Quando se fala no PREC em Portugal associa-se a expressão à esquerda do PCP e às políticas seguidas em 1974-75 com vista à instauração em Portugal da famigerada "sociedade sem classes".
Esquecemos porém algo importante para definir todo o panorama desse PREC, processo revolucionário em curso na sociedade portuguesa, defendido por outras forças políticas afastadas do PCP e acantonadas numa Esquerda global que então dominou todo o panorama político, social e principalmente mediático.
Esquecemos porém algo importante para definir todo o panorama desse PREC, processo revolucionário em curso na sociedade portuguesa, defendido por outras forças políticas afastadas do PCP e acantonadas numa Esquerda global que então dominou todo o panorama político, social e principalmente mediático.
A visão da economia e da sociedade veiculada pelos media pode afinar-se por estes artigos que abaixo se colocam, da revista Vida Mundial de 10.4.1975 e 24.4.1975
Logo após as nacionalizações de 11.3.1975 o problema era o célebre "Que fazer?" Por isso o futuro estava "suspenso" das orientações políticas que ultrapassassem as contradições do processo revolucionário. A linguagem usada nos artigos é o de uma verdadeira campanha de propaganda em prol do comunismo, mas havia o PS e o PSD que não sintonizavam exactamente na mesma onda ideológica, o que motivou o fracasso desse mesmo PREC em 25 de Novembro desse ano.
Não obstante, as "conquistas de Abril" efectuadas em Março, permaneceram por muitos e longos anos, porque havia outra onda ideológica que assentou arraiais no mesmo PS: como se pode ler na entrevista de César de Oliveira, um teórico do MES já falecido ( e que foi autarca em Oliveira do Hospital) que juntava personalidades como Jorge Sampaio, Ferro Rodrigues e outros que vieram depois a assumir responsabilidades políticas, a linguagem e os conceitos operativos são completamente marxistas e até mesmo esquerdistas próximos do PCP. Não obstante o distanciamento teórico do PCP ( eram contra o autoritarismo, citando em defesa da sua posição, Rosa Luxemburgo) os activistas do MES apareciam como moderados num ambiente revolucionário.
Durante anos a fio continuaram com as mesmas ideias que não se sabe bem como nem porquê, foram abandonando no discurso, mas nunca na mentalidade. O sinal disso mesmo é a oportunidade que por vezes surge no discurso corrente e que os denota como antigos esquerdistas arrependidos mas não esquecidos.
Sentindo-se desamparados ideologicamente, tornaram-se cínicos nos propósitos e inventaram outros conceitos que não desmerecessem os antigos paradigmas, sempre de esquerda porque é essa a matriz que lhes confere identidade.
Quanto a mim, uma boa parte das razões do nosso atraso económico e social e que está na base da mentalidade "iscte" vem daí, dessa amálgama ideológica que nunca chegou a vingar mas pegou de estaca no discurso interior dessas pessoas que depois legislaram, aplicaram receitas políticas e nos conduziram a este beco onde nos encontramos.
O MES aos seus antigos membros e os seus produtos ideológicos híbridos são uma das causas da nossa desgraça. A prova? É ler os artigos do tempo e reflectir que evolução tiveram os que diziam nessa altura este tipo de disparates que podemos ler. Um deles, chegou a presidente da República deste pobre país!
Outro exemplo deste tipo de pessoas que vicejaram no pós-PREC é um tal Eduardo Maia Cadete, com artigo de fundo na Vida Mundial transcrita.
Maia Cadete foi um dos fundadores do PS, esteve nos governos deste partido e nos anos oitenta, na sequência da eleição de Mário S. como P.R. foi para Macau onde esteve envolvido no escândalo do fax de Macau tão bem investigado pelo então MºPº de Rodrigues Maximiano.
O PS actual fez-se destas coisas, mas é ler o que escrevia então o Maia Cadete desse tempo de PREC...para entender como chegamos onde chegamos, com o PCP e os seus compagnons de route ideológica que tendo metido o socialismo na gaveta continuaram com a porta aberta às ideias que sempre tiveram.
Logo após as nacionalizações de 11.3.1975 o problema era o célebre "Que fazer?" Por isso o futuro estava "suspenso" das orientações políticas que ultrapassassem as contradições do processo revolucionário. A linguagem usada nos artigos é o de uma verdadeira campanha de propaganda em prol do comunismo, mas havia o PS e o PSD que não sintonizavam exactamente na mesma onda ideológica, o que motivou o fracasso desse mesmo PREC em 25 de Novembro desse ano.
Não obstante, as "conquistas de Abril" efectuadas em Março, permaneceram por muitos e longos anos, porque havia outra onda ideológica que assentou arraiais no mesmo PS: como se pode ler na entrevista de César de Oliveira, um teórico do MES já falecido ( e que foi autarca em Oliveira do Hospital) que juntava personalidades como Jorge Sampaio, Ferro Rodrigues e outros que vieram depois a assumir responsabilidades políticas, a linguagem e os conceitos operativos são completamente marxistas e até mesmo esquerdistas próximos do PCP. Não obstante o distanciamento teórico do PCP ( eram contra o autoritarismo, citando em defesa da sua posição, Rosa Luxemburgo) os activistas do MES apareciam como moderados num ambiente revolucionário.
Durante anos a fio continuaram com as mesmas ideias que não se sabe bem como nem porquê, foram abandonando no discurso, mas nunca na mentalidade. O sinal disso mesmo é a oportunidade que por vezes surge no discurso corrente e que os denota como antigos esquerdistas arrependidos mas não esquecidos.
Sentindo-se desamparados ideologicamente, tornaram-se cínicos nos propósitos e inventaram outros conceitos que não desmerecessem os antigos paradigmas, sempre de esquerda porque é essa a matriz que lhes confere identidade.
Quanto a mim, uma boa parte das razões do nosso atraso económico e social e que está na base da mentalidade "iscte" vem daí, dessa amálgama ideológica que nunca chegou a vingar mas pegou de estaca no discurso interior dessas pessoas que depois legislaram, aplicaram receitas políticas e nos conduziram a este beco onde nos encontramos.
O MES aos seus antigos membros e os seus produtos ideológicos híbridos são uma das causas da nossa desgraça. A prova? É ler os artigos do tempo e reflectir que evolução tiveram os que diziam nessa altura este tipo de disparates que podemos ler. Um deles, chegou a presidente da República deste pobre país!
Outro exemplo deste tipo de pessoas que vicejaram no pós-PREC é um tal Eduardo Maia Cadete, com artigo de fundo na Vida Mundial transcrita.
Maia Cadete foi um dos fundadores do PS, esteve nos governos deste partido e nos anos oitenta, na sequência da eleição de Mário S. como P.R. foi para Macau onde esteve envolvido no escândalo do fax de Macau tão bem investigado pelo então MºPº de Rodrigues Maximiano.
O PS actual fez-se destas coisas, mas é ler o que escrevia então o Maia Cadete desse tempo de PREC...para entender como chegamos onde chegamos, com o PCP e os seus compagnons de route ideológica que tendo metido o socialismo na gaveta continuaram com a porta aberta às ideias que sempre tiveram.
Lendo o artigo ( clicar para ampliar) podemos ver como foram nacionalizadas as empresas de electricidade que eram privadas e atomizadas. Podemos perceber como se chegou a uma EDP de um inenarrável Mexia que se mexe da esquerda à direita com a agilidade de um arrivista.
PS: Para entender ainda melhor o percurso da nossa evolução é ler este perfil de um outro Maia Cadete. Ler e perceber como se chegou até aqui é porventura o melhor retrato da nossa situação actual enquanto país. Perceber como é que uma geração ensina aos seus filhos algo que eles não assimilaram de modo coerente, resultando o produto do ensino em algo completamente estranho à raiz ideológica que lhe subjaz.
Esta degeneração ideológica traduz uma desgraça, a meu ver. A desgraça dos que nos enganaram durante décadas e que continuam a licitar esperanças sem fundo.
conheci vários socialismos:
ResponderEliminarurss (social-fascismo)
nacional-socialismo
fascismo italiano
ps (socialismo da miséria e do 'gamanço')
A verdade é que com os capitalistas "nacionalizados" praticamente desapareceu a oposição de "direita".Hoje tendo a maioria recuperado os seus bens o poder socialista(o regime) fecha os olhos e faz umas leis que os isenta das agruras do PREC.São as offshores, os compadrios, os processos financeiros "complexos", a ausência de investimento que dêm chatices com "trabalhadores".
ResponderEliminarPortanto o PREC ao ter sido mal resolvido(de tal maneira que os perdores de então no 25 Nov75 são hoje os vencedores)hipotecaram o FUTURO de Portugal.Os gajos ainda sonham com o império por enquanto só cá dentro e por nossa conta, em grau não esclarecido.
Só a queda pura e simples do regime inteiro pode resolver a questão, como se vê pelas posições acobardadas dos PSD´s na questão do socialismo da constituição, toda ela a precisar de trituradora...sim porque mesmo que trabalhem e produzam e vendam lá fora para manter tantos boys e "interpretadores" espalhados pelo Portugal inteiro tinha que haver muita "produtividade e valor acrescentado"...
O actual estado de nepotismo e corrupção só cai com um novo regime.Com um tratamento semelhante aos que deram aos que cairam em 25...
OS ESQUERDISTAS E COMUNISTAS QUE TENTARAM E FALHARAM ESTABELECER UM REGIME COMUNISTA EM PORTUGAL EM 25 DE NOVEMBRO DE 75 SEMPRE DETESTARAM ET POUR CAUSE...AS LIBERDADES E AS ELEIÇÕES LIVRES.SOBREVIVERAM APÓS 75,NÃO FORAM OSTRACIZADOS, PROSSEGUIRAM AS SUAS CARREIRAZINHAS E DEPOIS DE 86 COM O APOIO DO PADRINHO-PRESIDENTE SOARES TOMARAM CONTA DO PS.A SEGUIR, DEBAIXO DA CAPA DO IDIOTA ÚTIL GUTERRES TRATARAM DE PREPARAR A TOMADA DO PODER POR VIA ELEITORAL,TAL COMO HITLER, O QUE CONCRETIZARAM EM 95.INSTALADOS NO PODER PUSERAM EM MARCHA A TOMADA DE CONTROLO DE TUDO O QUE TINHA ALGUM PODER EM PORTUGAL,REPRIMIRAM QUEM SE LHES OPUNHA E ESBANJARAM O DINHEIRO PÚBLICO PARA MANTEREM O APOIO ELEITORAL INDISPENSÁVEL À SUA ETERNA PERPETUAÇÃO NO PODER.EM VEZ DE SOCIEDADE SEM CLASSES TIVEMOS CORRUPÇÃO GENERALIZADA E ENRIQUECIMENTO ILÍCITO,TOTAL IMPUNIDADE JUDICIAL PARA A NOMENKLATURA SOCIALISTA,SEUS COMPAGNONS DE ROUTE E PROTEGIDOS E ASSALTO AOS BANCOS E COMUNICAÇÃO SOCIAL ONDE MUITO DO PODER REAL SE ENCONTRAVA.PAGAR O ESTADO SOCIAL DOS SUBSÍDIOS LOUCOS E DA CORRUPÇÃO NUM PAÍS COM FRACO DINAMISMO ECONÓMICO OBRIGOU À PRÁTICA DA EXTORSÃO FISCAL GENERALIZADA QUE POR SUA VEZ LIQUIDOU O QUE RESTAVA DO DINAMISMO DA ECONOMIA PORTUGUESA.TAL COMO SE DIZIA EM 1975 O COMUNO -SOCIALISMO QUE ESTES MESMOS PRETENDIAM IMPLANTAR EM PORTUGAL NESSA ALTURA CONDUZIRIA AO SOCIALISMO DE MISÉRIA,PORTUGAL SERIA A ALBÂNIA DA EUROPA OCIDENTAL.ORA FOI EXACTAMENTE AÍ QUE A GERAÇÃO MALDITA COMUNO-ESQUERDISTA DE 75 CONDUZIU PORTUGAL 35 ANOS DEPOIS.AO EMPOBRECIMENTO GENERALIZADO,À BANCARROTA,À DERROCADA ECONÓMICA E A UMA DITADURA SOCIALISTA ENCAPOTADA QUE QUANTO MAIS DURA MAIS DESTRÓI O PAÍS.À SEMELHANÇA DE QUALQUER REGIME COMUNISTA ATÉ AS ESTATÍSTICAS SÃO SISTEMÁTICAMENTE FALSIFICADAS PARA EFEITOS DE PROPAGANDA.PORTUGAL NÃO TEM SOLUÇÃO SEM A TOTAL E COMPLETA REMOÇÃO DESTA GERAÇÃO MALDITA E SEUS DESCENDENTES DE QUALQUER LOCAL ONDE HAJA A MAIS PEQUENA PARCELA DE PODER.É ESTE O PROGRAMA PRIORITÁRIO DA VERDADEIRA RESISTÊNCIA À DITADURA SOCIALISTA.
ResponderEliminarA oclocracia dos anos setenta já lá vai à tanto tempo e tem as costas demasiado estreitas para a largura que lhe querem dar. Veja-se o comportamento dos paíes que estavam do lado de lá do «muro».
ResponderEliminarA República Portuguesa é um estado de arbítrio, uma tirania e um impérios de ldrões e outras delinquências e a culpa está numa classe de juristas intelectulamente indigente.
É preciso ter um estômago muito forte ou um cérebro muito fraco para se proclamar jurista e, ao mesmo tempo, chamar estado de direito e democracia a uma mixórdia destas. Os constitucionalistas da praça são um bando de oportunistas incompetentes e ninguèm lhe vai às canelas. O Tribunal é um comité de árbitros que produz acórdãos que são um atentado ao direito e à inteligência e são intocáveis. É mil vezes pior que o Conselho da Revolução. Esse ao menos não tinha como desporto anular decisões dos tribunais judiciais. Com esse os Melancias, os Freires, os Pedrosos, etc. iam para a cadeia. Havia um Supremo Tribunal de Justiça.
Trata-se do Tribunal Constitucional.
ResponderEliminar"A oclocracia dos anos setenta já lá vai à tanto tempo e tem as costas demasiado estreitas para a largura que lhe querem dar. Veja-se o comportamento dos paíes que estavam do lado de lá do «muro».
ResponderEliminarÉ um bom argumento, esse. Mas a mim, interessa-me perceber como se chegou a este estado de coisas e principalmente saber os nomes dos boys.
E vou colocar agora alguns desses nomes e das piruetas que fizeram. Porque continuam na berlinda e a mandar bitaites escutados pelos media.