Um colectivo das Varas Criminais do Porto considerou Bruno Pinto "Pidá" e mais três elementos do Gang da Ribeira culpados no homicídio do segurança Ilídio Correia. As penas variam dos 23 aos 21 anos para os arguidos.
Há cerca de dois anos, no final de 2007, a "noite" do Porto foi abalada por acontecimentos de violência inaudita, "à italiana".
Na altura, a PJ de Alípio Ribeiro foi criticada pela inoperância e demora na actuação, à medida que os homicídios se sucediam.
Hoje, passados os cerca de dois anos, o tribunal do Porto, condenou alguns dos responsáveis por esses acontecimentos e a juiz que presidiu ao colectivo, expressou publicamente aideia que estes acontecimentos eram apenas a "ponta do iceberg", na criminalidade violenta, a Norte, na noite do Porto.
Uma coisa porém, deve ser dita: a PJ de Alípio Ribeiro estancou a violência e o MP do Porto acusou em poucos meses e os factos foram julgados noutros tantos.
Melhor que isto, só na imaginação dos que propalam a "crise da justiça".
Se as penas fossem de 8 anos, também se poderia falar em «crise da justiça»?
ResponderEliminarTambém aqui (e relacionado com os média) também se deve questionar "se na sentença penal a fundamentação precede a decisão ou é uma sua justificação posterior" (de onde retirei infra).
ResponderEliminarMas agora não vai começar o habitual e infindável cortejo de recursos?
ResponderEliminarDe qualquer modo, as penas parecem-me leves. Quantos anos vão cumprir efectivamente? -- JRF
Se houvesse 'políticos' pelo meio não sei se seria assim. E, é verdade, os 'políticos' não matam, mas moem. As aspas devem-se, obviamente, ao facto incontestável de que não temos políticos, nem jornalistas, nem empresários, nem..
ResponderEliminarEm liberdade condicional: 10,5 anos/11,5 anos/ 15,5/ ou 19 anos no máximo.
ResponderEliminarCaros amigos
ResponderEliminarO que nos trás aqui é exactamente um caso de justiça ou falta dela.
Foi o tema do nosso post de hoje.
Esperamos poder vir a contar com aqueles que se sentem incomodados com o sistema de justiça e se sentem com capacidade de intervenção.
ESTADO DO PAÍS
De repente somos confrontados com uma reportagem que está a passar na RTP.
Tratava-se do caso de uma criança de 8 anos que, por decisão judicial, fora internada num lar de acolhimento.
Por acaso ou não, um lar evangélico.
Por acaso ou não, obrigada a práticas religiosas que se calhar nem sequer conhecia.
Por acaso ou não, forçada a viver contra vontade e fora do seu sistema normal de relacionamentos.
Isto porque a criança parece que se recusava a estar com o pai e o juiz entendeu que a culpada era a mãe. Definiu-se mesmo uma patologia adequada á situação. Que não é reconhecida pela OMS nem por outros organismos do foro psicológico ou psiquiatrico.
O resultado desta decisão, contestada por diversos juristas , psicólogos e pediatras, é frontalmente contrária á decisão judicial tomada.
Ouvindo a mãe e os avós, ficamos deveras perturbados pela situação em que estão obrigados a viver.
Há aqui um nítido erro de avaliação do caso e uma decisão judicial de "contra-natura". Parece que voltámos aos tempos medievais. O racionalismo parece que está ausente da vida nacional.
E perante isto o que é que se passa neste País?
NADA.
Muitos lamentamos, ou achamos inconcebível, ou ficamos revoltados, ou.....
NADA.
A criança vai continuar a estar retirada da família, dos amigos, dos afectos, e provavelmente a comprometer seriamente o seu equilíbrio mental.
A televisão deu a notícia e fez a reportagem. Amanhã outras coisas irão surgir. Como parece que os casos de corrupção já não são matéria a noticiar, vão variando a informação para descansarem um pouco os políticos.
Será que continuamos insensíveis e não somos capaz de ter uma atitude de contestação?
Este País e estas gentes não são certamente aquelas que gostaríamos de ter.
Este sistema judicial não é certamente aquele que precisamos.
Esta criança, contudo precisa do nosso auxílio.
Obrigatório, enquanto seres civilizados e com sentimentos.
Será que há gente para nos acompanhar num protesto publico contra a situação em que está forçada a viver, tanto ela como a sua família?
Trata-se de um caso de humanismo que nada tem de político.
Será que isto pode levar a assumirmos frontalmente a nossa revolta perante a injustiça que grassa neste miserável País?
Estamos disponíveis para avançar de imediato para um protesto público.
Temos de começar por algum lado.
O nosso mail é forcemergente@gmail.com
Se houver um mínimo de pessoas amanhã estaremos na rua.
a)Em relação ao poste, apláudo de pé:
ResponderEliminaro Porto é uma grande Nação !
:)
Gracejo à parte, também me parece importante noticiar as vitórias da justiça, contrariando quem sem isenção só lhe aponta os defeitos.
b)
Em relação ao comentário que antecede, embora compreendendo as razões expostas há que saber porque foi a criança retirada da família. Estaria protegida no seio da família?
Em relação `a instituição. Essas são escassas e as necessidades muito grandes.
Supostamente e apesar das características da Instituição,a criança está acolhida, alimentada, protegida. A que tipo de culto religioso é que a criança está sujeita ?
Admito não ter grande cultura religiosa reformista, mas não creio que os Evangélicos tenham cultos que prejudiquem a sanidade mental da criança. Serão "missas" diferentes das católicas, leituras bíblicas provavelmente mais intensas, não mais.
E porque é que se parte do pressuposto que a criança é obrigada aos cultos. Talvez não seja regra da Instituição, não sei.
Contudo, são questões que deverão preocupar os Magistrados que promoveram e decretaram esta medida de promoção e protecção e eventualmente modificá-la, se caso disso.
Saudações
Como o José já tem falado neste caso,aqui fica para se divertir,
ResponderEliminarhttp://videos.sapo.pt/H38NBiOGquyiYj1EkzGy
http://videos.sapo.pt/G7M2DgcwFU0Dgqzoebuk
http://videos.sapo.pt/33V5vLNQWbGDszpdo1Zb
http://videos.sapo.pt/0Dwwu0ezjFt6jK4ebW47
http://videos.sapo.pt/k9UaZIdvb6MNiUz3fH7F
http://videos.sapo.pt/FRVzNwSO826pqwUflPC0
Ouvi a primeira. Não entendo como foi possível branquear esta merda.
ResponderEliminarCaro José, julgo que o assunto não foi branqueado, pois houve um julgamento, onde tudo foi analisado, onde as testemunhas foram ouvidas e que no fim ilibou Pinto da Costa. E sabemos bem, todo o investimento, todo o empenho que o ministério público colocou neste caso, infelizmente ao contrário de muitos outros casos. Sou Portista, mas sei perfeitamente que o Porto oferece umas meninas aos árbitros que pedem e que há promiscuidade nas relações entre clubes e árbitros. O que se passou de lamentavel neste caso, é que se quis dar a ideia, que tudo isto é um exclusivo do Porto e todos os outros são uns anjinhos. Como se isto não fosse normal em todos os clubes !O telefone de PdC, esteve sob escuta durante mêses e foi isto que se apanhou, mas Luís Filipe Vieira, apesar de nunca ter tido o telefone sob escuta ( quem teria coragem , para tal ?)também foi apanhado a escolher árbitros e noutro caso a recusar pois dizia "ja fiz a coisa por outro lado ", por isso imagine o que se apanharia se também tivesse o telefone sob escuta por meses.
ResponderEliminarFoi uma pena, o ministério público, não ter aproveitado este caso, para fazer uma investigação séria do futebol Português de norte a sul, mas na verdade nunca foi essa a intenção.O MP liderado por Morgado, foi a reboque de uma orquestração montada por Pinhões e Vieiras, com base apenas numa testemunha fantoche, que, imagine-se, responde agora por perjúrio nesses mesmos testemunhos !
Quando falei acima da falta de empenho do MP noutros casos, posso dar o exemplo de Carolina Salgado, uma mulher que andou nas palminhas da mão de Morgado,(tinha até o seu nº de telemóvel, para lhe falar quando fosse preciso !!!)esteve anos (está?) com protecção policial, que a acompanhavam a festas onde saia alcoolizada e provocava acidentes, que a acompanharam a uma clinica de aborto!!!!, etc, mas ao mesmo tempo, a testemunha chave do processo contra Ferreira Torres, andava aí aos caídos a levar sovas e teve mesmo que fugir para o Brasil e quando chegou ao julgamento, desmentiu tudo o que tinha dito sobre Fereira Torres.
Enfim, prioridades da (In)justiça.
"Sou Portista, mas sei perfeitamente que o Porto oferece umas meninas aos árbitros que pedem e que há promiscuidade nas relações entre clubes e árbitros. O que se passou de lamentavel neste caso, é que se quis dar a ideia, que tudo isto é um exclusivo do Porto e todos os outros são uns anjinhos."
ResponderEliminarEntão não diga mais nada, porque o problema passa por aí...
A corrupção desportiva no caso do FCP foi descoberta por causa do Apito Dourado, em Gondomar.
Foi incidental e pode por isso mesmo, afirmar-se sem margem para grandes dúvidas que há corrupção deportiva generalizada.
Sendo assim, a atitude de olhar para o lado e assobiar, não é eticamente aceitável.
Pode ser compreensível mas o melhor é dizer nada e que afinal não importa cumprir regras. O que importa é ganhar. Ou, dito de outra forma, os fins justificam os meios e o que importa é não ser apanhado.
É esta a ética prevalecente.
Caro José, tenho pena que não tenha lido todo o meu comentário.
ResponderEliminarO MP perdeu uma óptima oportunidade para fazer uma investigação séria, sobre o bas-fonds do futebol Português, mas não o quis e isso percebe-se quando só os telefones de alguns é que ficaram sob escuta.
Os desvios desta investigação ficam muito claros, quando vimos nos telejornais, que o secretário de estado da justiça, que é interrogado sobre as quebras do segredo de justiça no caso das escutas de PdC e o advogado do Benfica, que andou a fazer figuras tristes na UEFA, são exactamente a mesma pessoa. Aliás, este senhor já se sentava à direita do PGR no conselho superior de magistratura, aquando da investigação do apito dourado.
Que me diz ? Acha que sou mesmo eu que estou a assobiar para o lado ?
Não, acho que não entende o funcionamento do sistema, mas vou tentar explicar:
ResponderEliminarO caso do APito começou em Gondomar e os investigadores da PJ ( Um deles é o mesmo do Face Oculta, Teófilo Santiago), pegaram nas denúncias concretas que receberam contra Valentim Loureiro e apanharam em escutas vários outros, como é o caso de Pinto da Costa. Houve certidões para outros processos, mas a investigação deve centrar-se em factos concretos.
Não foi uma investigação por arrasto ao fenómeno da corrupção desportiva, foi apenas uma investigação a certos factos que foram denunciados e depois a outros que se conheceram.
Por isso, não tem muito sentido dizer que o MP não quis ir mais longe, porque até há quem diga que foi longe de mais e devia ter ficado pelo Boavista...