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segunda-feira, novembro 16, 2009

A ética dos Mascarenhas

Óscar Mascarenhas, jornalista de sindicato e que pelos vistos agora ensina ética em escolas de jornalismo ( terá sido frequentada pelo Marcelino?) está na SIC- Notícias de Mário Crespo a dizer coisas sobre o segredo de justiça.

Uma delas que disse agora mesmo é a de que por vezes há investigadores que sabendo a investigação a soçobrar, passam-na para a opinião pública. Mascarenhas sabe que é assim porque sim. E ninguém vai duvidar da sua certeza ética.
Repare-se que este indivíduo "ensina" ética a jornalistas e a sua ética é a de lançar suspeitas sem fundamento algum apresentado, sobre os investigadores.

Outra ainda do mesmo calibre: disse que logo que um magistrado saiba que um processo que tem em mãos, passa para a opinião pública, por violação do segredo de justiça, deve pôr-se imediatamente a investigar como tal sucedeu e se o não fizer é um "manga de alpaca".

Repare-se nesta ética do Mascarenhas: não sabe como funciona a máquina judicial nem sequer a lei penal que temos e alvitra o palpite que logo que um magistrado descubra que um processo seu foi alvo de violação de segredo de justiça que é um crime, deve fazer de autêntico justiceiro e passar à fase da indagação e devassa imediata dos suspeitos. Calcula-se que o deva fazer sem qualquer processo e apenas com base na ideia e vontade de agradar aos Mascarenhas que ensinam ética.
O facto de a violação de segredo de justiça ser um crime e por isso necessitar de um processo com todas as garantias de defesa, é um pormenor para este Mascarenhas. O facto de o seu palpite ser uma violação das regras do Estado de Direito apenas uma circunstância.

Estou farto destes Mascarenhas que não percebem nada daquilo que falam mas falam como se fossem mestres. Farto. Porque são estes Mascarenhas que depois ensinam ética aos novos jornalistas. A sua ética pelos vistos

4 comentários:

  1. Também ouvi. E não gosto de dar graxa, mas o seu post é tão na mouche ... Cumps.

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  2. 1- Desculpe, estávamos a referir á justificação do STJ para arquivar as escutas.

    2- Engraçado como o Mário Crespo, depois de escrever aquele artigo, vai “desenterrar” esse senhor para ele afirmar precisamente o contrário.

    3- Curioso também o facto contacto pelo Correio da manhã “Pinto Monteiro, procurador-geral da República, deixou passar o prazo para recorrer para o Tribunal Constitucional da nulidade das escutas invocada por Noronha Nascimento. O despacho do presidente do Supremo a dizer que seis conversas entre Vara e Sócrates devem ser destruídas é datado de 3 de Setembro, mas Pinto Monteiro só notificou a Procuradoria Distrital de Coimbra do teor da decisão a 30 de Outubro (dois dias depois da operação ‘Face Oculta’ ter sido desencadeada pela PJ).”

    http://www.correiomanha.pt/pesquisa.aspx

    4- A que acresce “A proximidade das eleições legislativas, no passado dia 27 de Setembro, dominou a reunião que em Junho juntou o procurador-geral da República, o procurador distrital de Coimbra e um magistrado de Aveiro. Pinto Monteiro, Braga Temido e João Marques Vidal falaram do processo ‘Face Oculta’, e os dois últimos deram conta ao responsável máximo do Ministério Público de que José Sócrates aparecia nas escutas telefónicas, em conversas validamente interceptadas com Armando Vara, ex-ministro socialista e amigo pessoal do primeiro-ministro.”

    http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=0BCC0358-673A-4C59-97EB-D2493A5D4A51&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181

    5- Parece que esta violação de segredo de justiça foi "educada" e esperou pela passagem das eleições.

    6- Sobre esse senhor, velho “conhecido”, fazemos nossas as palavras de Ruben de Carvalho sobre Carvalho da Silva

    7- Se quiser ler mais sobre a ofensiva da “Orquestra Vermelha” ao procurador, o director do económico que curiosamente também se chama António Costa, tem um texto engraçado que escorre pela mesma linha.

    http://economico.sapo.pt/noticias/vamos-voltar-a-discutir-o-pais_74476.html

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  3. Esse senhor Oscar Mascarenhas :)

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  4. Lembro que, numa noite propícia, o antigo "Independente" atribuiu-lhe um óscar, precisamente o Óscar Mascarenhas.

    Este infiltrado na profissão pôs-se do lado do FC Porto e foi falar (era presidente do Conselho de Ética do SJ) com Oliveira, sem nunca ter contactado o jornal em causa, depois do off-record publicado em Record.

    Para nunca mais esquecer.

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