Repare-se neste pequeno apontamento à guisa de currículo pessoal do primeiro-ministro que temos e o rol de casos estranhos que o acompanham.
Em todos eles, e outros há, uma constante se verifica: todos arquivados ou simplesmente ignorados pelas autoridades judiciárias, por ausência de "indícios probatórios" e esquecidos pela opinião pública que vota.
Desconsiderados na sua importância e resolvidos numa eleição que aparentemente não foi impressionada pelos mesmos, apesar de profusamente relatados nos media e de inúmeros comentários depreciativos e de senso comum.
O visado saiu sempre vencedor na imagem pública dominante e a vergonha que qualquer pessoa poderia sentir se fosse atingida pelos factos aqui relatados, ao mesmo, resvala numa carapaça de resistência que o leva ainda a gracejar com os envergonhados ministros em conselho. O partido que o apoia, o PS, revela-se igualmente indiferente aos casos e procura desvalorizar os mesmos, atribuindo-os a uma luta politico-partidária sem outra relevância ética que não essa.
Ao longo dos últimos anos, houve sempre uma espécie de condescendência democrática com práticas que dificilmente seriam aceitáveis noutros países ocidentais e que por aqui se resolvem em anedotas ou em encolher de ombros de indiferença pública ou, quando muito, em cabalas de índole partidária e política.
Daqui-
De acordo com a acusação do Ministério Público, o consórcio liderado pelo grupo HLC terá sido favorecido quando ganhou a adjudicação da Central de Compostagem de lixo e respectivo aterro sanitário da Cova da Beira, localizada na Quinta das Areias, no Fundão. Foram constituídos cinco arguidos, mas só três acusados. António José Morais, antigo professor de José Sócrates na Universidade Independente e que desempenhou cargos de nomeação política durante a governação socialista; a ex-mulher de Morais, Ana Simões; e Horácio Luís de Carvalho, empresário da Covilhã, que era dono da firma HLC e hoje reside em Londres; são acusados dos crimes de corrupção activa e branqueamento de capitais.
Já outros dois arguidos viram os processos arquivados: Silvino Alves, antigo aluno de António José Morais; e Jorge Pombo, ex-presidente da Câmara da Covilhã. António José Morais esteve ligado à construção do aterro sanitário, em 1996, através do gabinete de engenharia liderado pela ex-mulher, estrutura que preparou o projecto, o programa do concurso, o caderno de encargos e avaliação técnica das propostas. Em 1999, após uma denúncia anónima, a Polícia Judiciária começou a investigar o caso, por alegado favorecimento do consórcio vencedor, liderado pela HLC e com a participação da Conegil, entre outras empresas. À data dos factos, José Sócrates era secretário de Estado do Ambiente, mas não foi ouvido no inquérito.
Daqui
Nos registos do Parlamento sobre o então deputado socialista eleito por Castelo Branco surgia uma licenciatura em Engenharia Civil, apesar de o actual primeiro-ministro já ter afirmado que apenas terminou a licenciatura em 1996, o que coincidiu com o exercício de funções de secretário de Estado adjunto do Ministério do Ambiente.
Nesse ano de 1993, o registo académico de José Sócrates incluía apenas um bacharelato em Engenharia pelo Instituto Superior de Engenharia Civil de Coimbra, que foi concluído no fim da década de 1970.
Desde então, José Sócrates frequentou o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e a Universidade Independente, tendo obtido aí o diploma em Setembro de 1996.
Daqui-
O tio materno de José Sócrates, Júlio Monteiro, admitiu ter proporcionado o encontro entre o actual primeiro-ministro e Charles Smith, sócio da Smith & Pedro, empresa contratada para conseguir o licenciamento do Freeport. As declarações fazem parte de uma entrevista dada pelo tio do ex-ministro do Ambiente ao semanário “Sol” e que será publicada amanhã. Paralelamente, um primo de Sócrates, Nuno Carvalho Monteiro, confirmou ao "Expresso" a existência de um encontro entre um intermediário do negócio do Freeport e o então ministro do Ambiente.
Até chegar ao mais recente e cujos magistrados de Aveiro consideraram a existência de indícios de comportamentos criminais e com o desfecho que agora se conhece.
De todos esses casos e outros ainda sobejam, para além do último, um impressiona pela presença da "smoking gun" que não foi devidamente considerada judicialmente, porventura devido a uma prescrição presuntiva aduzida pelas autoridades que poderiam ter feito algo mais pela descoberta da verdade: ouvir o principal suspeito, por exemplo. O caso é o do boletim de registo biográfico na A.R. notoriamente alterado por alguém e cujo original desapareceu...
Alguém que não o visado, algum primeiro ministro europeu, conseguiria ultrapassar politica e pessoalmente, um caso deste género?
(clicar para ampliar)
Em todos eles, e outros há, uma constante se verifica: todos arquivados ou simplesmente ignorados pelas autoridades judiciárias, por ausência de "indícios probatórios" e esquecidos pela opinião pública que vota.
Desconsiderados na sua importância e resolvidos numa eleição que aparentemente não foi impressionada pelos mesmos, apesar de profusamente relatados nos media e de inúmeros comentários depreciativos e de senso comum.
O visado saiu sempre vencedor na imagem pública dominante e a vergonha que qualquer pessoa poderia sentir se fosse atingida pelos factos aqui relatados, ao mesmo, resvala numa carapaça de resistência que o leva ainda a gracejar com os envergonhados ministros em conselho. O partido que o apoia, o PS, revela-se igualmente indiferente aos casos e procura desvalorizar os mesmos, atribuindo-os a uma luta politico-partidária sem outra relevância ética que não essa.
Ao longo dos últimos anos, houve sempre uma espécie de condescendência democrática com práticas que dificilmente seriam aceitáveis noutros países ocidentais e que por aqui se resolvem em anedotas ou em encolher de ombros de indiferença pública ou, quando muito, em cabalas de índole partidária e política.
Daqui-
De acordo com a acusação do Ministério Público, o consórcio liderado pelo grupo HLC terá sido favorecido quando ganhou a adjudicação da Central de Compostagem de lixo e respectivo aterro sanitário da Cova da Beira, localizada na Quinta das Areias, no Fundão. Foram constituídos cinco arguidos, mas só três acusados. António José Morais, antigo professor de José Sócrates na Universidade Independente e que desempenhou cargos de nomeação política durante a governação socialista; a ex-mulher de Morais, Ana Simões; e Horácio Luís de Carvalho, empresário da Covilhã, que era dono da firma HLC e hoje reside em Londres; são acusados dos crimes de corrupção activa e branqueamento de capitais.
Já outros dois arguidos viram os processos arquivados: Silvino Alves, antigo aluno de António José Morais; e Jorge Pombo, ex-presidente da Câmara da Covilhã. António José Morais esteve ligado à construção do aterro sanitário, em 1996, através do gabinete de engenharia liderado pela ex-mulher, estrutura que preparou o projecto, o programa do concurso, o caderno de encargos e avaliação técnica das propostas. Em 1999, após uma denúncia anónima, a Polícia Judiciária começou a investigar o caso, por alegado favorecimento do consórcio vencedor, liderado pela HLC e com a participação da Conegil, entre outras empresas. À data dos factos, José Sócrates era secretário de Estado do Ambiente, mas não foi ouvido no inquérito.
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Nos registos do Parlamento sobre o então deputado socialista eleito por Castelo Branco surgia uma licenciatura em Engenharia Civil, apesar de o actual primeiro-ministro já ter afirmado que apenas terminou a licenciatura em 1996, o que coincidiu com o exercício de funções de secretário de Estado adjunto do Ministério do Ambiente.
Nesse ano de 1993, o registo académico de José Sócrates incluía apenas um bacharelato em Engenharia pelo Instituto Superior de Engenharia Civil de Coimbra, que foi concluído no fim da década de 1970.
Desde então, José Sócrates frequentou o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e a Universidade Independente, tendo obtido aí o diploma em Setembro de 1996.
Daqui-
O tio materno de José Sócrates, Júlio Monteiro, admitiu ter proporcionado o encontro entre o actual primeiro-ministro e Charles Smith, sócio da Smith & Pedro, empresa contratada para conseguir o licenciamento do Freeport. As declarações fazem parte de uma entrevista dada pelo tio do ex-ministro do Ambiente ao semanário “Sol” e que será publicada amanhã. Paralelamente, um primo de Sócrates, Nuno Carvalho Monteiro, confirmou ao "Expresso" a existência de um encontro entre um intermediário do negócio do Freeport e o então ministro do Ambiente.
Até chegar ao mais recente e cujos magistrados de Aveiro consideraram a existência de indícios de comportamentos criminais e com o desfecho que agora se conhece.
De todos esses casos e outros ainda sobejam, para além do último, um impressiona pela presença da "smoking gun" que não foi devidamente considerada judicialmente, porventura devido a uma prescrição presuntiva aduzida pelas autoridades que poderiam ter feito algo mais pela descoberta da verdade: ouvir o principal suspeito, por exemplo. O caso é o do boletim de registo biográfico na A.R. notoriamente alterado por alguém e cujo original desapareceu...
Alguém que não o visado, algum primeiro ministro europeu, conseguiria ultrapassar politica e pessoalmente, um caso deste género?
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBoa José!
ResponderEliminarÉ escarrapachar isso tudo para que não haja dúvidas.
José, com a devida vénia ao blog "O Charuto Aceso", aqui vai um link para uma frase que resume o - não - estado das coisas:
ResponderEliminarhttp://ocharutoaceso.blogspot.com/2009/11/grover-cleveland-presidente-eua-1893.html