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domingo, março 01, 2009

Ideias de Esquerda

A sociologia tipo ISCTE, com influência no sistema educativo, dá nisto, inevitavelmente: uma igualdade de pacotilha e uma diferenciação de oportunidades paradoxal. Proclama-se, escreve-se e anuncia-se uma coisa. E a realidade desmente-a logo a seguir.


"Os cursos com médias mais altas, como Medicina, são tendencialmente preenchidos por alunos de famílias com mais recursos, revela um estudo na Universidade de Lisboa, que conclui que o acesso ao ensino superior não é “apenas uma questão de mérito”.

4 comentários:

  1. José,
    O maior crime está-se a praticar no 1º Ciclo e depois estende-se por aí fora. Obviamente que as capacidades são iguais em todos os indivíduos ditos "normais" qualquer que seja a sua família (com mais ou menos recursos). O que depois se passa é que a família começa a ver que o seu filho não desenvolve as suas capacidades ou porque não tem um bom professor, ou porque está inserido numa turma mais fraca ou com alguns alunos com problemas (comportamentais ou de ordem psiquico-motora)visto agora a política ser de inclusão de todos mesmo aqueles que frequentavam o ensino especial e aí há várias hipóteses ou se deixa andar ou se a família tem possibilidades financeiras vai procurar uma escola (normalmente privada) onde encontre um ensino mais exigente e menos inclusivo e que quem acompanha acompanha quem não tem aproveitamento é retido para não prejudicar o grupo que revelou e trabalhou as suas capacidades.
    Existem também casos de "maior facilidade" em algumas escolas privadas mas esses depois nos exames não vão conseguir as notas que lhes permitem aceder aos melhores cursos.
    Quanto a mim, esqueçam a treta do traumatizante para a criança e comecem com a retenções logo a partir do 1º ano e se necessário coloquem 2 professores por sala (1 para dar a matéria e outro para acompanhar os alunos com maiores dificuldades) esqueçam a treta da escola inclusiva (esclareçam-me qual a vantagem de ter por exemplo um aluno com paralisia cerebral misturado com os outros alunos...)
    isto entre outras coisas.
    E já vão tarde, porque o que quer que façam agora só vai produzir resultados daqui a 20 ou 25 anos ...

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  2. Concordo na íntegra com o comentário que antecede. De facto, o meu filho é um dos críticos ao actual modelo de ensino. Várias vezes ouvi a sua revolta, não só contra o facilitismo a que se chegou, gerador de um analfabetismo funcional, como também contra o proteccionismo aos alunos mais fracos em detrimento daqueles que estã ali para aprender. Ainda há dias, depois de um fim de semana a estudar para um teste, o miúdo tem 16 anos (11.º ano), chega segunda-feira a casa informando-nos que a pedido de vários alunos o teste tinha sido mudado para dali a alguns dias. E o que o revoltava mais era que os colgas que tinham pedido a alteração são os que andam todos os fins-de-semana na noite, e passam as tardes sentados em frente à escola. E são estes que depois querem entrar em Medicina?
    Quando tinha vinte anos, e me raparam o cabelo, ensinaram-me que ali os objectivos se conseguiam com sangue, suor e lágrimas, agora tudo se consegue com as Novas Oportunidades! E assim se formam Engenheiros!

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  3. Concorco com os comentários. Não faz sentido o tipo de ensino que temos em Portugal.
    As novas oportunidades é uma coisa inacreditável. Como podem deixar jovens de 18/19 anos tirar o 12º ano em 3 meses se eles não quiseram ou não conseguiram pela via normal. Não será injusto?
    Conheço casos em que jovens tiraram 9 ano em 1 meses, 12º ano no mesmo tempo e agora frequentam a faculdade. Muito injusto.
    Já para não falar do ensino básico e secundário, onde existe muito facilitismo. Quem sai prejudicado são os bons alunos que, no futuro, irão ter que competir (mais uma vez) com os fracos no mercado de trabalho.

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  4. Quanto a medicina, há muito boa gente, pobre, que conseguiu entrar e finalizar o curso com muito mério, conheço.

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