Coloco aqui um comentário de um anónimo que assina "Pisca":
“1.É impressionante como as coisas realmente graves desaparecem do radar da sociedade portuguesa. Vamos lá fazer um exercício de memória: o Conselho Superior do Ministério Público considerou como provadas as pressões de Lopes da Mota sobre os procuradores do caso Freeport. A pena proposta foi de 30 dias de suspensão. Este caso começa a não fazer sentido logo aqui: se Lopes da Mota pressionou dois procuradores, a pena de 30 dias de suspensão é ridícula. Se Lopes da Mota pressionou dois procuradores no sentido de beneficiar José Sócrates, então a pena certa devia ser a suspensão definitiva.2. O caso começa a fazer ainda menos sentido quando o advogado de Lopes da Mota dá a entender que as pressões vieram do próprio procurador-geral da República e da directora do DCIAP, Cândida Almeida. Como salientou um editorial deste jornal, uma coisa é certa no meio desta confusão: existiram pressões no sentido de beneficiar o primeiro-ministro.
3. Eu não sei se há gente corrupta ou corrompida nesta história. Mas sei que o Ministério Público está institucionalmente desfeito. É bom lembrar que Cândida Almeida fez parte da comissão de honra de Mário Soares em 2006. É aceitável este tipo de comportamento por parte de uma procuradora? Não, não é. E as regras internas do Ministério Público deviam ser claras a esse respeito. O procurador-peral da República devia ter o poder para impedir que um procurador crie, através dos seus actos, um clima de promiscuidade entre justiça e partidos.
4. O caso Lopes da Mota podia ser o mote para uma discussão alargada sobre as mudanças institucionais que é preciso introduzir no Ministério Público. Mas isso não está a acontecer, nem vai acontecer. A elite portuguesa nunca discute regras e instituições; só discute pessoas. “
http://aeiou.expresso.pt/e-o-caso-lopes-da-mota=f560360
A cabeça do MP finou-se, pim, pá, pum. Não serve para coisa alguma. Pobres dos restantes delegados (sou velho e não quero saber de modernices) sérios que combatem o crime e são barrados, vilipendiados e apodados de incompetentes. Pobre instituição gerida por sedento de entrevistas e servida pela criatura Cândida e Morgado.
Lamentavelmente não indiquei a autoria dos primeiros quatro pontos não obstante as aspas e a referência ao “link” (é assim?). O autor é um jovem que dá pela graça de Henrique Raposo. Apenas a parte final é autoria da minha pobre cabeça. As minhas desculpas.
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