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sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Coisas e loisas

Saldanha Sanches, agora mesmo na Sic-Notícias, acaba de dizer uma coisa importante:

Quando num país, uma figura máxima do Estado ( PM ou PR) é o alvo de investigações judiciais e policiais, necessariamente algo vai muito mal. Por um motivo que parece óbvio e explicou:

É o Estado que se confronta consigo mesmo, nessa investigação. E uma dessas partes vai ter de ceder.
Em Portugal, neste caso em que o Primeiro-Ministro aparece como alvo de suspeitas ao nível que já aparece, então já se sabe quem vai ceder. O MP não está preparado para esta gravidade. O que se nota demais, porque é nestes casos em que isso é mais aparente.

Nos EUA, diz Saldanha Sanches, é o Senado que investiga este tipo de coisas., por causa dessa dificuldade originária. Noutros lados, será diferente.
( E não, não são calúnias ou difamações. São mesmo factos concretos que não se explicam facilmente e as explicações não aparecem).

Está de caras.

PS. No diálogo que se gerou entre Saldanha Sanches e Teresa Caeiro, aquele referiu Paulo Portas como tendo estado envolvido no caso da Moderna, apesar de não ter sido suspeito. Teresa Caeiro retorquiu-lhe que Portas nem testemunha tinha sido e lamentou que estas coisas possam enlamear civicamente as pessoas. Sanches disse-lhe que não são estas coisas, mas os factos e que no seu caso está à vontade porque não tem problemas desses.
Faltou a Teresa Caeiro a presteza para lhe lembrar o caso triste , do aviso a Ferro Rodrigues, no auge da investigação à Casa Pia...

4 comentários:

  1. E ainda disse uma coisa que me pareceu mais importante: que os ministros da justiça deveriam ser pessoas «acima de qualquer suspeita» e que nos últimos anos só Aguiar Branco foi pessoa acima de qualquer suspeita.
    Depois ainda corrigiu ligeiramente o tiro, dizendo que Celeste Cardona e Alberto Costa não eram pessoas adequadas ao cargo.

    A Teresa Caeiro ficou furibunda com a suspeição.

    Ora, parece-me a mim que Celeste Cardona eststeve para Paulo Portas como Alberto Costa está para Sócrates, em termos do trabalho muito específico de que foram incumbidos no MJ...

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  2. Os factos são cada vez mais avassaladores.Já não é uma onda é um tsunami.Saldanha Sanches está bem colocado para o saber há muito tempo."Ce n'est pas une révolte,sire,c'est une Révolution".Sócrates vai ter de ceder.É a indignação da rua que o obrigará a isso.O MP terá de acompanhar essa indignação sob pena de se auto-suicidar.P.S.-Quanto à questão da Casa Pia Sanches cometeu um erro ingénuo que depois emendou honrosamente.É uma história que um dia merece ser contada na sua integralidade.

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  3. Está, infelizmente, muito enganado. Ande na rua, mesmo, e veja que, por incrível que pareça, não há revolta, muito menos revolução, há conformismo e, mesmo, adesão. Nas próximas eleições o fenómeno das autarquias «free-law» vei sofrer um upgrade para um país «free-law». Talvez seja tempo de emigrar...

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  4. Caro José,

    Os comentários do SS, vão de encontro à minha tese. Este é um assunto de Estado e muito delicado. Eis porque penso que o tom da TVI é inadequado.

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