Manuela Ferreira Leite, hoje, falou "no final de um almoço promovido pela Câmara de Comércio Luso-Americana, Manuela Ferreira Leite elegeu a reforma do sistema de justiça «como primeira prioridade» para ajudar as empresas portuguesas. "
Acrescentou ainda, algo sobre o modo de governar e disse:
«Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se», observou em seguida a presidente do PSD, acrescentando: «E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia».
Tanto bastou para que se soltasse o fiel amigo das reacções pavlovianas.
Acrescentou ainda, algo sobre o modo de governar e disse:
«Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se», observou em seguida a presidente do PSD, acrescentando: «E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia».
Tanto bastou para que se soltasse o fiel amigo das reacções pavlovianas.
O deputado Alberto Martins, cuja realização máxima de vida pública, ainda hoje se mitifica numa célebre não-intervenção pública num cine-teatro de Coimbra, perante o ministro da Educação de então ( como os tempos mudam...), salivou imediatamente o discurso oficial dos perseguidos pelo antigo regime, das sombras e penumbras da PIDE e dos esbirros das feras dos mundos negros do salazarento regime de opróbrio que confinava os portugueses a uma imensa, infinda e imunda ...ditadura.
E no meio da sua indignação, pelo relembrar viscoso dos tempos da repressão mais hedionda , alvitrou que o dito de Manuela Ferreira Leite era uma enormidade sem precedentes e uma provocação a todos aqueles que sofreram na pele os horrores inauditos e sem paralelo, das masmorras da polícia política do celerado regime que ele e os demais democratas derrubaram no 25 de Abril.
Ufa!
Lufa, lufa! Santos Silva, o afoito ministro dos assuntos do Governo para o Parlamento, também se juntou ao coro dos escravos antigos.
Já exigiu à líder do PSD, declaração e atestado democráticos, inequívocos . Com corda ao pescoço e burel antigo, à moda do que se fazia nos tempos de Mao Tse Tung . Santos Silva, aliás, é perito nessa época histórica. É por isso que a liberdade lhe diz tanto à alma.
Continuando a actualizar os ditos dos assustados, repico aqui a declaração final de Carvalho da Silva, ao Jornal das 22h, na Sic-Notícias. "um dia de ditadura", seria insuportável, diz o grande líder da classe trabalhadora, reunida na CGTP, há muitos anos a esta parte.
Tantos que até se confundem com aqueles em que apoiava viva e seguramente, a maior e mais duradoura ditadura que jamais existiu : a da antiga URSS, pátria de Estaline, Kroutschev, Brejhnev e, durante anos, também a de ...Álvaro Cunhal.
Carvalho da Silva devia ter um pouco mais de pudor. Ou os jornalistas que os entrevistam.
E no meio da sua indignação, pelo relembrar viscoso dos tempos da repressão mais hedionda , alvitrou que o dito de Manuela Ferreira Leite era uma enormidade sem precedentes e uma provocação a todos aqueles que sofreram na pele os horrores inauditos e sem paralelo, das masmorras da polícia política do celerado regime que ele e os demais democratas derrubaram no 25 de Abril.
Ufa!
Lufa, lufa! Santos Silva, o afoito ministro dos assuntos do Governo para o Parlamento, também se juntou ao coro dos escravos antigos.
Já exigiu à líder do PSD, declaração e atestado democráticos, inequívocos . Com corda ao pescoço e burel antigo, à moda do que se fazia nos tempos de Mao Tse Tung . Santos Silva, aliás, é perito nessa época histórica. É por isso que a liberdade lhe diz tanto à alma.
Continuando a actualizar os ditos dos assustados, repico aqui a declaração final de Carvalho da Silva, ao Jornal das 22h, na Sic-Notícias. "um dia de ditadura", seria insuportável, diz o grande líder da classe trabalhadora, reunida na CGTP, há muitos anos a esta parte.
Tantos que até se confundem com aqueles em que apoiava viva e seguramente, a maior e mais duradoura ditadura que jamais existiu : a da antiga URSS, pátria de Estaline, Kroutschev, Brejhnev e, durante anos, também a de ...Álvaro Cunhal.
Carvalho da Silva devia ter um pouco mais de pudor. Ou os jornalistas que os entrevistam.
Estes tipos só entendem o que lhes interessa (parto do princípio que possuem alguma inteligência...) ou então lá haverá um qualquer assessor que lhes fará um desenho ...
ResponderEliminarÉ triste que não consigam perceber que MFL se estava irónicamente a referir ao nosso (des)governo e à sua forma ditatorial de nos (leia-se SE) governarem.
O problema está na falta de qualificações (como eles gostam de dizer), a começar pelo nosso primeiro com um curso da farinha "amparo" concluído num solarengo domingo .....
Parece evidente que a Dra. MFL não domina a técnica da ironia e devia evitá-la.
ResponderEliminarO seu comentário sobre os 6 meses sem democracia é de uma grande infelicidade e por isso susceptível de aproveitamento e de desgaste mediático, que é o que o PS anda a fazer, com a ajuda imediata de alguma comunicação social que foi buscar tal afirmação para fazer os “sound bytes” do dia.
Mas o aproveitamento é evidente, tal como é evidente a falta de seriedade das vestais escandalizadas com o comentário – e para essa conclusão, basta ler aquilo que a Dra. MFL declarou logo a seguir à blague dos 6 meses:
"Agora em democracia efectivamente não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar - porque nessa altura estão eles todos contra. Não é possível fazer uma reforma da justiça sem os juízes, fazer uma reforma da saúde sem os médicos", completou Manuela Ferreira Leite – vide Público, em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1350420
Não é próprio da democracia governar contra os administrados, em especial contra os que mais directamente são afectados pelas medidas da governação – foi exactamente isso que me parece que a Dra. MFL quis dizer.
É significativo que este vector do seu discurso – que é um vector principal estruturante do mesmo – seja desvalorizado ou mesmo ignorado pela comunicação social, que prefere zurzir na senhora tirando partido da sua falta de jeito mediático.
O meu voto é o de que a blogosfera não caia na mesma tentação.
100anos
Esta frase é equivalente à do Otelo, sobre o Campo Pequeno.
ResponderEliminarOtelo nunca disse o que lhe foi atribuido, que eu lembro-me bem.
Mas o que ficou foi o que ficou.
MFL, devia esclarecer já e retirar o gás a este restolho dos presos políticos do 25 de Abril, que se valeram desse estatudo, para subir no partido.
Ainda falta o Bernardes da Justiça dizer da sua...
Para lá do oportunismo ridículo de distorcer as palavras de MFL,socorrem-se artificiosamente dos mitos que eles próprios deram à luz há uns anos atrás.
ResponderEliminarAinda recordo o jornal oficioso do PC apoiar a democracia dos Khmers Vermelhos do Camboja.
Saldou-se essa grande conquista dos trabalhadores cambojanos liderados pelo camarada Pol Pot por cerca de 3 milhões de assassínios.
Esta gente não tem um pingo de vergonha ou imagina que vive num país de amnésicos?
Só dou uma interpretação a esta verdadeira canalhice:
ResponderEliminarTentam desespradamente virar a atenção dos portugueses para uma brincadeira,para desenfocá-la dos sucessivos escândalos recentes,como as gafes do Socratino,o caso BPN,o terminal de contentores,as manifestações de professores,o caso Freeport com os desenvolvimentos dados pela polícia inglesa,etc.
Esta tem sido a táctica recorrente,só não vê quem não quer.
O problema é que é exactamente isso e com a conivência dos principais media.
ResponderEliminarÉ incrível, como estas coisas sucedem, mas a MFL dá estas borlas.
Por exemplo, o caso de Manuel Pinho e Sebastião é muitissimo mais grave, mas parece que ninguém liga.
É enternecedor, ouvir o Pinho a dar a conclusão acerca da sua própria polidez ética. É de rir.
E aqui não há nenhuma cabala, é assim mesmo que as coisas funcionam.
Quem lê jornais e ouve fazedores de opinião sabe que a avaliação dos jornalistas está muito bem implantada.
ResponderEliminarFelizmente ainda existem jornalistas desalinhados da "manada" ...
ResponderEliminarhttp://dn.sapo.pt/2008/11/19/opiniao/prefiro_a_frase_indignacoes.html
obviamente o que está aqui em causa é uma completa inaptidão da senhora para liderar um partido político que se pretende - e tem obviamente de ser - candidato a governar este país.
ResponderEliminaragora se compreende o longo silêncio a que a senhora se havia votado nos últimos meses...
Não me espanta que os opositores políticos da Snrª Ferreira Leite tenham feito uso dessa sua frase, retirada do contexto.
ResponderEliminarO que me causa admiração e mesmo indignação é ver os jornalistas e os media a fazerem eco desse episódio, a passarem essa afirmação da Srª. Ferreira Leite retirado do contexto, como se tivesse sido mesmo esse o significado do que ela pretendeu dizer.
A SIC notícias, por exemplo, deu grande destaque a esse episódio ainda há pouco, no noticiário das 9h00m da manhã, com a frase isolada da Srª Ferreira Leite logo seguida do comentário digno e sério do Sr. Carvalho da Silva, assegurando que "ditadura nem por um dia".
Por cá, claro, que em Cuba, China, URSS, Vietname e Coreia do Norte já não faz mal.
A senhora MFL está a preparar o caminho de Marcelo Rebelo de Sousa.
ResponderEliminarSão tantas as declarações desastradas que ela não se esforça por clarificar que me leva a crer que não lê jornais nem vê televisão ou está a preparar o caminho do seu sucessor.
Não creio na minha humilde opinião é claro!
ResponderEliminarPenso que a Srª está a ser desastrada e a maior parte da CS é o que todos nós sabemos.
Marcelo? Deus nos livre (e não, não estou a falar do Nuno Rogeiro)!
Ele já lá vão muitos anos, era presidente do PSD e o Paulo Portas obrigou a demitir-se em directo...
Lamento profundamente, mas também me parece que MFL foi especialmente infeliz no modo como se expressou desta vez.
ResponderEliminarComo é comum dizer-se da "mulher de César, a quem não basta ser séria, tem que parecer", em política a aparência cria uma imagem junto da comunidade. Essa imagem num líder tem que ser galvanizadora. A dizer coisas destas é que espera substituir o PS nas eleições que tão próximas se avizinham? ...
É claro que ninguém com seriedade crê que MFL seja anti-democrata.
Mas um verdadeiro líder deve saber que há matérias atinentes à vida e características específicas do seu Povo, com as quais não pode brincar.
Sobretudo, com tão aparente falta de jeito.
Por isso compreendendo embora a censura que expressa ao aproveitamente abusivo do sucedido, não posso deixar de considerar que ela não esteve bem .
Maria