A propósito da visita de Sua Santidade ( o primeiro-ministro chamou-lhe Eminência...) Bento XVI a Portugal, a revista Sábado, em separata, publicou um pequeno historial das visitas papais ao nosso país, focando em demasia o aspecto político e até politiqueiro dessas visitas e pelas teclas de um historiador- Rui Ramos- ficamos a saber que na primeira visita papal, a de Paulo VI em 13 de Maio de 1967, o poder político de então, centrado na figura de Salazar, quase nem o recebia. Apesar de as fotos publicadas algumas páginas à frente o desmentirem, Rui Ramos escreve que "Quando soube que o Papa planeava aparecer em público ao lado da vidente Lúcia, Salazar deu vazão ao seu desprezo: achou Paulo VI demagógico e ameaçou nem se encontrar com ele."
Ora o que provam as imagens da época?
Ora o que provam as imagens da época?
Isto:
O que as imagens acima ( retiradas da Flama de 19.5.1967, clicar na imagem para ver melhor)comprovam é a anuência, pelo menos diplomática, de todo o regime, incluindo o presidente da República e todo o governo de Salazar, em peso, à visita de Sua Santidade, Paulo VI. Se reticências houve, não se notam nestas imagens e muito menos no que as mesmas significam para a posteridade.
Mas as imagens comprovam ainda outra coisa importante. Isto:
Mas as imagens comprovam ainda outra coisa importante. Isto:
Esta imagem acima mostra a multidão de "romeiros" ( era assim que então se dizia numa palavra entretanto esquecida e substituida por "peregrinos") é uma constante em Fátima. Neste caso, a revista Flama de 19.5.1967, contava que teria sido cerca de milhão e meio de pessoas que lá esteve.
Mesmo com o desconto de não terem sido contados a preceito, a verdade é que a multidão de romeiros em Fátima, nestas ocasiões, conta-se sempre nas largas centenas de milhar. Este anos terão estado por lá, cerca de 500 mil romeiros da fé.
E é disto que se trata: romeiros da fé. Uma fé que o Papa Bento XVI salientou hoje mesmo que é vivida de modo envergonhado por uma certa intelectualidade.
Porque será? Por causa do povo? É que se estas centenas de milhar de pessoas não são o povo, não sei o que seja o povo. Certamente não serão os escassos ateus militantes ou os grupos organizados de jacobinos que abarcam todo o povo.
E se assim é, não se compreende a força política da jacobinada e do ateísmo militante. Pura e simplesmente não se compreende nem se entende de onde lhes surge a legitimidade para farroncar sempre que lhes apetece.
Que legitimidade têm esses grupos minoritários para se imporem intelectualmente a uma multidão de crentes que nenhum partido político consegue mobilizar, mesmo em coligação total, e que fazem de Portugal um país cristão, como sempre foi?
Mesmo com o desconto de não terem sido contados a preceito, a verdade é que a multidão de romeiros em Fátima, nestas ocasiões, conta-se sempre nas largas centenas de milhar. Este anos terão estado por lá, cerca de 500 mil romeiros da fé.
E é disto que se trata: romeiros da fé. Uma fé que o Papa Bento XVI salientou hoje mesmo que é vivida de modo envergonhado por uma certa intelectualidade.
Porque será? Por causa do povo? É que se estas centenas de milhar de pessoas não são o povo, não sei o que seja o povo. Certamente não serão os escassos ateus militantes ou os grupos organizados de jacobinos que abarcam todo o povo.
E se assim é, não se compreende a força política da jacobinada e do ateísmo militante. Pura e simplesmente não se compreende nem se entende de onde lhes surge a legitimidade para farroncar sempre que lhes apetece.
Que legitimidade têm esses grupos minoritários para se imporem intelectualmente a uma multidão de crentes que nenhum partido político consegue mobilizar, mesmo em coligação total, e que fazem de Portugal um país cristão, como sempre foi?
Têm a mesma legitimidade dos "interpretadores" da AR que aprovaram a actual lei da nacionalidade:são traidores ao zé povinho...
ResponderEliminarBoa pergunta, José.
ResponderEliminarTambém não percebo e ainda menos o Rui Ramos.
Eles aqui há tempo fizeram uma publicação um tanto disparatada. Um livro colectivo acerca dos "ismos".
E nos famigerados "ismos" tudo se torna igual.
aqui .
ResponderEliminarTem piada ver quem participou e quais os "antis" que escolheram.
Entretanto mudei as concordâncias do sujeito com o verbo e passei-os ao singular...
ResponderEliminarEste historiador (que anda a deixar crescer cabelo na proporção directa da diminuição da sua independência como historiador)ou me engano muito ou já faz parte desse grupo de jacobinos/maçónicos.Não devo andar muito longe da verdade.
ResponderEliminarEle nunca foi independente e o mal é esse.
ResponderEliminarMas não o imaginava a vender-se ao clube do avental.
Quem aceita debater ideias com um tal Pedro Adão e Silva, o exemplo mais refinado do jacobinismo jovem e do ateismo de raiz intolerante, é porque perdeu as suas.
ResponderEliminarÉ mau sinal.
ehehe
ResponderEliminarNunca vi isso.
Mas custa-me a crer que não seja uma coisa mais básica- meter ao bolso.
E não li este artigo mas até imagino que tenha sido por falta de investigação.
Agora as baboseiras que ele escreve a defender a cartilha neo-tonta é que nem para uma criança de 5 anos.
Aqui há tempos fez a descoberta fenomenal que o problema dos PIGs tugas foi de não terem "prescindido do estado social insustentável" como o fizeram os alemães que agora, por essa via, conseguem ser tão competitivos que nem nos compram nada.
Palavra- ele escreveu literalmente isto. E esta treta é paleio da mongalhada neo-liberal.
Aquilo até apetecia esfregar-lhe com o Bismarck nas ventas.
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