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terça-feira, dezembro 07, 2010

Isto só visto!

Sol:

Portugal registou uma evolução «impressionante» nos resultados da avaliação de alunos, afirmou hoje um responsável da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).
«Portugal ocupava o fundo da tabela nos relatórios anteriores e desta vez aproximou-se da média dos países da OCDE, ultrapassando por exemplo a Espanha», afirmou Andreas Schleicher, director da Divisão de Indicadores e Análise da Direcção de Educação da OCDE

Andreas Schleicher refere que a melhoria de resultados «pode ser explicada em primeiro lugar pelas políticas seguidas nos últimos anos e por uma conjugação de factores como a avaliação de professores e um controlo sério da qualidade do ensino. Não se pode melhorar o que não se conhece», explica o responsável da OCDE.

O relatório PISA revela também que «diminuiu o peso das repetições, cujo nível continua alto em Portugal»


Tomara que assim fosse. O problema é que isto cheira demasiado a mais uma mistificação. Quando alguém refere a "avaliação dos professores e um controlo sério da qualidade do ensino" como factores da melhoria, sem mencionar as estatísticas e o modo de as elaborar, só pode estar a brincar. Ou a mentir descaradamente.
Até quando a mentira como modo de comunicar estas coisas?

28 comentários:

  1. ahahahahha

    Isto é anedota. Os exames nacionais tornaram-se uma palhaçada tão básica que qualquer cábula é excelente.

    Quanto à dita avaliação dos professores, a anedota ainda é maior.

    Mas que avaliação? de quê? que treta é que aconteceu a não ser acrescentar-se umas palhaçadas de cruzinhas feitas entre colegas, pelas aulas uns dos outros, a par dos mesmíssimos "cursos" de progressão na carreira que convém que ninguém saiba em que consistem?

    Palhaços! aldrabões. Até conseguiram fazer outras cretinices. Dispensaram equipas que elaboram os exames nacionais com anos de antecedência e deitaram-nos fora para pagarem a novas equipas para os fazerem ainda mais fáceis.

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  2. Eu não sei é como é que os profs não se manifestam quando escrevem coisas destas em nome deles.

    Não sei. Esses também nunca os entendi. Se houver algum que tenha o desplante de dizer que "foi avaliado" e que ser "avaliado" é muito importante, pois também "avaliam", só pode ser um grande idiota.

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  3. E passaram exames nacionais com erros e não vi ninguém a dizer nada.

    Dei por isso no outro dia. E foram das tais novas equipas depois de dispensarem quem tinha por trabalho criticar e até obrigar a fazer de novo, qualquer prova mal elaborada ou com erros, ou demasiado básica.

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  4. A FÁBRICA DE MENTIRAS DO PRIISTA GURRIA E DO CONSELHEIRO XUXA FERDOSO.

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  5. Mas este Andreas Schleicher é um "científico". Todo cheio de grandes teorias moderníssimas.

    Como é que um tipo destes pode escrever uma bacorada destas acerca de uma coisa que desconhece em absoluto?

    É o que eu digo- os cientóinos estão aí para ajudar a engrominar meio mundo.

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  6. Está aqui. É este: http://www.nml-conference.be/?p=26

    Foi este génio cheio de currículo que teve a lata de dizer esta imbecilidade. Que tivemos progressos no resultado dos alunos devido à boa política de avaliação de professores.

    Era atirarem-lhe com ovos podres à cara.

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  7. Esta treta da "avaliação" dos professores ainda me encanita por ter sido das maiores patranhas em que toda a gente caiu.

    Uma imbecilidade que nem sabem o que é nem para quê. Foi a maior patranha que se conseguiu inventar com o fito exclusivo de pouparem uns dinheiros nos ordenados.

    Mais nada. Uma mentira gigantesca. Uma inutilidade. Não houve seriação de ninguém, nem poderia haver. Nem houve inspecção de trabalho algum de qualquer professor nem poderia haver. Fizeram a mesmíssima macacada que os pedagogos inventaram para se impedir que um professor ensine. Tabelas de objectivos e paleio no género. Uma rábula cientóina à Bouvard e Pécuchet.

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  8. Eu ainda estou parva.
    "Não se pode melhorar o que não se conhece", diz o trafulha. Mas pode falar do que desconhece.

    Tenho pó a estes cientoinos dos tachos e galões à distância. São ainda mais perigosos que os caseiros.

    Aos caseiros ainda se pode insultar e colocar a cabeça a prémio nas ruas. A estes nada. São os experts estrangeiros. Os de cúpula. Os que fazem o frete aos bandidos do poder.

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  9. Esta avaliação é uma fraude. Toda a gente que ensina sabe disso.

    É uma fraude porque não resolve o problema dos maus professores que apanham facilmente com um bom ou muito bom ou até excelente numa avaliação porque quem a faz são os colegas e quem a supervisiona são os conselhos executivos que podem desautorizar quem a faz.
    Já aconteceu e por isso esta treta é a maior fraude o ensino que pode haver: fazer passar por uma avaliação de excelência o que não passa de um mero jogo de notas sem correspondência com a realidade.

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  10. Pois é uma fraude. Mas foi bem vendida e bem comprada pela opinião pública.

    O José lembra-se como até aqui na blogosfera se apedrejava quem dissesse isto. Até os neotontos ombrearam com os xuxas na patranha.

    E os profs... eu sou suspeita. Não faço parte da tribo e não tenho tão boa opinião dela quanto o José.

    Não precisavam de ter acatado a mentira. E deviam ter ido até ao fim na luta.

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  11. Quando digo que não faço parte da tribo é isso mesmo. Estou a leste do ensino submetido ao Ministério da Educação. Sei de algumas provas nacionais, mas isso é outra coisa.

    E é claro que não estou a dizer que Portugal seja um caso estranho de ter maus professores e por isso ser preciso mudar de povo. Não. Penso que são até melhores do que já se tornou a anormalidade em Itália ou Inglaterra.

    Mas não têm nunca coragem para desmontar as patranhas que os obrigam a fazer. Nunca. Trabalham para os trafulhas do Ministério. E, quando se revoltam, como revoltaram, com toda a justiça, não conseguiram fazer passar a mensagem. Deviam ter coragem de contar tudo, mesmo que isso até vá contra eles. Mesmo que lucrem em alinhar na patranha deviam desmontá-la e pôr a cabeça a prémio dos pedagogos.

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  12. Para mim, os professores de hoje são como os professores de ontem e de anteontem. Há os bons, os muito bons, os maus e os muito maus.

    Sempre foi assim.

    Em Matemática ou Português, um mau professor é a maior desgraça que pode acontecer a um aluno na escola. Nunca mais se recompõe a não ser com explicações particulares.


    Para afastar esses maus professores não há instrumentos idóneos e o sistema de avaliação que existe não resolve de modo algum esse problema que é o único verdadeiro problema com a avaliação dos professores.

    A questão dos professores serem melhores ou piores, sendo importante é menos do que os programas, o modo como estão feitos a burocracia que exisgem actualmente aos professores sem razão alguma que sirva verdadeiramente os alunos.

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  13. Sei disto porque convivo diariamente com professores, tenho filhas a estudar e sei que é assim.

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  14. Pois. Eu já não tenho esse contacto tão próximo. Mas tenho amigos professores e sei, por ter me terem mostrado, em que consistiu a dita "avaliação".

    Como sei, há muito mais tempo, em consiste a famosa "formação" para progressão na carreira. Anedotas que deviam dar direito a assuada a quem as faz e impõe.

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  15. Não sei se será assim de forma tão absoluta. Acredito que os bons são sempre bons. Mas, a partir daí, há outros factores que podem impedir que um mediano até se torne bom.

    As ditas pedagógicas, a tal mentalidade ISCTE, como o José costuma dizer, são um cancro que não existia noutros tempos.

    E a dita "avaliação" é uma anormalidade decalcada do mesmo- das grelhas do eduquês.

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  16. É como diz. Os programas, as disciplinas que tiram e as que inventam, assim como a ideia do que deve ser a aprendizagem, são o grande problema.

    Mesmo um bom professor está sujeito a ter de trabalhar para o Ministério, antes de trabalhar para os alunos.

    Há disciplinas, por de tal modo tratarem de questões universais, que escapam a isto. Mas outras não. E nessas a desgraça é tremenda.

    Ninguém pode fazer milagres, quando tem programas imbecis e os tais objectivos pedagógicos a estragarem tudo.

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  17. Quem é que sabe identificar melhor um mau professor?

    Os alunos, obviamente. Sempre foi assim.

    Então porque não se segue a fileira e se tenta perceber quem são os maus para os colocarem noutras funções onde possam ser menos maus ou até bons?

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  18. Mas como é que o cientoino terá chegado à conclusão que chegou?

    Nem li o artigo do jornal e tenho de ir. Mas estes melros intrigam-me. Quem são eles?

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  19. Não sei quem disse (o Medina Carreira?) que não se percebe como se vai avaliar professores, quando não se consegue avaliar os alunos. Isto é tudo uma palhaçada e uma fantochada. Não há nada pior. Nem a justiça, que a considero muito abaixo de cão.
    Dito isto, tenho amigos professores. E é verdade que noto um crescente desânimo. Se não tiverem um mínimo de sorte na turma de pequenos delinquentes que lhes calha, já é bom se não apanharem na cara, quanto mais ensinar. E alguns tenho a certeza que poderiam ser bons.
    Com toda a pedagogia e modernidade, tornou-se impossível ensinar. Mandaram magalhães para as escolhas quando o necessário são muitas meninas de cinco olhos! -- JRF

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  20. Excelente post - o blog Geopedrados roubou-lho, José...

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  21. Este comentário foi removido pelo autor.

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  22. Paulo:
    Na mesma notícia do Público de hoje cita-se uma socióloga francesa que diz que o PISA "está a matar a matriz da educação".

    Essa matriz é o saber. O verdadeiro e não o de algibeira. Ou de almanaque, se preferir.

    A meu ver, em Portugal nos últimos anos e devido a estas políticas de educação, não se alterou nada de substancial.
    E quando refiro que há fraude também disso porquê: porque se referem estas estatísticas ( especialidade da senhora dona Lurdes Rodrigues) aferidas a políticas de educção destes governos como sejam as avaliações de professores. E nesta parte nem fraude é, porque é apenas uma rotunda e simples intrujice.

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  23. Este comentário foi removido pelo autor.

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  24. É trafulhice! é a maior vigarice que se pode imaginar.

    Quer contar o que sabe para eu contar o que sei e depois vermos quem anda a gozar com o pagode?

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  25. Ora desenvolva lá essa palavra que toda a gente sabe repetir: "avaliar".

    O que é que se fez e se avaliou e como?

    Força. Conte lá em detalhe em que consiste a dita avaliação em vez de repetir chavões.

    Depois de contar e explicar em que consiste a dita "avaliação de professores" podemos concluir alguma coisa. Estes concluíram que até o os alunos ficaram mais sábios à custa de um enigma que ninguém quer desenvolver.

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  26. O relatório conduz a uma mistificação que é logo aproveitada politicamente.

    A avaliação segundo os critérios de Pisa é apenas isso. E serve para comparar relativamente os países, nesse nível de avaliação e aí Portugal subiu uns pontos.
    Parabéns a quem trabalhou para isso. Mas não se dê o crédito ao Governo por esse facto nem muito menos alargando o louvor em modo antonomásico abrangendo tudo no sucesso global que não existe.

    O ensino em Portugal está pior que antes de 25 de Abril de 74. Muito pior.Quanto a mim.

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  28. Como desconheço fonte de informação dita "alterantiva" em português para portugueses, tenho que me bastar com algo do outro lado do Atlântico. Apesar das óbvias (?) diferenças, reconheço bastantes semelhanças. Diria mesmo que ajuda a perceber qual "O OBJECTIVO" destas mistificações todas...

    http://www.youtube.com/watch?v=amOQOG3o9DA

    Procurem também o livro em formato .pdf "The Deliberate Dumbing down of America".

    http://www.deliberatedumbingdown.com/pages/book.htm

    http://www.deliberatedumbingdown.com/MomsPDFs/DDDoA.sml.pdf

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