O escritor José Jorge Letria, dantes era músico. Numa pequena troca de ideias na revista Sábado desta semana, numa rubrica habitual chamada "Os meus erros", J.J. Letria dá conta dos seus. Um deles é este:
" Ter acreditado nisso [na construção do "Homem Novo"]. O ser humano é estruturalmente o mesmo há milhares de anos. Não há soluções ideológicas ou regimes providenciais que o libertem dos defeitos milenares".
Esta sabedoria relativamente recente de José Jorge Letria, se alcançada mais cedo, nos tempos da sua juventude, teria poupado algumas desilusões e principalmente teria contribuído para um país melhor, mais equilibrado, mais consentâneo com a tradição do que é nosso e nos caracteriza.
Acima podem ver-se (clicar para ver melhor), dois números da revista Mundo da Canção. O da esquerda, publicado na Primavera de 1973 e que foi proibido e apreendido pela Censura marcelista ( como se pode ler na cinta original que o envolve) e o da direita, de Maio-Junho de 1974, com um texto do jornal República de 7.5.1974, numa linguagem sobre as canções de J.J. Letria que comove as pedras da calçada ideológica do comunismo vigente. "Uma canção que se faz de punho erguido" era a bandeira do então cantor José Jorge Letria, porque era só "assim que a canção fará sentido".
Este pendor ideológico de J.J. Letria, em 1974 , era o da Esquerda, típica, utópica e que afinal já não encanta J.J. Letria nos dias de hoje. Mas continua a encantar um José Mário Branco e encantou José Afonso do mesmo modo radical e utópico, com consequências devastadoras para o nosso "belo estado social". E muitos dos utópicos, nos dias de hoje, acoitam-se, felizes, nas fileiras do Bloco, último reduto de uma miragem ideológica indefinida. A utopia, como a ferrugem, resiste sempre ao tempo e à mudança.
Acima podem ver-se (clicar para ver melhor), dois números da revista Mundo da Canção. O da esquerda, publicado na Primavera de 1973 e que foi proibido e apreendido pela Censura marcelista ( como se pode ler na cinta original que o envolve) e o da direita, de Maio-Junho de 1974, com um texto do jornal República de 7.5.1974, numa linguagem sobre as canções de J.J. Letria que comove as pedras da calçada ideológica do comunismo vigente. "Uma canção que se faz de punho erguido" era a bandeira do então cantor José Jorge Letria, porque era só "assim que a canção fará sentido".
Este pendor ideológico de J.J. Letria, em 1974 , era o da Esquerda, típica, utópica e que afinal já não encanta J.J. Letria nos dias de hoje. Mas continua a encantar um José Mário Branco e encantou José Afonso do mesmo modo radical e utópico, com consequências devastadoras para o nosso "belo estado social". E muitos dos utópicos, nos dias de hoje, acoitam-se, felizes, nas fileiras do Bloco, último reduto de uma miragem ideológica indefinida. A utopia, como a ferrugem, resiste sempre ao tempo e à mudança.
Os verdadeiros comunas mudaram, coitados. Não conheço nenhum capaz do ódio que ali se destila contra Vasco Morgado e Paco Bandeira, coitados. Esses, os que ainda são capazes de tal ódio, foram para o BE, ou para o PS... É aí que está agora a escola do ressentimento.
ResponderEliminarBelo texto...
ResponderEliminarQuando vi, há pouco tempo, na TVI "As mulheres da minha vida" (do Goucha, entenda-se)disse precisamente o mesmo.
A entrevistada era... Zita Seabra.
Nem mais!!!
Os ratos fogem mas a luta de quem trabalha por um dia a dia digno continuará.
ResponderEliminarEu que o diga, caro "joão Carlos"...!
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