Fica aqui um mail que recebi e que dá conta do problema que o primeiro-ministro José S. mai-los seus apaniguados não querem nem pensar. Preferem imputar a responsabilidade da crise para o capitalismo internacional, o PSD que é um partido irresponsável em criar agora uma crise política e patati patata. Segundo se pode ler, o líder do PSD foi muito contido na resposta a mais esta mentira soez deste contumaz. Disse que o PSD não aprovou o PEC IV e as medidas "não por irem longe de mais, mas porque não iam suficientemente longe”.
O PSD com este tipo de discurso confuso não leva na sua devida conta a capacidade de aldrabice de que o Inenarrável é capaz. E vai pagar as favas por isso. Os "boys" e "girls" às centenas ou milhares que se anicham nestes institutos estão obviamente pelo Inenarrável. E contra quem lhes quer cortar a colecta. E compreende-se: se fossem extintos os respectivos postos de trabalho que em muitos casos é a fazer de conta, ficavam como nunca se acharam: sem vidinha. E isso é insuportável. Portanto, irão fazer tudo por tudo por manter o lugar e o tacho. Vai valer tudo, mesmo tirar olhos de ver a quem quer mostrar o que valem.
O mail dava conta de um estudo do economista ÁLVARO SANTOS PEREIRA, professor da "Simon Fraser University", Canadá. Diz assim:
"Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.
Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa - que parece ser mais sensato - os mesmos serem pura e simplesmente extintos.
Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.
Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:
ORGANISMOS | DESPESA (em milhões de €) |
Cinemateca Portuguesa | 3,9 |
Instituto Português de Acreditação | 4,0 |
Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos | 6,4 |
Administração da Região Hidrográfica do Alentejo | 7,2 |
Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias | 7,4 |
Instituto Português de Qualidade | 7,7 |
Administração da Região Hidrográfica do Norte | 8,6 |
Administração da Região Hidrográfica do Centro | 9,4 |
Instituto Hidrográfico | 10,1 |
Instituto do Vinho do Douro | 10,3 |
Instituto da Vinha e do Vinho | 11,5 |
Instituto Nacional da Administração | 11,5 |
Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural | 12,3 |
Instituto da Construção e do Imobiliário | 12,4 |
Instituto da Propriedade Industrial | 14,0 |
Instituto de Cinema e Audiovisual | 16,0 |
Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional | 18,4 |
Administração da Região Hidrográfica do Algarve | 18,9 |
Fundo para as Relações Internacionais | 21,0 |
Instituto de Gestão do Património Arquitectónico | 21,9 |
Instituto dos Museus | 22,7 |
Administração da Região Hidrográfica do Tejo | 23,4 |
Instituto de Medicina Legal | 27,5 |
Instituto de Conservação da Natureza | 28,2 |
Laboratório Nacional de Energia e Geologia | 28,4 |
Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu | 28,6 |
Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público | 32,2 |
Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos | 32,2 |
Instituto de Informática | 33,1 |
Instituto Nacional de Aviação Civil | 44,4 |
Instituto Camões | 45,7 |
Agência para a Modernização Administrativa | 49,4 |
Instituto Nacional de Recursos Biológicos | 50,7 |
Instituto Portuário e de Transportes Marítimos | 65,5 |
Instituto de Desporto de Portugal | 79,6 |
Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres | 89,7 |
Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana | 328,5 |
Instituto do Turismo de Portugal | 340,6 |
Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação | 589,6 |
Instituto de Gestão Financeira | 804,9 |
Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas | 920,6 |
Instituto de Emprego e Formação Profissional | 1.119,9 |
| 5.018,4 |
- Se se reduzissem em 20% as despesas com este - e apenas estes - organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €, e, evitava-se a subida do IVA.
- Se fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais drásticas a poupança seria da ordem dos 4000 milhões de €, e não seriam necessários cortes nos salários.
- Se para além disso mais em outros tantos Institutos se procedesse de igual forma, o PEC 3 não teria sequer razão de existir."
José eu não gosto destes posts à laia popularucha... vejamos... que é isso de cortar 20% nestes institutos? Não é nada.
ResponderEliminarEm alguns, seria de cortar 100%. Noutros seria de aumentar 20%.
E mais do que isso: a estas dotações deveria corresponder uma determinada produtividade e resultados. Onde estão? Onde está essa avaliação?
Esse é que é o problema principal.
E toda a conflitualidade inevitável de se mexer nestas coisas e de reformas sérias e à séria, vai parar à justiça. Estamos conversados sobre o futuro para as próximas décadas. -- JRF
peço desculpa, mas popularucho foi o governo ao fazer ovos sem casca. estes institutos na maior parte dos casos são redundantes, fundam-se uns e eliminem-se outros e se calhar até temos mais poupança do que imaginamos.
ResponderEliminarjá agora sempre que se fala em cortar, aparecem sempre vozes a dizer que temos que pensar onde fazer os cortes,,, e prontos lá se vaia a vontade de cortar.
numa coisa somos mesmo bons e é a pensar.
Olhe que não. As cabeças pensantes estão fartas de saber onde os cortes podem ser feitos, mas não os fazem porque mexe com a clientela. E cortar é extinguir. Junte não sei quantas fundaçoes ao estilo Vara e tem muito onde cortar. O que eu digo é que pegar numa lista de institutos e cortar 20% é fácil. Mas isso nem chega a ser gerir, quanto mais governar. -- JRF
ResponderEliminarMas isto não é nenhuma proposta para cortar 20% nestes institutos.
ResponderEliminarÉ uma lista dos institutos, com o exemplo do efeito que seria um mero corte no que o Estado gasta com eles.
Um exemplo aritmético.
Cá por mim estou esperançado nos resultados do último instituto(IEFP).A solução virá donde menos se espera.Em Barrancos uma antiga ceifeira frequentava um curso de reparação de computadores...
ResponderEliminarSe é um exemplo aritmético, ficar por aqui a que propósito? 20% em todo o Estado é mais de acordo com a realidade. E em face do já assumido, déficit crónico acumulado e crescimento para baixo, até duvido que chegue.
ResponderEliminarPara isto não é preciso professores universitários e economistas no Canadá. Ele que estude as empresas municipais, uma criação com o único objectivo de colocar os boys fora dos escalões e progressão da função pública. E que diga quanto se pode poupar aí e quantos boys vão para o olho da rua.
Claro que isso despoleta batalhas legais (entre outras), como foi o caso da Culturporto no Porto.
Cada dia que passa com as empresas públicas a mamar, institutos da treta, fundações, empresas fictícias e municipais é mais um prego no caixão.
Fui agora à Pordata e um contador dizia: dívida pública hoje (a contar) 265 milhões de euros; receita fiscal 65 milhões de euros (com os contribuintes a tinir). Alguém tem noção do que isto é?
Quero lá saber dos 20% do professor do Canadá. Isso é mais treta a juntar a tanta outra. -- JRF
Já que por cá os jornalistas são todos mansos, isto visto de Espanha tem outro "salero" :
ResponderEliminarUn antipático contra todos