"Gabriela Canavilhas, dos Açores para Portugal, pág.4/5"- título de chamada do suplemento P2 do Público de hoje, para o artigo de duas páginas em que se tecem loas à nova ministra da Cultura. Quem as tece é a articulista do jornal que assina Vanessa Rato.
O lapso evidente ainda é o menos, porque o mais tem a ver com o conteúdo da prosa engalanada por duas fotos de dimensão A5, que mostram um anel de um nibelungo da nossa "cultura", em modo arquitectural, acompanhando outra de imagem da nova ministra. A prosa parece saída de um suplemento de uma publicação de artes e letras, dirigida a um público específico que frequenta capelas antigas de cultos oficiais, republicanos e laicos.
Ao contrário do aqui sugerido, a nova ministra parece que nada deve ao ISCTE.
Mas não tenho nada a certeza que não deva algo a este post-modernismo que transpira a "cultura", que se alimenta de subsídios para roupas caras e viagens à estranja, por conta alheia.
Não é por acaso que diz ser "necessário que os nossos artistas sejam vistos lá fora" e que "Não queremos artistas locais, queremos artistas de perfil internacional".
O que será que isto quer dizer? É fácil: mais dinheiro para o orçamento da "cultura".
Para termos mais títulos como o do Público...
Gabriela Canavilhas possui um currículum pedagógico e artistico extraordinários.
ResponderEliminarNão é pessoa ligada ou alinhada a partidos politicos ou à politica rasteira que abunda e nauseabunda em Lisboa.
Nos Açores a sua acção tem sido extraordinária, quer como organizadora de eventos quer como gestora cultura.
Possui uma vantagem em relação aos seus antecessores: ela própria produz e divulga Cultura.
Não é uma comissária politica para agradar as capelinhas «culturais» que se alojam na provinciana e reaccionária Lisboa.
Por isso mesmo, e também pela sua extraordinária beleza, glamour e comunicabilidade, foi a melhor escolha que o desacreditado e fustigado Sócrates fez para o seu governo.
O facto de ter nascido em Angola, filha de pais açorianos das Ilhas das Flores e de S.Miguel , de ter actuado artisticamente em vários países do Mundo, de ter tido uma acção pública notável nos Açores na divulgação e empreendimentos culturais, proporciona-lhe uma mundividência e o distanciamento necessários para dirigir um Ministério de muita «sensibilidade».
Gabriela Canavilhas não se enquadra no figurino ISCTE,maçónico, laico, republicano e socialista que predomina em quase todo o governo.
É um caso à parte.
Por isso mesmo provoca muita comichão nos comentadores pré-formatados de Lisboa.
Saudações atlânticas dos Açores,
Dr.Pardal
Estou esmagado pelo CV!
ResponderEliminarClaro que é ausente de factos e da "extraordinária beleza" só transparece uma MILF fanada. Como piano-player : Undécima categoria.
O Pardal picou-se.
ResponderEliminarÉ como diz o tio Alberto João, os portugueses continentais não se governam nem deixam governar.
ResponderEliminarSó com um governo de açorianos e madeirenses, Portugal terá condições de entrar nos eixos e deixar de ser uma republiqueta de pacóvios, campónios e corruptos.
Saudações da fronteira ocidental,
Dr.Pardal
Por mim, poderiam ter ficado aí com o Ricardo Eodrigues...não o querem de volta?
ResponderEliminarJá deviam ter dado a independência à Madeira e vendido os Açores aos EUA para recompor o défice há muito tempo.
ResponderEliminarE o Jaime G. também pode ir no mesmo voo. E o Bettencourt Resendes e o Vicente Jorge Silva e ainda outros mais que escuso de nomear.
ResponderEliminarVoltem para lá e refaçam a Memória de Elefante, em tom cor de rosa. Pode ser que pegue.
ResponderEliminarEu sei que os nossos patricios portugueses não apreciam muitos os açorianos e madeirenses, o que para mim constitui um elogio.
ResponderEliminarDe facto não escondo que sou pela independência dos Açores, pois há muito tempo já percebemos que andar atrelado a uma carruagem a cair de podre não nos leva a lado nenhum.
Mr. José e Kamarada Weggie, Portugal precisa mais dos Açores do que o contrário.
Quanto aos cavalheiros que Vs.Exª.s pretendem retornar, eles que vêm, pois nós sabemos muito bem resolver os nossos problemas.
Resolvam aí o assunto da casa pia rosa, o fripór do zezito, a roubalheira dos bancos, a alta corrupção, a pedofilia,etc. e deixem-se de tretas e parvoíces.
Pois, mas a resolução de alguns desses problemas passa por essas coisas...por esses retornos.
ResponderEliminarPela minha parte sou sempre pela independência de quem assim quer ser.
Ficávamos sem custos da insularidade e só não entendo bem como seria a economia das ilhas, nesse caso. Off-shores já há que cheguem.
Este Pardal veio supostamente defender a ministra,por solidariedade saloia.
ResponderEliminarMas eu acho que a ministra não quer ter um Pardal assim.
Estes pardais defendem a independência das ilhas com base em pressupostos financeiros,entendem que a UE lhes poderá encher o saco se se livrarem da tutela de Portugal.
Há outros pássaros que defendem a assimilação pela Espanha com o argumento de que melhorariam a qualidade de vida.
Para esta passarada é tudo uma questão de dinheiro,pobre país...
A ignorância faz parte do código genético dos tugas sonsos e relapsos.
ResponderEliminarQuais «custos de insularidade"?
Ninguém é obrigado a ter ilhas...
Se no vosso douto e esquizofrénico entender, os Açores não têm condições para serem independentes, por que é que Portugal continua independente; se deve as guedelhas; se importa 80% do que come; se está entregue aos sindicatos financeiros internacionais???
Gostava que os ilústrissimos me explicassem.
Vocês ainda não perceberam o seguinte: se Portugal administrasse o Sarah com as leis anacrónicas que vomitam diariamente, por certo teriam que importar areia...
Passem bem e já agora concentrem-se na "selecção de todos vós"....
Daqui do meio do Atlântico, com a bandeira da FLA içada no mastro do meu iate,
Dr.Pardal
Que lhe soprem os alísios, é o meu desejo.
ResponderEliminarSerá que o queijo na ilha seria mais barato, depois disso? E os ananazes chegariam para encher os cofres do orçamento?
Ou seria como Cuba que se queixa permanentemente do bloqueio?
A FLA que o diga que por mim, estou para perceber.
Para já dá para entender que se sentem colonizados. Pois então, dê-se-lhes a autonomia completa!
Venda-se em hasta pública! Não valem mais do que isso! São menos do que o Alaska que foi também vendido.
ResponderEliminarJá agora a Madeira também.
Que estupidez. Vender os Açores que são a terra mais bonita de Portugal?
ResponderEliminarNo máximo vender os açorianos que querem ser independentes e devolve-los à terra de onde vieram.
Que aquelas ilhas eram lindas e despovoadas.
Mas esses açorianos independentistas nada têm a ver com os que vivem apenas para a folia e para a manutenção de tradições e festejos milenares.
Por isso é que eu defendo que existam terras-museu- a Terceira é uma delas.
Mas este Pardal há-de ser micaelense, aposto.
Em terras de quem nasce calão, os piores são os que se julgam empreendedores.
Porque esses "empreendem" como os arrumadores de carros- "vai uma moedinha do contenente, para a independência?"
Mas por acaso sou perfeitamente anti-pancada-independentista.
ResponderEliminarE passo-me quando vejo gente a falar em vender terras de Portugal aos estrangeiros.
Aposto que nunca puseram lá os pés e desconhecem em absoluto a riqueza de tradições religioso-pagãs daquelas ilhas.
e já nem falo na beleza natural.
Aquilo é lindo e atrasado. Ao contrário da Madeira que nem é tão linda mas está hiper-desenvolvida com o dinheiro que saca ao poder central.
Mas se eles vivem bem com o atraso, na maior. O mal do mundo é querer tudo a macdonalds
Estes Pardais são outra coisa- nem sequer são a voz dos açoreanos porque isso nem existe.
ResponderEliminarEles odeiam-se reciprocamente muito mais que todos juntos podem odiar o Continente.
Eles são capazes de viver uma vida inteira sem nunca porem um pé numa ilha rival.
Conheci um caso desses que até trabalhava no aeroporto e tinha viagens à borla.
Jamais colocaria pé em terra de inimigo de S. Miguel.
E no Faial passei horas na conversa com quem até foi capaz de me demonstrar superioridades faciais e de cor de pele, por estar convencido que a evolução das espécies estagnou na Graciosa e em Rabo de Peixe.
Independência aos Açores é um paradoxo. Matavam-se primeiro para descobrirem quem são os Açorianos.
E, abono da verdade, eu quase que concordei com o meco do Faial- realmente há lugares onde era mais natural esbarrarmos com um dinossauro.
ResponderEliminarMas que é uma terra linda de morrer, é. E que mantém o culto do Espírito Santo e das judengas como mais ninguém, é outra verdade.
Os Açores são o que nos resta de um Império perdido e que nunca foi devidamente estudado.
E ainda por cima nem podem falar em terra própria porque aquilo era tudo desabitado.
Este paleio de Pardais que negam os portugueses é como o dos brasileiros com complexo por terem sido descobertos.
Esquecendo-se que se não fossem descobertos nem existiam brasileiros, apenas índios.
Com as ilhas é pior- existia apenas fauna e flora sem capacidade de fala, quanto mais de constituir país e estado próprio.
Saloiice é esta da venda e comparação com o Alasca, outra terra de aleutas perdida no tempo.
ResponderEliminarA modernidade é esta merda- só conta o que está estandartizado, o que é muito "desenvolvido" e onde existem bons carros, roupa de marca e grandes contas bancárias.
Puta que pariu os burgueses novos-ricos. Não se pode exterminá-los
O que era um acto de higiene que nem precisava de hasta pública, podia ser oferta, sei eu.
ResponderEliminarEnfiados numa guita, numa barraquinha de feira.
Para que não haja injustiças. Se mais não fosse, S. Miguel tem o mais espantoso jardim privado, só equiparável a um Kew Gardens.
ResponderEliminarE tem um museu de História Natural, com uma dupla história de monstros e crocodilos embalsamados guardados numa igreja que davam uma narrativa fantástica.
Já para não falar no menino que esteve anos dentro do frasco e que acabou devolvido à família.
Mas o museu do caçador que ficou sem presa humana e se dedicou a caçar bichos e à teratologia fantástica, com a arte sacra ao lado, vale toda a "produção de cultura" para vender ao estrangeiro e dar poleiro a "glamourosas", armadas em património.
E olhe, ó Pardal- vejam lá se mandam a arte sacra para restauro no único local que a pode restaurar, em vez de andarem para lá a pintarem a Robialac esculturas medievais.
ResponderEliminarerrata: a pintar
ResponderEliminarmedievais porque o v. manuelino é tardo-medieval e tão espantoso e sui generis como o algarvio.
ResponderEliminarOra assim é que é: fustigar o bicho na sua própria toca.
ResponderEliminarBicho em sentido figurado, de avis rara que se manifesta apenas de vez em quando. Tipo dragão de Komodo.
Zazie :
ResponderEliminarObrigado por me chamares saloio.
Realmente alguns dos comentadores «cubanos», parafraseando a douta terminologia do Dr.Alberto João, ficam possessos quando falamos de independência dos Açores.
ResponderEliminarIndependência, sim senhor.
Aquanda da rebeldaria que aí desenrolou-se durante o PREC, se os Açores fossem habitados por pretos certamente a estas ilhas teriam dado a independência, como foi o caso de Cabo Verde, ilhas também despovoadas aquando dos Descobrimentos.
Mas como somos a última fronteira da Europa e os vizinhos europeus mais próximos dos EUA e Canadá, e como tínhamos e temos uma comunidade emigrante de cerca dum milhão de açorianos no Novo Mundo, os chefes politicos e militares de então, e no âmbito da luta da Guerra Fria, tudo fizeram para boicotar a independência dos Açores.
Os Açores não são só as suas 9 ilhas e o seu extraordinário povo.São também a maior zona económica exclusiva da Europa e a centralidade geo-estratégica do Mundo Livre.
O relativo atraso das ilhas foi motivado por estarmos ligados a uma metróple reaccionária, atrasada e ingovernável.
Numa hasta pública, os Açores valem mais do que Portugal.
Aliás, os Açores são a única "garantia real" que o ex-Império Português ainda possui para poder andar nos corredores da diplomacia internacional e para poder pedir novos empréstimos na City de Londres.
Vs. Exªs exibem a vossa ignorância até à quinta casa.
Sois uns tristes...
Homem: Inicia aí uma guerrilha da FLA! Ou não tens tomates?
ResponderEliminarTOMATES NÃO TÊM VOCÊS QUE SÃO DIARIAMENTE ENRABADOS PELOS CASTELHANOS E JÁ ESTÃO CERCADOS PELA PRETALHADA.
ResponderEliminarA NOSSA INDEPENDÊNCIA DAR-SE-Á DEMOCRÁTICAMENTE, CIVILIZADAMENTE, NA ALTURA CERTA, COM OS APOIOS CERTOS E NAS INSTÃNCIAS INTERNACIONAIS CERTAS.
CHUNGARIA, ESTURRO, ARRUADAS E CAGAÇAL FICAM A CARGO DE VS.EXºAS, QUE UM DIA TIVERAM UM IMPÉRIO E UMA PÁTRIA, E CONSEGUIRAM DESTRUI-LA EM TÃO POUCO TEMPO.
AINDA ONTEM NUM PROGRAMA DE ÂMBITO NACIONAL FIQUEI ESTARRECIDO QUANDO UM INDÍVIDUO ALEGADAMENTE PERTENCENTE Á ELITE TUGA PRECONIZAVA A INTEGRAÇÃO DE PORTUGAL EM ESPANHA.
NÓS, AÇORIANOS, SEMPRE SOUBEMOS LIDAR COM O CASTELHANO E FOI DAQUI QUE POR VÁRIAS VEZES LIBERTAMOS O RECTÃNGULO DO JUGO ESTRANGEIRO E AINDA RECENTEMENTE (APÓS O PREC), FOI DAQUI QUE PARTIU A RESISTÊNCIA FISICA E IDEOLÓGICA À SOVIETIZAÇÃO E COMUNIZAÇÃO DE PORTUGAL.
E JÁ AGORA SE VOCÊS TIVESSEM COJONES BEM PODERIAM RESGATAR OU REINVINDICAR OLIVENÇA, TAL E QUAL OS CASTELHANOS ESTÃO A FAZER EM RELAÇÃO A GIBRALTAR.
DEIXEM-SE DE MERDAS E DE TEORIAS DA TRETA SENÃO QUALQUER DIA OS MARROQUINOS VOS INVADEM E DESIGNEM ESSA LINGUA DE TERRA COMO MARROCOS DO NORTE.
BYE, BYE, VOU PARTIR PARA MAIS A OCIDENTE...
OS VENTOS ESTÃO FAVORÁVEIS E OS DEUSES ESTÃO COM OS AUDAZES...
Força. Que Nossa Senhora te guie.
ResponderEliminarE não esmoreça na luta pela independência que bem gostaria de visitar mais um país, em vez de uma região.
De caminho, o favor que faziam era levar estes autóctones que ficaram por cá a estragar a paisagem antiga.
Tadinha da lampadinha- a esta hora já esturricou no ninho do Professor Pardal
ResponderEliminar":O.
E ainda por cima cita o labrego do Jardim quando eles por lá até sempre tiveram melhor.
Hã-de ser mais um pardaloco a sonhar vir a ser General Alcazar.
Sr.José:
ResponderEliminarAgradeço o seu estímulo.
Quando visitar o novo país poderá levar de volta os nativos do rectângulo que cada vez mais aparecem aqui tal é a crise e a politica de terra queimada que abunda por aí.
Agora vamos fazer tudo civilizadamente com bilhete só de volta.
Não vamos fazer como antigamente quando alguns açorianos mais exaltados puseram dentro dum avião o Almeida Cheché dos Santos ou quando impediram o Otelo de aterrar nas Lajes.
Hoje fazemos tudo em versão soft e ainda oferecemos na hora de partida um «azorean pineapple»;
Quanto ao Zazie, V.Exª deve estar confundido a nossa geografia.
República das bananas é a vossa república e até não falta aí o coronel Tapioca.
O que salva e faz ainda flutuar Portugal ainda é a cortiça do Amorim.
Mas qualquer dia ele outorga contrato a/f dos angolanos...
Podem continuar a dançar o vira e o fadango que o vosso barco ainda não bateu no próximo iceberg.
Maestro, música!
zazie dans le metro. Não lhe diz nada o nick e o género?
ResponderEliminarImagino que não. Para quem trata como patrinónio histórico uma ministra e se cala quando eu falo do verdadeiro património artístico dos Açores, imagino que nada lhe diga.
E, se eu gosto muito dos Açores não é propriamente à conta dos pardalocos arrivistas.
É por ser dos poucos locais onde ainda há povo.
Imagino que esta frase para si seja chinês. Nota-se que v. é um Pardal de elite.
Sugiro o ilhéu do Corvo para início da resistência armada. Podes já comprar umas AK-47 e contratar um mullah afegão. De caminho constrói uma mesquita e obriga as mulheres a usarem burka.
ResponderEliminarA quem eu chamei candidato a Tapiocoa foi a v. que é açoriano e ainda precisa de citar o palonço tapioca madeirense.
ResponderEliminarV. há-de ser mais político que açoriano.
Nenhum açoriano se lembraria de comparação tão estúpida.
E nunca esbarrei por lá com esta grunhice à independentista madeirense.
Antes pelo contrário. A gente da Terceira é gente como por cá já se torna difícil de encontrar.
A minha sorte é não me dar com pardais partidários.
Esses são umas pegas iguais em toda a parte.
A Terceira foi dos locais de Portugal que mais me fascinou.
ResponderEliminarQuase que era lá capaz de viver por uns tempos. Quanto mais não fosse para recolher aquela tradição única religiosa e popular.
Mas nestes sítios de berças há sempre um truque que funciona.
ResponderEliminarSe queremos conhecer a terra, a primeira coisa é evitar as "elites da terra". Começando por mandar bugiar tudo o que tem ligações com câmaras, autarquias e tretas culturais muito modernas que andam sempre coladas.
Tirando isso existe o povo genuíno e a Igreja. E só posso dizer o melhor possível de todos os que conheci e com quem tive de lidar.
Agora "elitinhas de ilhéus" são sempre coisa pior que as nossas felguerinhas. E é por isso que depois essas elitinhas vêm sempre desaguar ao "contenente".
Para o que lhes interessa esquecem logo as pancadas independentistas.
A propósito de povo e de igreja, apetece-me comentar a notícia de ontem, sobre o padre que foi apanhado com armas.
ResponderEliminarA coisa merece abordagem de vários ângulos, mas o que achei mais piada foi à atitude do bispo e da hierarquia da igreja. Não condenaram o padre, tentaram compreender e contextualizar o indivíduo no meio, mostrando conhecer a realidade do povo e do local melhor que os políticos.
As armas que vi apreendidas são armas de caça. As munições nem tanto, mas não eram do padre, segundo julgo.
E agora atente-se no pormenor: a detenção do padre deu-se no fim da missa.
Porquê? A detenção de alguém, hoje em dia, só deve ocorrer se houver motivos concretos para pensar que a pessoa em causa e a deter não se apresente voluntariamente para uma diligência.
No caso, a apresentação do detido da posse de armas indocumentadas, daria lugar a prisão preventiva? Desde que o ministro Rui Pereira ( e mulher Fernanda Palma) decidiram que devia ser assim, através de lei que fizeram aprovar, de há alguns meses a esta parte que tem sido um corropio das polícias.
E ainda bem, por um lado. Mas geralmente é ao lado do povo de aldeias e não me lembro de raides nos sítiso onde existem armas e que foram o motivo principal da lei que aprovaram.
Hipocrisia maior não há. Oportunismo político também não. E são os comandos da polícia que com instruções do ministério andam agora numa de ASAE a fazer o que não deviam fazer e não fazendo o que se lhes pedia há muito.
É demais.
Quem não se sente não é de boa gente.
ResponderEliminarDei início à minha participação no debate do post em epígrafe com elevação e com o intuito de corrigir o teor do post no que concerne às informações relativas à nova Ministra da Cultura.
Contudo alguns comentadores (José Zazie, Wegie) não apreciaram a correcção e como têm a mente pré-formatado ou padecem de preconceitos muito habituais no meio continental, vieram a terreiro bem amestrados contraditar o signatário.
De facto há um fosso cultural entre nós, bem manifestado nas boutades que Vs.Exª.s brindaram o Dr.Pardal e indirectamente os açorianos.
Vs.Exª.s não conhecem os Açores, os Açorianos e a alma açoriana.
Respondendo ao intrépido Wegie, não mande bitaites ridículos, pois se um dia os Açorianos quiserem ser independentes, sê-lo-ão e não vão ser precisas autorizações especiais nem A-47,etc.
Sempre estivemos virados para o Novo Mundo; demos dois presidentes à República Portuguesa, três à Republica Federativa do Brasil, cinco ao Uruguai (antiga provincia do Sacramento), temos uma vasta colónia de descendentes na América do Norte.
Queremos dar um passo em frente.
Actualmente somos autónomos, o que deu muito trabalho a uma geração extraordinária de açorianos.
A nossa Autonomia foi e está a ser conquistada paulatinamente contra a vontade do Terreiro do Paço, contra os centralistas e colonialistas de Lisboa.
Basta ver a desgraça que o Norte do País transformou-se para ver que nós e a Madeira tínhamos razão ao bater o pé a Lisboa.
Quanto à Madeira, o que o pessoal do "Contnente" não perdoa é que o Dr.Alberto João Jardim transformou uma ilha atrasada e explorada por regimes quase feudais numa ilha e região que já ascende aos melhores padrões de vida europeus.
Quanto a Portugal, e com Lisboa à cabeça, desde o início até ao fim do Império tudo estarraçaram: desde as especiarias da Indía, o ouro do Brasil, as matérias-primas das colónias africanas até aos fundos europeus (CEE e UE).
Depois deste descalabro histórico quem quiser comprar bilhete e ir na vossa carruagem que vá.
Eu por mim (até porque possuo passaporte norte-americano) quero o Novo Mundo e uns novos Açores.
Tão só, meus amigos.
Tenham uma boa noite e até sempre,
O vosso Dr.Pardal.
Dr. Pardal:
ResponderEliminarNão leve a mal. Aprecio os seus comentários separatistas, porque não tenho opinião formada e definitiva sobre o assunto. E aprende-se sempre com quem defende causas sabendo o que defende.
Por outro lado tenho conhecidos, amigos e até familiares nas ilhas. Nunca lá fui mas há quem me garanta que é dos sítios mais lindos do mundo e acredito.
Por isso, o meu único desejo era que certos açorianos que para cá vieram para aí voltassem para essas belezas e nos deixassem de vez. Alguns deles são os autores de algumas das nossas desgraças.
Afinal não é só cá que eles se safam:
ResponderEliminarEm França, um tribunal de Paris condenou hoje a seis anos de detenção os principais acusados no processo Angolagate, um escândalo de venda de armas sem autorização do Estado francês a Angola em meados dos anos 90. O francês Pierre Falcone e o israelita de origem russa Arcadi Gaydamak foram condenados a seis anos de detenção, enquanto o filho do antigo Presidente francês François Miterrand, Jean-Christophe Miterrand, foi condenado a dois anos de pena suspensa e 375 mil euros de multa e o ex-ministro francês do Interior, Charles Pasqua, a um ano de prisão e 100 mil euros de multa. Penas simbólicas, dada a gravidade da acusação e uma vez que o valor estimado do tráfico de armas julgado neste processo ascende a mais de 500 milhões de euros. E poucos condenados. Havia 42 acusados, quase todos altas individualidades da sociedade e Estado franceses.
Eu, mente formatada?
ResponderEliminarQuem é que defendeu aqui os Açores e até se insurgiu contra essa ideia anormal da venda aos americanos?
Não leu o que eu escrevi?
Até tenho posts no Cocanha feitos a meias com um Açoriano- o Daniel de Sá- que andou na blogosfera e a propósito da tradição dos fesceninos dos cantares das Velhas
Mas insisto- gosto dos Açores e não digo o mesmo da Madeira.
ResponderEliminarNão tem nem beleza que se aproxime e as gentes são mais o seu género- esse facciosismo contra o continente.
Não encontrei nada disso nos Açores.
Mas, como lhe disse, por lá só me dei com povo anónimo e com padres.
Políticos e vips de galeria é sempre coisa que passo.
Já que falou em passaporte luso-americano, agora sim, vai amochar.
ResponderEliminarPois então aqui vai outra historita.
Como só por lá andei em trabalho e gosto de deitar olho a tudo, estava num café de Ponta Delgada e noto cantaria em forma de arco (apenas um pedaço à mostra, que me pareceu antiga).
Entrei em conversa com a dona da casa e ela foi tão simpática que se ofereceu para me mostrar o resto da casa pois havia por lá mais vestígios de arquitectura antiga.
Pois bem. O resto da casa era uma residencial clandestina. Até aí, nada de especial- há muita gente a fazê-lo em toda a parte.
A curiosidade é que aquilo estava um primor. Tudo renovado, com banquinhos de pedra para se descansar à janela, uma fortuna em arranjos de toda a ordem- um luxo.
A dona tratou logo de me explicar que quando eu quisesse podia lá ficar e falou dos preços.
Para eu ficar com melhor ideia da qualidade da casa e dos vestígios da pedra antiga, decide mostrar-me um quarto de uma hóspede que ela disse ser habitual e que tinha saído.
Pois bem, ela tinha saído mas tinha-se esquecido de arrumar uns detalhes.
Mal entrei o quarto deparou-se com malas e malas abertas em cima da cama e no chão, carregadinhas de tudo- relógios de ouro, roupas de marca e muito mais coisas embrulhadas com toda a cara americana.
Contrabando, meu caro- o v. independentismo de passaporte americano é para isto que serve.
E o que guardam nesses embrulhos e o que vendem, dá para muita inveja a terceirense.
E tome lá uma baubo fescenina , siga os links para os versos do Daniel de Sá e aprenda alguma coisa do que é cultura açoriana.
ResponderEliminarÈ esta- a popular, não é vedetismo de import/export a esnobar que já tem nome no "estrangeiro".
Mas este Pardal é mentira.
ResponderEliminarÉ treta de propagandista e há-de ser politiquice.
É mentira porque conheço quem lá tenha vivido mais de 15 anos e saiba que a grande mais valia dos Açores é precisamente serem atrasados e não terem fuçanga alguma em deixar de o ser.
eheheh
Verdade. A Madeira tem o turismo mas é ali no Funchal- o resto está bem, está. Eu que já lá vou há muito tempo e que ando sempre de transporte público bem sei como é para o povo.
Agora a Terceira, Corvo, Graciosa, Selvagens- o tanas- e nem S. Miguel.
Não só não estão minimamente interessados em mudar o que quer que seja, como têm raiva a quem quer.
Então na Terceira isso é mais que óbvio. Eles vivem apenas e exclusivamente para a festa. Os festejos, os ritos, a boa conversa e muita devoção.
E, tirando Trás-os-Montes não me lembro de ter sido tão bem recebida em nenhuma terra de Portugal como fui na cidade da Praia.
Aqueles velhotes ainda são povo. Povo educadíssimo. Sem paranóias de "contenente".
E a Graciosa é um museu de Natureza, sem o menor turismo, onde só por conhecimento se consegue ser atendido.
E espero bem que continue assim, selvagem e atrasada por muito mais tempo.
Nos Açores ainda se pode ser feliz sem precisar de ser moderno.
Cidade da Praia é outra frase fescenina.
ResponderEliminarahahah
O Pardal também utiliza o nick garganta funda. É conhecido doutras paragens...
ResponderEliminarIsto reflecte bem a qualidade da açoreana de Sá da Bandeira. É de partir o côco a rir!
ResponderEliminar«por oposição à denominada “baixa cultura”, oriunda do povo com transmissão oral, são ambas património cultural intrínseco reconhecível e indissociável, e sabemos bem quanto ambas devem uma à outra, porque se alimentaram reciprocamente através dos séculos.»
ResponderEliminarE tem toda a razão a Canavilhas.
Toda. Parolo é aquele joãozinho pequenino que depois, demagogicamente, confunde isso com festivais rock e tretas de animação.
O idiota queria era tacho no S. Carlos e é um bimbo que nem entende em que consiste património cultural.
Património é História. Não são pessoas vivas, por melhor artistas que possam ser. E só um palerma depreciava o folclore, contrapondo-lhe "orquestras clássicas".
Não sei nada desta Canavilhas e nem me interessa.
ResponderEliminarAgora aquele Joãozinho topeio-o à primeira.
É uma "retorcida imbejosa" que nem uma Jaquina.
Ele é de facto um imbecil nato. Mas a pianista parece-me absolutamente falha de ideias.
ResponderEliminarTalvez o Pardal consiga resolver esta contradição visto que é admirador de ambos...
"Ele é de facto um imbecil nato".
ResponderEliminarPois é. Mas faltou desencantar uma citação de Céline para dizer isto à joãozinho
ehehe
A Canavilhas é uma senhora muito bonita. É ainda mais bonita que a Teresa Patrício Gouveia.
Tirando isto, não me ocorre dizer mais nada.
Fui lá dizer isto ao Joãozinho mas o tipo vai censurar, aposto.
ResponderEliminarNem vale a pena. Com rabetas é sempre assim.
Mas irrita-me que gente que não é estúpida ainda lá vá untar o tipo à conta da pose.
Rais parta a politiquice que estupidifica meio mundo.
ResponderEliminarApenas por a tipa ser xuxa e ter botado uns chavões no discurso, deixaram de entender a pertinência do que ela disse.
E ainda por cima sendo dos Açores.
Claro que não há maior riqueza cultural lá do que essa tradição de folclore. E a grande verdade que ela disse é que essa cultura nunca foi totalmente popular, porque se misturava também com a tradição erudita.
E os palonços lêem isto e gozam com a coisa- porque lhes parece Tino Flores em vez de música de Câmara.
Parolos.
Caros colegas do debate:
ResponderEliminarApesar das picardias reconheço que Vs.Exª.s admiram e gostam dos Açores.
No entanto há uma grande diferença entre nós: enquanto Vs. Exª.s apreciam os Açores, as suas belezas naturais, o seu mar, as suas manifestações culturais e socais como dum museu se tratasse, eu, Dr.Pardal, amo os Açores e luto para que este arquipélago ascenda a um nível de desenvolvimento económico e social compatível com as suas potencialidades e em linha com a capacidade do Povo Açoriano demomstrada noutras latitudes e longitudes.
Não quero os Açores enclausurados numa cápsula do tempo ou que seja transformados numa exclusiva reserva natural (várias ilhas já foram decretadas pela Unesco «reservas da biosfera») mas sim um território com altos padrões de desenvolvimento sustentado, baseados na economia do mar, economia do conhecimento, turismo de luxo e centro internacional de negócios com fiscalidade favorável.
Temos que tirar dividendos das nossas vantagens relativas, quer do ponto de vista geográfico, estratégico e científicos.
Durantes 500 anos Portugal, quer em monarquia, quer em república, explorou as ilhas e o seu povo até ao tutano.
Desse facto resultou uma grande adversidade à "pátria-mãe" (mais madastra do que mãe) e durante o séc.XIX muitos mancebos açorianos fugiam para a América em embarcações baleeiras devido à tirania e à miséria que Lisboa impunha.
Rumaram a Ocidente, como já tinham rumado em direcção ao extremo do Atlântico Sul, para os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Brasil, e verificaram que havia mais Mundo para além do horizonte e que no Novo Mundo qualquer cidadão que queira trabalhar e progredir pode ascender até ao topo.
Na parvónia portuguesa, continuam os barões, os fidalgos, os doutores, os engenheiros, as capelinhas, as maçonarias, e agora mais insidiosamente os "cartões partidários" que continuam a fazer maravilhas nessa singularidade dos tempos modernos que é a Social-Mediocracia Portuguesa, tendo como seu Grão-Mestre, o Zézito (o tal, vocês sabem de quem é que estou a falar...).
Agora vou estudar algumas cartas de navegação, pois o mar aqui está agitado...
Boa noite cavalheiros,
Dr.Pardal