"Não encobrir os problemas. Promovam uma investigação independente. Descubram o que está errado no Governo e no sistema político, para que ninguém se esqueça e não volte a acontecer."
São palavras de Gylfi Zoega, economista do Banco Central da Islândia, citado hoje no Público numa entrevista de página e em resposta à questão concreta sobre o que aconselharia aos portugueses.
E diz mais, do mais puro senso comum: "os países protegem os seus- é como uma família que esconde casos de alcoolismo. Os países têm de enfrentar os seus problemas, saber o que correu mal-é assim que aprendem. Isso foi o que aconteceu no meu país. A investigação produziu um relatório de 3000 páginas que mostra quanto é que cada um dos gestores tinha tirado dos bancos. Isso foi bom."
Por cá, tal conselho vai ser música de ouvido para a campanha eleitoral que segue. Os culpados já estão identificados há muito, pelos vítores ramalhos que querem ficar nos inatéis que temos por aí: a crise internacional é que deu cabo disto tudo porque tudo era uma maravilha antes da crise internacional. E depois aquele maldito chumbo ao PEC IV é que foi um desastre. Até o primeiro-ministro disse, desolado com tanto antipatriotismo: "como é que foi possível fazerem isto ao país?"
O resto, bem, o resto os jornais compõem, incluindo o Público que se apresta a denunciar os desmandos da "direita" que é outra culpada da crise por causa do "neoliberalismo" ou o "ultraliberalismo" ou a "direita radical".
O jacobinismo, o socialismo democrático governado por incompetentes e mentirosos de alto coturno, isso não existe porque afinal "todos mentem" e "ninguém faria melhor". Pelo que sendo assim, o melhor ainda é deixar quem está...
Tal como diz o economista islandês, professor num Birbeck College de Londres, "os países protegem os seus". No caso, são mais os correlegionários políticos e os compagnons de route ideológica que nos jornais portugueses são mato. Este Governo e este primeiro-ministro goza de aceitação generalizada nos media por algum motivo. E o principal será este: a cripto-Esquerda socialista democrática está em todo o lado, como a marabunta.
E a prova está em que os jornais de hoje nem tocam no assunto relatado pela TVI sobre a sonegação ao tribunal de Contas de documentos essenciais para o negócio das parcerias. É matéria desinteressante. O importante é dizer que o programa do PSD é liberal e que "O PSD endurece o discurso" e balelas do género deste jornalismo vergonhoso.
PS. Entretanto, Marinho e Pinto anunciou ontem ao país que "Não votarei nas próximas eleições". Faz muito bem e estamos todos agradecidos por nos ter comunicado tal intenção tão importante e decisiva.
São palavras de Gylfi Zoega, economista do Banco Central da Islândia, citado hoje no Público numa entrevista de página e em resposta à questão concreta sobre o que aconselharia aos portugueses.
E diz mais, do mais puro senso comum: "os países protegem os seus- é como uma família que esconde casos de alcoolismo. Os países têm de enfrentar os seus problemas, saber o que correu mal-é assim que aprendem. Isso foi o que aconteceu no meu país. A investigação produziu um relatório de 3000 páginas que mostra quanto é que cada um dos gestores tinha tirado dos bancos. Isso foi bom."
Por cá, tal conselho vai ser música de ouvido para a campanha eleitoral que segue. Os culpados já estão identificados há muito, pelos vítores ramalhos que querem ficar nos inatéis que temos por aí: a crise internacional é que deu cabo disto tudo porque tudo era uma maravilha antes da crise internacional. E depois aquele maldito chumbo ao PEC IV é que foi um desastre. Até o primeiro-ministro disse, desolado com tanto antipatriotismo: "como é que foi possível fazerem isto ao país?"
O resto, bem, o resto os jornais compõem, incluindo o Público que se apresta a denunciar os desmandos da "direita" que é outra culpada da crise por causa do "neoliberalismo" ou o "ultraliberalismo" ou a "direita radical".
O jacobinismo, o socialismo democrático governado por incompetentes e mentirosos de alto coturno, isso não existe porque afinal "todos mentem" e "ninguém faria melhor". Pelo que sendo assim, o melhor ainda é deixar quem está...
Tal como diz o economista islandês, professor num Birbeck College de Londres, "os países protegem os seus". No caso, são mais os correlegionários políticos e os compagnons de route ideológica que nos jornais portugueses são mato. Este Governo e este primeiro-ministro goza de aceitação generalizada nos media por algum motivo. E o principal será este: a cripto-Esquerda socialista democrática está em todo o lado, como a marabunta.
E a prova está em que os jornais de hoje nem tocam no assunto relatado pela TVI sobre a sonegação ao tribunal de Contas de documentos essenciais para o negócio das parcerias. É matéria desinteressante. O importante é dizer que o programa do PSD é liberal e que "O PSD endurece o discurso" e balelas do género deste jornalismo vergonhoso.
PS. Entretanto, Marinho e Pinto anunciou ontem ao país que "Não votarei nas próximas eleições". Faz muito bem e estamos todos agradecidos por nos ter comunicado tal intenção tão importante e decisiva.
"os países protegem os seus"
ResponderEliminarNo nosso caso tenho muitas dúvidas que isso seja feito.
Por um lado morrem Portugueses assassinados pelo mundo fora e muitas das vezes nem notícia há.Então exigir explicações, obter "justiça" está quieto.
Por outro lado cá no burgo é tudo internacionalismo e os "seus" são os nossos e os deles.Dividir pelo mundo que se apresente e sem discriminações.
Com este fundo como é que não queriam "baldas" dos poderosos ao "sistema" implantado?