Odete Santos, segundo o Diário de Notícias de hoje, foi " Força e afecto no estado puro, no Congresso". O tema da sua intervenção terá sido a "liberdade de expressão", partindo de um caso concreto de aplicação de justiça pelos tribunais, com uma condenação criminal foi "Um dia em que os lobos uivavam, em que houve um tribunal que condena dois jovens por usarem o pincel e a tinta e escreverem num viaduto cinzento o lema do congresso da JCP: Transformar o sonho em realidade".
Daí e de outros casos concretamente singulares, extrapolou para a afirmação genérica que "o capitalismo silencia os mais graves atentados aos direitos humanos".
Odete Santos, foi a pessoa que se descompôs, literalmente, na televisão, em directo e quando soube que a figura de Salazar, ganhara um concurso para se apurar o maior português de sempre.
Salazar foi sempre o exemplo do diabo, contraposto às figuras deíficas, comunistas, como Álvaro Cunhal. O regime do Estado Novo, foi sempre o máximo do fascismo, para um comunismo, com necessidade de inimigos figadais e de classe. A um Salazar, provindo das berças pobres da ruralidade católica e tradicional, o partido comunista, encontrou todos os defeitos de um ditador fascista, repressor das "mais amplas liberdades" e que submeteu o "nosso povo" ao mais impenetrável obscurantismo.
Odete Santos, nesse aspecto, tem toda a razão e são adequadas as suas palavras e conceitos na definição do regime de Estado Novo, por um motivo prosaico se mais não houvera: Salazar e o Estado Novo, foram os mais implacáveis perseguidores do regime comunista, seus acólitos e organizações. Mais do que adversários políticos, foram inimigos declarados. E por isso se percebe a sanha constante, permanente, contra o regime de Salazar e a definição dos piores impropérios contra tal regime que lhes retirava toda a razão de ser legal.
O PCP era partido ilegal e portanto clandestino. Criminosas, as suas actividades, e perseguidas segundo essa lógica legalista. Encarcerados os seus membros e eventualmente submetidos a tratamentos cruéis, definidos como tortura.
O Estado Novo, além disso, cultivava o regime de omissão de comunicação pública das ideias subversivas do comunismo e adjacentes, pelo que insituiu um regime de Censura que filtrava e impedia a liberdade de expressão das ideias que Odete Santos professava.
Nesta perspectiva, para uma comunista como Odete Santos, Salazar e o Estado Novo, são os inimigos da sua classe política, assente em ideologia revolucionária e provinda do marxismo-leninismo.
É nesta base e por causa dessa luta contra o regime de Salazar e do Estado Novo, que o PCP de Odete Santos, afirmam a sua proclamação de princípios em nome da defesa da classe dos trabalhadores, por acreditarem que a História é a história da luta de classes eo fascismo de Salazar representar a classe burguesa.
O caricato e trágicómico, neste panorama político-ideológico, é a observação e conclusão inequívocas: o PCP e o comunismo, uma vez alcançado o poder político, tornar-se-iam, mil vezes mais eficazes e coerentes na perseguição dos putativos inimigos de classe, dos fascistas e reaccionários, assumindo então uma legitimidade para essa perseguição e repressão, sem paralelo em qualquer regime de Estado Novo.
A Censura seria a norma e a regra geral, sem restrições de concessão que nunca admitiriam um grafitti numa parede contra o regime comunista, sem uma perseguição implacável e uma pena de prisão, baseada no novo Direito de classe, oposto ao que Odete Santos agora vitupera como sendo o de uma "justiça de classe", por ter condeando numa multa de 350 euros dois jovens que estragaram a pintura de um viaduto, com slogans comunistas.
A repressão política dos comunistas, uma vez atingido o poder político, tornar-se-ia exemplar para os reaccionários por eles classificados como inimigos do povo e assim julgados segundo a semi-óptica do direito revolucionário do povo, em conformidade com o acervo de normas eslavas em vigor nos paises de leste e em desprimor de todo o corpus iuris romano e germãnico que nos enformam o direito para esta "justiça de classe".
O direito de propriedade, seria simplesente abolido nas faculdades de Direito, como matéria de estudo prático, passando à situação de curiosidade como hoje é o estudo do direito romano justinianeu.
Por outro lado, a liberdade de expressão, assim configurada na sociedade verdadeiramente socialista, seria acompanhada por uma carga de porrada da nova polícia política que tomaria nomes improváveis, nunca afastados dos K dos G ou dos B, e semelhantes aos acrónimos pidescos.
A liberdade de reunião, tornar-se-ia uma saudade dos tempos do fascismo e a de associação um mito para assinalar o direito de pertencer às organizações do partido único, em comité central, vanguarda de processos revolucionários e comandado por um líder que podia bem ser o estimado Jerónimo Sousa.
Portugal, neste fim de ano de 2008, com o Congresso do PCP, parece que endoudou. Odete Santos, não: há muito que não pisa a realidade comum.
Daí e de outros casos concretamente singulares, extrapolou para a afirmação genérica que "o capitalismo silencia os mais graves atentados aos direitos humanos".
Odete Santos, foi a pessoa que se descompôs, literalmente, na televisão, em directo e quando soube que a figura de Salazar, ganhara um concurso para se apurar o maior português de sempre.
Salazar foi sempre o exemplo do diabo, contraposto às figuras deíficas, comunistas, como Álvaro Cunhal. O regime do Estado Novo, foi sempre o máximo do fascismo, para um comunismo, com necessidade de inimigos figadais e de classe. A um Salazar, provindo das berças pobres da ruralidade católica e tradicional, o partido comunista, encontrou todos os defeitos de um ditador fascista, repressor das "mais amplas liberdades" e que submeteu o "nosso povo" ao mais impenetrável obscurantismo.
Odete Santos, nesse aspecto, tem toda a razão e são adequadas as suas palavras e conceitos na definição do regime de Estado Novo, por um motivo prosaico se mais não houvera: Salazar e o Estado Novo, foram os mais implacáveis perseguidores do regime comunista, seus acólitos e organizações. Mais do que adversários políticos, foram inimigos declarados. E por isso se percebe a sanha constante, permanente, contra o regime de Salazar e a definição dos piores impropérios contra tal regime que lhes retirava toda a razão de ser legal.
O PCP era partido ilegal e portanto clandestino. Criminosas, as suas actividades, e perseguidas segundo essa lógica legalista. Encarcerados os seus membros e eventualmente submetidos a tratamentos cruéis, definidos como tortura.
O Estado Novo, além disso, cultivava o regime de omissão de comunicação pública das ideias subversivas do comunismo e adjacentes, pelo que insituiu um regime de Censura que filtrava e impedia a liberdade de expressão das ideias que Odete Santos professava.
Nesta perspectiva, para uma comunista como Odete Santos, Salazar e o Estado Novo, são os inimigos da sua classe política, assente em ideologia revolucionária e provinda do marxismo-leninismo.
É nesta base e por causa dessa luta contra o regime de Salazar e do Estado Novo, que o PCP de Odete Santos, afirmam a sua proclamação de princípios em nome da defesa da classe dos trabalhadores, por acreditarem que a História é a história da luta de classes eo fascismo de Salazar representar a classe burguesa.
O caricato e trágicómico, neste panorama político-ideológico, é a observação e conclusão inequívocas: o PCP e o comunismo, uma vez alcançado o poder político, tornar-se-iam, mil vezes mais eficazes e coerentes na perseguição dos putativos inimigos de classe, dos fascistas e reaccionários, assumindo então uma legitimidade para essa perseguição e repressão, sem paralelo em qualquer regime de Estado Novo.
A Censura seria a norma e a regra geral, sem restrições de concessão que nunca admitiriam um grafitti numa parede contra o regime comunista, sem uma perseguição implacável e uma pena de prisão, baseada no novo Direito de classe, oposto ao que Odete Santos agora vitupera como sendo o de uma "justiça de classe", por ter condeando numa multa de 350 euros dois jovens que estragaram a pintura de um viaduto, com slogans comunistas.
A repressão política dos comunistas, uma vez atingido o poder político, tornar-se-ia exemplar para os reaccionários por eles classificados como inimigos do povo e assim julgados segundo a semi-óptica do direito revolucionário do povo, em conformidade com o acervo de normas eslavas em vigor nos paises de leste e em desprimor de todo o corpus iuris romano e germãnico que nos enformam o direito para esta "justiça de classe".
O direito de propriedade, seria simplesente abolido nas faculdades de Direito, como matéria de estudo prático, passando à situação de curiosidade como hoje é o estudo do direito romano justinianeu.
Por outro lado, a liberdade de expressão, assim configurada na sociedade verdadeiramente socialista, seria acompanhada por uma carga de porrada da nova polícia política que tomaria nomes improváveis, nunca afastados dos K dos G ou dos B, e semelhantes aos acrónimos pidescos.
A liberdade de reunião, tornar-se-ia uma saudade dos tempos do fascismo e a de associação um mito para assinalar o direito de pertencer às organizações do partido único, em comité central, vanguarda de processos revolucionários e comandado por um líder que podia bem ser o estimado Jerónimo Sousa.
Portugal, neste fim de ano de 2008, com o Congresso do PCP, parece que endoudou. Odete Santos, não: há muito que não pisa a realidade comum.
O Alentejo ainda vai ser dela...
ResponderEliminarcaso a regionalização avançe, claro!
Se admitirmos como bom o princípio de que a sanidade mental (ou a falta dela) se pode aferir pelo maior ou menor desligamento da realidade que o indivíduo revela, parece-me impraticável qualquer tentativa de interpretação de uma patologia estritamente no plano político. Por mais consideração (?) intelectual (??) que nos possam merecer os teóricos e "activistas" que advogam a "superioridade moral dos comunistas" (Chomsky, Michael Moore, etc.), um distúrbio mental ainda é e será sempre um distúrbio mental e a realidade não será nunca nada mais do que a realidade.
ResponderEliminarÉ extremamente difícil, para as pessoas normais e, destas, nomeadamente para 90% dos portugueses, admitir que 10% dos seus compatriotas não passam de loucos (uns mais furiosos, outros menos) que foram atingidos por uma doença mental que se distingue das outras, precisamente, por ser a única patologia cerebral contagiosa, epidémica. Ou, no caso vertente, pandémico.
Tentar ver alguma explicação lógica ou algum substrato racional num fenómeno psíquico - desprovido, por definição, de qualquer lógica formal ou da mais ínfima razão inerente- resulta, por conseguinte, num exercício puramente académico e infelizmente inútil.
Na antiga URSS havia hospitais psiquiátricos para tratamento de celerados, atingidos por essa estranha doença mental, classificada no síndroma de "inimigos do povo".
ResponderEliminarOs que na URSS ( com montes de adeptoos no PCP)conseguiram legislar seriamente sobre tal tipo de patologia, devem perceber melhor do que ninguém, como é que se atingem tais patamares de desarranjo psíquico.
O fenómeno PCP é semelhante ao catarismo medieval. A pureza das seitas, redunda muitas vezes em problema social grave.