Segundo notícias de hoje, citadas por aqui, no Público, cujo repórter acompanhou as acções cívicas, grupos de jovens, em várias cidades do país, fizeram um protesto simbólico em instalações do banco BPN. Colaram um cartaz em que se dizia: "O vosso roubo custou 13 milhões de salários mínimos".
A notícia continua:
O que querem? “Vimos dizer que não nos tomem por parvos.” Porquê este banco? “Quando falamos do buraco nas contas públicas deixado pelo BPN referimo-nos a 6500 milhões de euros, ou seja, mais de 13 milhões de salários mínimos.” O PÚBLICO acompanhou toda a acção no Porto.
Exactamente isso: dizer para não nos tomarem por parvos. Se mais acções destas se replicassem , a vergonha teria uma oportunidade neste país. Assim não tem. Uma pequena prova disso está na foto e texto da revista Flash, a mesma que aqui já foi citada e se revela muitíssimo útil como instrumento de compreensão da realidade da sociedade portuguesa, embora tenha de ser lida nas entrelinhas, como antigamente acontecia com os media portugueses, antes de 25 de Abril. Exactamente na mesma medida, porque o que se vê é apenas uma aparência e a realidade, no entanto, está lá e muitas vezes nem sequer escondida. Basta ver com olhos de ver.
Por exemplo, nesta foto que retrata um acontecimento cultural e social, a semiologia da imagem é digna de registo porque mostra um mundo que não vemos e que existe. Eppure si muove.
O texto começa assim: " conhecem-se há muitos anos, mas a amizade, essa é de uma década".
A amizade refere-se às relações pessoais e de proximidade que incluem um escritor, José Manuel Saraiva que lançou o livro "Terra Toda" e juntou por isso amigos. Fátima Campos Ferreira, apresentadora de tv é uma delas e apresentou um livro anterior do autor.
Outro amigo e que agora apresenta o livro é Manuel Dias Loureiro, o antigo dirigente do BPN, fugido da ribalta pública e que não é visto nem achado em programas tipo Prós & Contras. Et pour cause.
Outro ainda é Henrique Granadeiro, o presidente "encornado" da PT.
Ainda outro é o improvável Rui Pereira, ex-SIS, ex-futuro juiz do Constitucional em trânsito para ministro onde se mantém como inamovível venha o escândalo que vier.
Na imagem podiam perfeitamente estar outros: Proença de Carvalho, o par de um tandem musical com Dias Loureiro; Mário S. sempre reverenciado em programas de tv; Balsemão e alguma rapaziada do Expresso, naturalmente e sem surpresa. Muitos cavaquistas sem dúvida alguma. Membros do clero judicial, também. Militares enquistados no regime, idem. Universitários de gabarito assumido tipo Jorge Miranda, porque não?
A sociedade portuguesa precisa de um romancista, sem dúvida alguma. Mas não este...
Numa década prodigiosa da vida social e política portuguesa estas personagens e muitas outras fizeram uma vida. Com um leit-motiv importante: facilidades pessoais e profissionais e em circulação rápida por salários que compensam as amizades e cumplicidades.
E é por estas e por outras que Portugal, paróquia de amigos e conhecidos, está como está. O povo não sabe disto e vota às escuras. E em programas tipo Prós & Contras julga estar a ser informado.
Uma tragédia portuguesa, com certeza.
A notícia continua:
O que querem? “Vimos dizer que não nos tomem por parvos.” Porquê este banco? “Quando falamos do buraco nas contas públicas deixado pelo BPN referimo-nos a 6500 milhões de euros, ou seja, mais de 13 milhões de salários mínimos.” O PÚBLICO acompanhou toda a acção no Porto.
Exactamente isso: dizer para não nos tomarem por parvos. Se mais acções destas se replicassem , a vergonha teria uma oportunidade neste país. Assim não tem. Uma pequena prova disso está na foto e texto da revista Flash, a mesma que aqui já foi citada e se revela muitíssimo útil como instrumento de compreensão da realidade da sociedade portuguesa, embora tenha de ser lida nas entrelinhas, como antigamente acontecia com os media portugueses, antes de 25 de Abril. Exactamente na mesma medida, porque o que se vê é apenas uma aparência e a realidade, no entanto, está lá e muitas vezes nem sequer escondida. Basta ver com olhos de ver.
Por exemplo, nesta foto que retrata um acontecimento cultural e social, a semiologia da imagem é digna de registo porque mostra um mundo que não vemos e que existe. Eppure si muove.
O texto começa assim: " conhecem-se há muitos anos, mas a amizade, essa é de uma década".
A amizade refere-se às relações pessoais e de proximidade que incluem um escritor, José Manuel Saraiva que lançou o livro "Terra Toda" e juntou por isso amigos. Fátima Campos Ferreira, apresentadora de tv é uma delas e apresentou um livro anterior do autor.
Outro amigo e que agora apresenta o livro é Manuel Dias Loureiro, o antigo dirigente do BPN, fugido da ribalta pública e que não é visto nem achado em programas tipo Prós & Contras. Et pour cause.
Outro ainda é Henrique Granadeiro, o presidente "encornado" da PT.
Ainda outro é o improvável Rui Pereira, ex-SIS, ex-futuro juiz do Constitucional em trânsito para ministro onde se mantém como inamovível venha o escândalo que vier.
Na imagem podiam perfeitamente estar outros: Proença de Carvalho, o par de um tandem musical com Dias Loureiro; Mário S. sempre reverenciado em programas de tv; Balsemão e alguma rapaziada do Expresso, naturalmente e sem surpresa. Muitos cavaquistas sem dúvida alguma. Membros do clero judicial, também. Militares enquistados no regime, idem. Universitários de gabarito assumido tipo Jorge Miranda, porque não?
A sociedade portuguesa precisa de um romancista, sem dúvida alguma. Mas não este...
Numa década prodigiosa da vida social e política portuguesa estas personagens e muitas outras fizeram uma vida. Com um leit-motiv importante: facilidades pessoais e profissionais e em circulação rápida por salários que compensam as amizades e cumplicidades.
E é por estas e por outras que Portugal, paróquia de amigos e conhecidos, está como está. O povo não sabe disto e vota às escuras. E em programas tipo Prós & Contras julga estar a ser informado.
Uma tragédia portuguesa, com certeza.
A foto já é elucidativa e rara, juntando inclusive, em separado, marido e mulher. Bastou ambos mudarem-se do Monte da Virgem para a 5 de Outubro e o parzinho, creio que casado só em Lisboa, lá bateu asas e voou. Há que tempos não via a cara do Rocha...
ResponderEliminarJá há muitos anos me diziam haver competência de c... na RTP.
O Rocha remira o cabelo repintado do vitivinicultor...
ResponderEliminarPensará: este cromo pinta-se bem.