Do Correio da Manhã:
O Arquivo de Identificação de Lisboa, instalado na Direcção-Geral dos Registos e do Notariado, na praça Francisco Sá Carneiro (vulgo praça do Areeiro), foi assaltado na noite da passagem de ano. Desconhecidos entraram por uma janela do primeiro andar – partindo um vidro – e, segundo garantiu ao CM um funcionário, roubaram centenas de bilhetes de identidade. No local está o ficheiro central da identificação civil, com dados pessoais de milhões de portugueses.
Como é que se lida com esta criminalidade ? Não há respostas concretas e precisas. Por que é que isto sucede, com um arquivo destes e aparentemente sem qualquer protecção especial? De quem é a responsabilidade para objectiva falta de segurança?
Fernanda Palma, reconhecendo a objectividade do aumento da criminalidade violenta, apresenta a solução miraculosa das leis. Na crónica de hoje do Correio da Manhã, escreve assim:
"A resposta legislativa a esta tendência caracteriza-se por um ‘securitarismo moderado’. Ela foi dada pelas Leis de Segurança Interna e de Organização da Investigação Criminal, que criaram o novo cargo de secretário-geral e que reforçaram a coordenação das polícias, e pela Lei das Armas, que agravará as penas e ampliará a possibilidade de deter ou prender preventivamente os agentes de crimes cometidos com armas."
E pronto! Está resolvido o problema.
ADITAMENTO, às 17h 45m de 5.1.2009:
O Arquivo de Identificação de Lisboa, instalado na Direcção-Geral dos Registos e do Notariado, na praça Francisco Sá Carneiro (vulgo praça do Areeiro), foi assaltado na noite da passagem de ano. Desconhecidos entraram por uma janela do primeiro andar – partindo um vidro – e, segundo garantiu ao CM um funcionário, roubaram centenas de bilhetes de identidade. No local está o ficheiro central da identificação civil, com dados pessoais de milhões de portugueses.
Como é que se lida com esta criminalidade ? Não há respostas concretas e precisas. Por que é que isto sucede, com um arquivo destes e aparentemente sem qualquer protecção especial? De quem é a responsabilidade para objectiva falta de segurança?
Fernanda Palma, reconhecendo a objectividade do aumento da criminalidade violenta, apresenta a solução miraculosa das leis. Na crónica de hoje do Correio da Manhã, escreve assim:
"A resposta legislativa a esta tendência caracteriza-se por um ‘securitarismo moderado’. Ela foi dada pelas Leis de Segurança Interna e de Organização da Investigação Criminal, que criaram o novo cargo de secretário-geral e que reforçaram a coordenação das polícias, e pela Lei das Armas, que agravará as penas e ampliará a possibilidade de deter ou prender preventivamente os agentes de crimes cometidos com armas."
E pronto! Está resolvido o problema.
ADITAMENTO, às 17h 45m de 5.1.2009:
Afinal, o problema mantém-se:
"A agência do banco BANIF no Restelo, em Lisboa, foi assaltada pelas 15h por dois indivíduos encapuzados e armados.
Os dois assaltantes, que utilizaram duas viaturas conduzidas por outras pessoas, estiveram num café das proximidades antes do crime."
Os dois assaltantes, que utilizaram duas viaturas conduzidas por outras pessoas, estiveram num café das proximidades antes do crime."
O maior problema para os teóricos, é sempre a realidade. E o ridículo, claro. Mas este, já aprenderam a gerir. Com o paleio certo, a vergonha deixa de existir.
Lá se foram os meus dados todos José.
ResponderEliminarMas eu não me calo, podem andar em cima de mim à vontade,eu não tenho medo, pode ser que lhes saia o tiro pela culatra, nunca se sabe...