Para entender bem como Portugal é pequeno e se conquistam consciências críticas, ou até se entra em redutos do inimigo de classe, talvez seja útil transcrever um pequeno texto da Visão de 5.12.2008, que dava conta do " retrato do poder em Portugal":
Enquanto tal não sucede, há aspectos da vida pública do mesmo que estão ao dispor das pesquisas nos suportes habituais, mediáticos.
Há factos indesmentíveis: Dias Loureiro apareceu, desde 1996, ligado, por grande amizade, a autênticos crápulas, para não dizer criminosos de alto coturno e do piorio que pode haver à face da Terra: traficantes de armas (El Assir) ; assassinos confessos (o marroquino Basri, o Alcachofra ) e personagens de recorte mais que duvidoso, de enumeração escusada porque atingível à distância de um clic na Net.
Como tal percurso se afigura extraordinário para o cidadão comum e paradigma de um certo tipo de figura pública da política, com paralelo apenas noutra figura de relevo que por coincidência se irmanou com o mesmo- Jorge Coelho- talvez se torne interessante percorrer os elementos de facto, para perceber os factos elementares de uma certa prática política portuguesa, que o Cavaquismo contemporizou e apoiou. Sem arrependimento. E o soarismo de Macau e o decorrente socialismo de gaveta, popularizaram, até aos dias de hoje, sem interregno digno de um Estado decente.
O período fulcral para entender este fenómeno, para Dias Loureiro, situa-se já nos anos noventa, particularmente, de 1995-96, com a saída do último governo de Cavaco Silva, onde tinha sido ministro da Administração Interna e a entrada num escritório de advogados, de Mister D.
Este "pequeno Maquiavel à moda do Minho", como em tempos e imprudentemente, foi apelidado por um proscrito da televisão que aquele então dirigia, é aliás, um dos elementos para compreensão do fenómeno da nossa política dos últimos trinta anos. Porque esteve sempre presente em tudo o que era importante e conhece os nomes todos que importam.
Nota-se, nessa política de sucessivos governos de vários partidos, uma ausência de separação nítida e ética, entre quem governa e quem é governado, no nível mais elevado do Executivo, após as funções políticas.
Essa promiscuidade, de amizades pessoais, políticas e de interesses, por diversas vezes assinalada, fica exaurida até ao último suspiro de desejável separação ética, entre o Estado, as suas funções específicas de governo e as actividades de alguns Privados .
Promiscuidade notória, sempre que algum notável sai de um governo, para integrar conselhos de administração de empresas de grande dimensão. Alguns, sem qualquer preparação específica para a função, a não ser a adquirida no exercício governativo que obviamente não é uma escola de gestão. Promiscuidade que dificilmente é sindicável, por ausência de leis reguladoras e principalmente, de princípios éticos enraizados nos costumes políticos e sociais. Uma promiscuidade, tornada natural, razoável, por vezes até desejável, pelos próprios interessados.
E sem sombra de pecado confessável. Todos se consideram acima de qualquer suspeita maliciosa e todos se consideram como os epítomes da competência ética e política. Nunca, em Portugal, alguém ousou questionar a decência ética de tais movimentações, a não ser em casos bem contados e sem consequências ( precisamente Jorge Coelho e Ferreira do Amaral, outro imprescindível).
No que respeita a Mr D. , essa figura central da vida política portuguesa, do Centro desta democracia , pode ser uma das chaves para a compreensão da ascensão meteórica de Dias Loureiro, e ainda de todo o Centro da vida política portuguesa, com amplos nomes em destaque nos mais variados cargos, empresas e iniciativas.
Mr. D. é um dos exemplos para a compreensão dos fenómenos politico-sociais, destes últimos trinta anos em Portugal. Com Almeida Santos, Mister A, himself, temos o retrato perfeito do regime que temos. E nem é preciso falar em mais ninguém. Mário Soares, Cavaco Silva e até Sá Carneiro, são apenas os contextos e pretextos para se entender este Portugal contemporâneo, dos últimos trinta anos.
Mr D. filho de algo na AD, director de campanha presidencial de Freitas do Amaral, não sendo do PSD está desde sempre no PSD, em "estudos".
Mr. D. apareceu publicamente, em meados dos anos setenta, vindo das profundezas do Fundão. Foi polícia, magistrado, jornalista do Jornal Novo, na altura de combate activo ao PCP e à Esquerda, ministro da AD de Sá Carneiro, na Propaganda elementar contra o sistema de Esquerda que sempre combateu até certo nível, presidente de comissões de eleições de presidentes e de tudo e mais qualquer coisa que importe nos bastidores, curador de museus, empresário de administração ( até da Mota-Engil), acabando, naturalmente, numa Fundação que tudo deve a Champallimaud.
Prepara-se agora para concorrer novamente a negócios de televisão, depois de ter perdido a corrida, para Balsemão. E a posição, actualmente, é de vantagem competitiva, com a presidência da PT-Multimedia ( até este ano que a coisa, transmutou-se agora, alquimicamente em Zon ).
A PT, a GALP, a EDP e outras que tais, as maiores empresas do país, dependem destes nomes, recorrentes, sempre presentes e de constância aflitiva para o bem comum. Nada de relevante, nestas empresas, acontece fora destes nomes, propostos e intermutáveis.
(A EDP, no negócio de Marrocos, da Plêiade, é parceira com a Redal. Uma EDP, administrada na época por nomes repetidos, como um fugidio cavaquista de nome Luís Filipe Pereira)
Mr. D., advogado do empresário Champallimaud, vindo do período anterior a Abril de 74, (tinha sido advogado na equipa de Slagado Zenha que defendeu António Champallimaud, no caso da herança Sommer), prolongou-se para além dessa experiência de foro, alimentando-se das células estaminais desse cordão umbilical do grande capital, através das privatizações, nos anos noventa, do património que lhe tinha sido nacionalizado em 1975, pela Esquerda comunista, com aplauso dos que meteram o socialismo na gaveta.
Qual o papel de Mr. D. no processo de reprivatização dos bancos e empresas, relativamente ao seu antigo cliente, António Champallimaud?
No caso das privatizações, Mister D. esteve sempre lá e continua a estar, no centro de tudo e de todos. Numa acção proposta em 1995 ( curiosa data), Mister D. continua a sustentar que o seu cliente Champallimaud, saiu muito prejudicado no negócio com o Estado que lhe nacionalizara as empresas. Apesar do acordo com o Estado, com um governo do PSD de maioria absoluta, e portanto com o Estado-Administração de que fazia parte, afectiva por proximidade partidária, pessoal e ideológica, sustenta agora, desde 1995, que afinal o Estado ( de que chegou a fazer parte como ministro) só dera ao seu cliente privilegiado, um pouco mais de 5% do devido. E por isso, pede o resto, agora e com toda a naturalidade de quem não se recorda do acordo feito. E o resto, são quase 300 milhões de euros, sem contar com juros...
Em tudo o que é importante, desde há trinta anos a esta parte, Mr. D. aparece. Até no caso da Casa Pia ( foi advogado das vítimas,- ó espanto dos espantos!-e afastou.se. Terá sido por ter falado com elas? Ou nem sequer as conhece?).
O Diário Económico que lhe traçou um perfil, define-o em título como alguém que conhece toda a gente que importa, em Portugal, desde sempre. Um inoxidável, portanto.
Por isso, nada de espantar que encomie de modo agora tornado ridículo, o mentor do BPP, um sucesso notável no mundo da banca.
Logo, para entender bem o regime que temos e somos, devemos, antes do mais, perceber o poder, influência e oportunidade de aparecimento de pessoas como Mister D. Ou Mister A. Os Duponds improváveis do nosso pobre regime que substitui o período de obscurantismo e fascismo, vindo das catacumbas da repressão.
Mas...então, a democracia, regime supostamente de transparência, alternância partidária e higiene política, pela renovação de nomes,programas e personagens, tem necessidade estrita de pessoas como estes Misters? Serão estes treinadores, os verdadeiros imprescindíveis do regime? Melhor: serão estes, os pilares do Regime?
Aparecem porque não há mais ninguém? Ocupam o vazio democrático? E não haverá o risco grave de conglomeração oligárquica? Só existem estes políticos, em Portugal?
Há alguma alternativa, legalmente possível, a estes fenómenos que todos reconhecem como sendo os avatares do Centro político, em bloco consolidado?
É o que se tentará saber, a seguir.
"Baptista-Bastos, de quem Dias Loureiro foi testemunha abonatória, num processo em que o queixoso era Alberto João Jardim, é outro dos seus amigos: «Detestava-o e disse-lho quando o conheci. Até lhe falei no rosto sombrio que ostentava, o que lhe conferia um ar sinistro.»O percurso meteórico de Dias Loureiro, desde as oficiosas no tribunal de Coimbra, ainda nos anos oitenta, até aos ofícios e despachos nos ministérios de Cavaco Silva, poderia ser contado pelo próprio em autobiografia, de proveito e exemplo.
BB ouvira-o, numa manhã de sábado, na rádio: «Ele possuía uma ampla informação política, económica, social e cultural do País. E desenvolveu as suas ideias, associando-as com uma forte componente social-democrata, à maneira, por exemplo, de Willy Brandt e de Olof Palme.»
Vai daí, BB escreveu um artigo sobre isso e Dias Loureiro telefonou-lhe de Nova Iorque. Depois disso, foram-se encontrando, entre almoços e uísques, por vezes com Duarte Lima a juntar-se-lhes. Conheceu um Dias Loureiro que «se interessava por livros, pintura e música. E, sobretudo, por pessoas. Ajudou, desinteressadamente, muitas pessoas, entre as quais alguns nossos camaradas de Imprensa, que, neste momento, o ignoram ignobilmente», observa."
Enquanto tal não sucede, há aspectos da vida pública do mesmo que estão ao dispor das pesquisas nos suportes habituais, mediáticos.
Há factos indesmentíveis: Dias Loureiro apareceu, desde 1996, ligado, por grande amizade, a autênticos crápulas, para não dizer criminosos de alto coturno e do piorio que pode haver à face da Terra: traficantes de armas (El Assir) ; assassinos confessos (o marroquino Basri, o Alcachofra ) e personagens de recorte mais que duvidoso, de enumeração escusada porque atingível à distância de um clic na Net.
Como tal percurso se afigura extraordinário para o cidadão comum e paradigma de um certo tipo de figura pública da política, com paralelo apenas noutra figura de relevo que por coincidência se irmanou com o mesmo- Jorge Coelho- talvez se torne interessante percorrer os elementos de facto, para perceber os factos elementares de uma certa prática política portuguesa, que o Cavaquismo contemporizou e apoiou. Sem arrependimento. E o soarismo de Macau e o decorrente socialismo de gaveta, popularizaram, até aos dias de hoje, sem interregno digno de um Estado decente.
O período fulcral para entender este fenómeno, para Dias Loureiro, situa-se já nos anos noventa, particularmente, de 1995-96, com a saída do último governo de Cavaco Silva, onde tinha sido ministro da Administração Interna e a entrada num escritório de advogados, de Mister D.
Este "pequeno Maquiavel à moda do Minho", como em tempos e imprudentemente, foi apelidado por um proscrito da televisão que aquele então dirigia, é aliás, um dos elementos para compreensão do fenómeno da nossa política dos últimos trinta anos. Porque esteve sempre presente em tudo o que era importante e conhece os nomes todos que importam.
Nota-se, nessa política de sucessivos governos de vários partidos, uma ausência de separação nítida e ética, entre quem governa e quem é governado, no nível mais elevado do Executivo, após as funções políticas.
Essa promiscuidade, de amizades pessoais, políticas e de interesses, por diversas vezes assinalada, fica exaurida até ao último suspiro de desejável separação ética, entre o Estado, as suas funções específicas de governo e as actividades de alguns Privados .
Promiscuidade notória, sempre que algum notável sai de um governo, para integrar conselhos de administração de empresas de grande dimensão. Alguns, sem qualquer preparação específica para a função, a não ser a adquirida no exercício governativo que obviamente não é uma escola de gestão. Promiscuidade que dificilmente é sindicável, por ausência de leis reguladoras e principalmente, de princípios éticos enraizados nos costumes políticos e sociais. Uma promiscuidade, tornada natural, razoável, por vezes até desejável, pelos próprios interessados.
E sem sombra de pecado confessável. Todos se consideram acima de qualquer suspeita maliciosa e todos se consideram como os epítomes da competência ética e política. Nunca, em Portugal, alguém ousou questionar a decência ética de tais movimentações, a não ser em casos bem contados e sem consequências ( precisamente Jorge Coelho e Ferreira do Amaral, outro imprescindível).
No que respeita a Mr D. , essa figura central da vida política portuguesa, do Centro desta democracia , pode ser uma das chaves para a compreensão da ascensão meteórica de Dias Loureiro, e ainda de todo o Centro da vida política portuguesa, com amplos nomes em destaque nos mais variados cargos, empresas e iniciativas.
Mr. D. é um dos exemplos para a compreensão dos fenómenos politico-sociais, destes últimos trinta anos em Portugal. Com Almeida Santos, Mister A, himself, temos o retrato perfeito do regime que temos. E nem é preciso falar em mais ninguém. Mário Soares, Cavaco Silva e até Sá Carneiro, são apenas os contextos e pretextos para se entender este Portugal contemporâneo, dos últimos trinta anos.
Mr D. filho de algo na AD, director de campanha presidencial de Freitas do Amaral, não sendo do PSD está desde sempre no PSD, em "estudos".
Mr. D. apareceu publicamente, em meados dos anos setenta, vindo das profundezas do Fundão. Foi polícia, magistrado, jornalista do Jornal Novo, na altura de combate activo ao PCP e à Esquerda, ministro da AD de Sá Carneiro, na Propaganda elementar contra o sistema de Esquerda que sempre combateu até certo nível, presidente de comissões de eleições de presidentes e de tudo e mais qualquer coisa que importe nos bastidores, curador de museus, empresário de administração ( até da Mota-Engil), acabando, naturalmente, numa Fundação que tudo deve a Champallimaud.
Prepara-se agora para concorrer novamente a negócios de televisão, depois de ter perdido a corrida, para Balsemão. E a posição, actualmente, é de vantagem competitiva, com a presidência da PT-Multimedia ( até este ano que a coisa, transmutou-se agora, alquimicamente em Zon ).
A PT, a GALP, a EDP e outras que tais, as maiores empresas do país, dependem destes nomes, recorrentes, sempre presentes e de constância aflitiva para o bem comum. Nada de relevante, nestas empresas, acontece fora destes nomes, propostos e intermutáveis.
(A EDP, no negócio de Marrocos, da Plêiade, é parceira com a Redal. Uma EDP, administrada na época por nomes repetidos, como um fugidio cavaquista de nome Luís Filipe Pereira)
Mr. D., advogado do empresário Champallimaud, vindo do período anterior a Abril de 74, (tinha sido advogado na equipa de Slagado Zenha que defendeu António Champallimaud, no caso da herança Sommer), prolongou-se para além dessa experiência de foro, alimentando-se das células estaminais desse cordão umbilical do grande capital, através das privatizações, nos anos noventa, do património que lhe tinha sido nacionalizado em 1975, pela Esquerda comunista, com aplauso dos que meteram o socialismo na gaveta.
Qual o papel de Mr. D. no processo de reprivatização dos bancos e empresas, relativamente ao seu antigo cliente, António Champallimaud?
No caso das privatizações, Mister D. esteve sempre lá e continua a estar, no centro de tudo e de todos. Numa acção proposta em 1995 ( curiosa data), Mister D. continua a sustentar que o seu cliente Champallimaud, saiu muito prejudicado no negócio com o Estado que lhe nacionalizara as empresas. Apesar do acordo com o Estado, com um governo do PSD de maioria absoluta, e portanto com o Estado-Administração de que fazia parte, afectiva por proximidade partidária, pessoal e ideológica, sustenta agora, desde 1995, que afinal o Estado ( de que chegou a fazer parte como ministro) só dera ao seu cliente privilegiado, um pouco mais de 5% do devido. E por isso, pede o resto, agora e com toda a naturalidade de quem não se recorda do acordo feito. E o resto, são quase 300 milhões de euros, sem contar com juros...
Em tudo o que é importante, desde há trinta anos a esta parte, Mr. D. aparece. Até no caso da Casa Pia ( foi advogado das vítimas,- ó espanto dos espantos!-e afastou.se. Terá sido por ter falado com elas? Ou nem sequer as conhece?).
O Diário Económico que lhe traçou um perfil, define-o em título como alguém que conhece toda a gente que importa, em Portugal, desde sempre. Um inoxidável, portanto.
Por isso, nada de espantar que encomie de modo agora tornado ridículo, o mentor do BPP, um sucesso notável no mundo da banca.
Logo, para entender bem o regime que temos e somos, devemos, antes do mais, perceber o poder, influência e oportunidade de aparecimento de pessoas como Mister D. Ou Mister A. Os Duponds improváveis do nosso pobre regime que substitui o período de obscurantismo e fascismo, vindo das catacumbas da repressão.
Mas...então, a democracia, regime supostamente de transparência, alternância partidária e higiene política, pela renovação de nomes,programas e personagens, tem necessidade estrita de pessoas como estes Misters? Serão estes treinadores, os verdadeiros imprescindíveis do regime? Melhor: serão estes, os pilares do Regime?
Aparecem porque não há mais ninguém? Ocupam o vazio democrático? E não haverá o risco grave de conglomeração oligárquica? Só existem estes políticos, em Portugal?
Há alguma alternativa, legalmente possível, a estes fenómenos que todos reconhecem como sendo os avatares do Centro político, em bloco consolidado?
É o que se tentará saber, a seguir.
La Boucle n'est pas bouclé!
ResponderEliminarFalta Mrs MM
Madame Min? Qui est-elle?
ResponderEliminarEm terra de cegos quem tem olho é rei.Eu não acredito que as formiguinhas dos partidos do centrão que trabalham para alcançar uma assessoria , uma presidência de junta ou para os mais ambiciosos um lugar no parlamento que lhes permita arranjar durante esse tempo um lugarzito no Estado, mesmo que seja de jardineiro,percebam o que apoiam.
ResponderEliminarPor isso é que os Mr. os cabecilhas tomaram a precaução de terem os seus nos serviços essenciais de recolha de informação, para a poderem controlar devidamente.
Para mim Maquiavel está ausente ao serviço do bem comum.Por isso defendi e defendo que o PR deveria ter um serviço secreto operacional, fornecido pelas FA´s.Sem o qual ninguém terá respeito nesta república de bananas ao dinheiro dos contribuintes...
;-))))))
ResponderEliminarSe dissesse que me deliciei com o artigo que o José aqui escreveu, daria a impressão que “estava a dar graxa ao cágado”. Deste modo, convém desde já esclarecer que não o faço por quatro razões: 1.º - graxa é que o não falta aqui no burgo, onde o destino se encarregou de nos colocar no momento em viemos ao mundo; 2.º - cágados, desde Abril de um determinado ano, são mais que cogumelos num pinhal depois em dia de chuva, e se dúvidas houvesse, a leitura do que agora escreveu encarregar-se-ia de as dissipar; 3.º - não me parece que o José goste de graxa; 4.º - depois do que escreveu, indicia claramente que pode ser tudo, menos cágado.
ResponderEliminarPerante isto, resta-me dizer, com mágoa, que a nossa sociedade está repleta de abutres que mais não fazem do que arrancar da infeliz carcaça deste velho Estado, saído de um outro ao qual alguém se encarregou de apelidar de Novo, a carne que lhes serve de alimento, deixando na miséria o povo maltratado que, apesar de tudo, ainda crente, vai dando os míseros cobres que lhes restam para que este pobre Estado não agonize.
Hoje "já não há" casamentos por conveniência. Hoje casa-se por amor...
ResponderEliminarPor isso, sempre estranhei que Dias Loureiro casasse a filha com um filho do antigo embaixador de Espanha.
Neste casamento esteve o regime em peso. Olhem para eles:
Parada de celebridades no casamento do ano
Jorge Sampaio e Maria José Ritta fizeram-se fotografar com os recém-casados
POLÍTICOS, empresários, banqueiros, embaixadores, intelectuais e militares estiveram presentes naquele que ficará certamente como o acontecimento social do ano, embora não estivesse presente nenhuma das «revistas do coração». Jorge Sampaio e os ex-presidentes Mário Soares e Ramalho Eanes, o prémio Nobel José Saramago, Cavaco Silva, Freitas do Amaral, Belmiro de Azevedo, Francisco Pinto Balsemão, José Roquette, Jardim Gonçalves, Ana Gomes (vinda propositadamente da Indonésia), Guilherme d'Oliveira Martins, Jorge Coelho, Durão Barroso, Ferro Rodrigues, Almeida Santos, Paulo Portas, Adriano Moreira, Almeida Bruno e Proença de Carvalho foram algumas das personalidades presentes no casamento da filha de Dias Loureiro, Catarina, com o filho do ex-embaixador de Espanha em Portugal, Raul Morodo.
A cerimónia teve lugar na Quinta Patino, no Estoril, e reuniu mais de 600 convidados. O casamento foi celebrado na pequena capela da quinta, de onde os presentes seguiram para uma enorme tenda montada no jardim, na qual se realizou o copo de água.
O actual provedor e ex-ministro da Justiça de Espanha, o presidente de Castilha La Mancha, o ex-ministro do Interior e a princesa Maria Teresa de Bourbon, prima do Rei Juan Carlos, foram alguns dos convidados espanhóis.
No final do jantar actuou uma banda de jazz de Nova Iorque, que acompanhou a cantora Vannessa Rubin. A presença desta banda foi oferecida aos noivos por um dos convidados.
Fonte:
EXPRESSO
rodmor:
ResponderEliminarO seu comentário, dá-me o ensejo de explicar porque escrevo isto.
Estas coisas são conhecidas de há anos a esta parte. Na altura em que os fenómenos aconteceram ( e há outros como a chamada de Daniel Sanches e Bernardo Lencastre para a SLN), era óbvio o que se passava: uma mistura entre negócios privados, motivados por indivíduos recentemente saídos de funções públicas que não augurava nada de bom.
Como já tenho escrito e António Barreto também escreveu, provavelmente nada há de criminoso nestas andanças. Nenhuma lei foi infringida, nenhum regulamento ultrapassado. Dou de barato, embora cada vez com maiores dúvidas por causa dos negócios em Porto Rico e em Cabo Verde. Mas o MP investigará, certamente. Ou não fosse Cândida de Almeida uma investigadora nata com provas dadas de tantas condenações...
O que resta de essencial, tal como no Público de ontem se podia ler nas entrelinhas, é o que está à vista desarmada e parece que ninguém vê:
A democracia não é isto. Não é esta promiscuidade, este aproveitamento, por alguns, muito poucos de recursos que devem ser de todos.
Falo da EDP, em particular, porque o segredo de algumas maroscas, reside aí, nesse gigante da nossa indústria.
Tal como a Génerale des Eaux em França, há uns anos, era apontada ( pela Évènement du Jeudi, uma revista já desaparecida e dirigida por Jean-François Kahn), a EDP em Portugal, precisava de uma auditoria em forma, por entidades externas.
E não, não era preciso da Drª Cândida. Por favor, façam o favor de nem a incomodar com isso. Não temos tempo a perder com essas coisas que dão em nada.
Caro José
ResponderEliminarFalou em Bernardo Lencastre?
Cuidado
Lembra-se da queda de um Cesna em Camarate?
Sabe o que foi o Irangate?
E porque é que alguns inspectores da PJ de então foram parar a Macau? E quem os enviou para esse exílio?
Falou em tráfego de armas?
Cuidado, muito cuidado.
Não preciso de chegar até aí.
ResponderEliminarAcho que basta ler as declarações de Sanches,sobre a sua contratação, para perceber o motivo e a finalidade.
Acho que o próprio não entendeu...
Entretanto, reparo que a Ana GOmes, foi ao casamento da filha de Dias Loureiro e no causa nossa, descasca no gajo como nem sequer o fiz aqui.
ResponderEliminarNotável, esta Ana Gomes. Notável o seu carácter...
Credo, este último comentário parece uma ameaça velada, ou terei percebido mal José????
ResponderEliminarAmeaça a quem? Não. É apenas a constação que a Gomes não tem memória.
ResponderEliminarSobre o Sanches? Também não. O tipo quer regressar ao MP. Diz que agora, já ninguém o quer e que estas coisas acontecem para o tramar.
ResponderEliminarE se voltar vai para onde? Sendo PGA, não tem muitos sítios...
A estes indivíduos, gostaria de colocar uma pergunta simples e directa, cara a cara:
ResponderEliminarQue pensa do processo Casa Pia?
Apenas esta pergunta.
AAHHHHHHH!
ResponderEliminarCaro José
ResponderEliminarDe facto não será preciso chegar tão longe, até porque já prescreveram. Mas dá para perceber a linha de continuidade e não se deve esquecer tudo.
Só não sei quais são as declarações do Sanches a que se refere.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSanches deu uma entrevista ao Expresso de 29.11 e outra a outro jornal que não lembro. Naquela disse que nada sabia. Até era secretário-geral do BPN, sem saber...havia dois! E ele não sabia que era um deles! É mesmo isto que diz na entrevista.
ResponderEliminarPor outro lado, diz que Dias Loureiro "tinha intenção de me colocar num lugar de supervisão ou auditoria para verificar a legalidade das operações do banco. Mas Oliveira e Costa e o conselho de administração recusaram com o argumento de que eu não tinha currículo bancário."
E foi assim que foi ficando...
Quando o jornal lhe pergunta: e como é possível ser secretário-geral, sem saber, a resposta é á Valentim: "Deve ter sido uma deficiência de comunicação". Tal e qual.
Depois diz que a detenção de Oliveira e Costa não o surpreendeu, embora de nada soubesse. "Ouvia burburinhos, conversas mas nunca tive conhecimentos de factos concretos".
Na entrevista mais recente, diz que quando pretende regressar ao MP, apanha sempre com estas coisas. COm o Siresp foi o mesmo e sabe-se que as investigações podem reabrir-se, nos termos do artº 279º CPP. Como parece que as vão reabrir, segundo as notícias recentes, lá está o Sanches outra vez entalado.
È isto que ele diz.
Ah! E ninguém lhe perguntou quanto ganhou com a estadia.
ResponderEliminarPor mim, acho que ganhou pouco. Sanches é um tipo honesto, parece-me.
Mas...não é preciso ser ingénuo. Tanto.
José
ResponderEliminarConte coisas do Bernardo Lencastre!
Karocha:
ResponderEliminarNuna li uma entrevista do indivíduo. Logo, nada posso contar...ahahahah!
A sério: não embarco facilmente em teorias de conspiração. Até porque sei o valor dos factos e o perigo de os interpetar mal.
E por vezes, um pormenor, estraga todo um raciocínio que parece perfeito.
Quem leu o Nome da Rosa, percebe o que quero dizer: a versão do dominicano não é idêntica à do franciscano e ambos conhecem os mesmos factos.
O franciscano, no entanto, prefere não se precipitar na análise que lhe convém.
Capite?
Os factos que escrevi, deviam chegar a toda a gente, para mudar de regime e sistema.
ResponderEliminarMas não chegam. Porquê?
Tal como com Sanches, talvez seja deficiência de comunicação. Ahahahahahahahah!
Ou talvez falte a Mrs MM LOOOLLLLLL
ResponderEliminarSrs. D e A, são eminências do regime que se sucederam de forma pacífica, sem nunca ser necessário nenhum conflito directo. Naturalmente nas transições existem atritos um interessante foi a propósito de um Procurador-Geral da República que se manteve largos anos, apoiado pelo Sr. A e atacado pelo Sr. D. Mas até aí as coisas se pacificaram (com vários episódios "interessantes"), a substituição já foi consensual, e certamente ambos concordam que ocorreu um «erro de casting» no sucessor. Se calhar até partilhavam o comentário "Mas...não é preciso ser ingénuo. Tanto."
ResponderEliminarPrecisava-se de uma ajuda aqui, sffavor.
ResponderEliminarhttp://bandeiranegra1.wordpress.com/2008/12/09/crise-a-banca-so-teve-lucros-a-excepcao-e-o-bpn-mas-esse-nunca-foi-um-banco/
Obrigado.
Já agora: sabem quem é o Bava da PT? Perguntem ao Vakil. E já agora vejam a quem deu logo emprego...
ResponderEliminarEEEE!!!!!
ResponderEliminarO Bandeira negra e o Zenal!
O Zenal é o todo Poderoso Presidente da PT multimédia.
A PT Multimédia n existe....o Bava é presidente da PT SGPS...a ex multimédia é agora a ZON......
ResponderEliminarE já agora...para enlamear...basta atirar lama.....não é por se dizerem muitas verdades (a grande maioria....) que se possam dizer umas aldrabices.....
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarTem toda a razão o Miguel Ferreira. A PT-Multimedia foi um ar que se lhe deu, enquanto nos atiraram lama para os olhos,para não entendermos bem como e por que razão concreta o Belmiro foi corrido.
ResponderEliminarA lama que nos atiram constantemente aos olhos, é essa, percebe Miguel Ferreira?
O Granadeiro é que é o grande génio, não é?
Pois, pois, J pimenta, como se dizia dantes.
E já actualizei a informação, para não enganar os enlameados.
ResponderEliminarOs outros, nem era preciso.
A Zon, aliás, é um modelo de funcionamento: 6 meses para acertar uma merda de facturação. E horas ao telefone, com brasileiras em call center.
ResponderEliminarDeviam ter vergonha, porque essa é que é a verdadeira lama.