Ontem, na tv, Bagão Félix, novel conselheiro de Estado, disse de caras, porque em grande plano que José S. é Mentiroso. O primeiro-ministro, perguntado na tv se a reunião do Conselho de Estado abordou o assunto concreto do pedido de ajuda externa, através de um empréstimo intercalar, disse que não. "Não foi discutido". E mais e ainda mais relevante: "Não conheço isso". Segundo Bagão Félix, isto é uma rematada mentira e portanto o seu autor um Mentiroso.
Nada que outros não dissessem antes, com igual poder de argumentação: factos que não se desmentem. Pois, apesar disso, logo apareceu outro conselheiro, Carlos César a secundar a mentirola com argumentos do costume: fumaram mas não inalaram. Falaram mas não discutiram. Não se falou no empréstimo mas falou-se na ajuda externa. O problema ficaria por aqui, pelo inédito facto de um conselheiro de Estado apodar outro de Mentiroso, não se dera o facto de aparecer na liça, o Sombra.
Explico: Almeida Santos, presidente do PS saiu mais uma vez da penumbra em que se acrisola há décadas, para vituperar o novel conselheiro de Estado. Que "não há memória de um conselheiro de Estado dizer isto de outro" e que o Mentiroso falou verdade.
Este Sombra da política portuguesa, desde que foi rotundamente derrotado nas eleições legislativas de 1984 em que pedia maioria absoluta para o seu partido, cujo governo em tandem, estava a braços com o FMI, reduziu-se à condição de preceptor ( tinha escrito perceptor, por mor da consonância semiótica entre quem percebe e precede).
Neste momento precepta o Mentiroso que para ele fala sempre a Verdade. E por isso foi por ele brindado com o equívoco epíteto de "príncipe da Democracia". Talvez seja mesmo O Príncipe, tornado Sombra.
Esta personagem dos comics nacionais, primeiro surgiu como autor de malfeitorias legislativas e jacobinas. Depos foi educada no Oriente e com os orientais aprendeu a usar o intelecto para confundir adversários. E tem sido proficiente nessa tarefa de sempre. Quando a democracia sui generis e os seus acólitos oficiosos estão em risco, porque os maus se aprestam a tomá-la, salta o Sombra.
Foi assim em diversas ocasiões e em episódios marcantes: quando se descobriu a marosca das viagens-fantasma dos deputados, o Sombra lá estava a pedir contenção e razão, convencendo meio mundo que aquilo era nada e apenas uma leviandade. Quando surgiu o Casa Pia, o Sombra lá apareceu a dizer à turba-multa dos media que "as testemunhas podem mentir". Quando o TGV se aprestava a mudar de poiso, lá surgiu o Sombra das trevas da Ota a garantir que era um perigo porque com o terrorismo " as pontes podem cair". E assim continuadamente.
Agora que a democracia sui generis que o Sombra protege está de novo em risco por causa dos seus protegidos, lá aparece a capa escura da fantasia para ludibriar mais uma vez os votantes. O Sombra vive da luz oculta, como é natural. É apenas uma projecção da sua própria emanação, mas prepara-se mais uma vez para estender o manto. Tomem cuidado.
A banhada eleitoral que ele levou foi em 5 de Outubro de 1985. Cheguei do estrangeiro nesse dia, mas ainda a tempo de votar contra essa sinistra criatura.
ResponderEliminarMas continua por cá, "O Sombra"!
ResponderEliminarNotável Post José:
o "Sombra" não protege nenhuma espécie de Democracia. O "Sombra" e os seus confrades, os socratinos, ou seja, os "irmãos" que dominam o PS e o Estado, protegem-se uns aos outros em nome dos superiores interesses da máfia Maçónica que tem contribuído para a destruição de Portugal desde, pelo menos, a génese da 1ª República. Ler aqui: http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?id=452249&template=SHOWNEWS_V2
ResponderEliminarO sombra, tal como o D'Antas, cheira mal. Morte ao D'Antas, morte ao sombra, pim!
ResponderEliminarMas, entre mentiros e desbocados!?...
Este caso, para mim, só serve para revelar a qualidade daquele Conselho da Revolução, ops!...desculpem, Conselho D'este Estado de coisas
Sombra de um regime que ,mais cedo ou mais tarde, terá de chegar ao fim.Um outro que também soube o que foi a derrocada de um regime,um tal de Afonso Costa,disse acerca do Rei D. Carlos e da questão dos adiantamentos a Casa Real,que por muito menos tinha Luis XVI perdido a cabeça.Esperemos que todos os dignatários com menos ou mais sombra desde regime,tenham o fim do prognosticado pelo jacobino da 1.a republica.Esta gente não aprende nada com a História,pelo que há que relembra-lá a esta corja que nos governa e a tão triste povo que dela se esquece.
ResponderEliminarO Sombra (coitada da bd) deu à costa outra vez. Diz que oposição bloqueará o país se o ódio ao inenarrável se mantiver. Quem bloqueia esta gente? -- JRF
ResponderEliminarDON SANTONE,IL CAPO DEI TUTTI CAPI.
ResponderEliminarSombra, que excelente qualificativo! É o que esta cínica e diabólica personagem efectivamente é.
ResponderEliminarAcabei há pouco de escrever um comentário em que designava o que intrìnsecamente são estes "grandes libertadores da longa noite fascista" e grandessíssimos patifões, além de parasitas da sociedade. Por artes mágicas desapareceu, com a desculpa do servidor de que não pôde ser enviado...
Anteontem escrevi outro, sobre o seu excelente escrito em que dava nome ao verdadeiro autor dos contratos a prazo. Nele eu salientava o que de humilhante e tremendamente injusto aqueles significaram para a vida de excelentes profissionais, os quais deram origem a milhares de saneamentos criminosos e a muitos suicídios. Também se sumiu com o fumo, com a mesma desculpa...
Mas hei-de voltar ao assunto logo que o tema o justifique.
Maria
Pois!
ResponderEliminarE ainda falta o "Sombra" do "Sombra" de seu nome Arnaldo Macedo Santos!
1985 e não 1984;
ResponderEliminarPreceptor e não perceptor.
obg
cinemat
Adoro, quando se estão a discutir, problemas importantes e, chega alguém preocupado com o português!
ResponderEliminarNão se escreve já Brasiles?
Porque não vai incomodar o Expresso e outros?
Manuel:
ResponderEliminarObrigado pela correcção. É um erro, grave de facto, mas de simpatia: não me ocorreu a forma certa porque pensava em percepção.