O jornal i comemorou 500 edições com uma especial em que o prato de fundo é uma entrevista a Mário S. No jornal o ex-presidente, espraia-se em três páginas a dar palpites sobre a crise e mais o par de botas habitual.
Como ilustração, o jornal mostra-o numa foto no "seu" gabinete na Fundação que tem o seu nome, mas sustentada pelo Estado. O dito gabinete à primeira vista parece o escritório particular de um indivíduo com posses. As fotos que ornamentam as prateleiras respeitam a figuras públicas do mundo político que o político Mário S. frequentou.
Em determinada altura da entrevista, sobre a crise, cita o tempo em que foi primeiro-ministro para dizer que nessa altura "estávamos pior" porque "Tínhamos acabado de fazer uma revolução, que tinha tido grandes problemas, com o PREC, em que havia ainda latente, em parte da extrema-esquerda, a ideia de que nós deveríamos ser a Cuba europeia! Está a ver onde estávamos hoje se fôssemos a Cuba europeia! Às vezes as pessoas esquecem isso..."
Não esquecem não. O que esquecem e o próprio entrevistado pelos vistos também não está muito interessado em lembrar é que o partido que então governava, portava-se em matéria económica, como autêntico "compagnon de route" dos tais que achavam que deveríamos ser a Cuba europeia... e tal mito de negação tende a prolongar-se como desculpa.
Por essa e outras razões ando a publicar memórias dos jornais desse tempo. O PS de 1977 já não tinha emenda e só em plenos anos noventa concordou em alterar a Constituição relativamente às nacionalizações. Se alguém é responsável pelo estado da economia nacional nesse tempo, é o dito cujo com memória muito curta e de raciocínio ainda mais breve.
Noutra passagem, ainda sobre os aspectos da crise, sugere que " A minha ideia é que um governo muito menor- com menos secretários de Estado e assessores- seria um bom exemplo de austeridade que o país seguramente entendia."
Talvez Mário S. tenha razão. Mas a entrevistadora- Ana Sá Lopes, uma das tais "suaves" do jornalismo português- deveria ter-lhe perguntado se a sua Fundação merece os milhões que custa ao Estado, saídos do bolso de todos...e se tal poupança não seria bem melhor percebida. Ou então, em alternativa uma pergunta muito simples: o Estado ainda lhe continua a pagar o telefone?
Como ilustração, o jornal mostra-o numa foto no "seu" gabinete na Fundação que tem o seu nome, mas sustentada pelo Estado. O dito gabinete à primeira vista parece o escritório particular de um indivíduo com posses. As fotos que ornamentam as prateleiras respeitam a figuras públicas do mundo político que o político Mário S. frequentou.
Em determinada altura da entrevista, sobre a crise, cita o tempo em que foi primeiro-ministro para dizer que nessa altura "estávamos pior" porque "Tínhamos acabado de fazer uma revolução, que tinha tido grandes problemas, com o PREC, em que havia ainda latente, em parte da extrema-esquerda, a ideia de que nós deveríamos ser a Cuba europeia! Está a ver onde estávamos hoje se fôssemos a Cuba europeia! Às vezes as pessoas esquecem isso..."
Não esquecem não. O que esquecem e o próprio entrevistado pelos vistos também não está muito interessado em lembrar é que o partido que então governava, portava-se em matéria económica, como autêntico "compagnon de route" dos tais que achavam que deveríamos ser a Cuba europeia... e tal mito de negação tende a prolongar-se como desculpa.
Por essa e outras razões ando a publicar memórias dos jornais desse tempo. O PS de 1977 já não tinha emenda e só em plenos anos noventa concordou em alterar a Constituição relativamente às nacionalizações. Se alguém é responsável pelo estado da economia nacional nesse tempo, é o dito cujo com memória muito curta e de raciocínio ainda mais breve.
Noutra passagem, ainda sobre os aspectos da crise, sugere que " A minha ideia é que um governo muito menor- com menos secretários de Estado e assessores- seria um bom exemplo de austeridade que o país seguramente entendia."
Talvez Mário S. tenha razão. Mas a entrevistadora- Ana Sá Lopes, uma das tais "suaves" do jornalismo português- deveria ter-lhe perguntado se a sua Fundação merece os milhões que custa ao Estado, saídos do bolso de todos...e se tal poupança não seria bem melhor percebida. Ou então, em alternativa uma pergunta muito simples: o Estado ainda lhe continua a pagar o telefone?
ehehehe
ResponderEliminarO José, hoje, está muito bem-disposto e com a língua bem afiada.
E o polícia 24 horas?A esse não o mandou embora...
ResponderEliminaro seu eeeegooo é maior que a légua da Póvoa e inversamente proporcional ao mérito e competência.
ResponderEliminarnão leio boxexadas.
vi-o duas vezes na maçonaria: quando foi recebido na qualidade de irmão estrangeiro e no velório do meu querido Amigo Adão e Silva.
Pitigrilli pensava assim deste tipo de irmãos (pai e filho do pai) 'eram mais que inimigos, eram irmãos'
Ainda bem que não esquecem e temos o arquivo do José para lembrar os esquecidos!
ResponderEliminarSó um jornal que já se vê no Inverno da vida vai buscar o Mário Soares para comemorar 500 edições. Naturalmente nunca pensaram chegar tão longe. Querem recordar os pontos altos e coisas assim.
PS: Mais um Nobel para o Assange por ter revelado aos bloggers e comentadores nacionais a palavra "suave". Mas não se esqueçam que foi o Cavaco Silva o autor da proeza, citado por diplomata americano. -- JRF
Na Maçonaria o "irmão" Mário tem o grau 33 segundo se diz. Baixo, até nisso. Mas não precisa disso para nada. A Maçonaria para ele é como o futebol para muitos: um jogo que se vê pela tv.
ResponderEliminarFloribundus:
ResponderEliminarO seu amigo Adão e Silva é o pai do Pedro Adão e Silva que anda por aí a vender banha da cobra xuxa aos quatro cantos dos media?
Por andará o Sr. Rui Mateus.
ResponderEliminarSerá que ainda haverá mais ps desconhecido.
E o Jornalista, Joaquim Vieira, da revista Grande Reportagem.
É claro que em Portugal, não existe censura.