O Público continua a descer em audiência que compra e lê. E com razão, porque perdeu alma e substância. O Expresso pouco mais adianta, a não ser uma excelente revista Única que poderia autonomizar-se e transformar-se numa revista híbrida que nos trouxesse a New Yorker, com traços de Atlantic e Prospect à mistura de outras Harper´s, Transfuge ou Wired, ou mesmo uma Capital ou a incrível Believer, que são algumas das melhores revistas do mundo ocidental.
O Diário de Noticias continua sempre, como de costume a esconder os podres executivos e a louvaminhar em parangonas de loas, os sucessos previsíveis da propaganda para União Europeia ver.
O Correio da Manhã não se corrige em crónicas de costumes de faca, alguidar e escopeta modernas e o 24 Horas lavou a primeira página com fotos de plano aconchegado e histórias sem substância a não ser semântica.
Com um Sol cada vez mais no ocaso, resta o i, um jornal cada vez melhor e mais equilibrado que surpreende todos os dias. Veremos até onde irá e o que vai acontecer logo que surja uma notícia que os incomode verdadeiramente.
Neste mesmo i de hoje, salienta-se uma entrevista de Nuno Vasconcellos ( duplo l no nome e Tag Heuer no pulso; presumivelmente Façonnable no lombo e ) o patrão da OnGoing que pelos vistos levou com um nome assim por causa de questões assim assado no registo de cartório notarial.
Nuno Vasconcellos ( com duplo l) era um tipo relativamente desconhecido há pouco mais de um mês atrás. Contudo, tem atrás de si uma empresa que segura outras empresas quase familiares e vindas de um nome de família: Rocha dos Santos que tinha a Sociedade Nacional de Sabões. Vendida há tempos, um dos sucessores da fortuna de família é Nuno Vasconcellos, depois da morte do pai, Álvaro Vasconcellos, em Janeiro deste ano. O falecido era muito amigo e sócio de Francisco Pinto Balsemão. O filho diz nesta entrevista que continua a ver Balsemão como "um segundo pai". E os filhos deste segundo pai, também não são enteados e assegura que tem "uma enorme consideração por eles todos".
O IOL dizia assim, a respeito deste Nuno Vasconcellos ( con duplo l):
A consultora de gestão Heidrick & Strugles (HS) foi o ponto de partida e a rampa de lançamento para Nuno Vasconcellos, o mentor do grupo empresarial Ongoing.
Depois de ganhar protagonismo como gestor, ao lado de Rafael Mora (nomeadamente fazendo parte do grupo de dinamizadores do Compromisso Portugal), Nuno Vasconcellos decide apostar na compra de participações, passando a ser accionista da Espírito Santo Financial Holdings (dona do BES) e da PT. Longe iam os tempos da antiga Sociedade Nacional de Sabões, a esta altura surgia o apetite pelo sector da comunicação social que começou timidamente.
Só em 2008 surge uma forte aposta nos media, com a compra do Diário Económico e o Semanário Económico por 26,7 milhões de euros e com o aumento da participação na Impresa (SIC, Expresso) de 1,3 por cento para 17,8 por cento.
Portanto, o que vem a seguir, neste meses mais próximos é para prestar muita, mas mesmo muita atenção.
Veremos se o novo grupo de media que se prepara, com José Eduardo Moniz a vice-presidente, alinha pele diapasão conformista e conformado de um Diário Económico ou vai ter a alma de um Jornal de Sexta da TVI...
Para já temos os perfis sobre o mentor deste projecto. Os perfis apontam para um novo patrão de media.
Será um novo coronel ou antes um flibusteiro? Um caixeiro-viajante ou um pato-bravo? Um cavaleiro de indústria ou antes um industrial de estrebarias?
Lendo e relendo, vendo e remirando o que vai dizendo, parece um apostador de casino. Ou antes, um broker, um gestor de activos. Será bom ou mau?
Dá ideia que a sucessão dos "Pais" já começou e também a operação de limpeza que permitirá o aparecimento de novos patrões dos Media menos comprometidos publicamente com o poder Socialista e o Sócretino em particular.A acreditar nos rumores e na Bolsa a transição não está a ser fácil e os golpes abundam.A corrida para o 27 de Setembro prossegue e tudo se joga até lá e na noite das facas longas que se seguirá.As moscas estão inquietas,muitas sabem que vão desaparecer,o instinto de sobrevivência agita-as e depois para quem sobreviver alguma coisa terá de mudar para que tudo fique na mesma.Quo vadis,Brutus?
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