação a personagens com efectivo poder e que mais do que conotadas com o PS são a própria personificação actual do PS (António Costa, Ferro Rodrigues, Ana Gomes, etc.), que usaram e abusaram do seu poder para pressionar e condicionar de modo intolerável a investigação ou certas tomadas de posição que cabiam ao Ministério Público. Estou, como é óbvio, a falar dos telefonemas ao PGR e tuttiquanti, nas disparatadas teorias da cabala, das recepções histéricas à porta do Parlamento e de tudo o mais que tristemente sucedeu.<br /><br />Já não posso, todavia, concordar consigo quando advoga o estatuto de párias para algumas dessas pessoas contra quem foram dirigidas insinuações de abusos sexuais. Pois, que conhecemos nós – e falo no cidadão em geral, que sabe do processo o que vem na comunicação social – desse processo Casa Pia que nos habilite a ser tão terminantes para com quem viu o seu nome nele envolvido. É certo que há uns quantos acórdãos dos tribunais superiores – sobretudo os do Tribunal Constitucional – que permitiram levantar o véu sobre o processo, designadamente sobre o seu inquérito e sobre os incidentes relacionados com as medidas de coacção nele aplicadas. E o que esses acórdãos revelaram não foi nada bonito de se ver. Na verdade, os termos em que algumas das prisões preventivas foram aplicadas constituíram mesmo uma vergonha. O que por si só já suscita reservas sobre a actuação do MP (e do JIC) no inquérito.<br /><br />Tirando esses acórdãos, com que ficamos? Com um sem número de notícias quase sempre imbuídas de histerismo, sensacionalismo e parcialidade. E na sua esmagadora maioria reveladoras da mais crassa ignorância sobre os crimes em discussão, o perfil criminológico dos delinquentes sexuais, as leis do processo e, o que é pior, sobre os próprios factos submetidos a julgamento. É nesta informação que confiamos para emitir opinião sobre o caso Casa Pia? Nas Tânias, nos Tadeus, nos Marcelinos, nas Felícias, etc.? Eu não. E porque não gosto de falar do que não sei e muito menos ditar juízos finais sobre o carácter de pessoas que não conheço, prefiro ficar calado a dizer que deveriam emigrar para Marte.<br /><br />Saudações,<br />Rosarosahttps://www.blogger.com/profile/07226936342527364582noreply@blogger.com