Do Sol:
"Segundo uma resolução lida pela magistrada Francisca Van Dunen, o Conselho Superior do MP decidiu em reunião plenária «apoiar as iniciativas do Procurador-Geral da República no sentido da oportuna adopção de diligências adequadas, em sede do Minitério Público e dos órgãos de polícia criminal, para integral esclarecimentos de todas as questões de índole processual ou deontológica que o processo possa suscitar».
A caixa de Pandora está aberta. Apetece citar o dito do ajudante árabe de Indiana Jones, no primeiro filme dos Salteadores, ao olhar para o poço das Almas e notar o chão semovente: "Aspids! Very dangerous. You go first!"
Ou os artigos das revistas italianas aquando da operação "mãos limpas". Alguns com o título do postal.
Nota: quem quiser perceber o que entendo por Pandora e por caixa da dita, pode ler os comentários. Está lá explicado.
Eu ouvi em directo.
ResponderEliminarExplique José, por favor, porque diz que a caixa de Pandora, está aberta.
O CSMP poderia ter começado por redigir a sua resolução em bom português, de gente.
ResponderEliminarLinguagem menos hermética, para "integral esclarecimento"...
Teria sido um bom começo.
Karocha:
ResponderEliminarPara não haver teorias de conspiração, aqui vai a minha interpretação do que se conhece:
Este processo começou em 2005. Nessa altura o Mp recebeu uma denúncia anónima e mandou para a PJ para investigar. E houve investigação. Entre esses elementos recolhidos, a PJ de Santos Cabral propôs a carta rogatória ( segundo suponho terá sido a PJ porque o MP do Montijo alijou legalmente para lá) que foi expedida. Ainda em 2005, houve o problema antes das eleições, com a interferência de um agente da PJ que pretendeu, associado a alguns indivíduos do PSD, que as investigações acelerassem e para isso não arranjou melhor do que um documento com nomes que não deveria ter sido produzido do modo como o foi. O Torrão já pagou por isso, mas tinha razão, no que se referia à vontade de que a investigação se fizesse rapidamente e só espanta como é que nessa altura, a entourage de Sócrates não quiseram. Se nada tinham a temer, era um trunfo que poderiam usar, dizendo: queriam tramar-nos mas nós provamos pela investigação que estamos limpos. Nada disse se fez. Arranjou-se uma "conspiração" contra o Torrão e um assessor do PSD e pronto, saiu capa da Visão a vitimizar o Sócrates em 2005.
Durante esse tempo que aconteceu?
É isso que agora o MP vai investigar.
O que vai fazer o MP?
Vai ver o processo e recolher datas e ocorrências.
Ainda não é certo que seja um inspector do MP, mas deve ser porque assim é que está correcto.
O advogado Rodrigo Santiago já disse que não e que um advogado é que investigaria bem. Pois, percebo, mas primeiro deixem o inspector fazer o seu relatprio e depois se verá.
Assim, quem vai ter de explicar o que se passou serão os intervenientes:
DCIAP, magistrados do MP do Montijo, incluindo o procurador e a PGD, Van Dunem e o que a antecedeu, Dias Borges.
Também a PJ de Santos Cabral e Alípio RIbeiro e agora deste último vão explicar porque é que o processo ficou de tal modo "parado", segundo disse um dia o PGr e no outro pôs
agua na fervura.
Então, onde é que está a caixa e a Pandora?
A caixa é o processo e os métodos do MP e da PJ. Pandora foi o CSMP.
E os males que podem estar dentro da caixa, poderão ser fatais para algum dos intervenientes, o que vai originar versões e contra-versões.
Uma delas já é conhecida: Santos Cabral, o juiz que foi director da PJ até este poder socialista o correr do lugar, já disse que no tempo dele, o processo tinha urgência real.
Pensemos agora só por um momento que se apura que alguém não lhe deu essa impulsão urgente...
Preciso de explicar mais?
Na Itália, aquando das Mãos Limpas, também houve disto: intrigas, serviços secretos misturados etc etc.
Não.
ResponderEliminarObrigada José! :-)
José
ResponderEliminarAcrescente este seu comentário ao seu post, para que mais gente o leia.
Na caixa nem todos clicam.
Tem toda a razão Tino.
ResponderEliminarFaça isso José.
Não, não. Vai ficar mesmo aqui.
ResponderEliminarVou apenas fazer a chamada para aqui.
Acho que faltou a calendarização, mas também percebo que não seja fácil. É que estamos em ano de eleições e isto não é apenas um processo puramente judicial, é um caso em que o PM é suspeito de corrupção no mundo real.
ResponderEliminarNão tem nada a ver com eleições Flash Gordo, nunca teve.
ResponderEliminarJosé,
ResponderEliminarSe a sua interpretação estiver correcta (acredito que sim !), então dificilmente chegaremos a conhecer a verdade já que vão andar a imputar responsabilidades de uns para os outros... a ver vamos como diz o cego.
Karocha,
ResponderEliminarO caso não. Mas tem a ver com a maneira como alguns vão utilizar a proximidade das eleições para relacionar o caso, vitimizando-se. E se há coisa de que portugal não precisa é disso.
Flash Gordo
ResponderEliminarPois não, Portugal precisa de ser bem governado.
Quanto ao vitimizarem-se,têm anos de traquejo, isto é só a cereja no topo do bolo!
Confesso que nunca li resolução mais mal escrita, mais confusa e mais opaca do que a que foi lida pela Snrª Van Dunem.
ResponderEliminar"Apoiar iniciativas do PGR"?!? Quais?
"Oportuna adopção de diligências adequadas?!?"
Quando? Quais?
"Integral esclarecimentos" de quê?
Francamente...
A Pandora voltou a fechar a caixa.
ResponderEliminarDesculpe não estar de acordo consigo José, a Pandora abriu a caixa e já não há nada a fazer.
ResponderEliminarÉ só esperar, com calma!
Junho de 2008
Aliás, vou dizer um coisa, os ingleses andaram já em investigações cá, foram travados...
ResponderEliminarKarocha: os ingleses não podem investigar por cá, sem autorização das autoriddes de cá. E as autoridades são apenas as do MP. Não são as da Judiciária que nisso não podem fazer nada sem o consentimento do MP.
ResponderEliminarLogo, o que os ingleses investigaram e nada, nada é.
Sempre podem ter feito um reconhecimnento ao local público, falar com algumas pessoas em modo informal, etc.
Agora, invesgigação com consulta de documentos, análise bancária e indagações de pormenores, isso garanto que não podiam fazer, sem autorização de cá.
E não consta que tenha havido.
Na cooperação judiciária internacional em matéria penal, há regras. Isto não é o da Joana. E em Inglaterra também não vamos lá cheirar por onde anda o Gica. Aliás, parece-me bem que nem nos interessa...
ResponderEliminarE se um cidadão Britânico estiver a ser roubado, não podem José?
ResponderEliminarA mim interessa-me aonde anda o Gica.
Nem isso. Podem pedir ajuda, porque os processos deles também obedecem a uma legalidade estrita.
ResponderEliminarE a ajuda que se pedir, passa necessariamente pelas tais rogatórias.
Ou pelas equipas conjuntas que o ministério da Justiça tem que aprovar previamente...
Por falar nisso, já alguém procurou saber oficialmente por onde andou a rogatória?
Farto-me de escrever sobre isso, mas ninguém lê.
É bem feito, porque isso dá-me a medida da minha influência: zero.
Até se torna agradável, saber que é inútil escrever isto ou aquilo e descobrir depois que se tinha razão.
E quem lhe disse que não pediram José!
ResponderEliminarSe alguém sabe como funciona o MP e a PGR é você.
Taparam tudo, e sei do que falo.
José,
ResponderEliminarHá alguma valoração das declarações de Charles Smith no processo de Inglaterra se houver acordo de cooperação e cá em Portugal ele disser o contrário? Pode ser confrontado com efeitos legais?
Charles Smith é um dos suspeitos e portanto, à luz da lei portuguesa um possível argudo.
ResponderEliminarComo arguido tem o direito de fazer tudo, porque o CPP de Figueiredo Dias, Costa Andrade, Germano Marques da Silva e agora Rui Pereira, permitem-lhe tudo isso e ainda mais: pedir uma indemnização ao Estado por ter sido incomodado...
Pode dizer e desdizer; calar-se ou fazer de conta.
O que conta é o julgamento, lugar onde aqueles génios colocaram toda a importância.
Depois, no julgamento, pode mentir outra vez e dizer o contrário do que disse, sem consequências, porque tem todas as garantias de presumido inocente.
Eu, quando falo nisto, fico com vontade de ir à cara a esses indivíduos e dar-lhes dois murros valentes. Para ver se acordam um dia destes.
Ir à cara dos autores do Código de Processo Penal que fizeram estas regras processuais, presumo.
ResponderEliminarPorque os arguidos limitam-se a aproveitar...
Os que sabem - leia-se, os que têm bons advogados - porque os outros, os pilhas galinhas, assistidos por defensores oficiosos, chegam a julgamento e borram-se todos.
Como JC!!!!?????
ResponderEliminarEu fiz isso, não tenho casa, fui corrida e já se estão a preparar para me correr desta aonde estou,por favor.
Bons advogados?
Quais!
Já tive vários e venderam-se, e como eu sou como o José, não me calo.
Grandes nomes venderam-se e outros roubaram-me.
E para que saiba JC, não tenho vergonha nenhuma, vivo do RSI e, os meus filhos trabalham para me ajudar.
ResponderEliminarComo já me tentaram matar, façam o que quiserem!
aqui um grande senhor nesse ramo pouco recomendável.
ResponderEliminarZazie
ResponderEliminarO link está certo?
A mim dá-me erro.
Aqui fica de novo
ResponderEliminarhttp://www.fd.lisboa.ucp.pt/site/custom/template/ucptplpopup.asp?sspageid=3013&lang=1&docenteid=149900224