Imagine-se, um cenário político, actual, neste Portugal europeu, ocidental, com estas características:
-Uma Constituição reduzida ao artigo primeiro e um governo maioritário, saído de eleições, com o seguinte ideário:
- Um partido único, congregador de todas as tendências unificadas, representativas das "classes trabalhadoras", operários em maioria, dirigido por uma vanguarda elitista e de aparelho burocratizado na ortodoxia político-programática, determinada pelos "congressos" "democraticos". Um partido de bandeira vermelha e simbologia marxista-leninista.
Partido único, com semelhantes características, embora de índole abrangente de várias corporações de profissões e ofícios, existia no Estado Novo: a União Nacional. Não há qualquer diferença prática entre a "única orientação geral e a única direcção interna", do partido da classe operária, e o do Estado das corporações. Em ambos os regimes, os restantes partidos políticos, são dispensados de existência por desnecessidade evidente, devido à nefasta influência de correntes doutrinárias opostas e desagregadoras da harmonia social.
- Um governo saído dessas eleições, reflectiria necessariamente, a vontade de um único "líder do nosso povo", orientador e com todo o poder executivo, de índole altamente personalizada, nas características do culto que imediatamente lhe seriam atribuidas por toda a comunicação social, nacionalizada em proveito de todo o povo e pertença única e exclusiva do Estado: televisões, rádios, jornais e revistas, todos deveriam passar a contribuir construtiva e positivamente, para as "batalhas da produção" que se seguiriam a uma nacionalização de todos os sectores chave e fundamentais da economia. Banca, Seguros, Empresas de Distribuição, Empresas de produção com significado nos sectores mais importantes do mercado, seriam dirigidas por comissões de trabalhadores, vigiadas por controleiros de partido, formados no ideário partidário do único partido, o glorioso PCP. As poucas empresas privadas deixadas de fora desta colectivização, nunca se atreveriam a contrariar os gigantescos planos plurianuais, de produção gizados por indivíduos do género Carlos Carvalhas, pelo simples motivo de que não o poderiam fazer, porque o mercado estaria completamente controlado pelo Estado. É o cenário cubano e norte-coreano, modelos de identificação real, do PCP.
No Estado Novo, o papel do Estado na economia, reduzia-se a sectores fundamentais, com grande impacto social, como o transporte ferroviário. Os planos de fomento, destinados a condicionar industrialmente o desenvolvimento coerente do país, definiam os investimentos em infra-estruturas em estradas, edifícios públicos etc. Deixavam de lado, todo o sector bancário, seguros e industrial de peso pesado na economia. A iniciativa privada na banca e seguros, é uma distinção fundamental, neste caso.
O regime de partido único, para impor estas medidas constitucional e legalmente garantidas, teria necessariamente que modificar radical e extensivamente, o Estado que temos e os seguintes sectores desse mesmo Estado, numa autêntica revolução serôdia de costumes inacreditáveis nos tempos que correm:
A Administração Pública, teria que ser totalmente modificada, no sentido de substituirem os dirigentes, aos milhares, exceptuando todos os que aceitassem as novas regras "democráticas".
Sabe-se como seria: tal experiência ocorreu, em parte, nos meses que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, por isso as memórias ainda estão vivas. Nos jornais, nas rádios e na tv ( agora necessariamente reduzida a um ou dois canais públicos, com extensão dos demais aos seviços do partido, das organizações do mesmo e da causa pública do "nosso povo"). O exemplo de Saramago, no Diário de Notícias de 1975, seria repristinado e replicado por centenas de situações e casos práticos, sempre com a mesma justificação: em nome do Povo. Dantes, no Estado Novo, " a bem da Nação"
Para manutenção da ordem e segurança do "nosso povo", as forças de segurança, teriam necessariamente de actuar em conformidade com as novas leis: em função da necessária alteração e modificação de todo, mas mesmo todo o "direito da burguesia", também a legislação penal teria que ser reformulada e alterada, no sentido de permitir a prisão preventiva, por longos anos ( como acontecia e acontece em todos os países comunistas), de todos os contra-revolucionários.
Todas as forças armadas, teriam que ser reeducadas na nova-velha ideologia e retomarem o velho espírito SUV: soldados unidos vencerão. Quem não aceitasse, o presídio militar, seria o destino para anos de solidão.
No Estado Novo, redondamente fascista, na classificação PCP, as prisões políticas, incidiam essencialmente naqueles que faziam parte do PCP e de alguns simpatizantes "subversivos". Naturalmente, com o advento do regime político saído da maioria absoluta PCP, as cadeias não ficariam às moscas, depois de sairem os criminosos de delito comum, reintegrados em quintas fechadas, para recuperação social da delinquência.
Para garantir a ausência de boatos, maledicência encapotada e críticas abertas ao regime, incluindo notícias negativas para o "nosso povo", no período de transição para o socialismo efectivo, ficariam suprimidas temporariamente definitivas, as liberdades de expressão, reunião e associação. A internet, seria imediatamente condicionada ou mesmo cancelada, como acontece na Coreia do Norte e em Cuba e antes disso, se tal tivesse sido possível em todos,mas mesmo todos os países de leste. Uma censura, ampla, efectiva e realmente sentida como opressora de liberdades fundamentais, seria inevitável e aplicada com rigor. NInguém poderia escrever livremente, isto que agora escrevo.
No Estado Novo, a censura, efectiva e real, incidia particularmente, nas notícias que pusessem em causa deliberada e de modo atentatório da integridade nacional do regime político. O PCP, não tinha existência legal e funcionava em modo clandestino, as notícias que lhe respeitavam, eram suprimidas dos media. Estes, com destaque para a tv, emissora nacional de rádio e dois ou três jornais do regime, eram dirigidos por pessoas afectas ao mesmo regime que censuravam efectivamente as notícias negativas. Os restantes jornais, revistas, livros, e rádios, pertencentes a privados, eram submetidos a censura prévia, que cortava determinado tipo de notícias.
Os programas políticos seguiriam fielmente as receitas conhecidas de outros países que já foram comunistas e dos que o continuam a ser: organizações de juventude, como a Mocidade Portuguesa do Estado Novo, assumiriam novos nomes, como Pioneiros Portugueses. Partidos fantoche, para assegurar uma existência fictícia de uma democracia paralela à ocidental, seriam admitidos no espectro político, estando aí reservado o campo de integração dos Verdes e do BE reciclado, de um MDP ressuscitado e até dos Manuel Alegre todos contentes, a gritar por uma liberdade autêntica, mas complacente. O PCP insite hoje em denunciar os "erros" desse comunismo derrotado, apontado a pureza dos princípios como totalmente redentora desses erros graves que conduziram milhões de pessoas, a regimes opressivos e de miséria relativa.
Em consequência deste novo regime proposto pelo PCP e aplicação prática do programa actual e reafirmado neste Congresso, pelo PCP, a perseguição política aos "subversivos" e reaccionários, seria implacável, nos primeiros tempos. As penas de prisão, seriam aumentadas drasticamente, pela introdução das antigas e conhecidas "medidas de segurança", com outro nome e delimitação teórica, em vigor em Cuba e Coreia do Norte.
Tudo isto que é apenas um apanhado geral do regime que o PCP efectivamente defende e aplicaria irremediavelmente ao "nosso povo", parece-me indiscutível.
Estas medidas, têm sido implicitamente aplaudidas pelos membros e simpatizantes do PCP que temos, por Cunhal, por Carvalhas e agora por Jerónimo de Sousa. Com o apoio explícito de pessoas inteligentes, como António Vilarigues ou Ruben de Carvalho. Incrível, é o mínimo que se pode exclamar, em perplexidade continuada.
Despudoradamente, totalmente ao arrepio do que significa a democracia ocidental e pluralista, o PCP porfia, ano após ano, em apresentar um programa explícito, claro e manifestamente anti-democrático, repressivo das liberdades fundamentais, do Humanismo mais banal e aceite nas sociedades ocidentais, como o standard mínimo de existência nas sociedades modernas.
O PCP defende, como válidos para Portugal, os modelos cubano e norte-coreano, com as devidas adpatações, claro, mas em nome de princípios inexoráveis e imutáveis do seu ideário filosofico-político. E rejubila nos congressos, com essa enormidade!
Nos países de leste que até finais dos anos oitenta do sec. XX, experimentaram o comunismo real, os partidos comunistas,hoje, não têm qualquer expressão eleitoral siginificativa. E nem os programas se atrevem a ser os mesmos, idênticos ao do PCP!
Em Portugal, no ano de 2008, neste fim-de-semana, assistimos a uma celebração quase religiosa de todos os mitos da ideologia comunistas, integralmente, com todas as receitas do comunismo mais ortodoxo, apresentadas por Jerónimo de Sousa, como as receitas mágicas para aplicação aos males do capitalismo. A crise do capitalismo, recorrente segundo a ideologia comunista, autoriza estas proclamações grandiosos acompanhadas da nostalgia dos grandes momentos revolucionários.
Estes poucos milhares de pessoas que estiveram no XVIII Congresso do PCP, aceitam, desejam e apoiam todas estas medidas elencadas. Algunas delas, comos e disse são pessoas decentes, honestas, de personalidade até simpática e que já nem se lembram de apontar o velho papão dos comedores de criancinhas.
Pergunta-se: que democracia é esta, afinal que não sabe colocar os fenómenos políticos nos eu devido lugar?
O que justifica todo este aparato mediático, em prol de uma ideologia e partido notoriamente totalitários e antidemocráticos que pronunciam a democracia, como se fosse palavra mágica para o salvo-conduto no meio político português e catalogam como fascista, um regime que é apenas uma sombra pálida do totalitarismo de regime que eles mesmos introduziriam em Portugal, se pudessem?
Quem é que ainda contemporiza com este embuste repetido e recalcitrado, ano após ano, sem questionar minimamente, todas as implicações práticas e concretas do credo do PCP enunciado ontem, pelo seu Secretário-geral e que repetiu, ponto por ponto, palavra por palavra, todos os clichés do comunismo mais ortodoxo e da sua filosofia profunda, já cilindrada pela História, na sua aplicação prática no leste europeu?
Quem é que aposta na continuação do apoio mediático a esta grande ilusão,e a este gigantesco embuste?
A resposta é simples: todos os que contemporizaram com o engano, ledo e cego que a fortuna já deixou durar muito. Demais.
-Uma Constituição reduzida ao artigo primeiro e um governo maioritário, saído de eleições, com o seguinte ideário:
- Um partido único, congregador de todas as tendências unificadas, representativas das "classes trabalhadoras", operários em maioria, dirigido por uma vanguarda elitista e de aparelho burocratizado na ortodoxia político-programática, determinada pelos "congressos" "democraticos". Um partido de bandeira vermelha e simbologia marxista-leninista.
Partido único, com semelhantes características, embora de índole abrangente de várias corporações de profissões e ofícios, existia no Estado Novo: a União Nacional. Não há qualquer diferença prática entre a "única orientação geral e a única direcção interna", do partido da classe operária, e o do Estado das corporações. Em ambos os regimes, os restantes partidos políticos, são dispensados de existência por desnecessidade evidente, devido à nefasta influência de correntes doutrinárias opostas e desagregadoras da harmonia social.
- Um governo saído dessas eleições, reflectiria necessariamente, a vontade de um único "líder do nosso povo", orientador e com todo o poder executivo, de índole altamente personalizada, nas características do culto que imediatamente lhe seriam atribuidas por toda a comunicação social, nacionalizada em proveito de todo o povo e pertença única e exclusiva do Estado: televisões, rádios, jornais e revistas, todos deveriam passar a contribuir construtiva e positivamente, para as "batalhas da produção" que se seguiriam a uma nacionalização de todos os sectores chave e fundamentais da economia. Banca, Seguros, Empresas de Distribuição, Empresas de produção com significado nos sectores mais importantes do mercado, seriam dirigidas por comissões de trabalhadores, vigiadas por controleiros de partido, formados no ideário partidário do único partido, o glorioso PCP. As poucas empresas privadas deixadas de fora desta colectivização, nunca se atreveriam a contrariar os gigantescos planos plurianuais, de produção gizados por indivíduos do género Carlos Carvalhas, pelo simples motivo de que não o poderiam fazer, porque o mercado estaria completamente controlado pelo Estado. É o cenário cubano e norte-coreano, modelos de identificação real, do PCP.
No Estado Novo, o papel do Estado na economia, reduzia-se a sectores fundamentais, com grande impacto social, como o transporte ferroviário. Os planos de fomento, destinados a condicionar industrialmente o desenvolvimento coerente do país, definiam os investimentos em infra-estruturas em estradas, edifícios públicos etc. Deixavam de lado, todo o sector bancário, seguros e industrial de peso pesado na economia. A iniciativa privada na banca e seguros, é uma distinção fundamental, neste caso.
O regime de partido único, para impor estas medidas constitucional e legalmente garantidas, teria necessariamente que modificar radical e extensivamente, o Estado que temos e os seguintes sectores desse mesmo Estado, numa autêntica revolução serôdia de costumes inacreditáveis nos tempos que correm:
A Administração Pública, teria que ser totalmente modificada, no sentido de substituirem os dirigentes, aos milhares, exceptuando todos os que aceitassem as novas regras "democráticas".
Sabe-se como seria: tal experiência ocorreu, em parte, nos meses que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, por isso as memórias ainda estão vivas. Nos jornais, nas rádios e na tv ( agora necessariamente reduzida a um ou dois canais públicos, com extensão dos demais aos seviços do partido, das organizações do mesmo e da causa pública do "nosso povo"). O exemplo de Saramago, no Diário de Notícias de 1975, seria repristinado e replicado por centenas de situações e casos práticos, sempre com a mesma justificação: em nome do Povo. Dantes, no Estado Novo, " a bem da Nação"
Para manutenção da ordem e segurança do "nosso povo", as forças de segurança, teriam necessariamente de actuar em conformidade com as novas leis: em função da necessária alteração e modificação de todo, mas mesmo todo o "direito da burguesia", também a legislação penal teria que ser reformulada e alterada, no sentido de permitir a prisão preventiva, por longos anos ( como acontecia e acontece em todos os países comunistas), de todos os contra-revolucionários.
Todas as forças armadas, teriam que ser reeducadas na nova-velha ideologia e retomarem o velho espírito SUV: soldados unidos vencerão. Quem não aceitasse, o presídio militar, seria o destino para anos de solidão.
No Estado Novo, redondamente fascista, na classificação PCP, as prisões políticas, incidiam essencialmente naqueles que faziam parte do PCP e de alguns simpatizantes "subversivos". Naturalmente, com o advento do regime político saído da maioria absoluta PCP, as cadeias não ficariam às moscas, depois de sairem os criminosos de delito comum, reintegrados em quintas fechadas, para recuperação social da delinquência.
Para garantir a ausência de boatos, maledicência encapotada e críticas abertas ao regime, incluindo notícias negativas para o "nosso povo", no período de transição para o socialismo efectivo, ficariam suprimidas temporariamente definitivas, as liberdades de expressão, reunião e associação. A internet, seria imediatamente condicionada ou mesmo cancelada, como acontece na Coreia do Norte e em Cuba e antes disso, se tal tivesse sido possível em todos,mas mesmo todos os países de leste. Uma censura, ampla, efectiva e realmente sentida como opressora de liberdades fundamentais, seria inevitável e aplicada com rigor. NInguém poderia escrever livremente, isto que agora escrevo.
No Estado Novo, a censura, efectiva e real, incidia particularmente, nas notícias que pusessem em causa deliberada e de modo atentatório da integridade nacional do regime político. O PCP, não tinha existência legal e funcionava em modo clandestino, as notícias que lhe respeitavam, eram suprimidas dos media. Estes, com destaque para a tv, emissora nacional de rádio e dois ou três jornais do regime, eram dirigidos por pessoas afectas ao mesmo regime que censuravam efectivamente as notícias negativas. Os restantes jornais, revistas, livros, e rádios, pertencentes a privados, eram submetidos a censura prévia, que cortava determinado tipo de notícias.
Os programas políticos seguiriam fielmente as receitas conhecidas de outros países que já foram comunistas e dos que o continuam a ser: organizações de juventude, como a Mocidade Portuguesa do Estado Novo, assumiriam novos nomes, como Pioneiros Portugueses. Partidos fantoche, para assegurar uma existência fictícia de uma democracia paralela à ocidental, seriam admitidos no espectro político, estando aí reservado o campo de integração dos Verdes e do BE reciclado, de um MDP ressuscitado e até dos Manuel Alegre todos contentes, a gritar por uma liberdade autêntica, mas complacente. O PCP insite hoje em denunciar os "erros" desse comunismo derrotado, apontado a pureza dos princípios como totalmente redentora desses erros graves que conduziram milhões de pessoas, a regimes opressivos e de miséria relativa.
Em consequência deste novo regime proposto pelo PCP e aplicação prática do programa actual e reafirmado neste Congresso, pelo PCP, a perseguição política aos "subversivos" e reaccionários, seria implacável, nos primeiros tempos. As penas de prisão, seriam aumentadas drasticamente, pela introdução das antigas e conhecidas "medidas de segurança", com outro nome e delimitação teórica, em vigor em Cuba e Coreia do Norte.
Tudo isto que é apenas um apanhado geral do regime que o PCP efectivamente defende e aplicaria irremediavelmente ao "nosso povo", parece-me indiscutível.
Estas medidas, têm sido implicitamente aplaudidas pelos membros e simpatizantes do PCP que temos, por Cunhal, por Carvalhas e agora por Jerónimo de Sousa. Com o apoio explícito de pessoas inteligentes, como António Vilarigues ou Ruben de Carvalho. Incrível, é o mínimo que se pode exclamar, em perplexidade continuada.
Despudoradamente, totalmente ao arrepio do que significa a democracia ocidental e pluralista, o PCP porfia, ano após ano, em apresentar um programa explícito, claro e manifestamente anti-democrático, repressivo das liberdades fundamentais, do Humanismo mais banal e aceite nas sociedades ocidentais, como o standard mínimo de existência nas sociedades modernas.
O PCP defende, como válidos para Portugal, os modelos cubano e norte-coreano, com as devidas adpatações, claro, mas em nome de princípios inexoráveis e imutáveis do seu ideário filosofico-político. E rejubila nos congressos, com essa enormidade!
Nos países de leste que até finais dos anos oitenta do sec. XX, experimentaram o comunismo real, os partidos comunistas,hoje, não têm qualquer expressão eleitoral siginificativa. E nem os programas se atrevem a ser os mesmos, idênticos ao do PCP!
Em Portugal, no ano de 2008, neste fim-de-semana, assistimos a uma celebração quase religiosa de todos os mitos da ideologia comunistas, integralmente, com todas as receitas do comunismo mais ortodoxo, apresentadas por Jerónimo de Sousa, como as receitas mágicas para aplicação aos males do capitalismo. A crise do capitalismo, recorrente segundo a ideologia comunista, autoriza estas proclamações grandiosos acompanhadas da nostalgia dos grandes momentos revolucionários.
Estes poucos milhares de pessoas que estiveram no XVIII Congresso do PCP, aceitam, desejam e apoiam todas estas medidas elencadas. Algunas delas, comos e disse são pessoas decentes, honestas, de personalidade até simpática e que já nem se lembram de apontar o velho papão dos comedores de criancinhas.
Pergunta-se: que democracia é esta, afinal que não sabe colocar os fenómenos políticos nos eu devido lugar?
O que justifica todo este aparato mediático, em prol de uma ideologia e partido notoriamente totalitários e antidemocráticos que pronunciam a democracia, como se fosse palavra mágica para o salvo-conduto no meio político português e catalogam como fascista, um regime que é apenas uma sombra pálida do totalitarismo de regime que eles mesmos introduziriam em Portugal, se pudessem?
Quem é que ainda contemporiza com este embuste repetido e recalcitrado, ano após ano, sem questionar minimamente, todas as implicações práticas e concretas do credo do PCP enunciado ontem, pelo seu Secretário-geral e que repetiu, ponto por ponto, palavra por palavra, todos os clichés do comunismo mais ortodoxo e da sua filosofia profunda, já cilindrada pela História, na sua aplicação prática no leste europeu?
Quem é que aposta na continuação do apoio mediático a esta grande ilusão,e a este gigantesco embuste?
A resposta é simples: todos os que contemporizaram com o engano, ledo e cego que a fortuna já deixou durar muito. Demais.
Caro José,
ResponderEliminarAgradeço a sua visita lá pelo meu jardim.
Entrei aqui pela sua loja - que não sou homem de me ficar à porta - para vir dizer-lhe que já linquei este seu endereço.
Quanto ao seu postal:
Não conheço nenhum animal que goste das hienas. São bichos malcheirosos, covardes, perigosos, cruéis, agem sempre em bando mas só atacam se estiverem em nítida vantagem, a maior parte da sua vida só consomem carniça em putrefacção abandonada por outros animais. Contudo, no maravilhoso plano divino da Criação as hienas têm o seu lugar, fazem falta. É bom quando as hienas podem comportar-se como hienas, à vista de todos, de modo a que ninguém possa iludir-se com a sua verdadeira natureza; é mau quando as hienas disfarçam o seu comportamento instintivo e fazem os outros bichos pensar que não representam perigo. ;)
Um grande abraço.
Zé Portugal:
ResponderEliminarRetribuo os agradecimentos, com o assentimento do essencial do seu comentário.
Mas o caso do PCP, é ainda mais fenomenal, como acabei de escrever agora, noutro postal.
É um caso interessante, para os sociólogos estrangeiros. Não os do ISCTE que esses sabemos onde páram e porque param e é por eles mesmos que temos o panorama educativo que temos.