Podia ser esse o título da crónica de Manuel António Pina, no JN de hoje. Assim:
Aproveitando sofregamente a circunstância de Paulo Rangel, cabeça de lista do PSD às europeias, ter usado a palavra "mordaça" para dizer que não se calaria, durante a campanha, sobre questões nacionais, Vital Moreira, o tal candidato "independente" do PS - crendo, como na fábula, que era algum bago -, veio auto-medalhar-se com o facto de que ele é que sabe "o que é suportar mordaça" pois terá "suportado mordaça" durante o Estado Novo, coisa de que o juvenil Rangel, na altura recém-nascido, não pode gabar-se.
Conta-se que uns irlandeses terão procurado um dia George Bernard Shaw ostentando as chagas da repressão inglesa e pedindo o seu apoio à causa republicana, e que Shaw julgou perceber em tal ostentação algum orgulho, comentando: "Não vejo que ter sido maltratado possa ser motivo de orgulho…". O "professor de Coimbra, meu Deus!" e arrependido do PCP orgulha-se do seu passado de "amordaçado" e tenta pô-lo a render (é, pensará, um capital de credibilidade) na bolsa eleitoral. O que sempre me pergunto, em casos como o de Vital Moreira, é o que, se falasse, o seu passado diria do seu presente.
Se o ridículo matasse, logo teríamos um funeral de Estado.
ResponderEliminarNinguém comenta a declaração do venerando chefe do estado mário soares aos microfones da rdp dizendo que o apoio de sua excelência josé sócrates a sua exª durão baroso é uma ATITUDE FASCISTA.
ResponderEliminarConsta que na luta académica de 1969 ele furou a greve aos exames, o que lhe proporcionou um lugar da faculdade de direito de coimbra apadrinhado pelo procere do regime afonso queiró.
ResponderEliminarWegie:
ResponderEliminarIsso pode ser um facto ou apenas um boato que se replicou.
Seria bom esclarecer, agora mesmo, porque estamos em vésperas de comemoração da efeméride.
Então lá vai a pergunta: Vital Moreira foi um fura-greves, no tempo da mordaça?
Não é uma insinuação porque não sei se isso é verdade ou não. Mas é mais que oportuno saber, por causa destas coisas das mordaças que fazem muito jeito político.
E que não venha com o paleio do ataque pessoal porque foi ele quem começou no ataque pessoal e não se coíbe de o fazer se lhe der jeito.
Chamar mabecos por exemplo, a quem o critica.
José
ResponderEliminarExplique-me uma coisa quando puder!
A lei eleitoral, diz que temos que votar na freguesia aonde habitamos, o PM vota na Guarda ou em Covilhã, se não me falha a memória, em que ficamos, ele pode votar aonde quer?
Tanto quanto julgo saber, votará onde se encontra recenseado. Não é obrigatório votar no local onde reside temporariamente. Ou será na área do domicílio fiscal? Ou na que consta no BI?
ResponderEliminarNão sei ao certo.
Pois José
ResponderEliminarNós somos cidadãos, por exemplo, se o meu rapaz se quiser candidatar a PR. não pode, já falhou uma eleição!
Se reparar bem, nos dias de eleições, as TVS, costumam filmar quando votam e é sempre nas freguesias aonde moram, qual a diferença do Sr. Sócrates...
Não aparecerá por aí um coimbrão contemporâneo deste Vital que nos esclareça se estamos ou não na presença de um valente coimbrão?
ResponderEliminarOu será que de coimbrões destes não reza a História?
Cada vez gosto mais de Manuel António Pina.
ResponderEliminarDeveria ser mais reconhecida a sua verdadeira pena de ouro.
Karocha,
ResponderEliminarTanto quanto percebi, vota-se na freguesia onde estamos recenseados.
Li recentemente que com o novo cartão do cidadão esse problema fica resolvido, porque se o cidadão mudou de residência mas não fez a alteração no recenseamento, continua a votar na freguesia onde residia. Com o cartão do cidadão essa actualização é feita automaticamente, logo o cidadão tem de votar na freguesia onde está a residir.
Agora fiquei com uma dúvida ... salvo erro o primeiro cartão do cidadão foi para o sr Sócrates, para dar o exemplo não foi ?
Então porque carga de água é que ele ainda vota na Covilhã ?
Será que deu a morada do pai para pôr no cartão?
Até nisto uns são filhos e os outros são filhos da mãe ...
Pois foi...estaremos perante mais uma aldrabice?
ResponderEliminarJulgo que na História portuguesa nunca tivemos um tipo assim a mandar.
É demais.
Este tipo é o Vale e Azevedo da política. Ainda o irão reconhecer.
ResponderEliminar