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quarta-feira, março 04, 2009

A (in)decência

Segundo os jornais de hoje ( Público e Correio da Manhã) o DIAP de Lisboa foi aos serviços centrais do Ministério da Educação, no mês passado, buscar documentos relevantes por causa dos contratos de prestação de serviços celebrados em 2005 e 2007, com o jurista/professor/jurisconsulto/advogado João Pedroso. Para uma recolha e compilação de legislação…em que pelos vistos há suspeitas de “abuso de poder” e “participação económica em negócio” ( Correio da Manhã). Portanto, crimes de catálogo, em que as suspeitas incidem sobre dirigentes de topo de um ministério deste Governo.

Manuel Pina escreve no JN de hoje uma crónica sobre o assunto que intitula “uma crónica indecente”, remetendo de modo implícito, para uma proclamação de virtude, lançada no congresso de fim-de-semana, em contraponto vitimizador , pelo líder do partido no poder, actual PM deste pobre país que isso tolera e aceita até às eleições previstas.

O retorno à decência na vida democrática e à moral na política, devia ser um dos trunfos de qualquer candidato a primeiro-.ministro. É só por isso que se deu esta proclamação de mais uma aldrabice. Nada mais.

Ver e ouvir este indivíduo que é primeiro–ministro, mas autor reconhecido de várias aldrabices evidentes e de tomo, a proclamar esse desiderato como princípio, significa apenas uma coisa: estamos no grau zero da decência política.
E que o exemplo acima apontado apenas confirma.

4 comentários:

  1. Num país onde os jornais vendem pouco e as empresas que os possuem têm resultados quase sempre negativos, há um grupo empresarial fundado na construção civil, com manifestas ligações ao PS, que lança uma coisa destas:

    http://civilizacaodoespectaculo.blogspot.com/2009/03/uma-redaccao-ou-um-lounge.html

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  2. Isto à beira do caso dos painéis solares é uma brincadeira de meninos.

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  3. Do modo que as coisas vão, não tarda nada temos um MP estritamente virado para a investigação da actividade dos órgão públicos, uma área em franca expansão e a merecer toda a atenção daquele.
    Às tantas, será melhor quadruplicar o n.º de vagas a abrir no próximo concurso, caso contrário o cidadão comum vê-se privado da sua investigaçãozinha em prol das grandes.

    E agora, se me permite, uma referência pessoal ao Tino: é impressionante constatar a sua capacidade de estar sempre em cima do acontecimento. Há que louvá-lo.

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  4. Eu tb queria que o Estado me desse um milhão de euros e depois eu devolvia metade e pagava o resto em prestações sem juros.....
    Será que posso?

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