SIC:
O Ministério Público ordenou o arquivamento da investigação ao temporal que atingiu a Madeira em fevereiro do ano passado. O procurador entendeu que não há responsáveis pela morte das 48 vítimas da tragédia. Os familiares já estão a ser informados.
A notícia é passada pelo Público em modo subtilmente equívoco. Pode ser lida como um remoque ao MºPº no sentido de que deveria ter sido apurada culpa e culpados ou apenas como uma notícia factual, sem ademanes opinativos. Eppure...o título interior diz mais uma coisita. Escreve o jornalista franciscanista Tolentino da Nóbrega que "Ninguém sai acusado das mortes na Madeira".
Um padre-jornalista devia entender melhor os mecanismos da culpa, mesmo a penal. E ao apontar a existência, num dos processos, de peças processuais de um outro processo administrativo em que se relacionava a construção do centro comercial Centrum, como motivo de agravamento de condições da catástrofe, denuncia nessas entrelinhas a motivação do escrito: uma censura ao arquivamento.
Os desejos íntimos de um confessor não deviam ser a culpabilização de ninguém, mas a vontade subliminar de um jornalista também não. E isto não é processo de intenção porque a mesma está visível, no confessionário da redacção escrita.
PS. A fantástica jornalística Maria de São José, aluna da escola Judite de Sousa, na Antena Um, acabou de dizer com aquela voz soletrada e martelada de sílabas tónicas que se conhece em momentos de catarse noticiosa que o arquivamento do inquérito é coisa a merecer comentário da CDU. E que diz esta força política que procura a política como força de justiça, na Madeira? Que o MºPº não teve coragem...e a fantástica Maria de S. José repete, soletrando as sílabas tónicas em dicção de escola básica para alunos do bloco.
É assim a informação na Antena Um. Até agora.
Um padre-jornalista devia entender melhor os mecanismos da culpa, mesmo a penal. E ao apontar a existência, num dos processos, de peças processuais de um outro processo administrativo em que se relacionava a construção do centro comercial Centrum, como motivo de agravamento de condições da catástrofe, denuncia nessas entrelinhas a motivação do escrito: uma censura ao arquivamento.
Os desejos íntimos de um confessor não deviam ser a culpabilização de ninguém, mas a vontade subliminar de um jornalista também não. E isto não é processo de intenção porque a mesma está visível, no confessionário da redacção escrita.
PS. A fantástica jornalística Maria de São José, aluna da escola Judite de Sousa, na Antena Um, acabou de dizer com aquela voz soletrada e martelada de sílabas tónicas que se conhece em momentos de catarse noticiosa que o arquivamento do inquérito é coisa a merecer comentário da CDU. E que diz esta força política que procura a política como força de justiça, na Madeira? Que o MºPº não teve coragem...e a fantástica Maria de S. José repete, soletrando as sílabas tónicas em dicção de escola básica para alunos do bloco.
É assim a informação na Antena Um. Até agora.
Concorrência de riscos, dá zero. Quando é que os jornalistas passam a desconfiar que não são omniscientes?
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