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segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Um Salazar SIC

Acabou há minutos a série da Sic, sobre a "vida privada de Salazar".

Segundo o Público de hoje, o director de programas da SIC,Nuno Santos, considera a série "um trabalho de reconstituição sério, muito bem feito e cuidado, raro na TV em Portugal".

Deve estar a brincar. Ou talvez não e esteja mesmo a falar a sério. É por causa destes directores e de outros, que revelam uma profunda ignorância e incultura, que a tv em Portugal é a mediocridade que se nota e a escolha de programas seja o que se vê.

São os exemplos acabados do princípio de Peter: passam de locutores de continuidade para a responsabilidade da "direcção de programas", para apresentarem com vaidade, estas chachadas sem qualquer relação com a realidade do tempo, costumes e ambiente.

Obsceno, é o melhor qualificativo.

5 comentários:

  1. O que é que não lhe parece verosímil? A reconstituição daquele tempo histórico ou a reconstituição da personalidade de Salazar?

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  2. Tudo.
    O único aspecto que relevei foi o do quarto de Coimbra do ditador em gestação.

    Tudo o mais é oco e falso como nem a ficção costuma ser.

    A caracterização ( Salazar anda sempre de fato escuro e camisa branca impecável, mesmo no estudo, à noite e com manta por cima das costas), o trabalho de actores ( medíocre e não há um que se aproveite), o ambiente do tempo que é de interiores de casas incaracteísticas, com exteriores quase inexistentes e de recantos sem eira nem beira.

    Um enredo com script medíocre e baseado em factos reais que poderiam ter sido melhor aproveitados, mesmo por simples principiantes destas coisas.

    Uns diálogos entre os padrinhos e o ditador em gestação, dignos de novela mexicana.

    Enfim, tudo me pareceu mal.

    Nem sequer está ao nível do "COnta-me como foi" que mesmo sofrível ainda se vê.

    E não é má vontade, é apenas uma crítica a lamentar que não haja quem consiga fazer melhor.

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  3. O COnta-me como foi não é assim tão fraco

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  4. Eu não vi, estou a gravar, para ver tudo de seguida, mas quem viu disse-me que é muito mau.
    Quanto ao conta-me como foi, acho alguma graça tão só!

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  5. Já não é só o cidadão comum que contesta esta pseudo-série :

    Historiadora arrasa série

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