Posso colocar, na escrita, uma vírgula entre o sujeito e o predicado, numa oração?
Devo dar a mão à palmatória de furos, se escrever assim como segue -
«Esta conversa, já soa a revolução». Estas respostas, Campos e Cunha, não dá.
Sobre o escândalo Madoff, o próprio Paul Krugman, interroga-se. Este requisitório do capitalismo neo-liberal, começa com uma recapitulação."- ?
Esta conversa, fará gramaticamente bom sentido?
Vou procurar melhor. E darei a mão à palmatória se concluir que as vírgulas só servem para isso: organizar a escrita segundo regras prè-definidas pelos gramáticos.
Para já, uns aperitivos gramaticais, de proveniência certa e esclarecida, sem gralhas:
"Pelo restolhal abaixo, vinham dois gaios saltitando e voejando. (...) De um lanço ágil da cabeça, sacudiam a água em jorro para o cerro. (...) A meio do banho, punham-se a passear no areal em ademã airoso(...)"
E ainda de outro lado, também contemporâneo do séc. XX:
" Numa das faces deste quadrilátero, rasga-se grande porta rubra(...)"; "Em todos os mármores que formam o pedestal vêem-se esculpidas, portas e, em cada um dos quatro ângulos da peanha, ergue-se um belo minarete(...)"; "Nesse tempo, eu habitava o primeiro andar duma casita da rua Tenente Espanca".
Ainda mais, a seguir a cronologia:
" Comecei, na literatura, por um livro de versos, como toda a gente, e tenho quarenta e tantos volumes publicados".
E com Eça, me retiro por enquanto:
"Eu murmurei, nas profundidades do meu assombrado ser:
-Eis a civilização!"
Sobre o escândalo Madoff, o próprio Paul Krugman, interroga-se. Este requisitório do capitalismo neo-liberal, começa com uma recapitulação."- ?
Esta conversa, fará gramaticamente bom sentido?
Vou procurar melhor. E darei a mão à palmatória se concluir que as vírgulas só servem para isso: organizar a escrita segundo regras prè-definidas pelos gramáticos.
Para já, uns aperitivos gramaticais, de proveniência certa e esclarecida, sem gralhas:
"Pelo restolhal abaixo, vinham dois gaios saltitando e voejando. (...) De um lanço ágil da cabeça, sacudiam a água em jorro para o cerro. (...) A meio do banho, punham-se a passear no areal em ademã airoso(...)"
E ainda de outro lado, também contemporâneo do séc. XX:
" Numa das faces deste quadrilátero, rasga-se grande porta rubra(...)"; "Em todos os mármores que formam o pedestal vêem-se esculpidas, portas e, em cada um dos quatro ângulos da peanha, ergue-se um belo minarete(...)"; "Nesse tempo, eu habitava o primeiro andar duma casita da rua Tenente Espanca".
Ainda mais, a seguir a cronologia:
" Comecei, na literatura, por um livro de versos, como toda a gente, e tenho quarenta e tantos volumes publicados".
E com Eça, me retiro por enquanto:
"Eu murmurei, nas profundidades do meu assombrado ser:
-Eis a civilização!"
Não menosprezando as regras gramaticais, penso que o fundamental é a compreensão do discurso. Isso sim!!!!
ResponderEliminarDesde que se respeite algumas regras básicas...tudo o resto faz parte do estilo de escrita de cada um....
Ah! Olhe, num dos meus livros favoritos diz:
ResponderEliminarA vírgula marca uma pausa de pequena duração. Emprega-se não só para separar elementos de uma oração, mas também orações de um só período. Depois, tem inúmeros exemplos, que eu mais logo lhe digo.
O livro é a gramática do português contemporâneo, do Cintra.
Lembrei-me que há uma passagem do livro do desassossego em que o Soares pega numa frase de um imperador de Roma que diz que está acima da gramática. O próprio Pessoa escreveu um tratado da Ortografia, para justificar a maneira como escrevia.
ResponderEliminarAté mais logo.
A questão das vírgulas remete-me para este hilariante post, tão hilariante como a própria Popota em pessoa...
ResponderEliminarhttp://wwwmeditacaonapastelaria.blogspot.com/2009/01/redaco-distribuda-pela-dren-e-onde-se.html