José Sócrates é pobre. Apesar de a revista Flash desta semana o dizer como tendo vida de luxo. O que soa a ignomínia, perante a notória frugalidade do nosso primeiro.
A revista Flash desta semana traz uma pequena reportagem simpática e ambígua, com esta personagem na berra, o primeiro-ministro que temos, ainda.
A Flash foi espiolhar a declaração de rendimentos de José S. de 2009 ( a última disponível segundo a revista). Portanto, sabemos os rendimentos de 2009, ano de eleições e de manobras notáveis como as reveladas nas escutas que muitos querem destruir e - hélas!- já foram publicadas em parte. São esses os últimos e por isso as revelações da Flash são fresquinhas e...trash.
A Flash conta que José S. "começou a apertar o cinto bem cedo, mas não abdicou de certas mordomias. "
E diz em tom estranho e equívoco que o primeiro-ministro contraiu nesse ano dois empréstimos pessoais, junto da CGD e num total de 45 225 euros. Pagos num ano. Dividindo 45 por 12, sem juros, dá qualquer coisa como 3 750 euros por mês. Mas investiu nesse mesmo ano em acções. 2500, do Benfica e compradas a 5 euros cada. Portanto, 12 500 euros para acções do glorioso. Ano em que declarou para efeitos fiscais 107 mil euros. Ilíquidos.
Património declarado: apartamento, na Castilho, já pago. Um carro com vinte anos. E nada mais. As despesas de representação também contam? É saber quanto são e se contam para este pecúlio de pobre.
Segundo muitos recordam, nessa altura, José S. disse nos corredores do Parlamento que ganhava cerca de 5000 euros. A Flash conta que José S. gosta de fatos comprados em Milão e Nova Iorque. Será em viagens do Estado que os compra ou manda vir por catálogo? E quanto custa um fatinho daqueles giros de tecido italiano e corte a condizer? O preço que se paga na Milano dos centros comerciais não deve ser. E paga-os com aquele ordenadão, semelhante ao de Conselheiro, deduzido daquele abatimento substancial que o torna de repente pobre e remediado ? Marinho e Pinto que ganha o mesmo e não consta que pague empréstimos pessoais deste género, poderá comprar fatiotas em Milão ou Nova Iorque?
Mas daqueles míseros euros que lhe sobraram em 2009, ainda pagou, segundo a Flash, 880 euros por mês em despesas de educação. Dedutíveis até um certo montante em sede de IRS. E ainda deu para almoçar e jantar refeições que nunca ficam por menos de 50 euros cada ou perto disso.
Temos portanto um primeiro-ministro que ainda está perito em fazer contas de fim do mês. Consegue aquilo que muitos não conseguiriam e por isso deve ser esse o segredo da sua competência como governante: quem assim governa a sua vida, é com certeza um grande governante da coisa pública.
Sendo pobre e remediado, faz das tripas coração e mostra abundância e prodigalidade com o seu clube. Sendo pobre, tira a barriga de misérias em almoços que paga do seu bolso com as poucas centenas de euros que lhe sobram por mês para os alfinetes. Sendo remediado, veste-se como um príncipe das arábias, ocidentalizado com sedas da Etiópia e algodões do Nilo. Fantástico!
Por contra, o seu amigo A. Vara, é rico. Agora, porque em 1995 era um perfeito pindérico de Ford Fiesta a buzinar na ponte por causa do aumento do Cavaco. Protestava então o Vara, como o fazem agora os "a rasca"- e muito bem. Quem tem um Fiesta deve lutar por um Porsche. Vara lutou e conseguiu pelo que é um exemplo para todos os cidadãos deste pobre país à rasca. Um modelo!
Pelo trabalhinho bem feito que fez no banco, a tempo parcial que Vara tem mais afazeres ( falar com o Godinho ao telefone foi um deles), e cujo presidente de administração lhe aceitou, muito penhorado, a prebenda da sua presença, recebeu, segundo o C.M. de hoje, mais de 800 mil euros.
Assim é que é! Assim é que mostra ao seu amigo de peito (que nada teve a ver com o emprego em part-time), como se ganha a vida e se tem sucesso. Que terá o amigo Berardo a dizer sobre esta benção de euros?
Assim é que se mostra como se pugride! Ganda Vara! Ganda salto na vida, meu!
A revista Flash desta semana traz uma pequena reportagem simpática e ambígua, com esta personagem na berra, o primeiro-ministro que temos, ainda.
A Flash foi espiolhar a declaração de rendimentos de José S. de 2009 ( a última disponível segundo a revista). Portanto, sabemos os rendimentos de 2009, ano de eleições e de manobras notáveis como as reveladas nas escutas que muitos querem destruir e - hélas!- já foram publicadas em parte. São esses os últimos e por isso as revelações da Flash são fresquinhas e...trash.
A Flash conta que José S. "começou a apertar o cinto bem cedo, mas não abdicou de certas mordomias. "
E diz em tom estranho e equívoco que o primeiro-ministro contraiu nesse ano dois empréstimos pessoais, junto da CGD e num total de 45 225 euros. Pagos num ano. Dividindo 45 por 12, sem juros, dá qualquer coisa como 3 750 euros por mês. Mas investiu nesse mesmo ano em acções. 2500, do Benfica e compradas a 5 euros cada. Portanto, 12 500 euros para acções do glorioso. Ano em que declarou para efeitos fiscais 107 mil euros. Ilíquidos.
Património declarado: apartamento, na Castilho, já pago. Um carro com vinte anos. E nada mais. As despesas de representação também contam? É saber quanto são e se contam para este pecúlio de pobre.
Segundo muitos recordam, nessa altura, José S. disse nos corredores do Parlamento que ganhava cerca de 5000 euros. A Flash conta que José S. gosta de fatos comprados em Milão e Nova Iorque. Será em viagens do Estado que os compra ou manda vir por catálogo? E quanto custa um fatinho daqueles giros de tecido italiano e corte a condizer? O preço que se paga na Milano dos centros comerciais não deve ser. E paga-os com aquele ordenadão, semelhante ao de Conselheiro, deduzido daquele abatimento substancial que o torna de repente pobre e remediado ? Marinho e Pinto que ganha o mesmo e não consta que pague empréstimos pessoais deste género, poderá comprar fatiotas em Milão ou Nova Iorque?
Mas daqueles míseros euros que lhe sobraram em 2009, ainda pagou, segundo a Flash, 880 euros por mês em despesas de educação. Dedutíveis até um certo montante em sede de IRS. E ainda deu para almoçar e jantar refeições que nunca ficam por menos de 50 euros cada ou perto disso.
Temos portanto um primeiro-ministro que ainda está perito em fazer contas de fim do mês. Consegue aquilo que muitos não conseguiriam e por isso deve ser esse o segredo da sua competência como governante: quem assim governa a sua vida, é com certeza um grande governante da coisa pública.
Sendo pobre e remediado, faz das tripas coração e mostra abundância e prodigalidade com o seu clube. Sendo pobre, tira a barriga de misérias em almoços que paga do seu bolso com as poucas centenas de euros que lhe sobram por mês para os alfinetes. Sendo remediado, veste-se como um príncipe das arábias, ocidentalizado com sedas da Etiópia e algodões do Nilo. Fantástico!
Por contra, o seu amigo A. Vara, é rico. Agora, porque em 1995 era um perfeito pindérico de Ford Fiesta a buzinar na ponte por causa do aumento do Cavaco. Protestava então o Vara, como o fazem agora os "a rasca"- e muito bem. Quem tem um Fiesta deve lutar por um Porsche. Vara lutou e conseguiu pelo que é um exemplo para todos os cidadãos deste pobre país à rasca. Um modelo!
Pelo trabalhinho bem feito que fez no banco, a tempo parcial que Vara tem mais afazeres ( falar com o Godinho ao telefone foi um deles), e cujo presidente de administração lhe aceitou, muito penhorado, a prebenda da sua presença, recebeu, segundo o C.M. de hoje, mais de 800 mil euros.
Assim é que é! Assim é que mostra ao seu amigo de peito (que nada teve a ver com o emprego em part-time), como se ganha a vida e se tem sucesso. Que terá o amigo Berardo a dizer sobre esta benção de euros?
Assim é que se mostra como se pugride! Ganda Vara! Ganda salto na vida, meu!
Delicioso, José!
ResponderEliminarRi-me bastante.
Existisse o crime de enriquecimento ilegítimo e aí é que eram elas...
Ou talvez não, com este PGR e esta Vergonha do Presidente do STJ.
Incrível!
ResponderEliminarE texto espantoso de ironia.
"para os alfinetes"
":O)))))))
porreiro, jose!
ResponderEliminarEnquanto estes e tantos outros como eles não saírem da vida portuguesa, não vale a pena falar em reformas do Estado e o que quer que seja. Reformas só se for as deles.
ResponderEliminarO Vara é particularmente repelente. Agora é um problema privado. De quem lhe paga. Os liberais à portuguesa devem andar satisfeitos.
Fala-se muito do estado mas está tudo minado pelos mesmos. E dívidas, também são aos milhares de milhões. E já se sabe quem paga se o "mercado" falhar.
Vai ser uma descida aos infernos. -- JRF