Vital Moreira, no Público de hoje, malha nos ceguinhos do PCP, como em centeio verde. "Ortodoxos", "sectários", "anti-democráticos", são as sarrafadas que desfere no lombo calejado de um partido que apanhou com um muro em cima e mesmo assim, sobreviveu por entre as pedras derrubadas.
Vital Moreira, no entanto, não dá pontapés em cães mortos ( só em mabecos) e por isso, a sua preocupação é o desgaste do discurso execrável do PCP, na verdadeira e maioritária Esquerda que por aí anda e lhe pertence em exclusivo: a do PS.
Uma Esquerda socialista que sendo social-democrata, também chega a ser liberal na economia, mas não se confunde com a social-democracia do PSD e também não comunga do socialismo de Esquerda do PCP e do BE que por sua vez, não aceita esse socialismo que socializa toda a vida social.
Poder-se-ia dizer que a Esquerda para além PCP, onde Vital Moreira finca o pé, é uma espécie de ornitorrinco ideológico.
Algo contra-natura que a natureza das coisas vai tecendo em manta de retalho. Um dia destes, o retalho maior, é o que nega a Esquerda matricial.
Não posso deixar de me recordar das Cenas Parlamentares, do Victor Lopes, especialmente daquela que ocorreu na Constituinte no dia 25 de Novembro de 1975.
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